A receita líquida da Biomm, pioneira no setor de biomedicamentos no Brasil, foi de R$ 13,3 milhões no primeiro trimestre deste ano – um aumento de 49% na comparação anual. Esse crescimento se deve à ampliação do portfólio da companhia no período. Além de Herzuma (medicamento para câncer de mama) e Afrezza (única insulina inalável no mundo), a empresa passou a comercializar as insulinas Wosulin (no segundo trimestre do ano passado) e Glargilin (em março deste ano).
O portfólio da companhia também conta, atualmente, com a enoxaparina sódica Ghemaxan, indicada para a profilaxia e tratamento da trombose venosa, inclusive para pacientes de Covid-19, que teve seu início de comercialização recentemente, em abril.
“Seguimos com o ramp up operacional da Biomm e, além dos produtos já lançados, mantemos um pipeline robusto que contribuirá para agregar aos resultados da companhia no médio prazo”, afirma o CEO Heraldo Marchezini.
O executivo se refere às últimas parcerias internacionais firmadas para trazer terapias inovadoras ao país. Em novembro do ano passado, a Biomm formalizou um acordo de exclusividade de licenciamento, fornecimento, comercialização e distribuição do medicamento biossimilar Teriparatida, indicado para o tratamento da osteoporose, junto à empresa Enzene Biosciences. Em dezembro, estabeleceu parceria com a biofarmacêutica chinesa Bio-Thera, para as vendas do biológico Bevacizumabe, destinado ao tratamento de diferentes tipos de câncer.
Em abril deste ano, a Companhia firmou um acordo exclusivo para o potencial fornecimento do medicamento Leronlimabe, desenvolvido pela norte-americana CytoDyn, para a possível utilização no tratamento de pacientes diagnosticados com Covid-19 que se encontram hospitalizados e com necessidade de oxigenação.
Impacto cambial
O lucro bruto da companhia reduziu 9% no 1T21, na comparação anual, somando R$ 2,7 milhões. Essa redução é explicada, entre outros fatores, pelo efeito do mix de produtos e pela valorização do dólar frente ao real nos últimos 12 meses, o que impactou o custo dos medicamentos.
“Do ponto de vista dos preços de venda, o aumento médio autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos aplicável aos produtos da Biomm foi de 3,23%. Adicionalmente, a companhia trabalhou com mix diferentes de produtos nos dois períodos”, esclarece Marchezini.
Em linha com o processo de ramp up comercial e operacional, a soma das despesas operacionais totalizou R$17,5 milhões no primeiro trimestre deste ano, contra R$ 15,1 milhões no mesmo período do ano passado. Este incremento ocorreu principalmente por conta dos gastos para comercialização e distribuição dos produtos, fazendo frente à ampliação do portfólio de biomedicamentos. O EBITDA foi negativo em R$ 12 milhões no 1T21, contra o negativo em R$ 9,4 milhões 1T20.
Com relação aos investimentos, a companhia aportou R$ 1,6 milhão no seu ativo imobilizado e intangível. Permanece em andamento a implantação da fábrica da Biomm em Nova Lima (MG), voltada para proporcionar ao país independência produtiva de biomedicamentos de alta tecnologia, como análogos de insulina e outros produtos biológicos.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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