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Campinas precisa vacinar 30 mil crianças contra a pólio até dia 13; especialistas alertam sobre riscos

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Campinas (SP) precisa vacinar mais 30.064 crianças entre 1 a 4 anos contra a poliomielite até o próximo dia 13 de novembro, último dia da campanha, para atingir a meta do Ministério da Saúde de imunizar 95% das 58.803 crianças nessa faixa etária no município. Para especialistas, a baixa cobertura vacinal pode favorecer o reaparecimento de doenças consideradas erradicadas, em cenário semelhante ao que ocorreu com a volta do sarampo ao Brasil.

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Balanço divulgado pela Secretaria de Saúde de Campinas na quinta-feira (5) mostra que a cidade pouco avançou na imunização contra a pólio após a prorrogação da campanha de vacinação no estado. O município pulou de 24.963 para 25.798 doses aplicadas em sete dias, volume que corresponde a 43,8% do total de crianças nessa faixa etária.

Articuladora do programa de imunização da prefeitura, Ana Cecília Zuiani Zocolotti afirma que os números são preocupantes, e demonstra que a população não está se mobilizando para fazer uma imunização coletiva.

Segundo Ana Cecília, a baixa cobertura, na casa dos 44%, é relativa a campanha contra a pólio, e não da vacinação de rotina. No entanto, até mesmo nas doses do calendário contra a doença, o índice é abaixo do preconizado. Em setembro, era de 85%

“O que a gente percebe é que, principalmente na rede particular, alguns profissionais falam que a vacinação da criança está em dia e não precisa vacinar. Uma campanha visa imunização coletiva. Você vacinando uma criança que pode tomar a vacina, protege pessoas que não podem”, defende.

“O que a gente percebe é que, principalmente na rede particular, alguns profissionais falam que a vacinação da criança está em dia e não precisa vacinar. Uma campanha visa imunização coletiva. Você vacinando uma criança que pode tomar a vacina, protege pessoas que não podem”, defende.

De acordo com a profissional, o caso do sarampo, que voltou a ter registros no Brasil após queda na cobertura vacinal, é uma exemplo do que não pode se deixar acontecer. Em 2019, a cidade registrou 173 casos da doença.

“As unidades de saúde estão organizadas quanto ao fluxo, para não ter cruzamento com pacientes com Covid-19. É bem organizado, seguro. Além disso, a campanha também permite a atualização do calendário para jovens até 15 anos. Inclusive, foi incluído a dose contra a meningite ACWY, para crianças entre 12 e 13 anos”, explica.

‘Exposição desnecessária’

Professor de pediatria da Faculdade de Medicina da PUC-Campinas, José Espin Neto alerta que os baixos números da campanha contra a pólio são reflexos de uma redução significativa que vem ocorrendo nos últimos anos com relação a imunização de crianças no Brasil e no mundo.

“É um processo que vem de três, quatro anos. Em torno de 66% das crianças no Brasil chegam ao 1º ano de vida com as vacinas em dia”, destaca.

Na avaliação do médico, isso faz com que as crianças fiquem “expostas a doenças desnecessárias”, para qual já uma forma de prevenção.

“Uma campanha atua em duas situações. Primeiro, cria um mecanismo de barreira. Todo mundo vacinando ao mesmo tempo, eu não tenho essas doenças de volta. Segundo, serve para atualizar a caderneta de vacinação. Numa época de pandemia, é importante que as crianças estejam protegidas de outras doenças. Elas são pouco acometidas pela Covid-19, mas o H1N1 é muito mais agressivos para eles que o Sars-Cov-2”, explica.

O médico concorda que a volta do sarampo é um exemplo do risco que a baixa cobertura vacinal provoca, e completa o alerta ao lembrar que os imunizantes estão disponíveis de graça, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), para toda população.

“Nós temos um serviço de saúde pública que funciona em relação a vacinação. Não podemos perder esse horizonte, de uma cobertura vacinal. Temos expertise no assunto”, completa.

“Nós temos um serviço de saúde pública que funciona em relação a vacinação. Não podemos perder esse horizonte, de uma cobertura vacinal. Temos expertise no assunto”, completa.

Multivacinação

Assim como foi destacado pelos especialistas, além da campanha contra a pólio, os postos de saúde seguem com a campanha de multivacinação.

Segundo a prefeitura de Campinas, 13.752 crianças e adolescentes menores de 15 anos já receberam as doses, 1.606 a mais do que há uma semana.

O programa oferece as seguintes imunizações para quem está com a carteira de vacinação desatualizada:

Doses disponíveis

A administração municipal reforça ainda que as doses estão disponíveis nos 66 centros de saúde da cidade. Os endereços e horários das salas de vacina podem ser consultados no site da prefeitura.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/11/04/pilbox-quer-mais-negocios-com-distribuidores-e-redes-regionais/

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