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Canabidiol traz esperança para tratamento da endometriose

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Canabidiol traz esperança para tratamento da endometriose

Mulheres que sofrem com endometriose podem contar com uma nova opção de medicamento. Segundo Daumiro Tanure, médico do Centro de Acolhimento em Terapia Canabinoide Anna, de  Curitiba (PR), e membro da Sociedade Brasileira do Estudo da Cannabis Sativa (SBEC), a  cannabis medicinal auxilia no tratamento da doença por desempenhar um papel importante na regulação de diversas funções fisiológicas.

“O canabidiol auxilia na manutenção da homeostase, responsável pelo equilíbrio interno do corpo, e possui propriedades analgésicas, anti-inflamatórias, imunológicas. Com isso, reduz significativamente a percepção da dor e a inflamação causadas pela doença”, explica.

De acordo com o especialista, o tratamento é recorrente e precisa ser indicado corretamente por um médico especialista. “A ingestão do canabidiol pelos pacientes costuma ser diária, mas com prescrição de acordo com o quadro clínico de cada um”, detalha Tanure.

Um estudo da Western Sydney University, da Austrália, ajuda a sustentar a argumentação do médico. De acordo com o levantamento, 12,5% das mulheres com endometriose que usam regularmente a cannabis para aliviar a dor sentiram melhora no quadro. “As participantes afirmaram que foi o tratamento mais eficaz para alívio dos sintomas”, completa.

Março Amarelo: mês de conscientização da endometriose

As informações sobre o tratamento podem ser de grande valia para farmacêuticos aprimorarem o atendimento a seus pacientes, o que ganha ainda mais relevância por conta do Março Amarelo. Promovida pelo Ministério da Saúde, juntamente com organizações médicas, a campanha nasceu de um movimento de 1993, ocorrido nos Estados Unidos.

A idealização foi da ativista Mary Lou Ballwage, portadora de endometriose e fundadora da primeira associação voltada à doença em 1980. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em todo o mundo, a doença afeta cerca de 176 milhões de mulheres, sendo mais de 7 milhões somente no Brasil.

O problema surge quando o endométrio – mucosa que reveste a parede interna do útero – cresce em outras regiões do corpo, o que desencadeia dificuldade de engravidar, pode causar infertilidade e ainda comprometer órgãos como ovário, bexiga e intestino. A maior queixa é a dor pélvica.

Alguns dos sintomas são cólicas intensas antes ou durante a menstruação, dor durante as relações sexuais, menstruação abundante, sangramento fora do período correto, dor ao urinar ou evacuar, diarreia, prisão de ventre, inchaço e cansaço extremo.

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