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Caso de sarampo no Rio é primeiro em 18 anos e acende alerta

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Prevenção. A principal forma para se evitar o sarampo é a vacinação, que é oferecida na rede pública em todo o país Carla Chein

Os cartões de vacinação de toda a família estão em dia? É bom conferir. Doenças – preveníveis por vacinas – que eram consideradas erradicadas no Brasil voltam se tornar ameaça para a saúde da população. No fim de semana, surgiram alertas para o risco de poliomielite (paralisia infantil) devido à baixa cobertura vacinal entre crianças abaixo de 1 ano de idade. Surtos de sarampo anunciados em Roraima e no Amazonas no início da semana agora são seguidos pelo anúncio, feito nesta terça-feira (3), de um caso de sarampo no Rio de Janeiro.

Uma jovem de 20 anos, moradora de Copacabana, na zona Sul, foi diagnosticada com sarampo em junho. A paciente passou pela emergência do Hospital Copa D’Or, mas teve o diagnóstico em São Paulo, onde mora sua família. Ela é estudante do curso de direito da UFRJ e esteve nos Jogos Jurídicos, em Petrópolis, na região Serrana, no mês passado. Outras três pessoas que tiveram contato com ela são acompanhadas como casos suspeitos.

Segundo especialistas, o Estado do Rio de Janeiro não tem casos de sarampo pelo menos desde 2000. O vírus da doença estava fora de circulação no Brasil desde 2016, após o país receber certificado da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). No entanto, desde o início do ano, um surto no Norte do país, que começou em Roraima, com casos importados da Venezuela, atrai a atenção do Ministério da Saúde. São 463 registros confirmados apenas em Roraima e no Amazonas. Na terça-feira, o prefeito de Manaus decretou situação de emergência na cidade.

“Já temos caso confirmado no Mato Grosso e outros cinco em Porto Alegre. Isso significa a circulação do vírus nessas regiões”, explica o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), pediatra infectologista Renato Kfouri. Ele diz que, com a confirmação de casos, o país entra no alerta 3, “alerta máximo, quando é necessária a notificação imediata (dos casos) – os laboratórios devem dar os resultados em 24 horas e é preciso fazer a vacinação de bloqueio”.

Kfouri alerta que a cobertura vacinal contra o sarampo é baixa no país – média em torno de 80% com duas doses, que confere maior proteção. “Isso é extremamente preocupante”, avalia. Ele diz que o ideal é chegar aos 95% de cobertura, mas de forma homogênea. “Também não adianta ter 95% se existirem áreas com 30%, 40% de cobertura”, pondera.

Transmissão

Contagioso. O sarampo é causado por um vírus transmitido por meio do contato com gotículas do nariz, da boca ou da garganta da pessoa infectada, pela tosse, espirro e respiração.

País tem 800 mil crianças sem proteção contra a poliomielite

Brasília. Em um alerta publicado nesta terça-feira, o Ministério da Saúde informa que 312 municípios brasileiros estão com baixa cobertura para a vacina contra a poliomelite: eles não chegaram a vacinar nem metade das crianças menores de um ano. Pelo menos 800 mil crianças estão sem proteção contra a paralisia infantil.

Os dados são os últimos disponíveis, referente ao ano de 2017. A recomendação internacional para o controle da doença é de que pelo menos 95% das crianças sejam vacinadas. Atualmente, a média nacional de cobertura é de 77%.

Não há casos de paralisia infantil no Brasil, ressalta o governo. O último registro do vírus selvagem foi feito 1989 em Souza, na Paraíba. A ação, no entanto, tem o objetivo de evitar um possível retorno da doença. Um caso foi registrado na Venezuela em junho e, nos últimos o anos, o vírus circulou em mais de 23 países.

Foi esse caso de uma criança indígena de 2 anos no leste da Venezuela que gerou um alerta para o Brasil, segundo Carla Domingues, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, disse ao G1. O caso serviu para chamar atenção para a baixa cobertura vacinal e o medo de que a doença fosse reintroduzida no Brasil em crianças não vacinadas.

A vacina contra a poliomielite está disponível o ano inteiro, em todos os postos de saúde. Todas as crianças com menos de 5 anos devem ser vacinadas, de acordo com o ministério.

Flash

Prevenção. A vacina contra o sarampo (a triviral, que protege ainda contra caxumba e rubéola), está disponível nos postos de saúde. Para crianças, uma dose aos 12 meses e o reforço, com a tetraviral (que inclui catapora) aos 15 meses. Para ter a proteção, adultos de até 29 anos precisam ter as duas doses e os de 30 a 49 anos, uma dose. Na dúvida, a pessoa deve se vacinar.

Fonte: O Tempo Contagem

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