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Crise na Poupafarma se estende à Farmadelivery

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crise na Poupafarma
Nando Santos/Boqnews

A crise na Poupafarma parece não ter fim e pode respingar também na Farmadelivery. A farmácia online, que desde 2020 integra o grupo InvestFarma estaria também atrasando salário de funcionários mesmo com a operação 100% normalizada, segundo denúncias de colaboradores baseados na matriz da empresa em Santo André (SP).

Informações às quais o Panorama Farmacêutico teve acesso dão conta ainda de atrasos sucessivos – de pelo menos um mês – na quitação de benefícios como cesta básica. Funcionários alegam também que chegaram a perder os direitosdo convênio médico por falta de pagamento. Além disso, a empresa estaria em débito com os depósitos do FGTS, tanto para atuais colaboradores como dos profissionais que se desligarem.

Entenda a crise na Poupafarma

 Os primeiros sinais de crise na Poupafarma apareceram no último dia 3, quando os funcionários receberam o aviso de antecipação do horário de fechamento das unidades. Porém, no domingo, um novo comunicado afixado nas lojas indicava o fechamento por uma semana até o dia 12, sem desconto em folha de pagamento.

Em reação a esse cenário, a empresa emitiu uma nota oficial informando que pretende evoluir para um “sistema multicanal, com forte ação das plataformas digitais desenvolvidas nos últimos dois anos”. A operação de lojas físicas passa por uma reavaliação e parte dos PDVs pode ser negociada ou migrar para um sistema de franquias. No entanto, até a loja virtual está desativada, segundo consta no próprio site oficial.

O grupo confirmou ainda que espera atrair novos parceiros de investimento, apesar de ponderar fatores como a crise de financiamentos do setor de varejo e as elevadas taxas de juros. Mas segundo fontes do mercado, um grupo do segmento farmacêutico já visitou algumas unidades para conhecer as lojas e ver a possibilidade de compra. E este seria o motivo do fechamento, a fim de agilizar as negociações e evitar o desgaste entre clientes e funcionários em decorrência da falta de mercadorias nas gôndolas – o que inclui reclamações sobre falta de analgésicos e anti-hipertensivos.

Distribuidora ligada ao grupo teve pedido de falência

Para completar o cenário, a Dissim, distribuidora ligada ao grupo, demitiu cerca de 80 colaboradores no dia 8. Sob condição de anonimato, funcionários informaram que receberam a carta de dispensa, sem previsão do pagamento do mês e benefícios como vale-transporte e vale refeição. NO dia 10, a Dislab entrou com pedido de falência da atacadista na 1ª Vara de Praia Grande (SP).

O departamento de RH da companhia estabeleceu um prazo de 10 dias para entrar em contato com colaboradores dispensados, para agendar o exame médico e seguir com a rescisão contratual. Parte dos funcionários já acionou o Sindicato dos Práticos de Farmácia e dos Empregados no Comércio de Drogas, Medicamentos e Produtos Farmacêuticos de Santos e Região (Sinprafarmas) para entrar com a rescisão indireta.

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