Com o objetivo de contribuir para a diminuição da pobreza menstrual e estimular as discussões sobre a questão, a CVS Health está cortando os custos de seus produtos de higiene íntima feminina. Segundo reportagem do USA Today, a rede reduziu em 25% o custo dos produtos para menstruação de sua marca própria. Desde o dia 5 de outubro, a empresa também começou a pagar o imposto sobre os produtos para menstruação em nome de clientes em 12 estados norte-americanos.
“Aplaudimos o anúncio da CVS de reduzir os preços dos suprimentos menstruais e pagar o ‘imposto sobre absorventes’ nos estados onde pode fazê-lo”, disse Joanne Samuel Goldblum, CEO da National Diaper Bank Network e Alliance for Period Supplies.
Uma das lutas da entidade é acabar com a pobreza menstrual nos EUA. “Eliminar os impostos sobre vendas de produtos menstruais é um passo na direção certa e estamos defendendo ativamente que a legislação acabe com o imposto sobre absorventes nos 22 estados (que) continuam a impor tributos sobre as necessidades básicas que as pessoas precisam para prosperar”, ressalta a executiva.
Luta para acabar com a pobreza menstrual
Especialistas enfatizam que tornar os produtos de higiene íntima feminina acessíveis é fundamental para acabar com a pobreza menstrual, definida como a incapacidade de acessar suprimentos e/ou receber educação adequada sobre saúde menstrual. Nos EUA, hoje, uma em cada quatro pessoas que menstruam lutam para comprar absorventes, de acordo com a Alliance for Period Supplies.
E um estudo de 2021, da organização sem fins lucrativos U by Kotex, mostrou que duas em cada cinco pessoas lutaram para comprar produtos menstruais durante a vida devido à falta de renda – um aumento de 35% em relação à pesquisa de 2018. Os entrevistados negros, latinos e de baixa renda estavam entre os mais afetados pela pobreza menstrual, segundo o estudo.
Outros pedidos de mudança de política incluem tornar os produtos menstruais gratuitos em todos os banheiros públicos e fornecer educação abrangente para ajudar a trabalhar pela equidade menstrual.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico