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Demanda por testes rápidos da dengue cresce 650%

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Testes rápidos de dengue
Foto: Canva

Entre novembro de 2023 e janeiro de 2024, a procura por testes rápidos da dengue no varejo farmacêutico cresceu 650%, é o que afirma a RaiaDrogasil, atendendo a um pedido de dados feitos pela CBN.

Com a onda de casos no país, outro produto que tem sofrido com a alta demanda é o imunizante para a doença. No mesmo período, as aplicações da vacina avançaram 480%.

De acordo com o Ministério da Saúde, a doença já matou ao menos 12 pessoas no Brasil nesses 30 primeiros dias de 2024. Além desses falecimentos, outros 85 são suspeitos de ter sido causados pela dengue.

Só no começo deste ano, mais de 120 mil casos da doença foram diagnosticados, contra menos da metade no mesmo período de 2023, 44 mil.

Vacina e testes rápidos da dengue são novidade 

Apesar da alta demanda, os produtos como os testes rápidos para a detecção da dengue e a vacina contra a doença são relativamente novos, afinal, eles só entraram no mix das farmácias no fim do primeiro semestre do ano passado.

Para Juliana Cervan, diretora Mais Saúde da RaiaDrogasil, o fato do teste ser acessível é um dos motivos para a alta nas vendas. “O teste rápido é bem simples. A gente coleta algumas gotas de sangue do dedo. Em 15 minutos a gente já tem o resultado e pode aconselhar corretamente o paciente a procurar o atendimento médico”, explica.

País é precursor na imunização 

Quando o assunto é a vacina da dengue, o Brasil é exemplo para o mundo. Isso porque o país foi o primeiro a disponibilizar o imunizante no sistema público de saúde.

Mas, mesmo com o protagonismo, como o estoque é baixo, o SUS está disponibilizando as vacinas apenas para as crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, o que leva a um aumento na demanda nas farmácias e clínicas.

O SUS prevê começar a aplicar a Qdenga no próximo mês de fevereiro. Para crianças abaixo de 10 anos, adolescentes acima de 14 anos, adultos e idosos, ainda não há previsão para o início da vacinação.

Na Droga Raia e Drogasil, a Qdenga é aplicada em pessoas de 4 a 60 anos. Por enquanto, a prescrição médica é obrigatória.

Fiocruz quer entrar na parada 

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Instituto Bio-Manguinhos, negocia a produção da vacina da dengue com a farmacêutica japonesa Takeda, produtora do imunizante.

Segundo reportagem do R7, o Instituto afirma que teve “conversas iniciais” com o laboratório japonês sobre uma “possível transferência de tecnologia” da vacina da dengue, mas que nenhuma decisão foi formalizada até o momento.

Por meio de nota, a Takeda informa que a empresa “está comprometida em buscar parcerias com laboratórios públicos nacionais para acelerar a capacidade de produção da vacina” e que possui um plano estratégico para atingir a meta de 100 milhões de doses por ano até 2030.

Outras formas de prevenir a dengue 

Além do imunizante, a forma mais eficaz de se evitar o contágio pela dengue é eliminando locais e recipientes com água parada, onde o mosquito pode se reproduzir.

Por isso, sempre que possível, vistorie sua casa e cheque se não há nenhum possível criadouro para o mosquito.

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