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Diretor do Butantan é ouvido pela CPI da Pandemia nesta quinta

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A CPI da Pandemia vai ouvir nesta quinta-feira, 27, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. O centro foi o primeiro a fornecer vacina anticovid à população brasileira e o requerimento de convocação é assinado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

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Segundo informações da Agência Senado, Vieira afirmou que a oitiva do diretor é essencial para que sejam esclarecidos todos os detalhes da atuação do Instituto Butantan desde o início da pandemia, especialmente com relação à produção de vacinas.

Resultado da associação do instituto com a fabricante chinesa de medicamentos Sinovac Biotech, a vacina CoronaVac começou a ser aplicada no país em 17 de janeiro deste ano, após divergências entre o governo federal e o governo do estado de São Paulo, o primeiro a comprar a vacina.

Na última quarta-feira, 19, no primeiro dia de seu depoimento à CPI, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello foi amplamente questionado sobre falas do presidente Jair Bolsonaro contrárias à aquisição da CoronaVac, negou pressão presidencial contra a compra da vacina e foi contestado por diversos senadores. O senador Humberto Costa (PT-PE) apresentou uma gravação na qual Bolsonaro dizia que havia dado ordens para que não houvesse compra da CoronaVac.

Professor titular de Medicina Clínica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, Dimas Covas está à frente do Instituto Butantan desde 2017. Em junho de 2020, foi o responsável pelo acordo de colaboração firmado com a farmacêutica chinesa para o desenvolvimento clínico do imunizante anticovid.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a aplicação da CoronaVac no Brasil com base em resultados dos testes e estudos clínicos que começaram em julho de 2020 em seis estados e no Distrito Federal.

De acordo com o Instituto Butantan, os resultados do estudo da fase 3 mostraram que nos casos graves e moderados a eficácia da CoronaVac é de 100%. Para os casos leves, 78% e, nos muito leves, 50,38%.

Até meados de maio, cerca de 70% das doses contra a covid-19 aplicadas no Brasil eram da vacina CoronaVac. Recentemente, o Instituto Butantan paralisou o envase do imunizante no país por falta de matéria-prima importada da China: o ingrediente farmacêutico ativo (IFA).

Nesta terça-feira, 25, o Butantan recebe 3 mil litros do insumo chinês para a produção de mais 5 milhões de doses. A previsão inicial era de 4 mil litros, que possibilitariam o envase de 7 milhões de doses, mas houve redução do quantitativo enviado pela China. Senadores apontam que crises diplomáticas com o país, provocadas por declarações presidenciais, estão prejudicando o envio do insumo e atrasando a produção da vacina.

O Instituto trabalha agora no desenvolvimento de uma nova vacina contra a covid-19: a ButanVac. A produção desse imunizante deverá ser feita totalmente no Brasil, a partir de uma tecnologia que trabalha a inoculação do vírus em ovos embrionados de galinhas.

Nesta segunda-feira, 24, o instituto enviou à Anvisa mais uma remessa de informações sobre o início dos testes em humanos com a ButanVac. Ainda não há previsão para o início da imunização com essa vacina no país, conforme a Agência Senado.

Fonte: A Tarde Online

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/05/10/plano-gratuito-da-clinicarx-viabiliza-servicos-clinicos-em-pequenas-farmacias/

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