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‘Dói na alma’: A rotina árdua e as marcas de médica na urgência da covid-19 em Manaus

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“A nossa vida virou de ponta cabeça. O ritmo de chegada dos pacientes e a rapidez com que esse vírus evolui em minutos é muito intensa. Foram tantos pacientes que a gente não conseguiu salvar nos últimos dois meses. Isso muda muito a gente. É algo drástico e dramático mesmo para quem trabalha com saúde há 25 anos como eu. É saber que você não vai conseguir salvar um, dois, três pacientes… No início, foi muito duro. Dói na alma.”

O relato da médica Uildeia Galvão da Silva, de 52 anos, que trabalha há 12 no atendimento de urgência do Hospital Pronto Socorro 28 de Agosto, principal hospital público do Amazonas, localizado em Manaus, é comum entre profissionais que estão na linha de frente do combate à covid-19.

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Desde que a pandemia se instaurou no estado, ela trabalha de 12 a 20 horas por dia e, assim como outros médicos e enfermeiros, viu sua rotina ser atravessada pelo novo coronavírus. ”É um vírus completamente novo e diferente de tudo o que a gente já viu”, diz. O estado hoje é o 4º com o maior número de casos e 6º em mortes no Brasil e beira o colapso no sistema de saúde desde o início deste mês.

“A gente vinha de uma situação relativamente ‘tranquila’ no atendimento e, em questão de dias, semanas, o número de pacientes mais do que dobrou. O primeiro mês foi muito difícil. Muitos colegas foram afastados não só por terem contraído a covid-19, mas também por pertencerem ao grupo de risco e por terem doenças psicológicas e psiquiátricas. Lidar com esse momento, na linha de frente, é devastador. E não tem como deixar a peteca cair”, conta.

Em dois meses, o número de mortes e casos confirmados registrou escalada no estado. O primeiro caso foi notificado em 13 de março. Quinze dias depois, no dia 27, este número aumentou para 81. Já no início de abril, 585 mortes foram contabilizadas. Segundo dados mais recentes, divulgados nesta quinta-feira (21) pelo Ministério da Saúde, o Amazonas registra 1.620 mortes e ultrapassou os 25 mil casos da doença. Neste cenário, Manaus concentra os maiores números: 1.094 óbitos e 12.317 casos confirmados.

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Fonte: Yahoo Brasil

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