A Takeda, farmacêutica responsável pela produção da vacina da dengue utilizada no Brasil, anunciou nesta semana a retomada da aplicação do imunizante em farmácias e laboratórios. A distribuição das doses para esses estabelecimentos foi limitada em fevereiro, por conta de uma priorização concedida ao Sistema Único de Saúde (SUS). As informações são da CNN Brasil.
A decisão de privilegiar o setor público foi tomada durante a epidemia da doença no Brasil. O crescente número de casos resultou em uma disparada na procura pelas vacinas em farmácias. As vendas mais que duplicaram e os estoques não absorveram a demanda. Em 2024 já foram registrados mais de 6,3 milhões de casos no Brasil, com ao menos 4.714 mortes.
Takeda mira outro público-alvo com vacina da dengue
O principal objetivo da reincorporação dos imunizantes ao sistema privado é o atendimento à população inelegível pelo SUS, que vem priorizando crianças entre 10 e 14 anos. A prática é uma recomendação do Ministério da Saúde, pois o grupo é o mais afetado pela doença atualmente.
Em nota, a Takeda afirmou que o foco de oferta das doses permanece o mesmo, mas revelou ter um estoque de segurança destinado à população inelegível pelo sistema público e àqueles que já receberam a primeira dose.
As imunizações têm uma eficácia de aproximadamente 80% e valem por até um ano. A segunda aplicação deve ocorrer 90 dias após a primeira. Pessoas acima de 60 anos precisam de receita médica para obter as doses e grávidas, enquanto mulheres que amamentam e pessoas com imunodeficiência não podem tomar a vacina.
Disponibilidade das vacinas
As redes Raia e Drogasil, do grupo RD Saúde, receberam uma nova remessa na semana passada e já disponibilizaram as vacinas para seus consumidores, o preço de cada dose varia entre R$ 359 e R$ 399. As unidades do Grupo DPSP também já voltaram a oferecer o agendamento da imunização em todo o país