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Estudo da UFRN amplia a possibilidade de terapia direcional no tratamento do câncer

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A decodificação da sequência do genoma humano possibilitou à Ciência localizar os genes mais frequentemente mutados diretamente correlacionados às proteínas superexpressas no crescimento de tumores cancerosos. Isso foi fundamental no avanço e aparecimento de novas pesquisas e tratamentos contra a doença. Uma delas é a terapia direcionada que permite atacar somente as células cancerosas, ao contrário da quimioterapia que também afeta as células normais e provoca muitos efeitos negativos à saúde dos pacientes. Acontece que este tratamento é ainda muito complexo e caro, o que dificulta sua popularização.


No novo estudo, os cientistas modificaram, de forma simplificada, nanopartículas de ouro através da inserção, em sua superfície, de quinoxalinas sintetizadas. Além disso, usando simulação molecular (in silico), observaram que esta mutação permite atacar, com grande eficiência, células cancerosas por meio da terapia dirigida. Menores que 100 nanômetros, as nanopartículas de ouro são produzidas, como o próprio nome sugere, a partir do ouro. Elas são tão pequenas que podem, por exemplo, transportar medicamentos para o interior das células sem perfurar as membranas celulares. Também podem ser carreadas para partes específicas do corpo humano em intervalos controlados.


Já as quinoxalinas são agentes antitumorais e anticancerígenos capazes de inibirem enzimas envolvidas na proliferação, motilidade e diferenciação do câncer. Devido a sua vasta gama de aplicações que inclui luminescência e biomedicina, são identificadas algumas vezes como “moléculas reconhecedoras de tumores”. Com o título “Funcionalização de nanopartículas de ouro com dois derivados de quinoxalina à base de aminoálcool para direcionamento de fosfoinositídeos 3-quinases (PI3Kα)”, a pesquisa foi desenvolvida na UFRN e envolveu os institutos de Química (IQ-UFRN) e do Cérebro (ICe-UFRN), em parceria com os laboratórios de Bioinorgânica e Cristalografia, do departamento de Química da UFSC, e de Microscopia Aplicada à Ciência da Vida, do Inmetro. Ao todo, dez pesquisadores trabalharam no estudo: Janine Araújo, Fabrício Menezes, Heloiza Silva, Davi Vieira, Sérgio Ruschi Silva, Adailton Bortoluzzi, Celso Sant’Anna, Mateus Eugenio, Jannyely Neri e Luiz Gasparotto, coordenador do estudo.

Fonte: Tribuna do Norte

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