A taxa de inflação para as pessoas de renda muito baixa aumentou 85% em novembro deste ano, na comparação com igual mês do ano passado, passando de 0,54% para 1%, de acordo com o indicador Ipea de inflação por faixa de renda. O aumento na taxa do grupo de renda alta foi menos acentuado (48%), de 0,43% para 0,63%. O Ipea considera na faixa de renda muito baixa famílias com renda domiciliar mensal menor que R$ 1.650,50. Para essas pessoas, a inflação acumulada, em 12 meses, está em 5,8%.
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A inflação maior nessa faixa se explica pela alta de preços neste ano estar concentrada nos alimentos. Em novembro, 75% da inflação do segmento mais pobre da população veio da alta do grupo alimentação e bebidas, impactada pelos reajustes de produtos como arroz, batata, carnes e do óleo de soja. Esse grupo tem peso de 28% no orçamento dessa faixa de renda, praticamente o dobro do peso na cesta de consumo dos mais ricos. Na renda alta, entre aquelas com ganho maior que R$ 16.509,66, o indicador, em 12 meses até novembro, está em 2,69%. Esse é o único segmento da população que registrou desaceleração da inflação de outubro (0,82%) para novembro (0,63%). A inflação oficial, medida pelo IPCA, registrou alta de 0,89% em novembro em relação ao mês anterior, segundo o IBGE, maior alta para novembro desde 2015.
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Serviços
O setor de serviços avançou levemente (0,6%) na passagem de setembro para outubro, no Ceará, atingindo o terceiro resultado positivo consecutivo. Segundo o IBGE, no comparativo com outubro de 2019, o setor de serviços recuou 12,6%, registrando a nona taxa negativa seguida nessa comparação e a segunda maior baixa do País. Apenas o mês de janeiro de 2020 (1,6%) foi superior a igual mês em 2019. No ano, acumulou-se queda de 14,8%, enquanto nos últimos 12 meses, a retração registrada chegou a 11,7%.
Turismo
Ainda segundo o IBGE, em outubro de 2020, o índice de atividades turísticas cresceu 11,2% frente ao mês de setembro, no Ceará – a terceira taxa positiva seguida, mas em desaceleração na comparação com os meses anteriores, agosto (77,8%) e setembro (14,6%). Em outubro de 2019 a variação foi de 1,2%. Frente a outubro de 2019, o índice de volume de atividades turísticas no Ceará caiu 35,2%. As medidas de isolamento social, diante da pandemia do novo coronavírus afetou intensa e imediatamente o setor.
Sem auxílio, inflação cai?
“Nós achamos que esse aumento de inflação vai se dissipar. Primeiro, porque o presidente da Câmara [dos Deputados, Rodrigo Maia] vai aprovar o Banco Central independente, que vai impedir que essa alta transitória de preços prossiga. E, segundo, porque a própria suavização do auxílio emergencial, na medida em que ele desce e recai no Bolsa Família. Essa explosão de preços de construção civil, de alimentos, se acalma um pouco”. Palavras do ministro da Economia, Paulo Guedes.
“Muito baixo”
A decisão de zerar a alíquota de importação de revólveres e pistolas, tomada na última quarta (9), tem “efeito financeiro muito baixo” na arrecadação federal, na avaliação de Paulo Guedes. Segundo o ministro – que comparou a decisão ao valor empregado por mês no auxílio emergencial –, a medida, que passa a valer a partir de janeiro de 2021, representa uma diminuição de R$ 230 milhões na arrecadação anual de impostos, e faz parte de uma promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro.
Suspensão chinesa
Até a próxima sexta-feira (18), estão suspensas as importações de carne congelada de Brasil e Argentina, após detecção do novo coronavírus nas embalagens dos produtos. A decisão é da Administração Geral de Aduanas da China, ao afirmar que a medida afeta as empresas brasileiras Naturafrig Alimentos e Plena Alimentos, depois de terem sido encontrados vestígios do patógeno em pacotes congelados de vitela desossada. O governo chinês vem reforçando a regulamentação sobre importação de alimentos.
Quase R$ 600 bi
Em saída de férias, na iminência da segunda onda da covid-19 por aqui – embora Bolsonaro diga que está acabando –, Paulo Guedes afirmou que as medidas de combate à pandemia, até agora, é R$ 599,5 bilhões. Do total de gastos, R$ 321 bilhões foram destinados ao pagamento do auxílio emergencial, de acordo com o ministro.
Fonte: O Estado do Ceará
