Fungos do oceano podem originar novos medicamentos

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Fungos
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O maior estudo já feito sobre o DNA oceânico revelou alguns segredos sobre a abundância de fungos na zona crepuscular dos mares, localizada entre 200 e 1.000 metros abaixo da superfície. As informações são do Smithsonian Magazine.

A descoberta, publicada na revista Frontiers in Science, pode abrir portas para o desenvolvimento de medicamentos e conta com informações de mais de 317 milhões de grupos de genes de organismos marinhos, fornecendo dados como função biológica, localização e tipo de habitat.

 “Genes e proteínas derivados de micróbios marinhos têm infinitas aplicações potenciais”, disse o coautor do estudo Carlos Duarte , ecologista marinho da Universidade de Ciência e Tecnologia King Abdullah (KAUST), na Arábia Saudita, a Carissa Wong, da Nature News .

“Podemos investigar novos antibióticos ou encontrar novas enzimas para a produção de alimentos. Se souberem o que estão procurando, os pesquisadores poderão usar nossa plataforma para encontrar a agulha no palheiro que possa resolver um problema específico.”

Para construir a base de dados, os investigadores analisaram milhares de amostras marinhas recolhidas nos últimos 15 anos, nos cinco oceanos e no Mar Mediterrâneo. As amostras foram provenientes de uma variedade de expedições e estudos anteriores, como a expedição global Tara Oceans , que decorreu de 2009 a 2013. O ADN representava bactérias, fungos e vírus de uma variedade de geografias e profundidades oceânicas.

No passado, as barreiras à sequenciação do ADN representavam um grande obstáculo para os cientistas – mesmo quando as amostras genéticas eram recolhidas e estavam em mãos, os seus esforços podiam ser frustrados pelo custo, pelo tempo ou pelo estado do DNA. Em 2022, 303 milhões de genes microbianos marinhos únicos foram sequenciados.

O avanço da equipe veio por meio de sequenciamento e avanços tecnológicos. Melhorias na velocidade e precisão da supercomputação, bem como desenvolvimentos em inteligência artificial e sequenciamento de DNA , permitiram à equipe analisar mais de 2.100 metagenomas, ou grandes quantidades de material genético. Ao todo, eles sequenciaram aproximadamente 317 milhões de grupos únicos de genes microbianos para criar o catálogo mais completo até agora.

Em particular, o estudo analisou de perto a vida acostumada às condições extremas da “zona crepuscular” oceânica. Estendendo-se entre 200 e 1000 metros abaixo da superfície – fora do alcance da luz solar – esta região é o lar de algumas das criaturas mais singulares da Terra, com adaptações impulsionadas por um habitat tão hostil.

Dentro da zona crepuscular, os investigadores ficaram surpresos ao descobrir que mais de metade dos agrupamentos únicos de genes encontrados pertenciam a fungos.

“Houve algumas indicações de [abundância de fungos neste nível] antes, então esta é outra peça do quebra-cabeça”, disse a autora principal Elisa Laiolo , bióloga marinha da KAUST.

Penicilina foi desenvolvida a partir de fungos

Medicamentos como a penicilina, por exemplo, foram desenvolvidas a partir de fungos. E aqueles encontrados nas profundezas do oceano desenvolveram características raras que poderiam ser úteis para cientistas que desenvolvem medicamentos. “Isso poderia potencialmente levar à descoberta de novas espécies com propriedades bioquímicas únicas”, disse Fabio Favoretto , ecologista marinho do Scripps Institution of Oceanography que não esteve envolvido na pesquisa.

“Podemos encontrar algo como [penicilina] nesses fungos oceânicos.” O exame dos micróbios marinhos também esclareceu o papel dos vírus no aumento da diversidade genética, o que fazem ao mover genes entre organismos.

Para que o catálogo seja verdadeiramente eficaz, afirma a equipa, os países e os cientistas precisam de dar prioridade à disseminação do conhecimento. O “ tratado de alto mar ” de 2023, assinado por quase 200 países, afirma que um gene marinho é propriedade do país que o descobre, embora os seus benefícios devam ser partilhados. Ainda assim, o acordo não estava claro sobre como isso funcionaria.

“Essa incerteza deve ser resolvida agora que atingimos o ponto em que as tecnologias genéticas e de inteligência artificial podem desbloquear inovação e progresso sem precedentes na biotecnologia azul”, afirma Duarte num comunicado.

Inovação no combate ao Herpes e HPV

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Inovação no combate ao Herpes e HPV

A Gallia Farmacêutica, indústria de bandeira argentina do Grupo Gador, anuncia o lançamento do Glizitrat, antiviral inovador em spray para o tratamento de herpes genital e HPV.

Com ácido glizirrínico 0,1% em sua formulação, o produto é fácil de aplicar em casa, proporcionando ação anti-inflamatória, cauterizadora e cicatrizante. O spray ainda se destaca por contar com aprovação da EMA, a principal agência reguladora de medicamentos na Europa.

Dermatologicamente testado, apresenta alta eficácia em fases iniciais e recidivas dessas doenças. Além disso, é seguro para gestantes, com comprovação clínica internacional inclusive em pacientes com HIV.

Gallia

 

Distribuição: Gallia Farmacêutica
Diretor de marketing: Carlos Passo – cpassos@gador.com

CFO da Funcional assume nova missão

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Funcional Health Tech, Bruno Della Monica
Foto: Divulgação

Diretor financeiro da Funcional Health Tech desde 2014, Bruno Della Monica assume agora a direção do FuncionalMulti, programa de cartões e benefícios da empresa.

Formado em administração pela FIAM, tomou gosto pela área onde atua. Aprofundou conhecimentos com uma extensão em gestão financeira pelo Instituto de Tecnologia do Sul de Alberta, no Canadá, e dois MBAs pela USP e FGV.

Contato: bdellamonica@funcionalcorp.com.br

Pneumonia é contagiosa? Saiba prevenir a doença

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pneumonia é contagiosa
Foto: Freepik

A pneumonia é uma condição de saúde que desperta preocupações e dúvidas, e muitas vezes, paira a pergunta: “Pneumonia é contagiosa?” Vamos esclarecer essa questão e fornecer informações abrangentes sobre a pneumonia, seus modos de transmissão e, o mais importante, estratégias eficazes de prevenção.

Em meio a inúmeros mitos e informações conflitantes, é essencial compreender a natureza da pneumonia e adotar medidas preventivas para proteger a saúde respiratória. Vamos mergulhar neste tópico crucial e entender como podemos nos resguardar contra essa condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.

O que é pneumonia e a pneumonia é contagiosa?

Entender se a pneumonia é contagiosa é vital para lidar com a propagação da doença. A resposta é sim e não.

A transmissão da pneumonia pode ocorrer de diferentes maneiras, dependendo da causa subjacente. Nos casos virais e bacterianos, a pneumonia é frequentemente contagiosa e pode se espalhar de pessoa para pessoa por meio de gotículas respiratórias expelidas ao tossir ou espirrar.

Formas de transmissão da pneumonia:

  1. Via respiratória: A transmissão mais comum ocorre por meio de gotículas respiratórias expelidas por uma pessoa infectada ao tossir, espirrar ou falar.
  2. Contato com superfícies contaminadas: As bactérias e vírus responsáveis pela pneumonia podem sobreviver em superfícies por horas ou até dias, aumentando o risco de transmissão por contato.
  3. Aspiração de micro-organismos: A aspiração de micro-organismos presentes na boca ou garganta para os pulmões também é uma via de infecção, especialmente em pessoas com sistema imunológico

Prevenção da Pneumonia: dicas essenciais

  1. Vacinação: A vacinação é uma das medidas mais eficazes para prevenir a pneumonia. As vacinas pneumocócicas e contra a gripe são cruciais, especialmente para grupos de risco, como idosos e crianças.
  2. Higiene das mãos: Lavar as mãos regularmente com água e sabão, ou usar desinfetante à base de álcool, ajuda a reduzir a propagação de micro-organismos responsáveis pela pneumonia.
  3. Evitar contato com pessoas doentes: Reduzir o contato próximo com pessoas doentes, especialmente em épocas de surtos de doenças respiratórias, é uma prática preventiva eficaz.
  4. Cuidados respiratórios: Práticas simples, como cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, podem ajudar a evitar a disseminação de gotículas respiratórias.

Sintomas da Pneumonia:

Reconhecer os sintomas é crucial para buscar tratamento precoce. Tosse persistente, febre, falta de ar, dor no peito e confusão mental são sinais comuns de pneumonia. Procurar ajuda médica imediatamente é essencial, especialmente em casos de sintomas graves.

Tratamento da Pneumonia:

O tratamento da pneumonia varia de acordo com a causa específica. Bactérias são tratadas com antibióticos, enquanto infecções virais exigem antivirais. Repouso, hidratação e, em casos mais graves, hospitalização pode ser necessários.

Protegendo-se contra a pneumonia

Em resumo, a pneumonia pode ser contagiosa, mas as medidas preventivas desempenham um papel fundamental na redução do risco de transmissão. A vacinação, a higiene das mãos e o cuidado com o contato próximo são pilares essenciais na prevenção.

Ficar atento aos sintomas e buscar tratamento imediato são passos cruciais para lidar com a pneumonia. Ao compreender a natureza da doença e adotar práticas preventivas, podemos proteger nossa saúde respiratória e contribuir para a redução da propagação dessa condição séria.

Este conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta médica. Para esclarecimento de dúvidas adicionais sobre uma patologia, medicamento ou tratamento, converse com um profissional de saúde de sua confiança. Evite sempre a automedicação

Prati-Donaduzzi quer dobrar faturamento até 2027

Prati-Donaduzzi

 

A Prati-Donaduzzi tem a meta de investir R$ 100 milhões por ano para dobrar o faturamento até 2027, segundo informações da revista Forbes. A estratégia da farmacêutica cujo foco são os medicamentos genéricos é verticalização da distribuição, além do investimento na construção da marca, na diversificação e na expansão territorial.

“O mercado farmacêutico em geral vende por meio de distribuidoras regionais, mas nós temos uma estrutura exclusiva. Vendemos para as redes e podemos atender cada farmácia individualmente, por meio da nossa rede de distribuição”, explicou o CEO Eder Maffissoni à reportagem.

Isso garantiu a visibilidade da marca. “Quando começamos, éramos apenas um laboratório pequeno no Sul do Brasil, mas atualmente também somos conhecidos no Nordeste”, compartilha Maffissoni.

Prati-Donaduzzi investe na área de prescrição

O processo de diversificação também passou por pesquisas no desenvolvimento dos próprios princípios ativos. “Atualmente, investimos 5% do faturamento todos os anos para desenvolver medicamentos com prescrição”, diz o CEO.

A empresa já possui 450 medicamentos autorizados, e tem 188 princípios comercializáveis, que podem ser usados na produção de 250 medicamentos. “Cerca de 10% das receitas atualmente vêm de remédios de prescrição, fórmulas para doenças do sistema nervoso, como Parkinson, Alzheimer, depressão e esquizofrenia.”

Como parar de roncar? Dicas práticas para noites de sono tranquilas

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parar de roncar
Foto: Freepik

Se você está buscando maneiras de parar de roncar, este é o seu guia completo.

Roncar pode não apenas perturbar o seu próprio sono, mas também o daqueles ao seu redor, criando uma experiência desconfortável e, muitas vezes, resultando em noites mal dormidas.

Vamos explorar estratégias práticas, mudanças de estilo de vida e dicas que podem ajudar a reduzir ou eliminar completamente o ronco, proporcionando noites de sono mais tranquilas e revigorantes. Prepare-se para descobrir as soluções que podem fazer uma diferença significativa em sua qualidade de sono e bem-estar geral.

Além das estratégias já mencionadas, existem outras abordagens complementares que podem contribuir para reduzir ou eliminar o ronco. Vamos explorar algumas delas:

Estratégias para parar de roncar

  1. Aromaterapia:

Uma das estratégias que permite parar de roncar é a utilização de óleos essenciais conhecidos por suas propriedades relaxantes, como lavanda ou eucalipto, pode ser incorporada ao ambiente de dormir. Difusores de aromaterapia podem ajudar a criar uma atmosfera propícia ao relaxamento, reduzindo a probabilidade de ronco.

  1. Mudanças na alimentação:

Alguns alimentos, como laticínios e alimentos ricos em gordura, podem aumentar a produção de muco, o que pode contribuir para o bloqueio das vias aéreas. Experimentar uma dieta que minimize esses alimentos pode ser uma estratégia adicional para controlar o ronco.

  1. Exercícios de respiração:

Práticas como exercícios de respiração profunda e técnicas de relaxamento podem fortalecer os músculos respiratórios e melhorar o controle da respiração durante o sono. Esses exercícios podem ser aprendidos e praticados regularmente para promover uma respiração mais eficiente.

  1. Travesseiros específicos:

Utilizar travesseiros projetados para posicionar a cabeça e o pescoço de maneira a facilitar a respiração pode ser uma solução eficaz. Esses travesseiros estão disponíveis no mercado e são projetados para manter as vias aéreas alinhadas.

  1. Programas de treinamento para sono:

Existem programas de treinamento específicos para quem sofre de ronco frequente. Esses programas podem incluir técnicas de relaxamento, mudanças na dieta e exercícios direcionados para fortalecer os músculos envolvidos na respiração.

  1. Avaliação de medicamentos:

Em alguns casos, medicamentos específicos podem ser recomendados para tratar condições subjacentes que contribuem para o ronco, como alergias ou congestão nasal. No entanto, o uso de medicamentos deve ser supervisionado por um profissional de saúde.

É crucial reconhecer que as soluções para parar de roncar podem variar de pessoa para pessoa. Experimentar uma abordagem multifacetada e persistir naquelas que se mostram eficazes é fundamental. Paciência e dedicação ao processo são essenciais para alcançar resultados duradouros.

Quando procurar ajuda profissional:

Se, apesar de tentar várias estratégias, o ronco persistir ou piorar, é aconselhável procurar a orientação de profissionais de saúde. A avaliação de um médico especializado em sono, otorrinolaringologista ou dentista especializado em sono pode ajudar a identificar condições específicas e oferecer soluções personalizadas.

Em resumo, parar de roncar é um objetivo alcançável com a abordagem certa. A combinação de mudanças no estilo de vida, técnicas específicas e a busca por abordagens complementares pode resultar em noites mais silenciosas e, o mais importante, em um sono mais reparador. Experimente diferentes estratégias, adapte-as às suas necessidades individuais e desfrute das recompensas de uma noite tranquila e revigorante.

Este conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta médica. Para esclarecimento de dúvidas adicionais sobre uma patologia, medicamento ou tratamento, converse com um profissional de saúde de sua confiança. Evite sempre a automedicação

RD indenizará família por venda de medicamento errado

Medicamento errado

 

A RD-RaiaDrogasil terá que indenizar uma família por venda de medicamento errado à mãe de um menor com transtorno do espectro autista. A decisão foi mantida pela 7ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), sendo fixada a quantia de R$ 34,19, por danos materiais, e de R$ 18 mil, por danos morais.

De acordo com o processo, a médica que prescreveu o medicamento denominado medato. Contudo, ao se dirigir à farmácia, foi entregue à mãe do menor um remédio diverso do prescrito na receita.

Os pais afirmam que, sem perceber o equívoco, ministraram o medicamento no filho por quase um mês. Nesse período, segundo eles, o menor teve febre e vômito e apresentou agitação e impulsividade. Por fim, acrescentam que o medicamento tem o potencial de viciar e que, em caso de superdosagem, a ingestão pode levar à morte.

A RD, em sua defesa, alega que não praticou nenhum ato ilícito ou desidioso em contra a criança e que eventuais dissabores sofridos não significam violação à honra, imagem ou vida privada.

Venda de medicamento errado caracteriza defeito na prestação de serviço

Na decisão, a Turma esclarece que a venda de medicamento diverso do previsto na receita caracteriza defeito na prestação de serviço e que, neste caso, a farmácia responde independentemente da existência de culpa.

O colegiado ainda pontua que competia aos pais a conferência do remédio adquirido, porém esse fato não exclui a responsabilidade da farmácia. Assim, para a Justiça do DF “os fatos noticiados ultrapassam o mero dissabor, diante da angústia sofrida pelo menor e seus genitores, em razão da exposição concreta do consumidor ao risco à saúde”.

Não medicamentos sustentam alta do varejo farmacêutico

Não medicamentos sustentam alta do varejo farmacêutico
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A compra de não medicamentos sustentou o avanço do varejo farmacêutico em 2023. Enquanto o mercado brasileiro cresceu 0,81% em venda de unidades, essa divisão saltou cinco vezes mais – 4,12%, chegando a 2,92 bilhões. Os dados são da Close-Up International e dizem respeito aos últimos 12 meses até novembro de 2023.

Nesse mesmo período, os medicamentos com prescrição (MPX) tiveram um avanço mais tímido (2,13%), enquanto os medicamentos isentos de prescrição (MIPs) despencaram, registrando um recuo de 7,73%.

Compra de não medicamentos também encheu os bolsos

Quando a conversa é o montante movimentado nas farmácias, os não medicamentos também lideraram o crescimento, acima do mercado em geral –

14,32% contra 10,67%. As vendas dessa categoria totalizaram R$ 42,36 bilhões, o que equivale a 31% do volume de negócios no varejo farmacêutico.

Os MPX também registraram um avanço considerável (11,06%), e os MIPs, nesse quesito, não fecharam no vermelho, mas também não conseguiram acompanhar o ritmo.

Outro sinalizador dessa alta é o ranking de fabricantes com movimentação acima de R$ 1 bilhão nos PDVs. Se em 2022, essa lista incluía sete empresas, depois de 2023 passou a contemplar nove.

As 9 empresas com venda bilionária de não medicamentos

Evolução chamou atenção de outros players

Crescendo acima do mercado e das demais categorias, os não medicamentos chamaram a atenção de players da indústria farmacêutica e também do varejo, que vêm ganhando cada vez mais terreno.

Bons exemplos são o Grupo Cimed e a Eurofarma, que entraram no mercado de hiigiene e beleza recentemente.

A primeira registrou um avanço de 60,16% em suas vendas em comparação com o mesmo período de 2022 e já ocupa a décima colocação dentre as empresas que mais movimentaram receita nas farmácias, muito em parte por sucessos como o Carmed Fini. Já a segunda vem num avanço mais tímido, somando R$ 463,5 milhões em vendas no varejo.

Marcas próprias movimentam também os não medicamentos

O crescente investimento de redes do varejo farmacêutico em marcas próprias também puxou o desempenho dos não medicamentos. A RaiaDrogasil, por exemplo, já ocupa a 13ª posição no ranking geral de vendas, graças a um aumento superior a 20% e um montante de R$ 694,1 milhões.

Outras três representantes do varejo farmacêutico aparecem entre os top 60. São elas a DPSP, a Panvel e a Pague Menos, respectivamente no 44º, 47º e 53º lugares.

Vendas de marcas próprias pelas grandes redes

“A marca própria das farmácias sofreu especial influência das taxas de inflação no Brasil, cuja alta comprometeu a renda média dos brasileiros e forçou alterações da cesta de consumo. E o setor vem assimilando bem as lições de segmentos como o de supermercados e vestuário, apostando em portfólios exclusivos”, comenta a presidente da Abmapro, Neide Montesano.

Confira também: Varejo farmacêutico

A farmácia que virou líder mundial de saúde e beleza

Uma farmácia virou o maior grupo de saúde e beleza do mundo
Loja da Watsons Pharmacy na Malásia (Divulgação AS Watson)

Como uma pequena farmácia de Hong Kong, na China, transformou-se no maior conglomerado de saúde e beleza do mundo? Conheça a história emblemática do Grupo AS Watson, que agrega 12 bandeiras, opera mais de 16,4 mil lojas em 29 países e registra receita anual de US$ 22 bilhões.

Todos os anos, mais de 5,5 bilhões de consumidores efetivam transações na rede do varejo farmacêutico, por meio de uma experiência que integra offline e online, batizada de O+O.

O Dispensário de Hong Kong foi fundado em 1841 como a primeira farmácia na cidade – na época uma pequena vila de pescadores –, a oferecer medicamentos importados aos clientes. O primeiro gerente da loja foi o farmacêutico britânico Alexander Skirving Watson, que mais tarde deu seu nome à empresa: AS Watson & Company Limited.

A empresa começou a fabricar produtos de marca própria em 1862 e ainda preserva embalagens de medicamentos daquele ano. A primeira tentativa de expansão territorial ocorreu não muito depois. O grupo iniciou seus negócios nas Filipinas, onde estabeleceu uma fábrica na capital Manila em 1884.

Sete anos antes, também tinha começado a ampliar seu negócio para além das farmácias, com o lançamento da Watsons Water, sob a justificativa de que a qualidade da água naquela época não era confiável. A melhor maneira de tratar os pacientes era fornecer-lhes água limpa. Foi o surgimento de um novo mercado, uma vez que até então ninguém pagava pela água.

E a farmácia expandiu pela Ásia

A maior mudança para a pequena farmácia ocorreu quando ela foi comprada pela Hutchison Whampoa, que adquiriu o controle acionário em 1963 e a propriedade total em 1981. Atualmente, é de propriedade majoritária da CK Hutchison, e desde 2014 a empresa de investimento do governo de Cingapura Temasek Holdings detém uma participação de 24,95%.

O avanço internacional teve ritmo cada vez mais frenético ao longo das últimas três décadas, começando por toda a Ásia, em 1987, onde fincou bandeira em Macau, Singapura, Malásia e Tailândia. O ano 2000 marcou a entrada no mercado europeu, com a compra da rede de saúde e beleza Savers, do Reino Unido.

O período foi seguido por uma série de aquisições, como a das redes do varejo farmacêutico holandês Kruidvat e Trekpleister; além da alemã Rossmann e da britânica Superdrug. A companhia também incorporou as lojas de perfumaria da Drogas, da Letônia; da belga ICI PARIS XL; da Marionnaud (França) e da The Perfume Shop (Reino Unido).

Com informações do South China Morning Post e do AS Watson

Conheça 20 farmacêuticos que fizeram história

Dia do Farmacêutico: 20 profissionais que fizeram história
Foto: Canva

Neste sábado, dia 20, o Dia do Farmacêutico celebra uma das profissões que mais vem gerando empregos no país e ganhando protagonismo no ecossistema de atenção à saúde.

E para homenagear essa categoria, o Panorama Farmacêutico elencou um time de 20 craques do setor, que fizeram história com descobertas fundamentais e confirmam a relevância da carreira farmacêutica.

O farmacêutico e sua contribuição para o mundo

Confira a seguir os farmacêuticos que fizeram história com seus trabalhos e descobertas.

Alexander Fleming

Foi um microbiologista e farmacologista britânico que descobriu a penicilina. Fleming era um pesquisador bagunceiro que deixou uma pilha de culturas de estafilococos em sua mesa durante um mês de férias. Ao retornar, percebeu que uma das culturas havia sido destruída por um fungo, que mais tarde usaria para desenvolver o antibiótico

Benjamin Green

O farmacêutico norte-americano atuou como aviador na Segunda Guerra Mundial e usou vaselina veterinária na pele para servir como barreira física do sol. Ao regressar da guerra, acrescentou manteiga de cacau e óleo de coco à fórmula para fazer um produto mais agradável, o que mais tarde se tornaria o bronzeador Coppertone

Caleb Bradham

Inventor e farmacêutico norte-americano, foi simplesmente o criador do refrigerante Pepsi-Cola

Cândido Fontoura

Cândido Fontoura Silveira era farmacêutico em Bragança Paulista (SP) quando, aos 25 anos, em 1910, criou o Biotônico Fontoura

Carl Wilhelm Scheele

Farmacêutico sueco-alemão, foi um dos cientistas que mais trouxe contribuições à ciência. Entre os anos de 1772 e 1781, descobriu vários ácidos orgânicos e inorgânicos, entre os quais arsênico, fluorídrico, molíbdico, cítrico, gálico, lático, málico, oxálico, pirogálico, tartárico e úrico

Claude Nativelle

O farmacêutico francês isolou e cristalizou, em 1844, o princípio ativo da dedaleira (digitalis), usado no tratamento de arritmias cardíacas

Eduardo Augusto Gonçalves

O farmacêutico português desenvolveu a pomada Minancora no Brasil em 1915

Friedrich Sertürner

Como assistente de farmacêutico, o alemão Friedrich Sertürner foi o primeiro químico a separar a morfina do ópio. Embora sua descoberta tenha sido feita em 1805, somente depois de 1815 a morfina se tornou amplamente disponível para uso no alívio de dores

George F. Archambault

Nascido em 1910 nos Estados Unidos, Archambault é considerado o Pai da Atenção Farmacêutica

Henri Leroux

Em 1828, o farmacêutico francês, juntamente com o químico italiano Raffaele Piria, isolou o princípio ativo da casca do salgueiro. Eles o batizaram de salicina ou ácido salicílico, substância que foi a precursora da Aspirina

Henri Nestlé

Fundador da Nestlé, o farmacêutico alemão lançou a Farinha Láctea, uma combinação de leite de vaca, farinha de trigo e açúcar. O composto foi desenvolvido para ser consumido por bebês que não podem ser amamentados, para ajudar a combater as altas taxas de mortalidade infantil

João Bernardo Coxito Granado

Criou, em 1903, o Polvilho Antisséptico, produto mais antigo e carro-chefe da Granado. Sua fórmula, que teve registro aprovado por Oswaldo Cruz, permanece inalterada até os dias de hoje

João Gomes Xavier

O farmacêutico brasileiro desenvolveu o Regulador Xavier, preparado à base de extratos vegetais, de plantas medicinais para distúrbios da menstruação e registrado nos órgãos de saúde desde 1930

John Pemberton

Uma das bebidas mais populares até hoje, a Coca-Cola foi inventada pelo farmacêutico norte-americano para neutralizar seu próprio vício em morfina

Joseph Swan

Aprendiz de farmacêutico e químico britânico, Swan foi responsável pelo desenvolvimento da primeira luz incandescente

Lunsford Richardson

Nascido nos Estados Unidos, foi o inventor do Vick VapoRub há mais de 110 anos. Até hoje a pomada do frasco azul, feita de mentol, cânfora, óleo de eucalipto e vários outros óleos, misturados a uma base de vaselina, é comercializada no mundo inteiro

Odette Ferreira

Pioneira da investigação sobre a Aids em Portugal, foi responsável pela identificação do vírus HIV de tipo 2

Pierre Jean Rebique

Professor da Ecole de Pharmacie de Paris, descobriu muitos produtos naturais, entre eles dois alcaloides narcotina (noscapina) e codeína

Rodolpho Albino

Militar brasileiro, Albino foi um dos fundadores e presidiu a Associação Brasileira de Farmacêuticos, em 1916. O pesquisador redigiu, editou e publicou sozinho a primeira edição da Farmacopeia Brasileira, em 1926, com descrições de mais de 200 plantas medicinais, a maioria delas de origem brasileira. O Código Farmacêutico Brasileiro foi escrito no laboratório da Casa Granado, na qual Albino era diretor técnico

Terry Williams

No início dos anos 1900, o jovem farmacêutico dos Estados Unidos, literalmente, fez um presente para sua irmã Mabel. Ele combinou carvão com vaselina e ela aplicou a mistura nos cílios. Mabel conheceu seu futuro marido enquanto usava o rímel e, como presente de casamento, Terry deu à sua invenção o nome de sua irmã, Maybelline (combinando Mabel e vaselina)

Com informações do ASCP, Associação Nacional dos Inventores, CRF-CE, DNCR, Estadão, Minancora, Nestlé, O Dia, Ordem dos Farmacêuticos, Pharmacy Times, PubMed, Science Photo Library, Sifep, UFRJ, Universidade de Sidney e What Uni.