CFF propõe propostas para revisão da Portaria 344/1998 à Anvisa

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Durante a 508ª Reunião Plenária do Conselho Federal de Farmácia (CFF), realizada em Recife, nos dias 30 e 31 de agosto, o grupo técnico de trabalho especial de propostas do órgão apresentou o relatório final de sugestões a serem encaminhadas à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a revisão da Portaria nº 344/1998 (CP n.º 1.046/2021), que aprova o regulamento técnico das substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial.

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Atualizada pela última vez há mais de 20 anos, a portaria interfere diretamente no dia a dia dos farmacêuticos, principalmente nos profissionais atuantes em Farmácias Comunitárias. Por conta disso, a pauta é discutida pelo CFF há muitos anos. A primeira reunião formal para compor propostas para a revisão da Portaria nº 344/1998 aconteceu em 2018, antes mesmo da abertura do processo de consulta pública. Desde então, o conselho trabalha no tema.

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Remotamente, a farmacêutica da coordenação técnica-científica do CFF e membro do GT especial, Alessandra Russo, apresentou relato sobre as atividades do grupo e quais são as sugestões de propostas a serem encaminhadas à Anvisa. Todo o processo contou com a participação dos farmacêuticos, por meio de enquete virtual disponibilizada no site do CFF, e dos Conselhos Regionais de Farmácia (CRFs). ‘A interação com colegas e os CRFs foi muito benéfica ao processo. Identificamos a necessidade de expansão do prazo da consulta pública da Anvisa, emitimos ofício à agência e conseguimos ser prontamente atendidos’, destacou. A Consulta Pública nº 1.046 segue ativa até o dia 13/09. Acesse: https://bit.ly/3t30CIv

O escopo da revisão da portaria, proposto pela Anvisa, é bem específico, trata da fabricação, manipulação, distribuição, transporte e dispensação de substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Segundo Alessandra, existem dois tipos de controle sanitário para a comercialização e dispensação de medicamentos, no Brasil. Um deles é o controle especial de medicamentos, pelo fato do Brasil ser signatário de acordos internacionais sobre psicotrópicos e entorpecentes. ‘O Brasil é signatário de acordos internacionais para controle especial de substâncias e medicamentos psicotrópicos e entorpecentes, ou seja, há uma interface da saúde com a segurança pública. Existe muito rigor no controle sanitário, mesmo com a incompreensão de alguns farmacêuticos.’ Já o controle sanitário de antimicrobianos ‘Surgiu como uma estratégia para o uso racional, principalmente para reduzir a resistência bacteriana’, enfatizou Alessandra.

As sugestões de propostas incluem temas, como:

Dispensação parcial por unidades farmacotécnicas para reduzir a necessidade de devolução de medicamentos. O grupo propõe a dispensação parcial dos medicamentos controlados como uma ferramenta para auxílio do uso racional de medicamentos, principalmente se realizada com a emissão das prescrições por meio eletrônico, o que possibilitaria o registro da dispensação pelo farmacêutico por meio do uso de assinatura digital certificada.

O GT pede a uniformização e substituições de termos, como, por exemplo, trocar drogaria por farmácia, atenção farmacêutica por cuidado farmacêutico, profissional dispensador por farmacêutico, estabelecimento dispensador por farmácia, unidade de assistência média por unidade de assistência à saúde pública e privada, e etc.

Autorizar o farmacêutico a prescrever medicamentos sujeitos ao controle especial das Listas C1 e C2 também está incluso nas propostas, como por exemplo, a bupropiona, da Lista C1, com indicação terapêutica para auxílio na cessação tabágica, conforme já previsto em protocolo do SUS.

Sobre o dispositivo de medicamentos controlados, armário ou sala para medicamentos sujeitos a controle social com estoque de até 4 semanas em clínicas ou outros segmentos, o GT entende que é uma tentativa para possibilitar a compra, a armazenagem e o uso sem o farmacêutico responsável e solicita a exclusão deste termo e o retorno do conceito da maleta de emergência.

Após a apresentação, os conselheiros federais parabenizaram o grupo especial de trabalho pelo trabalho e dedicação e aprovaram o relatório final para ser encaminhado à Anvisa.

Fonte: Pfarma

Pacientes podem consultar bulas de remédio na internet

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Ao todo, são 7.673 medicamentos cadastrados na interface, que tem por objetivo permitir que a população e os profissionais da saúde consultem informações relacionadas ao uso do produto, como reações adversas, indicação, precaução, entre outros.

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Sistema

As bulas são incluídas automaticamente no bulário após a empresa solicitar o peticionamento eletrônico do medicamento junto à Agência, que precisa seguir alguns critérios estabelecidos pela Anvisa.

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Além disso, a Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos (GGMED), responsável pelo funcionamento e organização do bulário, tem buscado disponibilizar também os fitoterápicos, os radiofármacos e os rótulos dos medicamentos.

No bulário, além das bulas, existem conteúdos de educação em saúde, legislação da área de vigilância sanitária e endereços eletrônicos importantes.

Por meio da interface, a Agência contribui para uma consciência sanitária da população por incentivar o consumo seguro de medicamentos.

Fonte: Paranaita

Adcos Dermocosméticos abre vagas de emprego pelo país

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A Adcos Dermocosméticos tem oportunidades de emprego para diversas áreas do Brasil. A companhia atua em pesquisa e desenvolvimento de soluções que se caracterizam pela inovação e eficácia de dermocosméticos. A empresa une tecnologia e conhecimento de anos de estudos através da ciência em relação à cosmética de tratamento. Conheça as vagas disponíveis e as informações pertinentes!

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Adcos Dermocosméticos abre vagas de emprego

As oportunidades disponíveis geram assistência médica e odontológica, vale-transporte, vale-alimentação, vale-refeição e outros. Confira quais são os cargos anunciados pela Adcos Dermocosméticos!

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Dermoconsultor; Analista de TI Infraestrutura; Assistente de Cadastro; Estagiário (a) Diretoria; Estágio P&D; Analista de e-Commerce / Trade Marketing Digital; Analista de e-commerce / CRM; Assistente de Sac; Vendedor(a) de Loja (Temporário); Gerente de Loja; Vendedor (a) de Loja; Dermoconsultor.

As oportunidades disponíveis podem ser alteradas a qualquer momento, mediante contratação imediata de candidatos aprovados.

Como se inscrever

Quem tiver interesse em uma das oportunidades de emprego divulgadas pela Adcos Dermocosméticos pode acessar a página de inscrição, selecionar a vaga desejada e clicar em ‘Candidate-se’. São várias chances de contratação para profissionais proativos e qualificados!

Fonte: Noticias Concursos

Drogasil divulga oportunidade(s) para Atendente de Farmácia (Jardim Social)

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Você é apaixonado(a) pelo universo da saúde, beleza e bem-estar? Ama desafios e adora enfrentá-los em equipe? Você quer proporcionar uma experiência incrível aos clientes e fazê-los se sentirem únicos? Essa oportunidade é para você!

Como é o ambiente de trabalho?

Oferecemos um ambiente de muito trabalho e aprendizado, onde a inovação e a paixão estão sempre presentes. Tudo isso faz com que a RD seja mais que uma empresa e, sim, um local de vida, como é a sua casa! Além disso, oferecemos um plano de carreira, que possibilitará a realização dos seus sonhos.

O que esperamos de você?

Você trabalhará na loja e terá contato direto com os nossos clientes, auxiliando-os com dúvidas, operando o caixa e ajudando no recebimento, reposição e organização de mercadorias. Buscamos um perfil otimista, criativo e que goste de gente!

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Somos uma empresa inclusiva. Se você é uma pessoa com deficiência, não deixe de participar!

Fonte: NH TV (Brasil)

Neutrogena estreia na categoria antissinais e expande seu portfólio no Brasil

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Se no mundo dos esportes é comum ouvir que ‘em time que está ganhando não se mexe’, na competitiva indústria brasileira de cosméticos quem não se mexe corre o risco de ser ultrapassado. Lançamentos atraem consumidores sempre ávidos por novidades e movimentam o mercado de beleza no país.

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‘Nossos contínuos lançamentos refletem nos bons resultados de Neutrogena’, afirma Daniele Cavalcanti, diretora de marketing na Johnson & Johnson Consumer Health. Especialista no cuidado com a pele, a marca expandiu seu portfólio no Brasil, introduzindo novos produtos, reformulando itens de sucesso do catálogo e estreando ainda na categoria antissinais, com o lançamento da linha Face Care Intensive.

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‘Há um bom tempo, nossa equipe de cientistas vinha desenvolvendo formulações e testes com voluntários para conseguirmos entrar no segmento anti-idade com produtos que descomplicassem a rotina de skincare e atendessem às expectativas dos brasileiros, que procuram performance eficaz, excelente sensorial e ótimo custo-benefício’, diz Cavalcanti.

A linha traz um creme diurno com FPS 22 e um creme reparador noturno, ambos enriquecidos com ativos conhecidos no combate aos sinais de envelhecimento: vitamina C, colágeno e niacinamida. ‘Eles proporcionam multibenefícios em um único produto, sem a necessidade de complementos. O resultado com o uso contínuo é realmente notório e o retorno dos consumidores tem sido extremamente positivos’, revela a diretora.

Face Care Intensive inclui um terceiro item, um hidratante multifuncional. Formulado com d-pantenol, glicerina e arginina, promete hidratação intensa e controle da oleosidade, com efeito primer e matificante. ‘Ele veio para fortalecer nosso portfólio de hidratantes e tem agradado muito’, aponta a executiva.

Nova Água Micelar Bifásica remove maquiagem pesada

A Neutrogena também ampliou sua oferta de águas micelares, com uma versão 400ml da Hydro Boost Água Micelar e a nova Água Micelar Bifásica. ‘Hydro Boost é uma das linhas mais queridas de Neutrogena, pois traz o poder do ácido hialurônico para hidratar a pele. Lançada no ano passado em embalagem de 200ml, fez muito sucesso, por isso, lançamos agora em uma versão maior, com ótimo custo-benefício’, diz Cavalcanti. ‘Já a Bifásica é um complemento importante para o portfólio, pois atende especialmente quem gosta de usar uma maquiagem mais pesada. Ela retira de forma suave 99% da maquiagem à prova d’água, sem deixar qualquer resíduo oleoso’, acrescenta.

A leva de novidades da marca se completa com a reformulação da linha de hidratação corporal Body Intensive Care. ‘Neutrogena está sempre se renovando. Temos um time com mais de 200 cientistas que estão em constantes pesquisas para trazer os melhores ativos aos nossos produtos. Assim foi com este relançamento’, explica a diretora.

Com ativos dermocosméticos, textura ultraleve de rápida absorção e hidratação por até 48 horas, foram apresentadas três versões, uma para cada necessidade de pele. A Hidrata & Revitaliza traz vitamina C, a Hidrata & Repara vem com d-pantenol, e a Hidrata & Suaviza tem ceramidas.

‘Nós sempre tivemos uma resposta bem positiva em relação à nossa linha de hidratantes corporais, por eles efetivamente ajudarem a combater o ressecamento. Com as novas formulações, conseguimos uma experiência de uso superior e com mais ciência embargada’, afirma Cynthia Marin, grouper de marketing para as marcas de cuidados com a pele na Jonhson & Jonhson Consumer Health.

Ao contrário de muitas categorias de cosméticos, a de cuidados com a pele não sofreu impactos negativos após a chegada da pandemia da Covid-19. As vendas aumentaram mais de 20% em 2020 e seguiram estáveis nos primeiros meses de 2021, de acordo com a ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal. Perfumaria e Cosméticos). ‘O consumidor está cada vez mais crítico, informado e atento. Ele pesquisa sobre os ingredientes de cada produto e seus benefícios e esse nível de consciência não irá retroceder’, finaliza Cavalcanti.

Fonte: News Quimiweb

SUS deve fornecer medicamento à base de canabidiol para paciente com epilepsia refratária

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Por decisão, do juiz federal Antônio André Muniz Mascarenhas de Souza, da 1ª Vara-Gabinete do Juizado Especial Federal de São José dos Campos/SP, o Sistema Único de Saúde (SUS) terá de fornecer, de forma solidária à União Federal e ao Município de São José dos Campos/SP, o medicamento Canabidiol 200mg a ser usado por um paciente com epilepsia refratária associada à encefalopatia crônica.

Foi constatado, após perícia médica realizada em 14/5/2021, que o autor apresentava quadro de epilepsia refratária e atraso global do desenvolvimento neuropsicomotor, com déficit cognitivo moderado/grave e tetraparesia. Devido à alta frequência de crises e por já ter feito uso das medicações disponíveis no mercado nacional sem, no entanto, obter controle satisfatório, o perito concluiu que o autor deveria manter a utilização da medicação Canabidiol na dose recomendada pelos médicos assistentes para poder ter um controle melhor sobre a doença.

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Após a análise do processo (0000834-77.2021.4.03.6327), o juiz afirma que, ‘Diante das informações colhidas, bem como a jurisprudência maciça no sentido de que mesmo diante da ausência do medicamento na Rename (Relação Nacional de Medicamentos Essenciais) e de programa de medicamentos fornecidos pelo SUS, não afasta o direito do requerente ao fornecimento pelo serviço público’.

O magistrado entende que a negativa de fornecimento poderá lhe causar maiores prejuízos e risco à saúde do que a utilização do canabidiol, ‘ainda que se trate de medicamento novo e que pode provocar efeitos adversos imprevisíveis ou desconhecidos’.

Ele ressalta ainda, que o princípio ativo do canabidiol está registrado na Anvisa e que há regras e procedimentos específicos para a importação de produtos com a sua base, dentre os quais se inclui a situação do paciente que necessita do fármaco, em caráter excepcional, para tratamento médico.

‘É necessário, sim, cuidar para que o acesso à saúde seja garantido a todos, na sua maior amplitude possível. Esta amplitude está invariavelmente atrelada às espécies de tratamentos/medicamentos mais demandados, ao respectivo número de pacientes, aos níveis/qualidade/quantidade dos estabelecimentos de saúde e respectivo aparelhamento técnico e funcional, bem como aos recursos públicos disponíveis’, afirma Antônio de Souza.

Por fim, com fundamento no art. 487, inciso I, do Código de Processo Civil, o juiz julgou procedente o pedido para condenar os réus a fornecerem ao autor, por meio do SUS e de forma contínua, o medicamento Canabidiol 200mg/m, conforme prescrição médica juntada nos autos.

Com informações do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

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Fonte: Juristas

Saúde retoma fornecimento de remédios nas farmácias após longo tempo de desabastecimento

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A Sems (Secretaria Municipal de Saúde), através do NAF (Núcleo de Assistência Farmacêutica), dá início, nesta semana, a retomada do fornecimento de medicamentos às Farmácias Básicas e Farmácia de Saúde Mental do município.

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Após longo período de desabastecimento, medicamentos básicos padronizados na Relação Municipal de Medicamentos – REMUME e de uso contínuo, como os utilizados no tratamento de Diabetes, Depressão, Hipertensão, Parkinson começam a ser distribuídos na rede municipal de saúde, a partir dessa semana.

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De acordo com o secretário adjunto de saúde, “esse reabastecimento vem suprir uma falta que vinha acontecendo há algum tempo. A reposição atenderá de imediato hipertensos, diabéticos, além de pacientes com transtornos mentais”, que ainda acrescentou “esses remédios já estão à disposição da comunidade”.

Os medicamentos poderão ser retirados na Farmácia Saúde Mental – PAM e nas farmácias básicas do CSU, Ildefonso Pedroso, Izidro Pedroso, Maracanã, PAM, Parque das Nações II, Ramão Vieira – Cachoeirinha, Santo André, Seleta, Vila Rosa e nos distritos de Vila Vargas e Itahum.

Fonte: Dourados Agora

Revisão de preço de medicamentos em valores superiores a 12% é pauta de Projeto de Lei

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Proposto pelo Deputado Federal Celso Sabino (PSDB/PA), o projeto de lei revogará automaticamente a atual redução de impostos sobre medicamentos e IFAs

O PL3887/2020, primeira parte da Reforma Tributária, sob relatoria do Deputado Federal Celso Sabino (PSDB/PA), ocasionará uma revisão automática e imediata dos preços de milhares de medicamentos atualmente desonerados do PIS e da COFINS.

O Projeto de Lei revogará automaticamente a Lei Federal 10.147/00 que isenta medicamentos, insumos farmacêuticos-IFAs e suas matérias-primas de PIS/COFINS e levará a CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) rever, de imediato, os preços dos medicamentos com reflexos em toda a cadeia de consumo com aumentos expressivos nos mesmos, seja pela redução de descontos ou majoração dos preços nas farmácias, drogarias, farmácias de manipulação, hospitais, Santas Casas e nos mais diversos estabelecimentos que adquirem e dispensam medicamentos por todo o país.

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Na contramão da pandemia o Governo, respaldado pelo relatório do deputado relator Celso Sabino, na ânsia de equalizar as receitas do Governo para fazer frente a outras despesas orçamentárias, retira um benefício que foi elaborado há muitos anos para reduzir os preços que os cidadãos ? especialmente os de menor ou nenhuma renda, pequenas prefeituras e entidades filantrópicas ? pagavam pelos medicamentos.

\”Não se tratou de dar incentivos às empresas. O Incentivo foi para que o cidadão brasileiro tivesse a oportunidade de melhorar sua assistência farmacêutica ? como aliás se pratica em muitos países ao redor do planeta. NUNCA a indústria se beneficiou deste incentivo\” – declara José Correia, Presidente do Conselho de Administração da ABIQUIFI ? Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos.

Muito além do impacto no consumidor final, o projeto de lei afetará ainda a fabricação de IFAs nacionais, seja para medicamentos de uso comum ou para aqueles utilizados na fabricação de vacinas contra a Covid-19 em território nacional, uma vez que a oneração de insumos nacionais tornará ainda mais vantajosa a importação destes:

\”Não fosse a loucura de agravar ainda mais os preços de medicamentos, esta pretendida alteração pelo PL, relatado pelo Deputado Celso Sabino (PSDB/PA) e patrocinado pelo Ministério da Economia , além de acentuar o momento aflitivo dos cidadãos afetados pelo quadro de calamidade pública que sofrerão, sem qualquer possibilidade de reação, mais uma pancada em seus orçamentos, irá impactar diretamente na compra de insumos farmacêuticos produzidos pela indústria brasileira, tornando mais vantajosa a importação e agravando ainda mais o quadro de sucateamento dessa indústria.\”

\”O fim da política vigente de redução de custos aquisitivos será mais um choque na produção nacional de IFAs. A política de redução de impostos da cadeia foi feita em benefício da coletividade que teve seus preços controlados reduzidos na ponta de consumo. A retomada dos impostos propostos pelo PL em tramitação vai majorar os custos e, consequentemente, os preços dos medicamentos que atualmente são controlados causando um movimento em cascata extremamente complicado para o País, que passa por uma recessão econômica e em meio a uma pandemia\” ? continua o executivo.

No último dia 06 de maio foi aprovado, por unanimidade, o Projeto de Lei 4209, que dá, para fins de registro, prioridade aos medicamentos que contenham IFAs produzidos no Brasil. Um mecanismo importante que visa recuperar a autonomia do parque farmoquímico brasileiro, mas que pode se tornar ineficiente caso o projeto de lei seja aprovado. Hoje, o Brasil fabrica apenas 5% de todos os insumos necessários para a produção de seus medicamentos, importando a maior parte da China e da Índia, responsáveis pela fabricação de 40% dos insumos utilizados no mundo inteiro.

\”Importante salientar que o Brasil produz apenas 5% dos IFAs consumidos na fabricação de medicamentos em território nacional e a calamitosa situação de verdadeiro pedinte em que ficou o país, justamente pela falta de inúmeros IFAs durante a pandemia. O fim dos incentivos que ? repetimos ? visou unicamente a redução do preço de medicamentos ao consumidor ? será repassado de pronto para os fabricantes de medicamentos que, por sua vez, irão repassar tais valores aos distribuidores e ao restante da cadeia farmacêutica até atingir o consumidor final\” ? esclarece Correia.

Como, ao contrário do Brasil, a indústria de IFAs estrangeira é altamente subsidiada pelos seus governos, o aumento local de impostos, proposto pelo PL, será totalmente absorvido, o que acaba por se tornar uma janela para eliminar a concorrência dos produtores locais.

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\”O Deputado relator e os que o assessoram, talvez ? na melhor hipótese ? não tenham se atentado que o tal incentivo que apregoam como subsidio a ser cortado jamais foi aproveitado pela cadeia farmacêutica de medicamentos. E, mais impressionante, é a talvez ? na melhor hipótese ? ignorância de que o setor de medicamentos tem seus preços CONTROLADOS e, portanto, com comercialização totalmente monitorada pelo Governo. Têm a doce ilusão que o incremento dos impostos não levará a um aumento dos preços no balcão da farmácia. Isto é fugir totalmente da realidade do dia-a-dia de quantos recebem uma receita médica e não têm a menor possibilidade de \”escolher? um medicamento diferente do que foi prescrito pelo médico\” ? finaliza José Correia.

Fonte: Difundir

OAB aciona STF por omissão do governo federal no combate a fome no Brasil

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O Conselho Federal da OAB protocolou ação no STF contra o governo federal com uma série de pedidos que visam mitigar o cenário de insegurança alimentar no Brasil e cita dados divulgados no Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil.

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Ação foi movida a partir de um pedido da Ação da Cidadania, entidade fundada em 1993 pelo sociólogo Herbert de Souza, hoje comandada por Daniel Souza, filho de Betinho e sobrinho do cartunista Henfil.

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A entidade aponta que, entre 2013 e 2018, a insegurança alimentar – categoria que nomeia a situação daquele indivíduo que não tem acesso pleno e permanente a alimentos – registrou um crescimento anual de 8%. “A partir daí, a aceleração foi intensificada, o que fez com que de 2018 a 2020 o aumento da fome atingisse o patamar de 27,6%. Ou seja: em apenas dois anos, o número de pessoas em situação de insegurança alimentar grave saltou de 10,3 milhões para 19,1 milhões de brasileiros”, diz trecho da inicial.

A entidade afirma que o cenário foi especialmente agravado pela “atuação criminosa e ineficiente do governo federal na gestão da pandemia no país” e lembra que o Supremo tem atuado prontamente em situações em que a atuação do governo federal represente a violação a direitos fundamentais dos brasileiros como na ADPF 754, em que se determinou a obrigação de apresentar plano de vacinação de grupos prioritários com base em critério te?cnico-científico.

Entre os pedidos da ADPF estão a revogação da MP 970/2019 que extinguiu na prática o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), a inclusão de qualquer brasileiro em situação de pobreza ou pobreza extrema no Bolsa Família e aumento do valor per capita das famílias beneficiarias.

A entidade também pede aumento do repasse pelo governo federal do valor do Programa Nacional de Alimentação Escolar e que sejam investidos R$ 1 bilhão no Programa de Aquisição de Alimentos com reajuste anual desse repasse pelo IPCA.

Por fim, a OAB Nacional pede que o programa de auxílio emergencial volte a pagar R$ 600 e que se garanta o acesso da população a gás de cozinha por meio de política de preços adequada.

Fonte: Consultor Jurídico

Camomila de Mandirituba gera renda milionária e garante fama nacional ao município

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Foi graças aos imigrantes do leste europeu que Mandirituba recebeu, ainda no início do século 20, suas primeiras sementes da flor amarela e branca que dá fama ao município: a camomila. Após décadas de cultivo, a cidade da Região Metropolitana de Curitiba hoje é conhecida como a capital da erva medicinal, liderando a produção no Estado.

‘Se você tem camomila em casa, a chance de ela ser de Mandirituba é grande’, resume a secretária municipal de Agricultura de Mandirituba, Alessandra Clemente. O município é o maior produtor paranaense tanto em área como em produtividade. Segundo a Secretaria estadual de Agricultura e Abastecimento, foram 280 toneladas da erva foram produzidas em 2020, gerando um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 6,64 milhões – 11,93% do total do município.

Com campos floridos aromáticos e uma cultura sólida, hoje o potencial da camomila no município também é turístico. Mas, no início, seu plantio era rudimentar: a cultura começou há cerca de cinco décadas de forma manual, com áreas pequenas e colheita manual. Aos poucos, os produtores receberam incentivos de uma empresa privada que se instalou na região, fomentando o cultivo e multiplicando os interessados. Com isso, a tecnologia aos poucos passou a aumentar a produtividade.

‘No início, se faziam pequenos canteiros, tirando mudas para aproveitar melhor a produção. A gente usava uma caixa com um pente de pregos para colher as flores. Com o passar do tempo e áreas maiores, tudo foi se desenvolvendo. Veio a tração animal e, depois, o trator, que até hoje é a máquina colheitadeira’, conta o produtor José Mario Claudino. Nascido na cidade, assim como seu pai, ele herdou a cultura da família – e pretende repassá-la às próximas gerações.

Atualmente, ele planta cerca de 20 alqueires de camomila, obtendo uma produtividade de cerca de uma tonelada de camomila seca por alqueire. Toda a produção é realizada por ele, a esposa e seus quatro filhos. ‘A gente trabalha com produção familiar, então todos são envolvidos. É um grande prazer ter a família unida pelo trabalho’, comenta.

14 municípios ultrapassam R$ 1 bi em Valor Bruto da Produção Agropecuária

CULTURA DE INVERNO – Uma das características apontadas para o sucesso da produtividade na cidade é o clima frio da região, que favorece o florescimento durante o inverno. O ciclo da camomila dura cerca de cinco meses: é plantada entre abril e maio para ser colhida entre agosto e setembro. Ela se encaixa no calendário dos agricultores locais.

‘Aqui se criou essa tradição para camomila. Ela se adaptou bem por ser de inverno. É uma opção de rotação de culturas, já que no verão se planta milho e soja’, explica Marcos Antônio Dalla Costa, técnico da Secretaria de Agricultura de Mandirituba e mestre em Produção Vegetal de Camomila pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Hoje, são cerca de 40 produtores espalhados por uma área de 730 hectares de plantio. Em sua maioria, eles possuem infraestrutura e expertise para beneficiá-la. ‘95% deles têm uma estrutura pronta: produção da semente, plantio, colheita e estrutura de classificação, secagem e armazenamento. O ciclo completo’, ressalta o especialista.

Da colheita, são retirados dois tipos de camomila: a de primeira, com maior concentração de flores, e a mista, que inclui talos e outros pedaços da planta, comercializada pela metade do preço. Nos últimos dois anos, com a pandemia, a alta na demanda e no dólar fez o preço da erva triplicar, passando de R$ 10 para R$ 30 o quilo da camomila seca de primeira.

Produtor há 35 anos, Mario Strugala viu a vantagem financeira crescer durante a emergência sanitária. Com uma produção de 20 alqueires, ele estima uma boa safra em 2021. ‘Neste ano vamos produzir bem, porque o clima está favorável, com pouca chuva. E flor quer o que? Claridade e calor. A camomila deste ano tem muita qualidade, está bonita. O clima favorece a produção’, endossa.

Em sua propriedade, trabalham ele e mais cinco funcionários. Dois deles são seus futuros herdeiros – seu filho e seu sobrinho. ‘Se for comparar com outra cultura, a camomila dá mais lucro, compensa para quem tem a estrutura de secador’, acrescenta.

EXPANSÃO DO TURISMO – Dalla Costa aponta que o principal uso da camomila no Brasil é na área medicinal, por suas propriedades anti-inflamatórias. Em menor escala, a erva medicinal também é aproveitada na indústria de cosméticos.

No entanto, um terceiro pilar econômico que a camomila traz para Mandirituba é o turismo, atraído pela beleza dos campos. A secretária de agricultura conta que não é raro ver piqueniques e ensaios fotográficos sendo feitos nos sítios, atraindo pessoas de toda a RMC.

Para impulsionar ainda mais a fama do município, a prefeitura busca um reconhecimento que promete catapultar tanto a camomila como produto quanto o turismo local: o registro de Indicação Geográfica. Concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial, o selo é dado a produtos que apresentam uma qualidade única, fazendo uma distinção de seus concorrentes no mercado.

Para obter a certificação, a Secretaria de Agricultura tem realizado uma parceria junto ao Sebrae. ‘Além de agregar valor, ganha a confiabilidade da população por um selo que garante uma camomila diferenciada pelo solo, clima e boas práticas de produção. Estamos buscando essa indicação geográfica para levarmos o nome do município ainda mais longe’, explica Clemente.

PRODUÇÃO PARANAENSE – No Paraná, em 2020, foram produzidas 970,7 toneladas de camomila, gerando um Valor Bruto de Produção de R$ 23 milhões. Apesar de produzida por 17 municípios paranaenses, é na Região Metropolitana de Curitiba que ela se concentra: a região é responsável por 97,5% de toda a erva medicinal do Paraná.

A lista é liderada por Mandirituba e seguida por São José dos Pinhais e Campo do Tenente, mas também engloba outras seis cidades da RMC: Lapa, Quitandinha, Fazenda Rio Grande, Campo Largo, Contenda e Araucária.

SÉRIE – A camomila de Mandirituba faz parte da série de reportagens ‘Paraná que alimenta o mundo’, produzida pela Agência de Notícias do Paraná (AEN). O material mostra o potencial do agronegócio paranaense, com textos publicados sempre às segundas-feiras. A previsão é que as reportagens se estendam durante todo o ano de 2021.

Fonte: Agência da Notícia (Paraná)

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