Camomila de Mandirituba gera renda milionária e garante fama nacional ao município

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Foi graças aos imigrantes do leste europeu que Mandirituba recebeu, ainda no início do século 20, suas primeiras sementes da flor amarela e branca que dá fama ao município: a camomila. Após décadas de cultivo, a cidade da Região Metropolitana de Curitiba hoje é conhecida como a capital da erva medicinal, liderando a produção no Estado.

‘Se você tem camomila em casa, a chance de ela ser de Mandirituba é grande’, resume a secretária municipal de Agricultura de Mandirituba, Alessandra Clemente. O município é o maior produtor paranaense tanto em área como em produtividade. Segundo a Secretaria estadual de Agricultura e Abastecimento, foram 280 toneladas da erva foram produzidas em 2020, gerando um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 6,64 milhões – 11,93% do total do município.

Com campos floridos aromáticos e uma cultura sólida, hoje o potencial da camomila no município também é turístico. Mas, no início, seu plantio era rudimentar: a cultura começou há cerca de cinco décadas de forma manual, com áreas pequenas e colheita manual. Aos poucos, os produtores receberam incentivos de uma empresa privada que se instalou na região, fomentando o cultivo e multiplicando os interessados. Com isso, a tecnologia aos poucos passou a aumentar a produtividade.

‘No início, se faziam pequenos canteiros, tirando mudas para aproveitar melhor a produção. A gente usava uma caixa com um pente de pregos para colher as flores. Com o passar do tempo e áreas maiores, tudo foi se desenvolvendo. Veio a tração animal e, depois, o trator, que até hoje é a máquina colheitadeira’, conta o produtor José Mario Claudino. Nascido na cidade, assim como seu pai, ele herdou a cultura da família – e pretende repassá-la às próximas gerações.

Atualmente, ele planta cerca de 20 alqueires de camomila, obtendo uma produtividade de cerca de uma tonelada de camomila seca por alqueire. Toda a produção é realizada por ele, a esposa e seus quatro filhos. ‘A gente trabalha com produção familiar, então todos são envolvidos. É um grande prazer ter a família unida pelo trabalho’, comenta.

14 municípios ultrapassam R$ 1 bi em Valor Bruto da Produção Agropecuária

CULTURA DE INVERNO – Uma das características apontadas para o sucesso da produtividade na cidade é o clima frio da região, que favorece o florescimento durante o inverno. O ciclo da camomila dura cerca de cinco meses: é plantada entre abril e maio para ser colhida entre agosto e setembro. Ela se encaixa no calendário dos agricultores locais.

‘Aqui se criou essa tradição para camomila. Ela se adaptou bem por ser de inverno. É uma opção de rotação de culturas, já que no verão se planta milho e soja’, explica Marcos Antônio Dalla Costa, técnico da Secretaria de Agricultura de Mandirituba e mestre em Produção Vegetal de Camomila pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Hoje, são cerca de 40 produtores espalhados por uma área de 730 hectares de plantio. Em sua maioria, eles possuem infraestrutura e expertise para beneficiá-la. ‘95% deles têm uma estrutura pronta: produção da semente, plantio, colheita e estrutura de classificação, secagem e armazenamento. O ciclo completo’, ressalta o especialista.

Da colheita, são retirados dois tipos de camomila: a de primeira, com maior concentração de flores, e a mista, que inclui talos e outros pedaços da planta, comercializada pela metade do preço. Nos últimos dois anos, com a pandemia, a alta na demanda e no dólar fez o preço da erva triplicar, passando de R$ 10 para R$ 30 o quilo da camomila seca de primeira.

Produtor há 35 anos, Mario Strugala viu a vantagem financeira crescer durante a emergência sanitária. Com uma produção de 20 alqueires, ele estima uma boa safra em 2021. ‘Neste ano vamos produzir bem, porque o clima está favorável, com pouca chuva. E flor quer o que? Claridade e calor. A camomila deste ano tem muita qualidade, está bonita. O clima favorece a produção’, endossa.

Em sua propriedade, trabalham ele e mais cinco funcionários. Dois deles são seus futuros herdeiros – seu filho e seu sobrinho. ‘Se for comparar com outra cultura, a camomila dá mais lucro, compensa para quem tem a estrutura de secador’, acrescenta.

EXPANSÃO DO TURISMO – Dalla Costa aponta que o principal uso da camomila no Brasil é na área medicinal, por suas propriedades anti-inflamatórias. Em menor escala, a erva medicinal também é aproveitada na indústria de cosméticos.

No entanto, um terceiro pilar econômico que a camomila traz para Mandirituba é o turismo, atraído pela beleza dos campos. A secretária de agricultura conta que não é raro ver piqueniques e ensaios fotográficos sendo feitos nos sítios, atraindo pessoas de toda a RMC.

Para impulsionar ainda mais a fama do município, a prefeitura busca um reconhecimento que promete catapultar tanto a camomila como produto quanto o turismo local: o registro de Indicação Geográfica. Concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial, o selo é dado a produtos que apresentam uma qualidade única, fazendo uma distinção de seus concorrentes no mercado.

Para obter a certificação, a Secretaria de Agricultura tem realizado uma parceria junto ao Sebrae. ‘Além de agregar valor, ganha a confiabilidade da população por um selo que garante uma camomila diferenciada pelo solo, clima e boas práticas de produção. Estamos buscando essa indicação geográfica para levarmos o nome do município ainda mais longe’, explica Clemente.

PRODUÇÃO PARANAENSE – No Paraná, em 2020, foram produzidas 970,7 toneladas de camomila, gerando um Valor Bruto de Produção de R$ 23 milhões. Apesar de produzida por 17 municípios paranaenses, é na Região Metropolitana de Curitiba que ela se concentra: a região é responsável por 97,5% de toda a erva medicinal do Paraná.

A lista é liderada por Mandirituba e seguida por São José dos Pinhais e Campo do Tenente, mas também engloba outras seis cidades da RMC: Lapa, Quitandinha, Fazenda Rio Grande, Campo Largo, Contenda e Araucária.

SÉRIE – A camomila de Mandirituba faz parte da série de reportagens ‘Paraná que alimenta o mundo’, produzida pela Agência de Notícias do Paraná (AEN). O material mostra o potencial do agronegócio paranaense, com textos publicados sempre às segundas-feiras. A previsão é que as reportagens se estendam durante todo o ano de 2021.

Fonte: Agência da Notícia (Paraná)

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Programa de capacitação da Coop entrega certificado de pós-graduação a colaboradores

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A capacitação do time de colaboradores é a principal chave de sucesso para qualquer negócio, haja vista que também reflete na excelência do atendimento e eleva o senso de pertencimento.

Em razão desses benefícios, a Coop não mede esforços para que sua equipe esteja sempre, em primeiro lugar, em sintonia com as melhores práticas do mercado profissional.

Em 20 de setembro, 16 farmacêuticos da Coop Drogaria receberam o certificado de conclusão da pós-graduação em Prescrição Farmacêutica e Farmácia Clínica.

O curso de 18 meses é, acima de tudo, custeado integralmente pela Cooperativa.

Desde 2017, quando iniciou a parceria, esta é a terceira turma a garantir o título pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS).

A cerimônia de entrega dos certificados reuniu o pró-reitor de graduação da USCS, Prof. Me Silton Marcell Romboli, o coordenador do curso de pós-graduação, Prof. Dr. Boni Yavo, o diretor executivo negócio drogaria, Gustavo Ramos, e o gerente de operações de drogaria, Daniel Ribeiro de Oliveira.

‘A pós-graduação fará diferença na vida profissional dos formandos, além de ser um investimento importante para a Coop no sentido de melhorar ainda mais o atendimento aos nossos cooperados e clientes’, destaca, em resumo, Gustavo Ramos

Recentemente, a Coop Drogaria, em parceria com a área de Educação Corporativa, lançou o programa Aprender a Crescer.

Ele concede, por exemplo, bolsas de estudos com cobertura de 70% do valor do curso de Farmácia de quatro anos para 36 balconistas e dermoconsultores da rede.

Para ingressarem no curso, todos os candidatos prestaram vestibular e foram aprovados na USCS

De acordo com Andréa Maia, coordenadora da área de Educação Corporativa, o programa é inovador em graduação e faz parte dos investimentos em formação profissional para impulsionar o desenvolvimento de carreira dos colaboradores. ‘A capacitação desses colaboradores está alinhada também com a meta desafiadora de expansão do negócio Drogaria‘, acrescenta

Outra novidade da Coop Drogaria foi a inauguração da sala NeoCare na unidade da Avenida D. Pedro II, 217 – Bairro Jardim, Santo André.

O espaço é resultado de uma parceria da Coop com o Laboratório Neo Química e a Ponto Care, voltado para atendimento farmacêutico.

Dividida em dois ambientes, a sala acompanha as normas de segurança exigidas pela Vigilância Sanitária.

Cinco farmacêuticos capacitados realizam aplicação de vacinas e operam uma série de serviços, que tem funcionamento 24 horas, mediante agendamento.

Na linha da prevenção, o serviço oferece testes de glicemia, detecção do vírus HIV e da hepatite C e PSA da próstata, por exemplo.

Estão disponíveis, além disso, testes para monitoramento do colesterol e do perfil lipídico, da dependência de nicotina e dos níveis de ansiedade, depressão e estresse.

Para a saúde da família são mais de 20 serviços, desde atenção primária até aqueles que demandam acompanhamento especializado, com foco na atenção multiprofissional.

Fundada no ABCD há mais de 30 anos, a Coop Drogaria tem, em conclusão, uma base ativa de mais de 900 mil associados e está em pleno processo de expansão, com 79 unidades atualmente.

Fonte: ABCD Real

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Luiz Alves ganha loja da 4ª maior rede de varejo farmacêutico do Brasil

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Cuidados com a saúde, melhoria na qualidade de vida e preços competitivos. Esses são alguns dos benefícios que a população de Luiz Alves pode encontrar na nova loja da Rede de Farmácias São João, inaugurada nesta segunda-feira (27), na Rua Professor Simão Hess, 846, na Vila do Salto. Com mais de quatro décadas dedicadas ao varejo, a São João é referência em cuidar da saúde do consumidor no Sul do Brasil.

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A nova filial é completa e oferece sala de atendimento com uma variedade de serviços, farmacêuticos qualificados, estacionamento exclusivo e acesso ao Wi-Fi. Estão disponíveis serviços como testes rápidos para a detecção da covid-19, aplicação de injetáveis, verificação de pressão arterial, glicose e colesterol.

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‘Nosso princípio sempre foi a saúde e o bem-estar da população. E ao longo dos anos, trabalhamos para oferecer cada vez mais o melhor. Chegamos ao município de Luiz Alves com uma longa caminhada e anos de experiência, por isso estamos aqui com o nosso diferencial na questão de estrutura, prestação de serviços, produtos e preços competitivos. Sem esquecer o que valorizamos, acima de tudo, que é o relacionamento com o cliente’, ressalta Pedro Henrique Kappaun Brair, presidente da Rede de Farmácias São João.

Atualmente, entrar numa farmácia vai muito além da procura por medicamentos. Os clientes que chegam até uma das mais de 850 lojas da Rede têm à disposição um amplo mix de medicamentos, perfumaria, dermocosméticos, conveniência, brinquedos, linha pet e bazar.

‘É com satisfação e orgulho imenso que inauguramos a primeira Farmácia São João de Luiz Alves. A empresa conta com mais de 14 mil colaboradores e não para de crescer, a Rede não mede esforços para fomentar a economia das cidades onde inaugura suas lojas. Estamos em franca expansão no estado de Santa Catarina. Escolhemos a cidade por ser próspera, uma cidade com potencial e que vai conhecer o melhor da Rede São João’, pontuou o coordenador distrital, Cleiton Lima.

A São João também é responsável por inúmeras ações sociais. Com a pandemia elas foram intensificadas. Na inauguração da filial, a Rede fez a doação de 6 toneladas de alimentos ao município, com a intenção de amenizar os impactos causados pela pandemia.

Fonte: 105 Fm

Alemanha recua e proíbe entrada de brasileiros vacinados com CoronaVac: conheça novas regras para viagem ao país

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Os turistas brasileiros imunizados com CoronaVac, vacina antiCovid produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, terão de esperar mais para visitar a Alemanha.

O país mais rico da Europa atualizou as suas regras sobre a entrada de brasileiros durante a pandemia. A Alemanha chegou a aceitar brasileiros vacinados com CoronaVac que apresentavam um teste negativo de PCR nos portos, aeroportos, estações de trem e nos acessos rodoviários.

Mas essa possibilidade não vale mais.

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Em nota publicada pela Embaixada da Alemanha, em Brasília, só poderão entrar no país europeu os estrangeiros (brasileiros incluídos na lista) que estiverem vacinados com imunizantes aprovados pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA, equivalente à Anvisa).

Assim, pessoas vacinadas com Pfizer, AstraZeneca, Moderna e Janssen (dose única) estão permitidos. Já quem recebeu a Coronavac não pode entrar.

O que tinha sido informado?

Em 23 de agosto, o país anunciou que havia liberado a entrada de viajantes brasileiros ou vindos do Brasil vacinados com os imunizantes da Pfizer, Janssen, Moderna e AstraZeneca -vacinas aprovadas pela União Europeia. Ao fazer o anúncio, o país explicou que a Coronavac estava sob análise.

Quase um mês depois, em 17 de setembro, o Instituto Robert Koch (RKI), a agência governamental alemã para o controle e a prevenção de doenças infecciosas, informou que a partir do dia 19 de setembro viajantes vindos do Brasil teriam entrada facilitada porque o país deixou de ser classificado como uma zona de alto risco pelo instituto.

Ou seja, brasileiros poderiam entrar no país europeu sem fazer a quarentena de dez dias, desde que apresentem um teste negativo para Covid-19 ou um comprovante de que se recuperaram da doença.

Dessa maneira, a conclusão era de que naquela ocasião pessoas vacinadas com a Coronavac poderiam entrar no país desde que apresentassem um teste PCR negativo feito até 72 horas antes da chegada ao país, ou um teste de antígeno negativo feito em até 48 horas antes da entrada na Alemanha.

O que mudou?

Nesta última sexta-feira (24), a Embaixada Alemã atualizou a nota referente à flexibilização deixando uma ordem expressa: a Coronavac segue não aprovada, nem reconhecida pela União Europeia, e pela Alemanha, portanto, pessoas que tomaram esse imunizante não podem entrar no país.

Há algumas exceções de pessoas que podem entrar com a Coronavac desde que apresentem um teste PCR negativo feito até 72 horas antes da chegada ao país ou um teste de antígeno negativo feito em até 48 horas antes da entrada na Alemanha. São elas:

cidadãos alemães e os seus familiares;

cidadãos da UE e cidadãos do Liechtenstein, Suíça, Noruega e Islândia e seus familiares;

nacionais de países terceiros com um direito de residência de longa duração em um Estado da UE ou de Schengen e membros da sua família;

pessoas totalmente vacinadas [com vacinas aprovadas pela EMA], cuja vacinação preenche os requisitos necessários;

pessoas que têm um motivo importante para viajar, como viagens a trabalho ou pessoas que tenham cidadania europeia, por exemplo.

Ou seja, brasileiros em viagens a turismo que receberam a Coronavac não podem entrar no país a não ser que se encaixem nessa lista acima.

O que está valendo?

O InfoMoney entrou em contato com a Embaixada da Alemanha para mais detalhes sobre as novas regras impostas aos turistas brasileiros. Mas, até a publicação desta reportagem, o órgão não havia se manifestado.

Segundo o site da embaixada, a entrada na Alemanha sem restrições é possível, desde que o viajante tenha um certificado de vacinação de um imunizante reconhecido no país europeu e que tenha recebido a segunda dose há pelo menos 14 dias. Na Alemanha são reconhecidas e aprovadas as vacinas da Pfizer, da AstraZeneca, da Janssen e da Moderna.

Assim, brasileiros vacinados com uma dessas substâncias estão liberados mediante comprovação. Quem tomou Coronavac não está autorizado a entrar no país.

‘Para a entrada deve ser apresentado um certificado digital Covid da UE ou uma comprovante de vacinação comparável, digital ou em papel, em idioma alemão, inglês, francês, italiano ou espanhol’, diz a nota no site da Embaixada.

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Quem já teve Covid-19 tem o status de imune, segundo o governo alemão, ao tomar apenas uma dose das vacinas da Pfizer ou da AstraZeneca. Neste caso, porém, a pessoa deve apresentar um teste PCR positivo antigo como prova de que contraiu a doença.

Crianças que ainda não completaram 12 anos de idade e ainda não foram vacinadas podem entrar na Alemanha acompanhadas por pelo menos um dos pais com vacinação completa. Não é necessário teste PCR nos pequenos.

Fonte: InfoMoney

Experiência phygital: como a tecnologia impactou o mercado de bem-estar

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Phygital – Há quem ainda não reconheça, mas é inegável dizer que a tecnologia, hoje, vai além da utilidade comum e habitual: ela já é parte da experiência. O fator de encantamento e satisfação em todos os meios, até mesmo no físico, está muito atrelado aos processos tecnológicos envolvidos e a digitalização por si só já é vista em uma interessante mistura entre o físico e o digital, algo que chamamos de phygital.

Nos produtos de beleza, bem-estar e autocuidado havia uma interação muito pequena com a tecnologia alguns anos atrás. Esses recursos tão encantadores e tecnológicos na maior parte das vezes estavam bastante voltados aos consultórios, ao passo que a rotina em casa com cremes, maquiagens e outros produtos de beleza era bem mais simplória – e essencialmente física.

Com a chegada da pandemia, entretanto, o segmento de produtos de beleza apresentou um efeito consequente de interesse em todo o mundo. Máscaras, sabonetes, géis de limpeza, massageadores faciais, protetores labiais, hidratantes e outros se tornaram produtos em alta ao redor do globo e, no Brasil, local onde o mercado tem mais abertura, esse registro foi ainda maior: a busca por máscaras faciais para complementar a ‘rotina de skin care’ (cuidados com a pele) cresceu cerca de 91% em 2020 e os esfoliantes corporais, por exemplo, apresentaram aumento de 153%, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria e da Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC).

Contudo, após um ano em isolamento e alguns resultados problemáticos – reações alérgicas, manchas e cicatrizes compõem essa lista -, a indústria de beleza viu uma possibilidade inovadora: a mistura do digital em meio à rotina física de cuidados com a pele como solucionadora dos problemas e garantia de experiência. O resultado foi uma reestruturação de todo o mercado para atender a um novo consumidor, que hoje está em busca de bem-estar, tecnologia e segurança.

O peso da tecnologia no mercado de beleza e bem-estar

A produção da atualidade para o mercado de bem-estar entendeu uma dica valiosa: precisa ir além do produto. Tudo em bem-estar, especialmente para cuidados com a pele, envolve uma experiência; as pessoas buscam um momento de autocuidado, de relaxamento e segurança – que, por sua vez, demanda personalização.

É algo simples de se ver: nenhuma pele é, por exemplo, igual à outra. Existem uma série de tonalidades e de tipos de tecidos epiteliais, uns mais secos, outros mais oleosos e, para atender o cliente que busca uma experiência, é mais do que necessário investir em algo personalizado.

Essa parte única do comércio, curiosamente, tem origem no digital: cada vez mais as empresas criam plataformas e aplicativos com testes, quizzes e tecnologias virtuais para não apenas escolher o produto ideal a aquele cliente, como também transportar uma experiência encantadora em mundo virtual e físico, ou seja, uma verdadeira experiência phygital na prática.

No entanto, falar em testes digitais por meio de perguntas é apenas o topo do iceberg de um imenso mercado tecnológico. Há empresas que já investem ativamente em testes físicos enviados para teste dos produtos por meio de reações químicas. É o caso da L’oréal ModiFace, além de usar uma tecnologia de inteligência artificial para assistência de compra e testagem virtuais, também envia ao final da experiência um manual digital de testagem química dos produtos. O processo todo envolve um passo a passo digital, no qual o cliente consegue enviar amostras de pele e demais fatores necessários à empresa, para que tenha o seu produto completamente personalizado e unicamente exclusivo ao seu tipo de pele.

Embora a L’oréal tenha investido ativamente nesse mercado, a indústria não é a única a procurar por inovação. Empresas como a Sallve também já realizam processos interessantes e criam um relacionamento mais íntimo com o consumidor. A experiência phygital, no caso da Sallve, começa pelos meios virtuais – com foco nas redes sociais e no site oficial da marca, no qual o consumidor faz uma série de testes e tem vídeos e outros conteúdos digitais para aprender sobre todos os componentes químicos inseridos no produto que deseja comprar.

A experiência no mercado de beleza é indiscutivelmente phygital

Para além dos produtos químicos mais voltados ao cuidado da pele, o mercado de beleza – maquiagens, cores de unhas e cabelos etc. – também está revolucionando por meio da tecnologia. É o caso das lojas de cosméticos que se utilizam da realidade virtual aumentada para fornecer aos consumidores uma prévia de como os produtos ficariam no rosto, cabelos e unhas ficariam neles.

Esse processo, além de fornecer ao consumidor uma experiência mais segura, também fez diminuir o número de devolução de produtos – um passo economicamente importante. De acordo com dados do Google Academy Data, 41% das consumidoras brasileiras têm medo de comprar uma maquiagem sem testar, e a experiência digital tem diminuído esse medo – que boa parte das vezes está bastante ligado à tonalidade ou à composição harmônica de cores no rosto.

Uma vez que a busca por itens de beleza cresceu na pandemia para que o cuidado fosse mais pessoal, especialmente pela impossibilidade de ir a centros de cuidado ou salões de beleza, os processos digitais para conhecimento e uma experiência mais assertiva também cresceram. Ter uma prévia de tonalidades por meio do smartphone, por exemplo – de forma semelhante a como ocorre em um filtro de Instagram ou TikTok -, faz com que a escolha do produto seja bem mais confiável.

Para além da tecnologia feita para uso exclusivo do usuário, há também um aumento considerável de conteúdo sobre esse assunto, que é diariamente consumido pelas pessoas. Afinal, parte dessa segurança está bastante relacionada ao conhecimento sobre o assunto, sobretudo para evitar eventuais problemas. Dessa forma, além da experiência digital relacionada ao produto, as marcas hoje também se preocupam com a produção de conteúdo relevante a seus clientes.

Isso abre espaço, consequentemente, para um marketing de influência, posto que as marcas podem contratar para a produção desse tipo de conteúdo uma série de influenciadores, o que fecha um ciclo contínuo de abastecimento do mercado.

Enfim, diante de tudo isso, há uma certeza: o segmento de beleza foi profundamente atingido pela digitalização e algo nos diz que a parte física já não existe mais sem a digital. O que percebemos com isso, portanto, é que a presença do phygital nesse mercado já não é mais uma expectativa e, sim, uma realidade.

Fonte: Consumidor Moderno

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Tríplice viral: Estudo de SC sobre eficácia contra Covid-19 é publicado nos EUA

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O estudo realizado pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) que aponta a eficácia da vacina tríplice viral contra a Covid-19 foi publicado na plataforma medRxiv. O site que distribui artigos científicos é controlado pela Universidade de Yale, dos Estados Unidos.

O Estado de Santa Catarina chegou a considerar uma vacinação em massa em março de 2021 com a tríplice viral, mas recuou. Mesmo com o reconhecimento internacional do estudo, o governo estadual não tem planos de incluir a vacina na campanha de vacinação contra o coronavírus.

O estudo, que teve sua primeira fase concluída em fevereiro de 2021, demonstrou que a vacina, oferecida pelo SUS (Sistema Único de Saúde) desde 1992, tem eficácia contra a Covid-19.

A vacina MMR, mais conhecida como tríplice viral, é uma velha conhecida que age especificamente contra sarampo, caxumba e rubéola. A pesquisa foi feita com 424 trabalhadores da saúde entre agosto de 2020 e março deste ano.

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Ela aponta que o imunizante não previne a infecção pelo SARS-CoV-2 (coronavírus), porém, com uma dose, ela reduz em 48% o risco de o paciente ter sintomas e 76% o risco de necessitar de tratamento específico para esta doença – antibioticoterapia para infecção pulmonar, corticoterapia para hiperinflamação e anticoagulação para fenômenos tromboembólicos – ou hospitalização.

Já com duas doses, os números sobem para 51% e 78%, respectivamente.

O estudo conclui que, ‘com o resultado, podemos propor que a vacina MMR seria útil em várias populações do mundo que não têm acesso à vacina para a Covid-19 e em uma nova epidemia ou pandemia como medida de emergência, até tratamentos específicos ou vacinas para cada caso estiverem disponíveis para a população em geral’.

O artigo também aponta que, apesar de os resultados serem interessantes, estudos maiores são necessários para confirmar os impactos da vacina.

O coordenador do estudo, professor Edison Natal Fedrizzi, informa que o artigo também foi enviado para uma revista internacional, onde será analisado por outros pesquisadores antes de ser publicado definitivamente.

O estudo dispõe de explicações dos motivos da eficácia da vacina contra a Covid-19. De acordo com Fedrizzi, ao longo dos anos, vários estudos têm demonstrado que esse tipo de imunizante, que usa microrganismos vivos e atenuados, apresenta uma excelente resposta imunológica a vários outros agentes, a chamada imunidade heteróloga.

Já as vacinas específicas contra Covid-19 atuam na produção de anticorpos, moléculas que agem diretamente contra o coronavírus.

‘As vacinas específicas para a Covid-19 provavelmente darão um tempo de proteção maior, por causa da produção dos anticorpos específicos contra a Covid. As vacinas inespecíficas, como estamos analisando com a tríplice viral, têm a finalidade de estimular a imunidade inicial, inata, para a proteção contra outras infecções por um período de 6 a 12 meses, dependendo do estímulo antigênico realizado’, explicou Fedrizzi.

No início do ano, o Estado contava com poucas quantidades de imunizantes específicos contra a Covid-19 e enfrentava um grande aumento no número de casos e mortes pela doença.

O estudo, ainda em fase preliminar, chegou a representar uma certa esperança para conter a pandemia naquele momento, e Santa Catarina considerou a aplicação em massa.

No entanto, ainda no mês de março, o Estado descartou esta possibilidade. Agora, com o artigo publicado e reconhecido, o cenário segue o mesmo.

Santa Catarina já aplica imunizantes específicos contra a Covid-19 em adolescentes de 12 a 17 anos, e não possui nenhum plano que inclua a utilização da tríplice viral, confirmou a Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica).

‘Todas as vacinas no Plano Nacional de Imunização apresentam indicação para as doenças contidas na vacina. Este é o primeiro momento da medicina moderna que se aventou a imunidade heteróloga, por causa da pandemia. Para que a MMR pudesse estar disponível para população geral para diminuir a gravidade da Covid-19, precisa de uma lei normatizando a nova indicação. Como já estão disponíveis as vacinas específicas para Covid-19, não acho que venham tomar esta decisão’, salienta o coordenador do estudo, Edison Natal Fedrizzi.

Santa Catarina já demonstrou interesse em vacinar as crianças abaixo de 12 anos, público que não possui liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e do Ministério da Saúde até o momento.

Mesmo assim, também não é o caso de se pensar em utilizar a MMR, ressaltou o governo estadual. Edison Fedrizzi pontua, ainda, que não há estudos que demonstrem a eficácia da tríplice viral contra Covid-19 em crianças.

O estudo realizado na UFSC faz parte de um edital de 2020 lançado pela Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina) que aprovou, ao todo, cinco pesquisas para reduzir o impacto da pandemia.

Além da Fapesc, o estudo também conta com apoio do Laboratório FioCruz – Bio-Manguinhos, Secretaria Estadual de Saúde (SES – LACEN) e SMS (Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis).

A Fapesc investiu aproximadamente R$ 2,2 milhões em ações contra Covid-19 em Santa Catarina, incluindo pesquisas e desenvolvimento de produtos para combater a pandemia e seus efeitos.

O estudo da tríplice viral é um dos cinco projetos aprovados no edital 06/2020 e recebeu cerca de R$ 100 mil para o desenvolvimento.

Fonte:  

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/estudo-relaciona-vacina-triplice-viral-a-casos-menos-graves-de-covid/

Covid-19: fumo aumenta chances de hospitalização em até 80%, mostra estudo britânico

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Autores de pesquisa publicada na revista científica Thorax dizem ter chegado a resultados ‘consistentes’ sobre o ‘efeito prejudicial do tabagismo nos quadros de covid-19’

Depois de mais de um ano e meio da pandemia de coronavírus, a incógnita sobre a relação entre cigarro e covid-19 tem sido tamanha que os resultados de diferentes estudos científicos apontaram desde um maior risco para fumantes à possibilidade de um efeito protetivo do tabaco.

Pesquisadores das universidades de Oxford e Bristol, no Reino Unido, dizem ter desenvolvido um método inédito para responder a essa pergunta. Em resumo, a resposta que eles dão é: fumar aumenta sim a chance de gravidade e morte por covid-19.

Em uma primeira parte do estudo, os cientistas partiram de um gigantesco banco de dados de saúde do Reino Unido, o UK Biobank, que contém informações sobre meio milhão de pessoas. Eles cruzaram estes dados com informações sobre testes positivos, hospitalizações e mortes por covid-19 em 2020; e também classificaram as pessoas entre as que nunca fumaram; as ex-fumantes; e as fumantes.

Com isso, os autores descobriram que os fumantes tinham 80% mais chances de serem hospitalizados com covid-19 do que as pessoas que nunca fumaram. A probabilidade de morrer pela nova doença chegou a ser de 2 a 6 vezes maior, dependendo da quantidade de cigarros fumados por dia.

Os resultados foram publicados na revista científica Thorax, do grupo de periódicos médicos BMJ, após o trabalho passar pelo processo de revisão dos pares (peer review).

Do meio milhão de pessoas cujos dados estão no UK Biobank, os autores do estudo chegaram a 1.649 pessoas que testaram positivo para o coronavírus em 2020.

Entretanto, não foi constatado no estudo uma relação entre infecção e fumo – ou seja, os resultados mostram que o cigarro aumenta as chances de gravidade de morte, mas não conseguiu constatar maior probabilidade de pegar a doença.

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Fumantes mostraram maior propensão à gravidade e morte por covid-19 tanto em dados populacionais quanto na análise genética, segundo pesquisadores das universidades de Oxford e Bristol

Esta parte do trabalho usa um método observacional, como boa parte de outros estudos científicos que buscaram responder à questão. Pesquisas assim muitas vezes trabalham em cima de dados do passado e que são permeáveis a interferências da “vida real”, como o estilo de vida e particularidades locais do grupo estudado. Elas são capazes de estabelecer uma correlação, mas não uma causalidade, entre fatores (no caso, fumo e covid-19).

A segunda parte do estudo da Thorax diz ter sido capaz de mostrar uma relação de causa e efeito entre o tabagismo e a doença, através de um método chamado de randomização mendeliana, que busca identificar características genéticas que sejam preditivas de um fator de risco específico.

Já existe uma literatura que permite mapear variantes genéticas associadas à iniciação ao tabagismo e ao tabagismo pesado. Isso foi feito com dados genéticos do UK Biobank.

“Nossa configuração genética influencia nossa predisposição a vários comportamentos relativos ao fumo – isso ao lado de fatores sociais”, explicou o médico e pesquisador Ashley Clift, da Universidade de Oxford, à BBC News Brasil por e-mail.

A predisposição genética à entrada no tabagismo foi associada a uma chance 45% maior de infecção; 60% de internação; e 35% de morte pro covid-19.

Já a predisposição ao fumo pesado elevou as chances de infecção em 2,5 vezes; de hospitalização em 5 vezes; e de morte, em 10 vezes.

“Uma das vantagens cruciais do nosso trabalho é a consideração tanto de análises observacionais quanto genéticas para chegar a conclusões. Isso permite lidar com possíveis limitações de uma única abordagem e focar no conjunto de evidências – que sugere de forma consistente o efeito prejudicial do tabagismo nos quadros de covid-19”, apontou Clift.

– ANS investiga Hapvida e faz diligências para apurar suspeitas em prescrições contra a covid-19

Relatos sobre pressão para o uso de hidroxicloroquina contra a covid-19 fizeram com que HapVida se tornasse alvo de apuração da ANS

Em meio ao escândalo sobre denúncias de supostas ilegalidades da Prevent Senior, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) também apura a conduta de outra empresa na pandemia de covid-19: a Hapvida, a principal operadora de saúde do Nordeste e do Norte e uma das maiores do país.

Há também uma apuração sobre o Grupo São Francisco, no interior de São Paulo, que foi comprado pela Hapvida em 2019.

A ANS, agência reguladora dos planos de saúde, passou a investigar a Hapvida após relatos de que a empresa supostamente pressionava médicos de diferentes locais, inclusive no Grupo São Francisco, para receitar hidroxicloroquina em casos suspeitos ou confirmados de covid-19.

Na manhã desta segunda-feira (27/09), a ANS fez “diligências in loco” nas sedes da Hapvida e do Grupo São Francisco para buscar “mais informações para o processo de apuração” sobre as suspeitas de irregularidades. A agência não detalhou quais os materiais que foram alvos e que serão analisados na investigação.

Em abril, o Ministério Público Estadual do Ceará (MP-CE) multou a Hapvida em R$ 468 mil por, segundo o MP-CE, “impor, indistintamente a todos os médicos conveniados, que receitem determinados medicamentos no tratamento de pacientes com Covid-19″. Após aplicar a penalidade, o promotor de Justiça Hugo Vasconcelos Xerez, responsável pelo procedimento, pediu ainda que o caso fosse encaminhado para a ANS.

A Hapvida protocolou recurso contra a multa aplicada pelo MP-CE e aguarda resposta.

Em 30 de agosto, a ANS começou a investigação contra a Hapvida. “Há processo apuratório em andamento em virtude de denúncia feita por prestador referente à restrição de liberdade profissional, quanto à prescrição de medicamentos“, explica a agência em comunicado à BBC News Brasil.

No caso da operadora São Francisco, o procedimento da ANS foi aberto em 8 de setembro, após denúncias de médicos que atuam na empresa. A agência reguladora explica que conduz “a apuração de eventual restrição, por qualquer meio, à liberdade do exercício de atividade profissional do prestador de serviços”.

Apesar de a operadora do interior de São Paulo pertencer à Hapvida, a ANS argumenta que abriu duas apurações distintas porque a “São Francisco tem CNPJ próprio, devendo obedecer à legislação de saúde suplementar e estando sujeita a sanções caso cometa infrações”.

Em nota à reportagem, a Hapvida nega que tenha feito pressão para o uso da hidroxicloroquina em seus hospitais e afirma que respeita a autonomia médica. “Além disso, a prescrição de quaisquer medicações sempre foi feita de comum acordo, formalizado entre médico e paciente durante consulta”, diz comunicado da empresa.

AFP

Estudos apontaram, desde o ano passado, que cloroquina é ineficaz contra a doença causada pelo coronavírus

A ANS também conduz atualmente duas apurações contra a Prevent Senior. As denúncias contra a operadora de saúde não se resumem, como no caso da Hapvida, à suposta imposição do uso de medicamentos sem comprovação contra a doença.

Segundo a ANS, contra a Prevent Senior há uma apuração, aberta em 8 de setembro, “para verificar se os médicos sofreram restrição na sua liberdade profissional” e outra, aberta em 20 de setembro, “para verificar se os beneficiários foram devidamente informados sobre os riscos da utilização dos medicamentos“.

De acordo com um dossiê elaborado de forma anônima por médicos e ex-médicos da Prevent Senior, a empresa também cobrava a utilização de hidroxicloroquina contra a covid-19. O uso do medicamento seria imposto junto com azitromicina, em um “kit covid”.

Outras denúncias contra a empresa, que vieram à tona durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, apontam supostas fraudes em um estudo sobre a hidroxicloroquina e ocultação de mortes pela doença (entenda mais aqui).

Em 17 de setembro, a ANS fez diligência na Prevent Senior. A agência afirma que atualmente está analisando a documentação obtida e aguarda respostas sobre um pedido para ter acesso a informações e documentos encaminhados à CPI da covid-19.

A Prevent Senior nega as acusações, alega que o dossiê contra a empresa é fruto de dados roubados e manipulados e pede que a Procuradoria-Geral da República investigue o caso.

A hidroxicloroquina na Hapvida

Em agosto de 2020, a BBC News Brasil publicou uma reportagem na qual médicos de diferentes regiões do país relataram a pressão da empresa para receitar o remédio. Dois profissionais de saúde disseram que foram dispensados por não adotarem o medicamento para a doença, por não haver comprovação científica.

A reportagem conversou novamente com esses profissionais de saúde na quinta-feira (23/09). Os dois afirmam que a Hapvida fazia pressão para o uso de hidroxicloroquina de forma muito parecida com o que tem sido relatado sobre a Prevent Senior.

“Eles (na Hapvida) conferiam no sistema quem havia prescrito hidroxicloroquina (a pacientes com a covid-19) e quem não tinha. E chamavam a atenção e ameaçavam dispensar todos aqueles que não prescrevessem”, conta um médico ouvido pela reportagem, que pediu para não ser identificado. Ele diz ter sido dispensado pela empresa ao se recusar a receitar o medicamento a pacientes com a covid-19.

Reuters

Presidente Jair Bolsonaro defendeu intensamente o uso da cloroquina contra a covid-19, mesmo sem respaldo científico

Esse profissional, que atuou em uma unidade do Grupo São Francisco no início da pandemia, diz que havia reuniões com médicos nas quais os superiores afirmavam que tinham um “estudo pronto para a publicação” que mostrava que havia menos mortes e internações entre pacientes que tomavam a hidroxicloroquina.

“Eles falavam que iam mandar esse estudo para quem quisesse, mas nunca me mandaram”, diz o profissional de saúde.

Segundo os médicos, a Hapvida adotou um protocolo que indica o uso da hidroxicloroquina nos primeiros dias de sintomas da covid-19. Nas orientações da rede, a droga é contraindicada em casos de pessoas que têm dificuldades como problemas cardíacos ou renais ou alergia à medicação.

O protocolo da Hapvida também incluía outros medicamentos, como o antiparasitário ivermectina, o corticoide prednisona e o antibiótico azitromicina. Mas os profissionais de saúde alegam que a pressão maior era para a prescrição de hidroxicloroquina.

A Hapvida não detalha, em nota à BBC News Brasil, sobre a fonte que usava como referência para definir a forma como o medicamento seria usado entre os pacientes com a covid-19.

O médico Felipe Peixoto afirma que a Hapvida dizia que o uso da hidroxicloroquina era fundamental. Segundo ele, a operadora argumentava que os números de internações e de pacientes em estado grave diminuíram após adotar o remédio.

“Mas na verdade não tinha nenhum dado concreto em relação a isso. Não foi garantido nenhum método de segurança para os pacientes que tomavam a medicação”, afirma. Ele conta que foi dispensado ao se recusar a prescrever o medicamento a pacientes em uma unidade da operadora de saúde em Fortaleza (CE).

Parte da suposta pressão que sofriam para o uso do remédio, segundo os médicos, ocorria por meio de grupos de WhatsApp para profissionais da empresa. Eles dizem que essa cobrança também ocorria pessoalmente em alguns casos.

Peixoto conta que, antes de ser dispensado pela empresa, um chefe responsável por uma unidade de saúde da rede afirmou, em um grupo de WhatsApp, que não cabia “discussão sobre a hidroxicloroquina”. Ele teria ainda, segundo o médico, orientado os profissionais a parar de informar sobre os riscos da medicação.

A cobrança para a adoção do remédio, dizem os médicos, aumentou a partir de maio de 2020, quando a Hapvida anunciou que havia adquirido milhares de unidades de hidroxicloroquina e passou a entregá-las gratuitamente aos seus clientes. Na época, a empresa divulgou a compra dos medicamentos e argumentou que isso se deu em razão dos bons resultados que o fármaco trazia para pacientes com a covid-19.

A cloroquina e o seu derivado, a hidroxicloroquina, são medicamentos usados para tratar doenças como lúpus, artrite, reumatoide e malária. Desde o ano passado, estudos apontam a ineficácia desses fármacos para o combate à covid-19.

Na apuração sobre a Hapvida, a ANS busca informações como quem seriam os responsáveis por exigir a prescrição da hidroxicloroquina e como era feita a suposta auditoria dos prontuários, que segundo os relatos ocorriam para checar se o remédio havia sido receitado.

No comunicado em que nega qualquer cobrança para a prescrição da hidroxicloroquina, a Hapvida afirma que defende a liberdade profissional para que os médicos possam definir “os tratamentos mais adequados para paciente, de acordo com as informações disponíveis no momento do atendimento”.

O que pode acontecer após a apuração da ANS?

A ANS afirma que ao término da apuração sobre a Hapvida, assim como no caso da Prevent Senior, avaliará “a eventual adoção de medida” se ficar comprovado que houve irregularidades.

“Os resultados das diligências estão sendo analisados e subsidiarão as decisões quanto às medidas que deverão ser adotadas. Todavia, se forem constatadas ações que não sejam de competência da Agência, os documentos poderão ser encaminhados para as entidades competentes”, diz comunicado da ANS à BBC News Brasil.

Se houver novas denúncias sobre possíveis irregularidades de outras operadoras de saúde do país, a ANS afirma em nota que “novos processos poderão ser instaurados”.

A advogada Luciana Dadalto, especialista em direito médico e da saúde, explica que a ANS pode aplicar diferentes tipos de punição se ficar comprovado que as operadoras agiram de modo ilegal.

As normas da ANS definem que as operadoras não podem custear “tratamentos ilícitos ou antiéticos, assim definidos sob o aspecto médico, ou não reconhecidos pelas autoridades competentes”. Além disso, diz que essas empresas não podem interferir na autonomia dos profissionais de saúde.

“O maior problema no Brasil atualmente é a falta de compreensão de que a prescrição do “kit covid” é antiética, porque a gente fala de um tratamento sem comprovação científica”, aponta a especialista.

Se a ANS entender que houve algum tipo de ilegalidade da operadora, as punições podem variar de suspensão temporária de venda de planos de saúde ao cancelamento da autorização do funcionamento da empresa.

“A ANS tem competência também para punir administradores da operadora, não só o plano em si. Ela pode punir administradores ou membros dos conselhos se houver alguma violação”, diz Luciana.

Além disso, a agência reguladora pode encaminhar as apurações para o Ministério Público, que pode conduzir o caso nas instâncias criminal e civil na Justiça.

O caso também pode, se as irregularidades forem confirmadas, ser encaminhado para o Conselho Regional de Medicina (CRM) e para o Conselho Federal de Medicina (CFM) para que os envolvidos sejam punidos administrativamente.

– Fiocruz conclui pré-validação do IFA nacional da vacina covid-19

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) concluiu a produção dos primeiros lotes de pré-validação do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) nacional da vacina covid-19. O insumo passará agora por testes de controle de qualidade no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), para depois ser encaminhado para o processamento final do imunizante. O primeiro lote, finalizado no início de setembro, também está em análise.

Outros dois lotes para a fabricação do IFA nacional para validação do insumo produzido no Brasil estão em produção: um na fase de biorreação – quando as células são infectadas pelo vírus para que o mesmo se multiplique -, e o outro na etapa de expansão celular, quando as células são multiplicadas em meios de cultivo.

Em paralelo, os lotes passam por testes junto à AstraZeneca, que deve confirmar se os resultados obtidos por Bio-Manguinhos estão de acordo com aqueles preconizados pelo cedente da tecnologia. Em seguida, serão submetidas à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) as documentações necessárias para alteração do local de fabricação do IFA no registro da vacina, requisito para a entrega das doses nacionalizadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).

A previsão da Fiocruz é de que as entregas do imunizante com o IFA nacional comecem a ser realizadas ainda no último trimestre de 2021.

Fonte: Jornal do Dia

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Pharmapele: um passo à frente em farmácia de manipulação

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Mais uma vez, a Pharmapele conquista o primeiro lugar do JC Recall de Marcas, na categoria farmácia de manipulação. A premiação reflete o atual momento da empresa, considerada a maior do Brasil no segmento. São 120 lojas espalhadas nas cinco regiões do País. Em 2021, ela celebra 34 anos, em plena expansão e comemorando também o primeiro ano de inauguração da Pharmapet, divisão veterinária do grupo.

A Pharmapele obteve crescimento acima de 50% em seu faturamento, no último ano, e inaugurou mais de 20 franquias. A diretora de Marketing, Mariana Saldanha, faz questão de destacar que o segmento vem sendo blindado da crise, que se abateu na economia mundial durante a pandemia.

‘Ao longo de três décadas, passamos por diversas transformações, mas tem uma coisa que nunca mudou: a excelência no cuidado personalizado de cada cliente. Nós já nascemos com a proposta de cuidar e olhar para cada pessoa de forma individualizada. Entendemos que cada um é único e é assim que merece ser tratado. A vontade de promover saúde e bem-estar, sempre esteve no nosso DNA e é um compromisso que mantemos intacto. O que os nossos clientes desejam é exatamente o que entregamos: a personalização e a solução sob medida, em um nível tão profundo quanto a própria genética’, pontua a diretora.

“Continuaremos avançando, porque somos uma farmácia de manipulação à frente de seu tempo”, pontua Mariana Saldanha – DIVULGAÇÃO

A Pharmapele é responsável por implementar, de forma pioneira no País, controle de pesagem computadorizado, que permite entregar a dose exata prescrita pelo profissional médico, sem qualquer possibilidade de falha humana. São mais de 1.200 colaboradores, ajudando a manter o padrão de qualidade da empresa e 120 produtos entre dermocosméticos e suplementos de marca própria.

‘Compreendo que as pessoas querem ter uma vida longa, saudável e feliz. Se sentir mais jovens, com disposição e poder escolher seus próprios caminhos. Por isso, avançamos na pesquisa e desenvolvimento de medicamentos, suplementos e dermocosméticos. Entendo também que precisamos ajudar a curar o mundo. Afinal, foi-se o tempo em que as empresas precisavam se preocupar apenas em oferecer bons produtos. Hoje, também somos responsáveis pelas embalagens que saem das nossas prateleiras. Por isso, nos tornamos uma empresa sustentável e temos o compromisso de reduzir o impacto ambiental, reciclando 100% das embalagens que colocamos no mercado, através de um programa de compensação ambiental’, explica Mariana.

A diretora faz questão de salientar um feito da empresa, a conquista do Selo de Excelência em Franchising. ‘O reconhecimento do nosso trabalho tem sido motivador e gratificante. Somos a única farmácia de manipulação a conquistar, por 15 anos consecutivos, o Selo de Excelência em Franchising. Fomos eleitos uma das melhores franquias para se investir no País, segundo a revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios. E hoje nos mantemos como a marca mais lembrada em nosso segmento. Continuaremos avançando, porque somos uma farmácia de manipulação à frente de seu tempo’, declara a executiva.

Investimento em pesquisa de medicamentos personalizados, suplementos e dermocosméticos – DIVULGAÇÃO

MUNDO PET

Atenta às tendências de mercado, a marca lançou a sua linha de produtos PET. A Pharmapet chegou ao mercado com toda a credibilidade, experiência e qualidade da Pharmapele. ‘O mais legal da manipulação veterinária é poder criar formas farmacêuticas super prazerosas para os animais, e que não causam estresse e traumas na hora da medicação. Além da associação de substâncias prescritas pelos veterinários na dosagem ideal para o peso de cada bichinho, as fórmulas para os cães podem ser feitas em petiscos sabor churrasco. Já para os gatos, os medicamentos podem ser apresentados em pasta oral sabor salmão. É super prático: aplica na patinha e ele lambe’, explica Mariana.

Fonte: Jornal Do Commercio (PE)

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Passaporte da vacina no Brasil: onde é obrigatório?

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O passaporte da vacina no Brasil está se tornando cada vez mais comum nas principais cidades do país. Essa prática, aliás, já é realidade em destinos de todo o mundo.

A exigência funciona da seguinte forma: só podem entrar em determinados estabelecimentos, as pessoas que tiverem se vacinado contra a covid-19, mediante apresentação de um comprovante.

O que é o passaporte de vacina?

Por lei, os municípios podem adotar medidas restritivas que estiverem de acordo com suas realidades. Dessa forma, algumas cidades já adotam o passaporte de vacina no Brasil. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), pelo menos 211 lugares já decretaram isso, até agora. Entre as capitais brasileiras, destaca-se São Paulo e Rio de Janeiro.

São Paulo

A prefeitura de São Paulo decretou que shows, feiras, congressos e jogos só podem ser acessados por vacinados. A medida se aplica para ocasiões com mais de 500 pessoas.

Além disso, pode ser apenas com a primeira dose da vacina. O documento exigido é o comprovante digital de vacinação. Quem emite isso é o aplicativo Conecte SUS ou o e-SaúdeSP, feito pela própria capital paulista.

Por fim, quem estiver na cidade e quiser participar de eventos, também pode mostrar um documento físico. Por exemplo, comprovante ou carteirinha de vacinação.

Rio de Janeiro: Onde é obrigatório o passaporte de vacina no Brasil?

Um decreto publicado no Rio de Janeiro, no fim de agosto, obriga a cobrança um comprovante de dose. Estariam sujeitos a exigir isso, vários locais. Por exemplo, piscinas, pontos turísticos da capital carioca, museus, academias, cinemas, teatros, dentre outros.

São aceitos: carteira de vacinação digital do Conecte SUS; caderneta de vacinação ou papel timbrado da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio.

Além disso, a cidade determina que o calendário vigente deve ser considerado. Assim, quem já tem direito a tomar as duas doses, por exemplo, tem de comprovar.

Belo Horizonte

A capital mineira não deve implantar a obrigação da vacinação, por meio do passaporte. Ainda que outras cidades próximas tenham feito medidas parecidas, BH não deve exigir. Isso foi dito pelo secretário de Saúde, Jackson Machado Pinto, em coletiva feita em 23 de setembro.

Brasília

A capital brasileira já aplica essa medida desde julho deste ano. Por lá, espectadores puderam assistir a primeira partida de futebol com público no Brasil. Entretanto, foram apenas os que tinham teste RT-PCR negativo, ou com vacinação completa (duas doses ou dose única da Janssen).

O governo do Distrito Federal estuda criar um aplicativo para celular, que funcione como o passaporte vacinal. Assim, seria uma unificação da plataforma federal com outras fontes de dados.

Fortaleza

Em 10 de setembro, o governo do Ceará anunciou que o passaporte de vacina contra a covid-19 estava em discussão. No entanto, até o momento, não foram anunciadas medidas referentes a isso. Entretanto, a obrigação de teste ou vacinação completa já é feita para viajantes.

Salvador

Os soteropolitanos têm de apresentar o comprovante de vacinação. Isso pode ser feito em aplicativo desenvolvido pela prefeitura de Salvador. Na capital baiana, o uso dessa plataforma é obrigatório para acessar eventos, restaurantes e estabelecimentos.

Palmas

Desde o dia 20 de setembro, a capital de Tocantins passou a obrigar a apresentação de um comprovante de vacinação contra a covid-19. Dessa forma, a população deverá comprovar a imunidade para acessar eventos em ambientes públicos ou privados. Além disso, o limite máximo de pessoas no evento para que não seja obrigatória é de 200 pessoas.

Manaus

Desde 1º deste mês, Manaus exige a apresentação da carteira de vacina com pelo menos a primeira dose de vacina contra a covid. Sendo assim, caso a pessoa esteja vacinada, pode entrar em abres e restaurantes e espaços culturais. Além disso, decisão semelhante é válida para todo o estado do Amazonas.

Porto Velho

Por fim, dentre as capitais, a prefeitura de Porto Velho, em Rondônia, anunciou no início de setembro que a população precisaria do passaporte. Sendo assim, os moradores da capital precisam precisar apresentar o comprovante de vacinação contra a covid. Estão sujeitos eventos com 100 pessoas ou mais.

Recife

Na capital pernambucana, essa implementação ainda está sendo discutida. Caso seja aprovada, a cidade poderá entrar na lista dos destinos exclusivos para imunizados. Vale lembrar que cidades como Fernando de Noronha, que fazem parte do mesmo estado, já colocaram isso em prática.

Campo Grande

A Câmara Municipal de Campo Grande discute o tema em audiência pública. Proposta enviada por vereadores campo-grandenses visa adotar o passaporte, para quem tiver tomado duas doses (ou vacina única) em locais de grande circulação. Estariam sujeitos locais artísticos, culturais, esportivos, públicos ou privados.

Porto Alegre

Vereadores porto-alegrenses voltaram a discutir essa proposta. No entanto, a prefeitura da capital gaúcha segue sem decisão oficial sobre o assunto.

Curitiba

Na capital curitibana, os parlamentares da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de Curitiba, decidiram por maioria, arquivar o projeto de lei do passaporte. Sendo assim, até o momento, a cidade não tem nenhum tipo de exigência quanto a criação de um certificado de imunização anti-covid.

Florianópolis

O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), chegou a dizer que exigiria comprovação de vacina para quem frequentar bares e eventos em geral. No entanto, a proposta não foi anunciada oficialmente até o momento. Até então, a decisão seria feita quando o calendário chegasse a todas as idades. Entretanto, essa fala gerou boa procura da população por parte dos imunizantes.

Como baixar o passaporte de vacinação Covid?

Algumas cidades definiram suas próprias regras e documentações. No entanto, o Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 emitido pelo aplicativo Conecte SUS, do Ministério da Saúde, é nacional.

Sendo assim, pode ser utilizado em qualquer lugar do país. Além disso, pode ser apresentado em viagens internacionais, em países que aceitam brasileiros. Clique aqui para ver alguns dos destinos.

O app, disponível para celulares Android e iOS, reúne também outras informações. Por exemplo, resultados de exames da covid; medicamentos da Farmácia Popular; além de registros de doações de sangue e transplantes.

Assim, outros documentos podem ser vistos. Tais como o Cartão Nacional de Saúde (CNS), que identifica o usuário do Sistema Único de Saúde (SUS).

Ele pode ser baixado de graça no seu smartphone, ou pelo site conectesus.saude.gov.br. É preciso entrar com cadastro no sistema do governo federal. Para fazer a conta, é preciso CPF e e-mail. As informações da vacinação vão para o sistema de 72 horas a até 10 dias.

Por fim, o a carteirinha de vacinação (com todas as vacinas da pessoa) deve ser solicitada de outra forma, por meio da aba ‘vacinas’ do aplicativo. Para mais informações, busque o Ministério da Saúde ou a secretaria de saúde de seu estado ou município.

Qual país tem passaporte de vacina?

Por mais que o presidente, Jair Bolsonaro (sem partido), condene o passaporte de vacina no Brasil – tendo o feito em discurso oficial na Organização das Nações Unidas (ONU) – essa medida é realidade em muitos lugares mundo afora.

A cidade de Nova York já obriga a vacinação. para quem ir a restaurantes, academias e outros estabelecimentos fechados.

A regra passou a valer em 17 de agosto, mas a fiscalização foi anunciada para a partir de 13 de setembro. Por lá, empresas têm de colocar avisos sobre a exigência. Assim, quem não tiver nem uma dose, estará sujeito a multa.

Dessa forma, o presidente brasileiro foi até flagrado comendo uma pizza fora de um restaurante na cidade. Ele já afirmou, em mais de uma oportunidade, que não havia se imunizado contra a doença.

Israel

O país passou a exigir a comprovação de vacina por meio de um aplicativo. Assim, quem tomou dose por lá pode ir em eventos, estabelecimentos, e também locais de reza. A medida vale desde 29 de julho.

França

Desde 9 de agosto, na França, isso é obrigatório. Quem for a bares, restaurantes, transportes, museus, dentre outros, têm de comprovar sua vacinação ou teste negativo.

Itália

No país italiano, a medida vale desde 6 de agosto. Por lá, só acessam lugares fechados, transportes e pontos turísticos quem tiver o ‘passe da saúde’.

Outras cidades que cobram passaporte de vacina no Brasil

O portal Metrópoles identificou outras cidades brasileiras que exigem o passaporte de vacina. São elas:

Macaé (RJ)

Suzano (SP)

Ponta Grossa (PR)

Guarulhos (SP)

Cosmópolis (SP)

Borborema (SP)

Patos (PB)

Rondonópolis (MT)

Caicó (RN)

Cáceres (MT)

Fonte: DCI Online

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/passaporte-da-vacina-entra-em-vigor-em-sao-paulo-obrigatorio-para-eventos-com-mais-de-500-pessoas/

Em testes no Brasil, vacina Clover apresenta 100% de eficácia contra covid em estudos

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Os estudos de fase 3 da vacina Clover, da fabricante chinesa Sichuan Clover Biopharmaceutical, que também estão sendo realizados no Brasil, mostraram 100% de eficácia contra casos graves e hospitalização para qualquer cepa circulante do novo coronavírus.

A eficácia contra casos leves e moderados foi de 84%, sendo de 79% para Delta e 92% para Gama, as variantes que mais circulam no Brasil. As informações são do jornal Extra.

As pesquisas, que começaram em março deste ano, foram realizadas com 30 mil voluntários em cinco países, em quatro continentes. Os resultados já foram enviados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e uma reunião para tratar do assunto deve ocorrer nos próximos dias.

A coordenadora dos testes no Brasil, Sue Ann Costa Clemens, ressalta que além da alta eficácia, o destaque da nova vacina é atuar contra as variantes que mais preocupam.

“Isso é importante porque, no geral, as vacinas foram desenvolvidas para mostrar eficácia contra a cepa original. Todos os casos positivos que surgiram ao longo do estudo foram sequenciados e não foi detectado nenhum da cepa original, em nenhum país. Isso mostra que essa ela foi substituída a nível mundial em apenas um ano”, afirma Sue Ann, que é chefe do comitê científico da Fundação Bill e Melinda Gates, docente de Oxford, diretora do primeiro mestrado em vacinologia do mundo, na Universidade de Siena, e ganhadora do Prêmio Faz Diferença.

Dos casos positivos, 38% foram provocados pela variante Delta, 25% pela MU, 9% pela Gama e 8% pela beta, entre outros.

A vacina da Clover é recombinante da proteína S do Sars-CoV-2, aplicada em duas doses com intervalo de 22 dias. Sua submissão já foi iniciada na Europa, junto à Agência Europeia de Medicamentos (EMA). Caso seja aprovada, esse ano, será a primeira usando essa tecnologia na Europa.

Fonte: Correio 24 Horas Online

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