Quais são os remédios eficazes contra a obesidade aprovados no Brasil? Confira

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Em apenas uma década, a taxa de obesidade no Brasil dobrou em porcentagem, acometendo hoje nada mais nada menos que 20% da população adulta, de acordo com m dados da pesquisa Vigitel, realizada periodicamente pelo Ministério da Saúde. Isso significa que dois em cada dez brasileiros apresenta índice de massa corporal, o famoso IMC, a partir de 30. Para a maior parte destas pessoas, emagrecer – e manter o peso perdido – apenas com alterações comportamentais, como dieta e atividade física, é uma tarefa quase impossível.

‘A probabilidade de um paciente obeso perder 10% do peso apenas com essas alterações é muito pequena. Além disso, em até dois anos, 90% desses pacientes recuperaram o peso inicial, explica Antonio Carlos do Nascimento, doutor em endocrinologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Nestes casos, o uso de medicamentos é fundamental para ajudar na perda de peso de forma significativa e duradoura’.

Na quinta-feira, 14, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu a comercialização de três inibidores de apetite, a anfepramona, femproporex e mazindol. No entanto, na prática, essa decisão não impacta o tratamento de pacientes obesos. Desde que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu o uso desses anorixerígenos, em 2011, eles foram praticamente abolidos das prescrições. Isso se manteve após a liberação da venda dessas substâncias pelo Congresso, em 2017.

‘Essas medicações praticamente não voltaram para o comercio habitual porque estavam sendo comercializados em pouquíssimas farmácias de manipulação’, afirma a endocrinologista Maria Edna de Melo, presidente do departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

Nesse período, outros medicamentos, mais eficazes e com menos efeitos colaterais, chegaram ao Brasil e passaram a ser indicados para o tratamento da obesidade. Os principais são a liraglutida e a semaglutida, que imitam no organismo o hormônio GLP-1, ligado à produção de insulina e à sensação de saciedade. Além disso, também estão disponíveis a sibutramina, que é o medicamento emagrecedor com registro válido mais antigo no Brasil, e o orlistat.

A liraglutida e a semaglutida são considerados os medicamentos mais modernos e eficazes para o tratamento da obesidade. Originalmente desenvolvidos para o diabetes tipo 2, seu uso como potente emagrecedor logo foi descoberto e incorporado à prática clínica. Em 2021, a liraglutida se tornou a substância mais prescrita nos consultórios particulares de endocrinologia.

A semaglutida teve seu papel comprovado contra a obesidade comprovado no início deste ano, quando um estudo publicado na reputada revista The New England Journal of Medicine mostrou que o medicamento conseguiu reduzir em 15% o peso de pessoas com obesidade e evitar muitas de suas piores consequências, incluindo o diabetes. Além disso, mais de um terço dos participantes que recebeu a droga perdeu mais de 20% do peso, o que é uma taxa só vista de um a três anos após a cirurgia bariátrica.

Apesar da polêmica sobre possíveis efeitos colaterais, em especial ao sistema cardiovascular, associados ao seu uso, a sibutramina, continua sendo para o tratamento da obesidade, segundo a endocrinologista Maria Edna de Melo. A medicação age diretamente no cérebro, na noradrenalina e serotonina.

Neurotransmissores que participam da regulação de diversas funções, como humor e sono, além do apetite. Já o orlistate age diretamente no intestino, inibindo de forma parcial a atividade de enzimas responsáveis pela digestão das gorduras. Essa ação localizada faz com que sua eficácia seja mais baixa que a das outras medicações.

Seja qual for a estratégia de tratamento escolhida, ela deve ser sempre indicada pelo médico, que irá avaliar a melhor opção para o paciente, considerando os riscos e benefícios envolvidos. A sibutramina, por exemplo, não é indicada para pessoas com problemas cardiovasculares e idosos. A liraglutida e a semaglutida são especialmente vantajosas para pessoas com obesidade e diabetes tipo 2, já que atua nas duas doenças.

A obesidade é uma doença que não tem cura. Por isso, na maioria dos casos, os medicamentos são de uso contínuo.

‘É um tratamento constante porque o paciente não estará curado da doença, e sim a terá sob controle, ressalta Nascimento. Embora sejam pouco eficazes de forma isolada, as alterações comportamentais são parte fundamental para a manutenção da perda de peso no longo prazo’.

Fonte: Jornal Ação Popular

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Uso da melatonina como suplemento é aprovado pela Anvisa

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O uso da melatonina, conhecida como hormônio do sono, para a formulação de suplementos alimentares foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio da Diretoria Colegiada (Dicol), na quinta-feira, 14. O consumo foi autorizado a pessoas com idade igual ou superior a 19 anos e em dosagem que não ultrapasse 0,21 mg diárias. Alegações de benefícios associadas ao consumo do suplemento à base da substância, porém, não foram aprovadas.

Veja também: Indicamento de Braga Netto e Flávio Bolsonaro divide G7 e é uma das razões do adiamento do relatório da CPI

Com a decisão, a melatonina fica disponível, sem receita, como um suplemento alimentar, categoria de produtos destinada à complementação da dieta de pessoas saudáveis com substâncias presentes nos alimentos, incluindo nutrientes e substâncias bioativas, onde está enquadrada funções metabólicas bem caracterizadas. Ao redor do mundo, essa já era uma realidade para diversos países, como os Estados Unidos.

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Os suplementos de melatonina devem conter advertência de que não devem ser consumidos por gestantes, lactantes, crianças e pessoas envolvidas em atividades que requerem atenção constante. Quem tiver enfermidades ou usar medicamentos deve consultar seu médico antes de consumir a substância.

Também foram autorizados outros 40 novos constituintes de suplementos alimentares, como a membrana da casca de ovo, como fonte de ácido hialurônico, glicosaminoglicanos e colágeno, e extrato de laranja moro, como fonte de antocianinas.

O que é melatonina?

A melatonina é um hormônio produzido naturalmente no cérebro humano, mais especificamente pela glândula pineal. Ela auxilia no ciclo vigília-sono, ao indicar para os órgãos que a noite chegou.?Por isso, é comumente associada ao tratamento de insônia.

A substância pode ser encontrada em pequenas concentrações em alimentos como morango, cereja, vinhos e carne de frango, por exemplo. Ela ?também pode ser produzida sinteticamente.

Em entrevista ao Estadão, a endocrinologista Suemi Marui explicou que “alterações do sono como, por exemplo, insônia e sonolência, levam a diversas modificações hormonais, metabólicas, neurológicas e psicológicas”. A médica, porém, disse não haver comprovações científicas dos benefícios de se tomar melatonina sintética para essas alterações. Efeitos colaterais do consumo indevido da substância são “dor de cabeça, confusão mental, tontura e náuseas”, alerta.

Suemi destacou que a produção natural de melatonina depende do padrão de sono-vigília de cada um. “O sono deve ser reparador, significando não acordar cansado”, resume. A indicação dela é a de que, quando o cansaço parecer constante, busque-se um médico. “Doenças que causam alterações no sono como, por exemplo, problemas da tireoide, apneia do sono e depressão devem ser investigadas e não tratadas com melatonina, que pode atrasar o diagnóstico.”

Fonte: Diário de Cuiabá

Indicamento de Braga Netto e Flávio Bolsonaro divide G7 e é uma das razões do adiamento do relatório da CPI

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Dois personagens do governo Bolsonaro são responsáveis pela tensão na reta final da CPI da Pandemia, o que provocou o cancelamento da leitura do relatório do senador Renan Calheiros.

A leitura estava programada para a próxima terça-feira, mas foi adiada e não há data marcada para ocorrer. Um dos personagens é o senador Flávio Bolsonaro.

Renan Calheiros decidiu indiciar o primogênito de Jair Bolsonaro por advocacia administrativa.

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No dia 13 de outubro do ano passado, Flávio Bolsonaro levou o dono da Precisa, Francisco Maximiano, para uma reunião com o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, no escritório do banco público m Brasília.

A Precisa se tornaria três meses depois a intermediária da Barath Biotech, fabricante da vacina Covaxin, que o governo Bolsonaro se empenhou para comprar.

A versão oficial é que Maxiamiano pleiteava empréstimo do BNDES para investimento em outra empresa de sua propriedade, a Xis Internet Fibra.

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Um mês depois, a Barath Biotech teve a sua primeira reunião oficial com o Ministério da Saúde para vender a vacina, que tinha preço 50% superior ao da Pfizer, que havia tido sua oferta reiteradamente ignorada pelo governo Bolsonaro.

Em janeiro, uma comissão de empresários foi a Nova Deli, na Índia, para reunião com representantes da Barath Biotech mediada pela Embaixada do Brasil.

Na comitiva, estava Maximiano, da Precisa (e da Xis Internet Fibra).

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Um dia depois, Jair Bolsonaro enviou carta ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, para informar que a Covaxin havia sido uma das vacinas escolhidas pelo governo brasileiro.

Em março, o deputado federal Luís Miranda (Dem-DF) levou o irmão, funcionário do Ministério da Saúde, para uma reunião com Jair Bolsonaro no Palácio do Alvorada.

Miranda revelaria mais tarde que informou naquele dia a Bolsonaro que o irmão havia sido pressionado a aprovar a importação da vacina, apesar do imunizante não ter a aprovação da Anvisa e sua documentação ser precária.

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Bolsonaro teria sugerido a Miranda que era um caso de corrupção, com envolvimento do deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder de seu governo na Câmara dos Deputados.

Apesar da declaração, não tomou nenhuma providência contra Barros. Nem sequer o afastou da liderança na Câmara.

Bolsonaro também não desmentiu Luís Miranda, que é de sua base na Câmara.

Flávio Bolsonaro chegou a comemorar a importação da Covaxin, com um post no Twitter no dia 27 de fevereiro deste ano.

O senador apagou o tuíte, mas um print circulou depois que o escândalo da Covaxin explodiu.

O crime em que Renan Calheiros quer indiciar Flávio está tipificado pelo artigo 321 do Código Penal: “Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário: Pena – detenção, de um a três meses, ou multa.’

Alguns senadores do G7, grupo majoritário da CPI, discordam de Renan Calheiros para poupar Flávio Bolsonaro. Uma das razões é o corporativismo do Senado, mas talvez haja outro motivo.

Alessandro Vieira, do Cidadania, ameaçou inclusive apresentar relatório em separado.

O outro personagem que provoca tensão na CPI é o general Braga Netto, que na condição de chefe da Casa Civil (hoje é ministro da Defesa) comandou o Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19.

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O comitê foi responsável pela política negacionista de Jair Bolsonaro. ‘Não faz sentido indiciar o presidente e não indiciar quem executou essa política negacionista’, afirmou Renan Calheiros, em entrevista exclusiva à TV 247.

O presidente da CPI, Omar Aziz, é um dos que querem evitar o indiciamento de Braga Netto.

A entrevista com Renan Calheiros, realizada neste sábado, 16 de outubro – portanto, antes da decisão de adiar a leitura do relatório – vai ao ar neste domingo, às 21 horas.

Fonte: Brasil 247

Brasil vai receber 36 milhões de doses da vacina da Janssem até dezembro

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O Brasil vai receber, até o final de 2021, 36,2 milhões de doses da vacina de dose única contra Covid-19 da Janssem, produzida pela Johnson & Johnson. As doses fazem parte do acordo entre a fabricante e o governo brasileiro.

Em junho foram antecipadas 1,8 milhão de doses. Outro lote com 3 milhões foi entregue em julho após doação dos Estados Unidos.

No último sábado, 09, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou por unanimidade a extensão do prazo de validade da Janssem de quatro meses e meio para seis meses.

No Brasil, a vacina da Janssen está autorizada para uso emergencial desde 31 de março deste ano. Essa vacina é a única aprovada pela Anvisa em dose única e, quando armazenada entre temperaturas de -25°C e -15°C, possui prazo de validade de 24 meses, a partir da data de fabricação.

Fonte: A Tarde

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/brasil-recebe-13-milhao-de-doses-da-vacina-contra-covid-da-pfizer/

Estudos de novos tratamentos contra a Covid avançam no Brasil

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Desde o começo da pandemia, cientistas do mundo todo seguem na busca de outros tratamentos para amenizar os sintomas da Covid e evitar mortes. No Brasil, o Instituto Butantan vai começar a aplicar em pacientes um soro anti-Covid e a Fiocruz busca voluntários para testar um remédio antiviral promissor.

Veja também: Por que o paracetamol não é a melhor alternativa contra a ressaca?

O Butantan desenvolveu um soro concentrado de anticorpos. Na sexta-feira (15), a Anvisa autorizou o início do estudo com pacientes. A expectativa dos cientistas é a de que ao introduzi-lo em uma pessoa com Covid-19, o soro possa combater a infecção pelo coronavírus e impedir o agravamento da doença.

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‘O maior desafio neste momento é ter um número de voluntários suficiente, porque a partir do fechamento do ensaio clínico proposto e aprovado é que você pode pedir um registro’, explica a pesquisadora do Butantan Ana Maria.

‘O maior desafio neste momento é ter um número de voluntários suficiente, porque a partir do fechamento do ensaio clínico proposto e aprovado é que você pode pedir um registro’, explica a pesquisadora do Butantan Ana Maria.

O primeiro grupo de 60 voluntários é de pacientes com câncer e pessoas que receberam transplante de rim. Todos com mais de 30 anos e diagnóstico de Covid há, no máximo, cinco dias. Metade vai receber o soro, e metade um placebo – uma substância sem efeito nenhum. Só no final do estudo é revelado quem tomou o quê, para saber se o soro teve efeito.

Já existem cinco medicamentos no mundo que combatem a infecção pelo coronavírus, com os chamados anticorpos monoclonais, produzidos com biotecnologia, mas muito caros para a população. Por isso, cientistas procuram tratamento mais acessíveis. É o caso do molnupiravir, que vem em forma de comprimido e pode revolucionar o tratamento contra Covid. Já tem evidência científica de que o medicamento funciona.

Na segunda-feira (11), um laboratório pediu ao governo americano autorização para uso emergencial do remédio. No Brasil, um estudo conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz, do Rio, tem como objetivo descobrir se os comprimidos poderiam impedir também que a doença se desenvolva em quem for exposto ao vírus.

Funciona assim: quando o coronavírus entra no corpo de uma pessoa, o remédio pode impedir que ele se multiplique. Com menos vírus, a doença fica bem mais leve. No estudo com o comprimido, só vai poder participar quem ainda não estiver vacinado e more com alguém que testou positivo para Covid nas últimas 72 horas. Por isso, os pesquisadores fazem um chamado por voluntários que se encaixem nesse perfil.

A importância da vacinação

Se você estiver se perguntando se vai dar para trocar a vacina pelos remédios, a resposta dos médicos é categórica: não. Os medicamentos em estudo são um tratamento para a infecção. A vacina é uma prevenção, comprovada. Enquanto a ciência busca novos tratamentos, a vacinação precisa continuar avançando.

Fonte: G1

Por que o paracetamol não é a melhor alternativa contra a ressaca

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A ressaca, para muitas pessoas, é um mal-estar comum depois de uma noite de festa. No entanto, nem todo mundo é afetado da mesma maneira pela ingestão de álcool.

A reação varia muito dependendo de cada indivíduo, fatores ambientais e temporais.

Tudo isso pode afetar significativamente quando sofremos essa inevitável sensação de mal-estar (e, às vezes, de arrependimento) – ou se a ressaca é de maior ou menor intensidade.

Embora saibamos quais tendem a ser os gatilhos, a causa específica da ressaca ainda é desconhecida. Tampouco sabemos quais são as razões por trás de todos os efeitos associados a ela.

Onde está a causa da ressaca?

Se pesquisarmos um pouco na literatura científica, veremos que tem se tentado justificar os sintomas da ressaca com diferentes razões. A primeira é a desidratação.

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Mas também se atribui à alteração da concentração de substâncias endógenas (que são produzidas no corpo naturalmente), como a glicose ou alguns hormônios.

Isso poderia acontecer pela ingestão de grandes quantidades de álcool, que resultam em elevadas concentrações de etanol e de seus produtos de degradação no sangue.

No entanto, não está muito claro se o mal-estar associado à ressaca se deve a essas alterações, e sua origem ainda está sendo investigada.

Nos últimos anos, alguns pesquisadores associaram o mal-estar e os sintomas a uma origem imunológica que desencadeia a liberação de substâncias endógenas relacionadas à dor e a processos inflamatórios.

Estas seriam as causas da dor de cabeça e da indisposição corporal em geral.

Enquanto os pesquisadores tentam identificar as verdadeiras causas da ressaca, vamos avaliar que medicamentos estão disponíveis para controlar esses sintomas da melhor maneira possível.

Para fazer isso, devemos entender primeiro como o álcool atua em nosso organismo.

Como o álcool flui pelo corpo

Quando tomamos uma bebida alcoólica, o etanol que ela contém é absorvido muito rapidamente no trato gastrointestinal e depois chega ao fígado. Este órgão se encarrega de metabolizá-lo por meio de enzimas chamadas álcool desidrogenase (ADH).

Se a ingestão de álcool for feita por períodos prolongados, a intensa atividade das enzimas hepáticas pode afetar a saúde do próprio fígado.

O órgão pode sofrer alterações devido ao acúmulo de metabólitos de etanol que podem danificar as células hepáticas.

Além disso, esses produtos da degradação podem causar inflamação e levar ao aparecimento de gordura no órgão, que é o estágio inicial das alterações que o fígado pode sofrer e que podem desencadear hepatite alcoólica ou cirrose em casos mais graves.

Dito isto, e conhecendo as graves consequências do consumo abusivo de álcool, vejamos se os tratamentos mais usados ??para combater a ressaca estão fazendo mais mal do que bem.

Ibuprofeno, e não paracetamol

Se você já passou por alguma destas etapas, é possível que tenha recorrido ao paracetamol ou ao ibuprofeno na esperança de resultados milagrosos para atenuar os sintomas. Mas você sabe como estes medicamentos funcionam?

Em primeiro lugar, o paracetamol é uma droga com propriedades analgésicas e antipiréticas, muito eficaz no controle da febre ou no tratamento da dor. É por isso que é um dos medicamentos escolhidos para o tratamento de processos que causam dor.

No entanto, essas moléculas não possuem atividade anti-inflamatória – por isso, se a dor estiver associada a processos inflamatórios, ela é menos eficaz.

Este medicamento, em doses terapêuticas, é seguro e não tem efeitos tóxicos. Uma vez absorvido e na corrente sanguínea, é metabolizado no fígado – e a molécula intacta e seus metabólitos são eliminados principalmente pelo rim.

Já o ibuprofeno pertence ao grupo dos anti-inflamatórios não esteroides e tem atividade antipirética, analgésica e anti-inflamatória.

É normalmente receitado para a dor causada por processos inflamatórios, como artrite, dor de dente, lesão muscular ou cólica menstrual.

Diferentemente do paracetamol, o ibuprofeno não causa danos ao fígado, embora, devido ao seu próprio mecanismo de ação anti-inflamatória, possa afetar a mucosa gástrica e danificar essa barreira protetora do estômago.

Mas fará isso em menor grau do que outras drogas do grupo dos anti-inflamatórios.

Paracetamol faz fígado trabalhar mais após consumo de álcool

O problema de se tomar paracetamol após a ingestão excessiva de álcool está relacionado ao mecanismo de metabolismo de ambos.

Lembra da enzima ADH? Então, essa enzima metaboliza o álcool na mucosa gástrica e no fígado para transformá-lo em uma molécula mais fácil de eliminar do organismo.

Mas, quando bebemos demais, essa enzima fica saturada e precisa pedir ajuda a outra: a enzima CYP2E1.

E fará isso em grandes quantidades porque o álcool funciona como um indutor neste sistema enzimático.

O paracetamol, por sua vez, também é metabolizado no fígado por meio de dois processos: 80% pela conjugação com ácido glicurônico e 20% pela enzima CYP2E1.

Como vocês podem ver, essa enzima participa tanto do processo de metabolismo do álcool quanto do paracetamol. Aí vem o problema.

Essa pequena parte do paracetamol que é metabolizada pela enzima CYP2E1 é transformada em um metabólito altamente reativo, o NAPQI, que pode levar ao estresse oxidativo e morte celular.

Em condições normais, podemos eliminá-lo graças à glutationa, mas quando consumimos muito álcool, o processo se complica.

Por quê? Como nosso corpo terá níveis muito elevados da enzima CYP2E1 (para ser capaz de metabolizar o álcool), o paracetamol tende a usar sua segunda via de metabolismo (por CYP2E1).

Desta forma, será gerado muito mais NAPQI e, se o organismo não conseguir eliminá-lo (porque a glutationa é limitada), pode causar danos ao fígado.

Neste ponto, nos perguntamos, o que devemos tomar? Analisando as duas moléculas, é aconselhável o uso de ibuprofeno.

Além disso, se, como descrito, a ressaca estiver associada a um processo inflamatório, o ibuprofeno, além de sua ação analgésica, atuará na inflamação e, portanto, será mais eficaz.

De qualquer forma, é preciso ter cautela, já que o ibuprofeno pode potencializar o efeito de irritação do álcool a nível gástrico, ao alterar a barreira de proteção do estômago.

Mas isso geralmente não acontece após a ingestão de uma única dose deste anti-inflamatório, mas sim após a ingestão contínua do mesmo quando são usadas doses muito altas.

No entanto, precisamos lembrar que o melhor remédio para a ressaca ainda é não consumir álcool. Ou, pelo menos, não em grandes quantidades.

*Francisco Javier Otero Espinar é professor do Departamento de Farmacologia, Farmácia e Tecnologia Farmacêutica da Universidade de Santiago de Compostela, na Espanha.

Fonte:  

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/a-polemica-do-paracetamol/

Farmácias se unem para coletar doações de cabelo

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Mulher corta cabelo; farmácias recolhem doações para campanha

O Outubro Rosa serviu de inspiração para uma criativa campanha que mobiliza dez redes de farmácias, em uma iniciativa idealizada pela plataforma Consulta Remédios. A ação Faça uma Mulher Sorrir teve início no dia 15 e incentiva a coleta de doações de fios de cabelo, que serão utilizados na confecção de perucas para pacientes com câncer de mama.

Veja também: Deusmar Queirós entre os mais influentes da América Latina

A campanha mobiliza mais de 70 PDVs e tem a previsão de impactar 40 milhões de consumidores.

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Edilaine Godoi, diretora de marketing do Consulta Remédios, explicou o objetivo da campanha. “Queremos inspirar as pessoas para que sejam solidárias com a causa e ajudem a melhorar a autoestima de quem está passando pelo estresse que a doença e os tratamentos associados causam”, comenta a executiva.

Redes participantes

A ação se estenderá até o dia 31 de outubro e engajará as seguintes redes:

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Deusmar Queirós entre os mais influentes da América Latina

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O fundador da Pague Menos, Deusmar Queirós, figura na lista de personalidades mais influentes da América Latina em 2021, publicada pela Bloomberg

O fundador da Pague Menos, Deusmar Queirós, figura na lista de personalidades mais influentes da América Latina em 2021, publicada pela Bloomberg Línea. Dentre os 500 nomes escolhidos, estão também executivos como Luiza Trajano e Abílio Diniz.

Veja também: Aché inicia incursão no mercado de oftalmologia

A aquisição da Extrafarma pela rede foi um dos motivos que levaram Queirós a conquistar uma vaga na lista. Além disso, analistas de mercado avaliam como positivos os resultados da varejista nos últimos dois anos e como promissor o futuro próximo.

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Queirós se disse grato pelo reconhecimento. “É muito gratificante fazer parte de uma lista que contempla e, principalmente, reconhece pessoas que fazem a diferença nos setores em que atuam”, comenta o executivo.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Aché inicia incursão no mercado de oftalmologia

Fachada da sede do Aché

 O Aché Laboratórios Farmacêuticos anuncia a entrada no mercado de oftalmologia, setor que movimentou aproximadamente R$ 2 bilhões no país em 2020, segundo dados IQVIA. A nova divisão estreia inicialmente com dois produtos, um lubrificante ocular indicado para o tratamento do olho seco e um anti-inflamatório não hormonal indicado após procedimentos cirúrgicos. Ambos foram desenvolvidos após seis anos de estudos e pesquisas clínicas dentro e fora do país. O segmento de oftalmologia está entre os maiores em vendas do setor e, em um ano desafiador de pandemia, como foi 2020, cresceu 4% em valor.

Veja também: Equilíbrio Vita busca novos parceiros para crescer 60% até 2022

Com investimentos em pesquisa, produção e contratação de pessoas, o Aché dá o pontapé inicial no setor com a produção 100% nacional dos medicamentos em sua planta fabril de São Paulo. A companhia planeja que o portfólio desta divisão tenha vários novos produtos nos próximos cinco anos, para diversos tratamentos.

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Para o diretor da divisão de prescrição do Aché, Marcelo Neri, a entrada do laboratório neste segmento representa um importante reforço ao grande portfólio da empresa. “Temos uma atuação de destaque junto a todas as especialidades médicas e, nos últimos anos, não poupamos esforços para entrar no segmento de oftalmologia, nosso objetivo não é só oferecer outras opções de escolha para a indicação médica, mas também trazer soluções inovadoras ao mercado brasileiro nos próximos anos”, comenta o executivo.

A planta das Nações Unidas, na cidade de São Paulo, ficará responsável pela produção destes produtos. Em parceria com a empresa francesa Nemera, o Aché está trazendo a tecnologia Novelia PureFlow®, que permite manter os líquidos estéreis mesmo sem o uso de conservantes. “A possibilidade de termos medicamentos sem conservantes já coloca o Aché em um patamar diferenciado. Continuaremos buscando inovações e tecnologia para que a área de oftalmologia também seja líder em seu mercado de atuação”, comentou Marcelo Neri.

A expectativa do Aché é que a produção 100% nacional ajude a dar mais velocidade na colocação de produtos nas prateleiras.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

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Farmácias têm queda na venda de anticoncepcionais

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Segundo dados da IQVIA, 73,6 milhões de anticoncepcionais foram vendidos no varejo farmacêutico no primeiro semestre de 2021, o que

Segundo dados da IQVIA, 73,6 milhões de anticoncepcionais foram vendidos no varejo farmacêutico no primeiro semestre de 2021, o que aponta uma queda de 5 milhões de unidades em comparação com o semestre anterior. A informação é da Folha de S.Paulo.

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A consultoria também aponta uma redução na comercialização dos anticoncepcionais em comparação com o primeiro semestre de 2020, quando foram vendidas 77,4 milhões de unidades.

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O que motivou a queda na venda dos anticoncepcionais?

Para a InterPlayers, alguns motores para a queda na compra de anticoncepcionais foram o aumento nos preços e também o desemprego, que diminuiu ou zerou a renda do consumidor.

Nas pequenas e médias farmácias, o preço subiu 12% entre janeiro e agosto, segundo a intermediadora. No acumulado de 12 meses, esse percentual chega a ser ainda maior, na casa de 19%. O resultado supera também o IPCA, índice oficial da inflação no Brasil, para o mesmo período – que foi de 10,25%.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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