Meta é elevar faturamento da marca em R$ 300 milhões no próximo ano – Foto: Divulgação
Uma das principais metas de curto prazo da Cimed, companhia conhecida por seu portfólio de vitaminas, é a de alavancar o número de vendas da Lavitan. Na visão de João Adibe, a resposta para esse desafio pode ser encontrada nos mercados internacionais. As informações são da Bloomberg Línea.
Buscando alcançar a marca de R$ 1 bilhão em vendas nos primeiros três meses de 2026, a farmacêutica vai apostar na entrada no mercado de nutrição esportiva, com produtos que devem rivalizar com marcas consagradas como Gatorade, Powerade e YoPro. Em 2024 a companhia movimentou R$ 720 milhões, registrando um sell-in de aproximadamente R$ 500 milhões.
Vendas da Lavitan: Cimed aposta em celebridades e tecnologias
Para entrar nesse mercado com destaque e tentar se estabelecer o mais rápido possível, a marca vai se ancorar em vantagens competitivas proporcionadas pela Cimed.
Usufruindo da proximidade com o varejo farmacêutico, a companhia da família Adibe vai distribuir 10 mil geladeiras para farmácias, como forma de acelerar o crescimento da Lavitan.
Neymar Jr. ainda será o garoto propaganda da linha de isotônicos, que chegará aos PDVs com cinco sabores, em uma parceria inspirada nas realizadas por marcas internacionais como Más+ e Prime, que contam com Lionel Messi e Logan Paul, respectivamente.
“Eles conquistaram mercado nos Estados Unidos e, em cima disso, nós vamos tentar entrar aqui no Brasil. Por isso, optamos pelo Neymar, até porque ele é ídolo dessa molecada quando ele fala de futebol e vamos usá-lo muito fora e dentro de campo, principalmente no lifestyle”, explica Adibe.
Iniciativa já está em vigor e marca o início dos trabalhos da nova frente legislativa – Foto: Reprodução – Andressa Anholete/Agência Senado
A edição dessa terça-feira (8) do Diário Oficial da União oficializou a criação de uma nova Frente Parlamentar Farmacêutica, como proposto pelo senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP). O projeto foi posteriormente aprovado pelo Senado com a relatoria de Izalci Lucas (PSDB-DF).
A Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento da Indústria Farmacêutica e da Produção de Insumos Farmacêuticos Ativos no Brasil será formada por parlamentares que assinarem a ata de instalação e poderá reunir-se em Brasília ou em qualquer outra unidade da Federação.
Seu principal objetivo é ampliar a capacidade nacional de produção de medicamentos e reduzir a dependência de insumos importados, que atualmente equivalem a quase 90% da demanda brasileira.
Senador justifica criação da Frente Parlamentar Farmacêutica
Em sua proposta, Marcos Pontes destacou que estimular a produção local pode garantir o abastecimento de remédios em situações emergenciais, contribuir para a geração de empregos e a redução de custos na fabricação e fomentar políticas públicas para inovação, investimento e competitividade da indústria nacional, além de ressaltar que o espaço servirá como meio permanente de articulação entre o Senado, o setor produtivo, a academia e o Poder Executivo.
O Anasol Clinicals Vit C FPS 50, da Dahuer ,vai muito além de um simples protetor solar. Sua fórmula combina filtros de última geração com o exclusivo nanovetor de vitamina C — uma tecnologia que protege contra os raios UVB, UVA e até contra a luz visível. Ainda ajuda a minimizar os danos causados pelos raios infravermelhos, graças à sua potente ação antioxidante.
Na prática, isso significa uma pele mais protegida, saudável, com um toque seco e efeito matte. O Anasol Clinicals Vit C FPS 50 também previne o fotoenvelhecimento, hidratando profundamente e combatendo os sinais de envelhecimento precoce. Estimula a produção de colágeno e promove mais firmeza, luminosidade e uniformidade para a pele.
Por se tratar de um microencapsulado, o ativo penetra melhor e age com mais precisão. O produto é dermatologicamente testado, hipoalergênico e não obstrui os poros.
Sistema de distribuição: sistema próprio Gerente nacional de vendas: Eduardo Oliveira – 99338-5290
Encontro une feira e congresso em dois dias de encontro / Foto: Reprodução – NIS Summit
Chegando à sua quinta edição, o Nutri Ingredients Summit (NIS) contará com a presença de 110 expositores do mercado de ingredientes para alimentos funcionais. O total representa um avanço de 50% em comparação com 2024.
O evento, focado em saudabilidade, conecta fornecedores de ingredientes funcionais às indústrias de alimentos, bebidas, suplementos alimentares e farmacêuticas, interessadas em soluções inovadoras para diferenciar e tornar seus produtos mais saudáveis e indulgentes para o consumidor.
Com o crescimento na demanda de empresas querendo participar do encontro, a organização estima também que o número de visitantes cresça na mesma proporção. São esperados cerca de 6,5 mil profissionais.
“O número de pré-cadastros já é o dobro do realizado na última edição”, comemora o cofundador, Cassiano Facchinetti. E o aumento na procura fez, inclusive, que o planejamento da edição de 2026 começasse mais cedo.
NIS 2026 contará com área maior
Segundo Facchinetti, apesar de a próxima edição estar agendada para os dias 15 e 16 de abril, a organização já trabalha de olho em 2026. Segundo ele, a alta demanda de expositores fez com que a feira garantisse um espaço maior para a edição do ano que vem.
“Vamos contar com uma nova área no Transamérica Expo, o que nos possibilitará 8 mil metros quadrados, dois a mais do que a capacidade atual”, comemora.
Encontro oferece mais de 14 horas de conteúdo
Além da feira, o NIS Conference oferece 14 horas de conteúdo divididos em quatro módulos – nutrição física, nutrição mental, produtos e regulatório. O principal destaque da programação será a palestra ministrada pela medalhista olímpica Rebeca Andrade.
Para participar das palestras é necessário a compra dos ingressos, com preços que vão de R$ 1.089 a R$ 2.310. “Realizamos também palestras gratuitas, as NIS Aplication Trends, onde os expositores fazem apresentações rápidas, de 20 a 30 minutos, sobre as soluções levadas para a feira”, explica o cofundador.
Indústria farmacêutica ganha destaque em premiação
Outra programação paralela é o Prêmio NIS Açaí de Ouro, que chega à sua terceira edição em 2025. A premiação tem como propósito reconhecer as empresas e profissionais que inovam no desenvolvimento de novos ingredientes, processos e embalagens para o mercado de alimentos, bebidas e suplementos.
Neste ano, Facchinetti destaca o ganho de relevância da indústria farmacêutica na honraria. “Ao todo, recebemos mais de 150 inscrições nesta edição, sendo que muitos desses produtos estão ligados ao canal farma”, revela. “A indústria farmacêutica é uma das principais protagonistas nesse mercado”, completa.
Nutri Ingredients Summit (NIS) Data: 15 e 16 de abril Horário feira: 10h às 19h Horário conferência: 10h às 17h Local: Transamerica Expo Center – Hall B | São Paulo | Brasil Inscrições:Aqui
A reforma tributária, que foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último mês de janeiro, estabelece um novo modelo de tributação sobre o consumo. Mas como isso afeta o varejo farmacêutico?
A Lei Complementar Nº 214/25 institui a criação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS), que recairá sobre produtos prejudiciais à saúde e/ou ao meio ambiente.
Para o canal farma, os medicamentos terão menos impostos, mas a distribuição e a indústria perderão benefícios fiscais, custo que tende a ser repassado para o varejo.
Reforma tributária: farmácias têm menos flexibilidade
Para o fundador e CEO da IMendes, Izac Mendes, um dos principais desafios da reforma tributária para o varejo farmacêutico será a ausência de flexibilidade para lidar com eventuais majorações. “Os gestores trabalham com um teto e não podem aumentar o preço do medicamento para absorver esse custo extra. Em paralelo, com a alta competitividade do mercado, é necessário precificar com ainda mais cautela”, alerta.
Outro ponto diz respeito às substituições tributárias. “Em torno de 70% dos produtos presentes no mix de uma farmácia, sobre os quais incidiam os pagamentos de PIS/Cofins ou ICMS, passarão a conviver com a nova CBS”, destaca.
Para o especialista, o caminho para lidar com essa nova realidade passa pela digitalização de processos. “Se fala muito sobre a digitalização da operação da farmácia. Esse conceito deve ser ampliado também para o tributário”, afirma.
O diretor de Business Process Outsorcing (BPO) da Procfit, Paulo Machado, também reforça a visão. “Existem produtos que podem gerar créditos tributários, controle que se torna muito mais prático com uso intensivo da tecnologia”, acredita.
Tecnologia passa por atualizações constantes
Machado também destaca que, apesar das mudanças no horizonte, um bom sistema de gestão tributária se manterá atualizado. Afinal, são necessárias mudanças até mesmo semanais para acompanhar as constantes modificações.
“Temos um comitê que se reúne semanalmente para discutir as mudanças da semana anterior. Além disso, empregamos uma inteligência artificial no acompanhamento de alterações nas esferas municipal, estadual e federal”, explica.
Segundo o executivo, o módulo tributário da Procfit já está atualizado para lidar com a reforma. “Os empresários precisam ter um sistema extremamente confiável, que dê as respostas que ele precisa”, afirma.
Preparação depende do hoje
Apesar de reforçar o protagonismo da tecnologia, Machado alerta que o primeiro passo é ajeitar a casa. Ele aconselha as seguintes medidas:
Unidade é responsável pelos sistemas de revestimento farmacêutico e antimicrobianos / Foto: Divulgação
A Ashland celebrou a inauguração da sua planta em Cabreúva (SP) nesta sexta-feira, dia 4. A unidade acabou de passar por um processo de expansão, resultado de um investimento na casa dos US$ 10 milhões (cerca de R$ 59,3 milhões).
O aporte teve como objetivo acompanhar o crescimento da demanda por comprimidos revestidos. Segundo dados da companhia, entre 2019 e 2023, o consumo desses produtos na América latina cresceu uma média de 4,3% ao ano, sendo que o avanço no Brasil é ainda maior, 5,7% a.a.
Os fundos também foram utilizados para modernizar os equipamentos empregados na linha de antimicrobianos em aplicações de cuidados pessoais, em São Paulo (SP). “Os investimentos que fizemos em Cabreúva e São Paulo estão apoiando a globalização de nossa expertise no segmento, comemora o presidente e CEO, Guillermo Novo.
Expansão da Ashland começou ainda em 2023
Além da expansão física, celebrada no começo deste mês de abril, a Ashland já havia iniciado esse movimento em 2023, quando introduziu sete novas tecnologias de plataformas. “Essas soluções trouxeram inovações sustentáveis ‘novas para o mundo’, oferecendo opções para clientes e consumidores”, afirma.
“A Ashland introduziu várias inovações patenteadas derivadas das plataformas de óleos vegetais transformados e super umectantes, com tecnologias de plataforma adicionais ainda neste ano”, completa o executivo.
Fechamento de lojas em ritmo acelerado expõe equívocos no modelo de negócios | Foto: Freepik
O ritmo acelerado de fechamentos de farmácias independentes e o recorde de pedidos de recuperação judicial expõem os gargalos do pequeno e médio varejo. E para o especialista em educação corporativa Gilson Coelho, um dos fatores que empurram esse segmento para o abismo pode estar relacionado à decisão equivocada de replicar estratégias das grandes redes.
O consultor estima que mais de 50 mil farmácias independentes estejam em reais dificuldades financeiras. “Esse movimento cria um círculo vicioso que só agrava os resultados financeiros, por meio de decisões como a concessão de descontos cada vez mais agressivos e a manutenção de um mix amplo com produtos que claramente apresentam margens baixas. Como consequência, a expectativa de receita não se concretiza e o Custo da Mercadoria Vendida (CMV) segue viés de alta, o ponto de equilíbrio aumenta e fica cada vez mais difícil alcançar resultado positivo”, adverte.
Contas a pagar nas alturas forçam a farmácia a recorrer a empréstimos bancários ou ao uso do capital pessoal do dono. “É a fórmula da tragédia”, acrescenta. Coelho também adverte para um fenômeno surgido na pandemia. “Passamos a conviver com uma série de “soluções mágicas” que prometem faturamento instantâneo sem levar em conta os fundamentos do negócio”, ressalta.
Copiar a tática das grandes redes, na sua visão, alimenta uma corrida maluca que vai muito além do nível exagerado dos descontos. “O anseio de garantir sobrevida aos negócios leva as pequenas e médias empresas do setor a apostar em ferramentas desconhecidas que geram mais despesas e dor de cabeça”, acredita.
O que acontecerá com as farmácias independentes se nada mudar
Se nada for feito, a tendência nas farmácias independentes é clara. A situação vai se agravar ainda mais. “O mercado farmacêutico está crescendo menos. As taxas de juros continuam altas, o crédito está mais difícil, e a inflação pressiona as famílias e os negócios. O tempo está passando e, com ele, a saúde emocional do proprietário, o ânimo da equipe e a estabilidade da empresa”, avalia.
Ele alerta que quanto mais tempo se insiste na fórmula que não funciona, mais distante fica a possibilidade de recuperação. Para solucionar essa questão, o segredo é reconhecer e fortalecer os seus pontos fortes, que os grandes não têm, tais como:
Mais agilidade na forma de aprender e alcançar resultado
Mais respeito, proximidade e interação com os clientes
Uma estrutura funcional mais enxuta
Adoção de um protagonismo consciente, realçando o papel da farmácia como agente comunitário da saúde
Um atendimento diferenciado, humanizado, que respeita o cliente, suas necessidades e o seu poder aquisitivo
Coelho adverte e usa como inspiração o fato de que Davi não enfrentou Golias com as mesmas armas. Ele não tinha e mesma experiencia, reputação, muito menos estrutura física correspondente.
“Quando o dono é despertado e assume o protagonismo, ele se conecta com os métodos consagrados e rituais de produtividade adequados ao seu negócio. Tudo começa a mudar rapidamente, tendo faturamento e rentabilidade como pontos de partida, mas de uma maneira segura e sem riscos”, afirma Coelho.
Isso significa reorganizar processos, revisar categorias, alterar o perfil das compras, o que gera margens reais. “O mais importante é adotar essas práticas respeitando a realidade da farmácia, sem fórmulas mágicas nem improvisos”, finaliza.
A venda de suplementos nas farmácias avança de forma consistente, praticamente quadruplicando de tamanho em quatro anos. Os dados da Close-Up International apontam um faturamento de R$ 723 milhões em vendas ao consumidor nos últimos 12 meses até janeiro de 2025. Os demais indicadores presentes no estudo sinalizam uma expansão ainda mais vigorosa nos próximos anos, com potencial para incrementar substancialmente o tíquete médio e a fidelização.
Considerando o mesmo período até janeiro de 2021, esse mercado somava R$ 187 milhões. O montante foi 3,8 vezes inferior ao atual, mas já sinalizava os impactos da Covid-19 para o desenvolvimento da categoria. A pandemia fez saltar a demanda por itens para imunidade e bem-estar no varejo farmacêutico. O que parecia ser um boom, porém, se mostrou uma evolução ainda mais sólida nos anos seguintes.
A receita cresceu 49,4% de 2023 a 2024 e 66,6% no intervalo seguinte. “Creatina, barrinhas e proteínas vêm puxando esse mercado, representando 93% das vendas nos últimos 12 meses até janeiro, contra 84% quatro anos atrás”, observa Filipe Campos, head de Market Insights & CHC da consultoria.
Venda de suplementos nas farmácias (em milhões de R$ nos últimos 12 meses até janeiro do respectivo ano)
Fonte: Close-Up International
Suplementos nas farmácias têm volume e mix como motores
Até o momento, o perfil do mercado de suplementos nas farmácias contraria por completo a lógica que se impõe na venda de medicamentos e artigos de HPC, fundamentalmente sustentada pelo preço. “Do crescimento geral da categoria, 86% tem como motores o volume e o mix. No canal farma como um todo, esse percentual é de 46%”, reforça Campos.
“É um segmento que evoluiu em quatro anos o que se esperava inicialmente para uma década”, conta Alexandre Cunha, fundador da AMC Distribuição e Logística, que também promove serviços de representação e consultoria para conectar a indústria de saudabilidade à farmácia.
Para o empresário, que atende marcas como Apis Flora, Atlhetica Nutrition e Chá Leão, a pandemia foi o gatilho para os fabricantes acelerarem seus passos rumo ao varejo farmacêutico – com foco na formação de um mix de saudabilidade mais robusto. “Ter produtos e volume era fundamental. Agora, para que realmente o ciclo de crescimento prossiga, o setor precisa pensar em estratégias para aprimorar o planograma e a exposição no PDV”, avalia.
Grandes redes dominam, mas associativismo é rota para expansão
Outro indicativo do potencial da categoria revela-se na receita por nicho de farmácia. As grandes redes detêm 58% das vendas, mas a maior aposta atual dos especialistas está no associativismo. “Estudos de mercado que encomendamos indicam que esse nicho de farmácias tem potencial para elevar em mais de 20% o faturamento com a aposta em produtos saudáveis”, destaca Cunha.
Fonte: Close-Up International
Não à toa, as farmácias associativistas ganharam evidência na agenda do 3º Fórum de Suplementos no Canal Farma, que integrou a programação da Arnold Sports Festival no último fim de semana e teve o Panorama Farmacêutico como mídia oficial, com seu editor-chefe Leandro Luize na mediação do painel com os convidados. Curadora do evento, Leka Vital reuniu casos de sucesso do Grupo Total e da Ultra Popular.
Com 676 lojas em São Paulo, Minas Gerais e Paraná, o Grupo Total testemunhou uma alta de 145% nas vendas de suplementação nos últimos cinco anos. O tíquete médio geral pulou de R$ 36 para R$ 55, enquanto o número de itens adquiridos por cupom de compra subiu de 1,20 para 1,41.
“É um crescimento sustentável baseado na valorização do portfólio e na conquista da confiança do cliente, por meio de iniciativas como a concepção de espaços dedicados ao segmento nas farmácias e a ativação da Segunda da Suplementação”, valoriza o conselheiro deliberativo e head de expansão Jair Beloube.
Isabela Bettoni, gerente de vendas e marketing das unidades da Ultra Popular no Mato Grosso, destaca que a categoria ascendeu na rede a partir de um bem-sucedido trabalho de cross selling. “Criamos um programa de fidelidade próprio para fortalecer as marcas de suplementos, que possibilita inclusive a entrega dos produtos na residência ou local de interesse do consumidor”, detalha.
Desafios para manutenção do crescimento
A demanda motivou Ricardo Coutinho a estruturar uma divisão de negócios específica para a venda de suplementos na Visão Grupo, companhia da qual é CEO e que agrega o marketplace Tudo Farma. “O mix deu o tom à evolução nas farmácias. O próximo passo envolve o aumento da positivação e uma maior conscientização das equipes de atendimento no varejo, movimento que necessariamente a indústria deve encabeçar”, opina.
A sócia-diretora do Grupo Supley, Mariana Morelli, foi a voz da indústria no fórum e trouxe dados que atestam como a capilaridade das farmácias pode ser ainda mais bem trabalhada. “A indústria de suplementos no Brasil movimentou R$ 7,5 bilhões em 2024 e projeta chegar a R$ 9 bi este ano, mas apenas 8% da fatia desse bolo está no varejo farmacêutico”, adverte.
A multinacional farmacêutica Adium anunciou a promoção de Paulo Vitor Frade ao cargo de gerente distrital de Demanda III. Suas atribuições na empresa incluem o planejamento estratégico para o crescimento da demanda, o acompanhamento das vendas (sell-in e sell-out), o monitoramento do desempenho junto aos distribuidores e a gestão de diferentes contas.
Graduado em gestão de marketing pela UNIP, cursou um MBA em liderança estratégica e desenvolvimento de equipes de alta performance no IPOG. Ao longo de seus 15 anos de carreira acumulou experiências durante passagens por grandes empresas como Herbarium e Zodiac.
A demissão por vingança, estimulada pelo advento das redes sociais, vem gerando apreensão no mundo corporativo. A expressão é utilizada para descrever o momento em que funcionários decidem utilizar canais online para expor suas insatisfações com as empresas das quais acabaram de se desligar ou ser demitidos.
Acusações de abusos e inconveniências em relacionamentos desgastam a imagem pública da companhia e alertam para os riscos do turnover excessivo, especialmente quando a crise envolve um estabelecimento ligado intimamente à saúde e ao bem-estar.
“É um cenário que evidencia falhas na cultura da empresa e no alinhamento de expectativas entre gestores e colaboradores”, aponta Guilherme Silva, especialista em Recursos Humanos (RH). Ele, inclusive, sinaliza o recorde de pedidos de demissão como termômetro dessa realidade. De acordo com pesquisa conduzida pelo economista Bruno Imaizumi, da LCA Consultores, 37,9% dos desligamentos efetivados em janeiro deste ano tiveram como origem pedidos dos próprios trabalhadores, frustrados com o ambiente organizacional.
Diferenças geracionais agravam riscos da demissão por vingança
A demissão por vingança também pode ter como gatilho a diferença geracional entre empregadores e colaboradores. Para Silva, a nova geração de mão de obra deseja flexibilidade de horários e resiste aos modelos de gestão tradicionais. As lideranças demonstram dificuldades de lidar com esse perfil, ainda mais diante do acirramento da concorrência e maior demanda que vêm caracterizando setores como o farmacêutico. “E sem clima para mudar esse modelo, os profissionais encontram na rede social a saída para explicitar seu descontentamento”, observa.
Silva entende que, para minimizar essas questões, evitando exposições e atritos desnecessários, é preciso estruturar melhor a cultura corporativa da sua empresa.
“A grande chave para o equilíbrio é o fortalecimento de cultura, o entendimento de onde a empresa quer chegar, relacionado aos seus pontos voltados à missão, visão e valores, mas, sobretudo, alinhar o propósito daquilo que os colaboradores buscam para suas vidas e carreiras. Então, é trazer o alinhamento e o equilíbrio cultural entre comunidade, pessoas, colaboradores e empresa”, finaliza.