Economia tem debandada em meio a discussões sobre o teto de gastos

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O Ministério da Economia sofreu quatro baixas nesta quinta-feira 21. A principal delas é a exoneração do secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal. Também pediram demissão Jeferson Bittencourt (secretário do Tesouro Nacional), Gildenora Dantas (secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento) e Rafael Araújo (secretário-adjunto do Tesouro Nacional).

Segundo a pasta, os pedidos de demissão se deram por razões pessoais. A debandada ocorre no dia em que a Câmara dos Deputados, com o apoio do governo de Jair Bolsonaro, articula uma abertura no Orçamento para bancar o Auxílio Brasil de 400 reais, visto como prioritário para a campanha do presidente à reeleição.

O relator da PEC dos Precatórios na Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), sugeriu alterar a regra de correção do teto de gastos. Atualmente, ela considera o IPCA apurado entre julho de um ano e junho do ano seguinte. A proposta é mudar para janeiro a dezembro, com valores retroativos a 2016.

Essa medida, aliada ao parcelamento das dívidas judiciais (precatórios) de 2022, abriria 83 bilhões de reais no Orçamento do ano que vem. A estratégia já havia sido indicada na véspera pelo ministro Paulo Guedes.

Em evento promovido pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, Guedes avaliou que a gestão federal poderia pedir um waiver (uma espécie de ‘licença’) para furar o teto temporariamente.

‘Estávamos estudando se faríamos uma sincronização de despesas e o teto de gastos. Isso seria uma antecipação da revisão do teto de gastos. Ou se mantém, mas por outro lado pede uma licença para gastar essa camada temporária de proteção’, disse o ministro. ‘Como queremos aumentar a camada aos mais frágeis, pediríamos que isso viesse como um waiver para atenuar o impacto socioeconômico da pandemia. Estamos vendo se se conseguimos compatibilizar isso’.

Fonte: Carta Capital Online

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Queiroga questiona governadores do Nordeste: ‘Quantas vacinas trouxeram?’

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que acompanhou Jair Bolsonaro em evento oficial na Paraíba nesta quinta-feira 21, usou seu tempo de discurso para atacar governadores do Consórcio Nordeste.

‘No passado, um Consórcio de governadores disse que ia trazer vacinas. Quantas vacinas eles trouxeram? Nenhuma’, criticou o ministro.

O tom das declarações é o mesmo de senadores governistas da CPI, que miram nas administrações estaduais em uma tentativa de tirar a responsabilidade do governo federal pelos problemas de condução na pandemia. Queiroga está na lista dos pedidos de indiciamento no relatório final da comissão.

A compra prometida pela coalizão de governadores nordestinos era de doses do imunizante russo Sputnik V. A aquisição, porém, não saiu do papel porque a vacina não foi aprovada pela Anvisa. As doses seriam entregues ao governo federal e passariam a integrar o Plano Nacional de Imunizações.

‘Todas as vacinas foram trazidas pelo governo do presidente Bolsonaro. E as vacinas só têm um dono, o povo do Brasil’, seguiu Queiroga no ataque aos governadores.

Sem o mesmo ‘entusiasmo’ com os imunizantes, Bolsonaro discursou em seguida e voltou a mentir sobre a eficácia das vacinas. Em novo discurso negacionista, repetiu que não seria necessário imunizar quem já se infectou com o vírus. A tese é descartada por especialistas.

Fonte: Carta Capital Online

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Comissão da Câmara aprova PEC dos Precatórios e muda teto de gastos

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A comissão especial da Câmara aprovou na noite desta quinta-feira (21) a proposta de emenda à Constituição que altera o pagamento de precatórios. Por 23 votos a 11, os deputados aprovaram o substitutivo do relator Hugo Motta (Republicanos-PB), que, além das mudanças no pagamento de precatórios, também muda o cálculo de reajuste do teto de gastos e permite contornar a regra de ouro por meio da lei orçamentária.

Veja também: Governo anuncia Auxílio Brasil de R$ 400 a partir de novembro, mas não revela a fonte do dinheiro

Com a aprovação na comissão, o texto do substitutivo segue para o plenário.

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Na avaliação de Motta, o novo modelo de pagamento de precatórios deve permitir uma folga de R$ 40 bilhões a R$ 50 bilhões no Orçamento de 2022 e as mudanças nas regras fiscais, devem gerar mais R$ 39 bilhões. Dos recursos gerados pela PEC, R$ 24 bilhões devem ser usados para o reajuste de despesas da União indexadas pela inflação.

Para o relator, a alteração na PEC será fundamental para garantir os recursos necessários para o pagamento do Auxílio Brasil, programa social anunciado ontem pelo governo federal que tem a previsão de pagar R$ 400 para 17 milhões de famílias no ano que vem e que deve substituir o Bolsa Família. A PEC deve garantir também R$ 11 bilhões para a compra de vacinas em 2022.

Caso a PEC não seja aprovada pelo Congresso, o pagamento de precatórios em 2022 deve ficar em R$ 89,1 bilhões. Em 2021, este tipo de gasto ficou em R$ 54,7 bilhões. Por se tratar de uma PEC, o projeto deve ser votado em dois turnos no plenário da Câmara antes de seguir para o Senado, onde também precisa passar por dois turnos. Nas duas casas, é necessário aprovação de dois terços dos parlamentares.

Precatórios

De acordo com o substitutivo aprovado pela comissão, se a PEC for aprovada, passa a haver um limite para o pagamento de precatórios ao valor pago em 2016 (R$ 30,3 bilhões), reajustado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A estimativa é que o teto seja de quase R$ 40 bilhões no ano que vem. Ficarão de fora deste limite o pagamento de requisições de pequeno valor para o mesmo exercício, de até R$ 600 mil, que terão prioridade no pagamento.

Os precatórios que não forem expedidos por causa do teto terão prioridade para pagamento nos anos seguintes, reajustados pela taxa Selic, acumulada mensalmente. Atualmente, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a correção depende da natureza do precatório, podendo ser a Selic ou a inflação medida pelo IPCA mais 6% ao ano.

Para permitir o abatimento da dívida, o texto oferece aos credores a possibilidade de fechar acordo para receber o valor até o final do exercício seguinte, caso concordem com um desconto de 40%. Os valores necessários à sua quitação serão providenciados pela abertura de créditos adicionais em 2022. Um contribuinte com direito a precatório também poderá usá-lo para quitar obrigações com a União. Regra similar também valerá para estados, Distrito Federal e municípios.

Teto de gastos

O texto aprovado na comissão também mudou o cálculo de reajuste do teto de gastos, que passa a ser corrigido pela variação do IPCA do exercício anterior a que se refere a lei orçamentária, com base no período de janeiro a dezembro. Atualmente, é utilizado o IPCA para o período de 12 meses encerrado em junho do exercício anterior.

A aprovação dessa mudança pode aumentar o teto de gastos para 2022, pois as projeções da inflação de 2021 são maiores do que a utilizada no cálculo anterior. No índice acumulado em 12 meses até junho, o índice é de 8,53%, elevando o teto de gastos estimado a R$ 1,610 trilhão. Já o IPCA acumulado até setembro é de 10,25%, o que já representa um aumento no teto de gastos apenas considerando os três primeiros trimestres deste ano.

O relator justificou que a revisão do teto de gastos se deveu à crise provocada pela pandemia da covid-19 e também à necessidade de sincronizar o tempo do reajuste do teto com o de reajuste do salário mínimo, que é de janeiro a dezembro. “Não estava escrito que teria uma pandemia e tivemos de nos adaptar a este nova realidade. Precisamos encontrar espaço fiscal para comprar vacina”, disse. “Não estamos furando o teto e dando cheque em branco para o governo fazer o que quer.”

Um outro dispositivo aprovado permite, por meio da lei orçamentária anual, contornar a regra de ouro. Com isso, o governo poderia contrair dívidas para pagar despesas correntes, como pagamento de pessoal, juros da dívida e manutenção da máquina pública.

Instituída pelo Artigo 167 da Constituição, a regra de ouro estabelece que o governo só pode emitir dívida pública para rolar (renovar) a própria dívida ou para cobrir despesas de capital, como investimentos em obras públicas e amortizações. Para cobrir gastos correntes, o governo precisa pedir autorização do Congresso, por meio de um crédito suplementar ou especial no Orçamento, que requer maioria absoluta para a aprovação.

Municípios

A PEC também autoriza os municípios a parcelar, em 240 prestações mensais, o pagamento de contribuições previdenciárias e outros débitos com vencimento até 31 de outubro de 2021. Ato do Ministério do Trabalho e Previdência definirá os critérios para o parcelamento, oferecendo as informações sobre o montante das dívidas, formas de parcelamento, juros e encargos incidentes.

A formalização dos parcelamentos deverá ocorrer até 30 de junho de 2022 e ficará condicionada à autorização de vinculação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para pagamento das prestações acordadas nos termos de parcelamento.

Fonte: Agência Brasil

Walgreens e proprietária do Google lançam entrega por drone

Walgreens fará entregar por drone

A Walgreens fará parte dos testes do projeto Wing da Alphabet, proprietária do Google, que realiza entregas por meio de drones. A informação foi divulgada pela CNN norte-americana.

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No momento, o serviço estará disponível nas regiões próximas às cidades de Dallas e Fort Worth, ambas no estado do Texas. Será a primeira vez nos Estados Unidos que um serviço como esse é implementado em uma importante área metropolitana.

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A loja da Walgreens escolhida pela Alphabet atende parte das cidades Frisco e Little Elm. A Wing explicou à televisão do país como funcionará o projeto. “A aeronave pousará em pequenos contêineres que funcionam como minúsculos hangares, permitindo que cada loja implante de forma rápida e fácil uma pequena frota em seu estacionamento, telhado ou pequenos espaços adjacentes ao prédio”, exemplifica a companhia.

Segundo a Alphabet, os próprios funcionários da Walgreens serão responsáveis pelo processamento e carregamento dos pacotes nos drones.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Cade aprova venda de planta da Bayer para União Química

Bayer

Agora é oficial! A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a venda da Schering do Brasil, da Bayer, para a União Química

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O negócio abrange ainda o repasse, pela Bayer, de algumas marcas estabelecidas de contraceptivos femininos – Femiane, Microvlar, Miranova, Neovlar e Triquilar – e os medicamentos Climene, Primolut Nor, Primosiston e Proviron.

A União Química, dessa maneira, fortalece sua atuação no segmento de saúde feminina no Brasil.

 

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Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Farmácias: menor percentual de testes positivos da Covid-19

Número de testes cai novamente

O varejo farmacêutico manteve a tendência de redução nos resultados positivos dos testes de Covid-19 realizados em farmácias. Na semana de 4 a 10 de outubro, apenas 11,03% dos exames indicaram a presença do vírus, segundo apontou o estudo da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). É o menor percentual desde a implementação do serviço, em abril de 2020.

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No período, foram realizados 136.903 testes, sendo que 15.083 foram positivos, número esse menor que o da semana anterior, 17.708.

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Estudo por estados também traz boas notícias.

Na versão estratificada do estudo, apenas sete estados registraram um volume maior de casos em relação ao intervalo anterior, entre 27 de setembro e 3 de outubro. As unidades da Federação são:

  • Acre
  • Alagoas
  • Espírito Santo
  • Piauí
  • Rio Grande do Norte
  • Rondônia
  • Santa Catarina

“O aumento semanal de casos nessas localidades não passou de 5%. É um sinal que devemos sustentar as ações de combate à pandemia, mas que revela o êxito que estamos alcançando com a imunização”, avalia Sérgio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.

Balanço geral dos testes realizados em farmácias

Desde que o serviço foi implementado, o varejo farmacêutico já realizou 11.164.405 testes rápidos, que tiveram 2.230.800 resultados positivos (20%) e 8.933.605 negativos (80%).

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Febrafar lança projeto com foco na melhor idade

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Senhora faz compras; Febrafar lançou projeto para a faixa etária
 

A Febrafar lança o projeto Gerenciamento de Categorias Vida Saudável. A estratégia tem como objetivo auxiliar as redes associativistas a organizar de maneira estratégica produtos e medicamentos mais consumidos pelo público 60+.

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A iniciativa também conta com um material de exposição exclusivo, que traz informações sobre as categorias requisitadas pela melhor idade. As categorias definidas pela Febrafar são:

  • Energia & Disposição
  • Antiestresse & Qualidade de Sono
  • Fortalecimento & Mobilidade
  • Pernas Cansadas & Higiene Oral
  • Controle de Açúcar
  • Nutrição Saudável

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“O desafio é reorganizar os negócios das farmácias associadas às nossas redes para atender as necessidades dessa população que vem crescendo e busca por uma longevidade com qualidade. Assim as lojas teriam um gerenciamento de categorias com foco no atendimento do público sênior; estabelecendo um mix de produtos e layout ideal. Além disso, são feitos treinamentos para os colaboradores de lojas para oferecer atendimento diferenciado”, explica Karen Corridoni, diretora comercial da Febrafar.

Ao todo, 51 lojas de três redes associadas já tiveram o layout e o sortimento desenvolvidos. Esses PDVs tiveram o suporte da equipe de trade da entidade e também dos focais da rede.

“Lançamos esse produto em formato piloto, seguindo nosso compromisso com o desenvolvimento do autosserviço das lojas e contando com o DNA revolucionário da Febrafar”, comenta Sara Amaral, coordenadora de GC e trade.

O envelhecimento no Brasil e o projeto da Febrafar

Dados do IBGE apontam um crescimento exponencial do público 60+ no Brasil. O instituto estima que, em 2060, para cada 100 jovens de até 14 anos, existirão 218,7 idosos.

O projeto é resultado de uma pesquisa realizada pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa (IFEPEC), chamada Mercado Sênior.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Álcool e máscaras: limitação ao conceito de insumo pode gerar contencioso

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A interpretação da Receita Federal de que álcool em gel, luvas e máscaras de proteção contra Covid-19 podem ser considerados insumos, gerando créditos de PIS e Cofins, levantou questionamentos no meio jurídico. A principal discordância está no fato de a Receita considerar que apenas os itens fornecidos pelas empresas aos funcionários alocados em atividades de produção podem ser enquadrados como insumos.

Veja também: Feira chinesa traz tendências e negócios para mercado farma brasileiro

O tema consta na Solução de Consulta 164/2021, publicada em 1º de outubro. A Receita Federal definiu que os mesmos itens, quando fornecidos a trabalhadores alocados em atividades administrativas, não podem ser considerados insumos, não gerando créditos das contribuições.

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Advogados tributaristas ouvidos pelo JOTA foram unânimes em considerar indevida a distinção, uma vez que, independentemente da área de atuação do profissional dentro da empresa, é essencial que ele use os itens de proteção em um contexto de pandemia. Os especialistas defendem que os contribuintes podem encontrar uma solução no Judiciário não apenas para ampliar conceito de insumo para esses mesmos produtos quando eles forem fornecidos a trabalhadores alocados em áreas administrativas, mas também para outros bens.

Insumos para além das máscaras

Entre os itens que, na visão de especialistas, também podem ser considerados insumos estão equipamentos e programas de computador e investimentos para ampliar o distanciamento dos profissionais, por exemplo. Segundo os advogados, para fins de creditamento de PIS e Cofins, o importante é que os bens ou serviços sejam essenciais para a atividade das empresas.

Para a tributarista Rebeca Müller, do Figueiredo e Velloso Advogados, em um contexto de pandemia, itens como álcool em gel, luvas e máscaras de proteção podem ser considerados essenciais para todos em uma corporação, e a empresa é obrigada legalmente a fornecê-los.

“Afinal, há equipamentos de combate à Covid-19 que são utilizados por todos, em todas as áreas, e as empresas são obrigadas a fornecê-los”, afirma.

Fernanda Rizzo Paes de Almeida, associada da área tributária do Vieira Rezende Advogados, acredita que certamente os contribuintes vão buscar estender o entendimento do fisco para a área administrativa.

“Não faz sentido a Receita reconhecer o direito de creditamento apenas para a área produtiva, sendo que, se a administrativa não estiver protegida, a empresa não tem como funcionar”, diz Fernanda.

Rebeca explica, além disso, que os contribuintes podem pedir creditamento sobre outros itens, dentro ou fora do contexto da pandemia, se eles forem essenciais para a sua atividade. A advogada observa, por exemplo, que há empresas acessando o Judiciário para ter direito ao creditamento de PIS e Cofins sobre os gastos efetuados para se adequar à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), cujas sanções entraram em vigor em agosto. As empresas precisam investir, por exemplo, em sistemas que garantam a segurança dos dados dos clientes.

“As empresas realizam esses investimentos diante de uma obrigação legal, para se adequar à nova legislação”, explica.

O tributarista Luis Felipe de Campos, sócio do Rolim, Viotti, Goulart, Cardoso Advogados, afirma que, por princípio, a não cumulatividade do PIS e da Cofins deveria ser a mais ampla possível, para garantir a neutralidade do sistema tributário. Por meio desse regime, as empresas deduzem, no momento de recolher as contribuições, a tributação já paga em etapas anteriores do processo produtivo.

“Se temos decretos municipais e estaduais dizendo que as empresas são obrigadas a fornecer álcool em gel, luvas e máscaras de proteção para os funcionários de todas as áreas, então por que não haver o creditamento na área administrativa?”, questiona Campos.

A seu ver, essa deve ser a mesma lógica aplicada para a compra de outros bens ou serviços considerados essenciais para a atividade da empresa. Assim, um contribuinte pode ter direito ao creditamento, por exemplo, se investir na compra de computadores e programas de informática para garantir a continuidade de sua atividade. Campos observa, porém, que o direito deve ser analisado caso a caso.

“O que o contribuinte tem de comprovar é que o item é essencial, que sem ele não é possível entregar o serviço ou produto com qualidade”, explica Campos.

STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) julgará um recurso que pode representar uma reviravolta sobre o conceito de insumo para creditamento de PIS e Cofins.

No RE 841.979, os ministros vão analisar, em um recurso da Unilever Brasil Gelados do Nordeste, se gastos com propaganda, publicidade, corretagem, vigilância, limpeza e conservação, entre outros, são insumo e, portanto, geram crédito de PIS e Cofins.

A Corte vai interpretar o artigo 195, § 12, da Constituição Federal, que trata dos setores de atividade econômica para os quais as contribuições serão consideradas não cumulativas.

O julgamento estava previsto para começar no dia 8 de outubro no plenário virtual do STF. O relator, ministro Dias Toffoli, no entanto, decidiu retirar o recurso de pauta para analisar petições e memoriais que chegaram sobre o tema. Ainda não há nova data para o julgamento.

A decisão no Supremo pode alterar decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) firmada há três anos sobre o tema.

Em 2018, em sede de recurso repetitivo, no REsp 1.221.170/PR, a 1ª Seção do STJ definiu que “o conceito de insumo deve ser aferido à luz dos critérios da essencialidade ou relevância, vale dizer, considerando-se a imprescindibilidade ou a importância de determinado item – bem ou serviço – para o desenvolvimento da atividade econômica desempenhada pelo contribuinte”. Com isso, na prática, o STJ afastou interpretação restritiva antes adotada pela Receita Federal.

Rejiane Prado, advogada especialista em Direito Tributário e Empresarial do escritório Barbosa Prado Advogados, explica que a discussão no STF é mais ampla que a realizada no STJ. Ela diz que os ministros vão debater não só o conceito de insumos, mas o que é não cumulatividade em termos de PIS e Cofins.

“O que está em jogo é saber também se leis que restringem o conceito de insumos são constitucionais. Há leis, por exemplo, que dizem que, se o item é comprado de pessoa física, ele não gera crédito”, diz Rejiane.

Fernanda, associada da área tributária do Vieira Rezende Advogados, afirma que o que se discute, no fundo, é o princípio da não cumulatividade.

“Quando a Constituição trouxe esse princípio, ela não fez ressalvas quanto a possíveis limitações. Assim, no regime da não cumulatividade, o pressuposto é que se tribute somente o valor agregado dos produtos, sem efeito cascata, mas a legislação traz limitações que barram a aplicação desse princípio”, afirma.

Fonte: Jota

Auxílio-farmácia: um benefício em alta nas empresas

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A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação no país, subiu para 8,51% para esse ano. É a 26ª elevação consecutiva na projeção – e o brasileiro já sente no bolso o dinheiro perder valor.

Veja também: CFF condena venda de medicamentos em supermercados na Câmara dos Deputados

“No orçamento familiar, os gastos com farmácia são um dos custos mais consideráveis, atrás de habitação e alimentação”, diz. “Hoje o salário-mínimo está em R$ 1.100 e as compras com medicamentos representam quase 30% desse valor. Esses gastos nem sempre estão previstos no orçamento da família brasileira”, completa.

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Fonte: Bem Paraná

Feira chinesa traz tendências e negócios para mercado farma brasileiro

Feira chinesa traz tendências e negócios para mercado farma brasileiroCom a participação de 120 países, a CPhI China & P-MEC mobilizará em mais uma edição cerca de 3 mil expositores e 50 mil executivos internacionais do universo farmacêutico. O ponto alto desta edição é a agenda virtual de 18 de novembro a 18 de dezembro, que possibilita o acesso de gestores brasileiros à programação e aos inúmeros workshops.

Pouco conhecido entre os gestores nacionais, o evento abre uma possibilidade inédita de intercâmbio com indústrias, distribuidoras e fornecedores do gigante asiático e de várias partes do mundo. Além de prospectar oportunidades para exportação de insumos, produtos e serviços, as empresas brasileiras poderão ter acesso privilegiado a 800 fabricantes de equipamentos e infraestrutura. Essas companhias detêm soluções de ponta para aprimorar processos logísticos e de tecnologia em parques fabris e centros de distribuição.

O acesso à programação virtual se dá por meio de uma ferramenta de matchmaking. O formato possibilita encontrar os parceiros ideais por meio de algoritmos que qualificam os perfis e interesses comerciais de comprador e vendedor. A Virtual Expo Connect (VEC) está subdividida em seis zonas temáticas – extratos naturais; CMO & CRO (para provedores de soluções de marketing); biofarmacêutica; produtos acabados; APIs; e saúde animal & suplementação.

As empresas participantes ainda poderão assistir a palestras, webcasts e visitas online aos showrooms montados pelos expositores. E entre os dias 16 e 18 de dezembro, mais de 100 painéis serão dedicados a divulgar tendências em tecnologia, produtos e serviços.

Alcance digital do varejo chinês

A CPhI China é a porta de entrada para expandir negócios no segundo maior varejo farmacêutico do mundo, que tem no alcance digital um de seus principais trunfos. Neste ano, pela primeira vez o país viu o resultado do comércio eletrônico superar o das lojas físicas.

Dados do órgão regulador norte-americano Trade International Administration indicam que as vendas online responderam por 51% das transações do varejo chinês nos seis primeiros meses de 2021, contra 49% das operações nos PDVs. Para se ter uma ideia dessa façanha, a Coreia do Sul, segundo país no ranking de e-commerce, tem apenas 29% das vendas por meios virtuais. O percentual é de 28% no Reino Unido, líder nesse segmento na Europa. No Brasil, o índice não passa de 10%.

Entre os fatores considerados estratégicos para essa conquista estão a infraestrutura que inclui trens de alta velocidade e armazéns sob a operação de robôs, que possibilitam entregas em até 24 horas em todos os cantos do país. Outro diferencial é a tendência do social-commerce, que mescla vendas e redes sociais em uma só plataforma.

Representação de farmacêuticas chinesas

Para a indústria e o atacado farmacêutico, outra alternativa promissora é a negociação de acordos de representação dos laboratórios da China no mercado brasileiro. E a ascensão do setor localmente tem sido meteórica. De acordo com a Fortune Global 500 de 2020, as dez maiores farmacêuticas do país em faturamento movimentaram mais de US$ 96,4 bilhões no ano passado. E duas já estão entre as top 12 globais.

Uma delas é a Shanghai Pharmaceuticals, com US$ 27,9 bilhões. A companhia vem sustentando o crescimento nos últimos anos graças a uma série de aquisições, como a distribuidora de medicamentos Cardinal Health. No primeiro semestre, deu início à construção de uma planta de US$ 1,18 bilhão no parque industrial de Zhangjiang, em Xangai, sede de gigantes farmacêuticos como a Roche, Novartis e GlaxoSmithKline (GSK).

A companhia especializou-se na produção de genéricos e medicamentos de prescrição inovadores em cinco áreas terapêuticas – cardiovascular, sistema nervoso central, aparelho digestivo, imunologia e oncologia. Em 2020, iniciou incursão no segmento de doenças raras e atingiu a marca de 31 países para onde exporta seus produtos, incluindo o Brasil.

Com faturamento de US$ 27 bilhões, a China Resources Pharmaceutical mantém quatro laboratórios especializados em remédios de prescrição, suplementos e produtos naturais, além de controlar a terceira maior distribuidora de medicamentos local. O atacado farmacêutico, inclusive, já responde por 56% do volume de negócios. O grupo também atua no varejo farmacêutico, com mais de 700 lojas na China e em Hong Kong. Com 12 áreas terapêuticas, a empresa tem cerca de 30% do volume destinado ao mercado externo, com foco em produtos naturais e segmentos como oncologia, dermatologia e saúde da mulher.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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