Quais são os medicamentos mais vendidos em farmácias e drogarias

medicamentos mais vendidos

Levantamento da IQVIA revelou que o varejo farmacêutico brasileiro atingiu a marca de 4,89 bilhões de unidades comercializadas nas farmácias nos últimos 12 meses até junho, contra 4,71 bilhões do período anterior – um crescimento de 3,91%. O estudo listou ainda os dez medicamentos mais vendidos, considerando redes, farmácias independentes, atacadistas e farmácias online.

O antidiabético Glifage XR, da Merck, ocupa a primeira colocação com 81,9 milhões de unidades vendidas, um crescimento de 17,36%. O resultado foi estimulado pelo lançamento, no ano passado, de uma nova versão do remédio – que se tornou a primeira combinação de cloridrato de melformina e gliclazida em um comprimido único e de duração prolongada.

doação de medicamentos

Em segundo lugar vem o Neosoro AD, da Neo Química, com 69,6 milhões, alta de 11,05%. Do mesmo laboratório, a Losartana Potássica MG está na terceira posição com 49,7 milhões, volume 3,51% superior ao do período anterior.

A polêmica ivermectina, da Vitamedic, chegou a ser vice-líder em número de transações até o terceiro trimestre do ano passado, mas aparece em quarto considerando os últimos 12 meses. Prescrito principalmente como um antiparasitário, o medicamento foi fortemente influenciado pela associação à eficiência no combate à Covid-19, tese que nunca foi comprovada. Com 45,4 milhões de unidades, a demanda pelo remédio teve alta de 21,43%

Os 10 medicamentos mais vendidos em farmácias

Ranking Produto Empresa Unidades (milhões)
1 Glifage XR Merck 81,9
2 Neosoro AD Neo Química 69,6
3 Losartana Potass. Neo Química 49,7
4 Ivermectina Vitamedic 45,4
5 Cimegripe Cimed 35,4
6 Maxalgina Natulab 29,8
7 Puran T4 Sanofi Aventis 29,6
8 Cit. Sildenafila Neo Química 28,2
9 Torsilax Neo Química 27,3
10 Dipirona Sódica Neo Química 25,9

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Losartana da Pharlab continua disponível para as farmácias

Losartana

A decisão da Anvisa no último dia 23, que levou à proibição da venda de medicamentos com a losartana como princípio ativo, afetou boa parte das indústrias farmacêuticas. Mas há opções seguras para continuidade do tratamento. A versão do anti-hipertensivo da Pharlab, que integra a divisão de genéricos do grupo francês Servier, segue disponível para as farmácias brasileiras.

Segundo a agência, a determinação para recolher o medicamento ocorreu devido à presença da impureza “azido” em concentração acima do limite de segurança aceitável, o que contemplou tanto medicamentos prescritos como os genéricos.

No entanto, a Pharlab apresenta todos os lotes em conformidade com critérios de segurança, qualidade e eficiência estabelecidos pela Anvisa e pelos órgãos internacionais de saúde e vigilância sanitária.

“Além disso, estamos em processo de obter certificações internacionais que viabilizam a exportação de nossos produtos, em alinhamento com as determinações da Agência Europeia de Medicamentos”, ressalta Geraldo Vinícius Elias, responsável técnico da farmacêutica.

Losartana disponível para 79 mil farmácias

A indústria tem 22 anos de trajetória e faz parte do grupo Servier Global desde 2012. Atende em torno de 79 mil farmácias em todo o território nacional, entre redes e PDVs independentes, por meio de uma diversificada linha de medicamentos que inclui o antidiabético gliclazida e o antibiótico azitromicina. Também atua junto ao canal hospitalar e com terceirização de medicamentos para laboratórios multinacionais.

A produção do laboratório está concentrada no município de Lagoa da Prata (MG). Dotada de equipamentos de alta performance e tecnologia alemã, a planta funciona em sistema fechado com abastecimento vertical nas compressoras e embalagens totalmente em linha, o que garante o máximo nível de segurança.

A fábrica opera em integração com um laboratório de pesquisa & desenvolvimento e um centro de armazenamento e distribuição próprio, na mesma cidade.

Canal de atendimento ao paciente

A Pharlab destinou seu Serviço de Atendimento ao Consumidor para atender pacientes que tiverem dúvidas ou buscam esclarecimentos adicionais sobre o uso de medicamentos com losartana. A central funciona de segunda a quinta-feira, das 8 às 17h; e às sextas-feiras, entre 8 e 16h, pelo telefone 0800 037 3322 ou e-mail sac@pharlab.com.br.

Fonte: Redação Panorama Famacêutico

Sindicância vai apurar vendas de medicamentos gratuitos em farmácia

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A Prefeitura de Feira de Santana, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, criou uma Comissão de Sindicância para apurar o suposto desvio de medicamentos na Central de Abastecimento Farmacêutico. A informação foi divulgada na edição desta quinta-feira, 7, do Diário Oficial Eletrônico do Município.

A descoberta do suposto desvio de medicamentos, de uso exclusivo da Secretaria de Saúde, aconteceu em 22 de junho, quando a Vigilância Sanitária recuperou 28 caixas de Amoxicilina com Clavulanato de Potássio. O produto estava sendo comercializado na Farmácia do Trabalhador Baiano, localizada na rua Papa João XXIII, bairro Tomba.

Durante a fiscalização foi comprovado que o estabelecimento não possui alvará e comercializava medicamentos e outras mercadorias de maneira ilegal, o que resultou na interdição.

A comissão é composta por Juciara Moura Barreto, Fernanda Botto de Barros da Silveira e Eduardo de Araujo Monteiro. Os integrantes devem apresentar à Secretaria Municipal de Saúde o relatório conclusivo no prazo que a Lei determina – a partir da data da publicação.

Fonte: Conectado News

Zodiac cresce 33% no primeiro trimestre e se aproxima de farmácias

A Zodiac Produtos Farmacêuticos, empresa do grupo Adium, obteve um crescimento em vendas no varejo de 33,8% no primeiro trimestre do ano na comparação com o mesmo período do ano passado. O índice é três vezes maior do que o crescimento médio do mercado (11%) no período, segundo a IQVIA.

O resultado é fruto da estratégia de aumentar a participação da farmacêutica em pontos de venda do Brasil. Daniel Vaie, diretor comercial e de Trade Marketing da empresa, explica que no início de 2021 foi adotada uma cultura mais voltada ao cliente.

“Criamos uma estrutura que começou a ser implementada e que está dando visibilidade no mercado para marcas tradicionais como Condroflex, Dutam, Pyridium e Prebictal. São campanhas, ações no PDV, iniciativas de trazer o produto para frente do balcão”, explica o executivo.

No planejamento, as regiões Norte e Nordeste estão recebendo uma atenção maior pela carência de distribuição. Além disso, o processo de compra agora é automatizado, com o programa “Transfer Order”, plataforma digital que transfere o pedido direto da farmácia para o distribuidor.

Em 2021, a Zodiac chegou a um faturamento bruto de R$ 900 milhões. A empresa brasileira conta com 700 funcionários e sua fábrica está instalada em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo.

Fonte: Revista da Farmácia

Rede de farmácias aponta aumento em mais de 700% na venda de autotestes de Covid no AC entre maio e junho

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O Acre registrou um salto nos números de Covid-19, entre os meses de maio e junho deste ano. Com isso, a venda de autotestes também teve um aumento significativo neste período, que foi de 771%.

Os dados são da rede de farmácias Pague Menos, que apontou 138 autotestes vendidos em maio contra 1.203 em junho. Além disso, os dados também mostram a quantidade de testes realizados por farmacêuticos que passaram de 332 em maio para 2.752 em junho.

A rede informou que a tendência de crescimento nos números de exames realizados se mantém nos primeiros dias de julho.

Os autotestes são uma forma de diagnosticar o coronavírus em caso de suspeita de infecção. E é parecido com o teste rápido de antígeno, mas pode ser feito por leigos, em casa. O kit vem com um dispositivo de teste, tampão de extração, filtro e o swab — uma espécie de cotonete usado para a coleta nasal, a mais comum.

Casos de Covid no Acre

O aumento das vendas não é diferente dos números de casos positivos registrados nos dois últimos meses. Que foi de nova alta em junho. Um balanço feito de acordo com os boletins diários da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) mostra que uma elevação em mais de 400% no mês de junho com relação a maio.

Além disso, depois de dois meses sem registrar mortes pela doença, o estado também voltou a registrar óbitos no boletim de 29 de junho que encerrou com o registro de 1.084 casos positivos, enquanto maio teve 190.

Nos primeiros dias de julho, a situação não tem sido diferente, já que em seis dias o Acre já tem 1.971 novos casos de Covid confirmados superando todo o mês de junho. Desde o início da pandemia já são 128.166 pessoas infectadas pela doença e 2.005 óbitos.

Fonte: G1

Projeto prevê a doação de medicamentos pela indústria

doação de medicamentos

 

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou nesta terça-feira, dia 5, o Projeto de Lei 79 2019, de autoria do deputado Pedro Pereira (PSDB), que prevê a doação de medicamentos de indústrias farmacêuticas, laboratórios e distribuidoras ao estado.

Segundo o texto, todas as empresas do setor farmacêutico poderão doar medicamentos ao estado, desde que, não haja nenhuma anormalidade e que o prazo de validade seja superior a 8 meses.

Doação de medicamentos evita descarte

Na justificativa do projeto, o parlamentar explicou que muitos medicamentos são descartados pelas empresas e os custos para elas são altíssimos. “São medicamentos bons e utilizáveis, que estão dentro do prazo de validade e são incinerados, poluindo o meio ambiente”, afirmou o deputado, que informou que a proposição será encaminhada para sanção do governador Ranolfo Vieira Júnior.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Promoção na área de marcas da EMS

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EMS

Monique Monteiro foi promovida a gerente de produto e marcas na EMS. Desde fevereiro de 2021 na farmacêutica, a executiva ocupava o cargo de coordenadora para a mesma área.

No Grupo NC desde 2017, ingressou como trainee de marketing na EMS e migrou para o mesmo cargo na Germed Pharma – outra farmacêutica da companhia. Nesta última, também atuou como supervisora de marketing.

Engenheira química e bioquímica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, tem pós-graduação em marketing organizacional pela Universidade Estadual de Campinas.

Contato: monique.monteiro@ems.com.br

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Salário mínimo precisa ter proteção nas crises, afirmam debatedores

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Especialistas e deputados concluíram que a correção anual do salário mínimo só inflação é insuficiente. Nos últimos dois anos, o governo Bolsonaro ajustou o piso nacional pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e a previsão da equipe econômica é seguir nesse mesmo ritmo em janeiro de 2023.

“O salário mínimo tem de ser visto como política de Estado, porque é impossível imaginar que as pessoas vão ganhar menos a cada dia”, disse nesta quinta-feira (7) o deputado Zé Neto (PT-BA), em debate na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados.

“A valorização do salário mínimo nos anos 2000 e 2010 foi fundamental para a redução da desigualdade de renda, além de fomentar o consumo e, desse modo, o crescimento econômico naquele período”, ressaltaram Zé Neto e Helder Salomão (PT-ES), autores do pedido para realização da audiência pública.

Durante o debate, representantes do Ministério do Trabalho e Previdência, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) confirmaram a valorização do salário mínimo desde o Plano Real, mas apontaram uma estagnação desde 2016.

Atualmente, o salário mínimo é de R$ 1.212,00. Segundo dados do Ipea, quando é descontada a inflação, o piso nacional mais do que dobrou em relação a 1995, quando foi equivalente a R$ 517,43 em valores de hoje. Em 2016, porém, valia R$ 1.203,91 – assim, o montante hoje, seis anos após, é apenas R$ 8,09 superior.

O governo Bolsonaro tem atualizado o salário mínimo pela inflação (INPC) do ano anterior. Como os preços seguem subindo, em maio os atuais R$ 1.212,00 não foram suficientes para comprar a cesta básica na capital paulista, cotada em R$ 1.226,12 naquele mês, segundo o Dieese e a Fundação Procon de São Paulo.

Reajuste

A proposta do Poder Executivo para a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que deverá ser votada pelo Congresso nos próximos dias, prevê que o salário mínimo deverá ser atualizado em 6,77% em janeiro de 2023, passando a R$ 1.294,00. Até maio último, a inflação medida pelo INPC já acumulava 4,96%.

Recentemente, o salário mínimo teve reajustes acima da inflação. “Foi a pressão”, disse o dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) Valeir Erlte, ao explicar a prática dos governos Lula e Dilma. Os ganhos reais existiram entre 2004 e 2019, quando acabou a regra prevista nas leis 12.382/11 e 13.152/15.

Supervisora de pesquisa do Dieese, Patrícia Costa disse que reajustes do salário mínimo acima da inflação poderiam ter contribuído para amenizar os efeitos da pandemia de Covid-19. Para além da crise atual, ela sustentou que aumentos na renda e no consumo das famílias podem estimular o crescimento econômico.

“É preciso, além da incorporação da produtividade e, evidentemente, da inflação passada, que tenhamos um ‘colchão’, para que a política de valorização do salário mínimo seja anticíclica, ou seja, que nesses momentos de crise impulsione mais fortemente as rendas baixas”, concordou André Calixtre, pesquisador do Ipea.

Embora tenha concordado em linhas gerais com os demais, o subsecretário de Políticas Públicas de Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência, Sylvio Medeiros, alertou para a necessidade de mais análises sobre o tema. Para ele, normas semelhantes àquelas leis que perderam a vigência seriam ineficazes.

“A gente precisa de um Brasil com menos auxílios e mais empregos, mas também de um País que, quando precisa resistir e sobreviver, que não se contamine nem pela euforia dos bons momentos, nem pelo pessimismo dos maus momentos, mas que consiga caminhar para uma discussão sustentável”, disse Medeiros.

No debate, o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) defendeu a volta dos reajustes acima da inflação no salário mínimo. “A incompetência do governo Bolsonaro está corroendo o poder de compra de 70% da população, aqueles que ganham até dois mínimos”, criticou. “É lamentável o Brasil ter voltado ao mapa da fome.”

Fonte: MoneyTimes

Postos terão de mostrar preço do combustível anterior à redução do ICMS

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A partir desta quinta-feira, 7/07, os postos de combustíveis de todo país estão obrigados a divulgar, de forma “correta, clara, precisa, ostensiva e legível”, os preços dos combustíveis que eram cobrados, em cada empresa, no dia 22 de junho de 2022, “de modo que os consumidores possam compará-los com os preços praticados no momento da compra”.

A determinação, com vigência até 31 de dezembro de 2022, consta do decreto nº 11.121, publicado no Diário Oficial da União desta quinta.

Com a medida, o governo pretende possibilitar ao consumidor comparar o preço atual com o que era cobrado antes de vigorar a lei que não permite às unidades federativas cobrar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) com percentual acima da alíquota de 17% ou 18%, dependendo da localidade. A lei foi sancionada no dia 24 de junho.

O decreto publicado nesta quinta-feira destaca, ainda, que os donos dos postos deverão informar, em separado, o valor aproximado relativo ao Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS); o valor relativo à Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep); e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins; e, ainda, o valor relativo à Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível (Cide-combustíveis).

Fonte: Diário do Comércio

IBGE: mesmo com safra recorde, preço dos alimentos seguirá elevado

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O Brasil tem uma nova safra recorde de grãos praticamente assegurada para 2022, mas o preço dos alimentos deve permanecer elevado, avaliou Carlos Alfredo Guedes, gerente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Independentemente de uma safra recorde, os preços não devem cair, porque a gente tem uma demanda muito grande dos outros países. Isso influencia no mercado como um todo”, explicou Guedes nesta quinta-feira, 7/07.

Ele lembra que os preços dos grãos estão elevados desde o aumento da demanda e problemas logísticos provocados pela pandemia de covid-19 no cenário externo, que agora permanece sob impacto da invasão da Ucrânia pela Rússia.

Para Carlos Guedes, “a tendência é os preços continuarem elevados nos próximos meses”. “Os preços sofrem mais influência do mercado externo do que do mercado interno”, explicou. “E acaba que dentro dos produtos, que são os principais grãos, eles mexem com outros produtos. Porque o produtor acaba direcionando suas áreas pras culturas que estão mais valorizadas”, acrescentou.

A safra agrícola brasileira deve totalizar um recorde de 261,4 milhões de toneladas em 2022, 8,2 milhões de toneladas a mais que o desempenho de 2021, um aumento de 3,2%, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de junho, divulgado pelo IBGE nesta quinta.

O resultado é 1,5 milhão de toneladas menor que o previsto no levantamento anterior, de maio, uma queda de 0,6%. “A gente tem trigo, que ainda pode apresentar problemas climáticos na colheita, mas não tem peso tão grande quanto soja e milho”, lembrou Guedes.

Apesar de perdas no cultivo de soja, o País deve ter as maiores colheitas já vistas para o milho e o trigo. As safras de arroz e feijão, por ora, atendem ao consumo doméstico, disse o gerente do IBGE. A estimativa da produção de feijão, considerando-se as três safras do grão, deve ser de 3,087 milhões de toneladas, alta de 11,2% ante 2021, embora 3,4% menor que o estimado em maio.

A estimativa de produção do arroz é de 10,7 milhões de toneladas, queda de 8,1% em relação ao ano passado provocada por problemas climáticos no Rio Grande do Sul. “O feijão ainda atende a demanda interna”, disse Guedes. “E o arroz também. Na verdade, a gente teve produções muito boas de arroz nos últimos dois anos. Caiu um pouco este ano”, disse ele, lembrando que algumas áreas com plantações de arroz no Rio Grande do Sul não tiveram água suficiente para serem irrigadas durante um período de estiagem.

TRIGO

A produção nacional de trigo deve alcançar um recorde de 8,863 milhões de toneladas este ano, um avanço de 13,4% em comparação com 2021, segundo os dados hoje divulgados pelo IBGE. Na comparação com a projeção de maio, houve uma redução de 0,2% em junho.

“Nosso consumo gira em torno de 12 milhões de toneladas. A gente ainda importa, mas vai importar menos do que importava em anos anteriores”, disse Carlos Guedes. “Se a gente conseguir colher em torno de 9 milhões (de toneladas), a gente teria que importar entre 3 milhões e 4 milhões de toneladas. Em alguns momentos a gente importou muito mais para abastecer o mercado”, acrescentou.

O pesquisador lembra que os preços do trigo estão em alta por causa da invasão da Rússia à Ucrânia, ambos os países produtores e exportadores de trigo, o que incentiva os agricultores brasileiros a investirem na cultura.

Quanto aos demais principais cereais de inverno produzidos pelo Brasil, a estimativa para a colheita da aveia em 2022 é de 1,1 milhão de toneladas, crescimento de 0,2% em relação ao previsto no mês anterior. Se confirmada, a produção terá um aumento de 8,3% em relação ao colhido em 2021.

Para a cevada, a produção foi estimada em 483,2 mil toneladas, alta de 1,6% em relação ao estimado em maio. O montante é 10,6% superior ao registrado em 2021.

MILHO

As revisões nas estimativas para a colheita de milho de segunda safra e de soja reduziram a projeção para a safra de grãos brasileira em 2022. Na passagem de maio para junho, a projeção para o milho de segunda safra encolheu e mais de 900 mil toneladas, enquanto a de soja diminuiu em mais de 650 mil toneladas.

“O milho foi condições climáticas, principalmente no Paraná, problema de excesso de chuvas, que está trazendo algumas doenças”, disse Carlos Guedes. Segundo ele, o excesso de chuvas na região Sul do País também tem prejudicado o desempenho do feijão de segunda safra.

No caso da soja, que já está praticamente toda colhida, houve reavaliação nos dados de Mato Grosso do Sul. “Acredito que a gente não tenha mais grandes reavaliações na soja. É um produto que já está praticamente colhido”, justificou.

Fonte: Diário do Comércio