Cirurgia para enxaqueca ganha espaço no tratamento da doença

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Classificada pela Organização Mundial da Saúde como uma das doenças mais incapacitantes do planeta, a enxaqueca aflige 30 milhões de brasileiros. São as mulheres as principais vítimas, pela oscilação natural dos hormônios do corpo feminino. Não é por menos que o problema é um dos principais alvos da indústria dos remédios. Um dos procedimentos mais interessantes, no entanto, com nenhuma ligação com medicações, tem ganhado espaço nos últimos tempos no Brasil e no mundo: a cirurgia da enxaqueca.

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O procedimento consiste em descomprimir dois tipos de nervos associados à sensibilidade: o trigêmeo (que passa pelas regiões de nariz, maxilar, bochechas, testa e lateral) e o occipital (com ramificação pela nuca e parte de trás da cabeça). Ambos são apontados como uma das causas das intensas dores de cabeça.

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São sete tipos de cirurgias já praticadas, uma para cada área em que as dores costumam começar ou se tornar mais fortes. Com preço que pode variar de R$ 5 mil a R$ 50 mil, a depender da complexidade, elas são feitas nos hospitais, sob anestesia geral ou local, e duram de 20 minutos a cinco horas. A mais comum é a retirada de um pequeno pedaço de músculo ou vaso para descomprimir os nervos da sensibilidade.

A operação é indicada para pacientes com diagnóstico de enxaqueca feito por neurologistas e que não respondam bem ao tratamento convencional ou que sofram muitos efeitos colaterais causados pelos remédios contra a doença. Cerca de 80% a 90% das pessoas submetidas à cirurgia de enxaqueca apresentam pelo menos 50% de melhora na intensidade, duração e frequência das crises, sendo que de 30% a 40% delas afirmam não sentir mais as dores.

Nos Estados Unidos, onde é mais popularizada, é realizada em universidades, como Harvard, e recentemente foi reconhecida pela Sociedade Americana de Cirurgia Plástica. No Brasil, o procedimento é considerado experimental pela Academia Brasileira de Neurologia e pela Sociedade Brasileira de Cefaleia, e, por isso, neurologistas não podem realizá-lo. O Conselho Federal de Medicina (CFM) não impede a prática, no entanto.

“Este é um procedimento que existe há mais de uma década e que tem evoluído fortemente. Trata-se de uma cirurgia superficial, e, portanto, não chega perto do cérebro. Os efeitos colaterais são relacionados à sensibilidade da região operada, não há risco de sequelas neurológicas”, destaca Paolo Rubez, cirurgião plástico e especialista em cirurgia de enxaqueca pela Case Western University, nos EUA, um dos médicos que mais fazem a operação no Brasil.

A técnica nasceu nos anos 2000, nos Estados Unidos, por acaso. Naquele tempo, o cirurgião plástico Bahman Guyuron percebeu que após procedimentos cirúrgicos estéticos no rosto, alguns pacientes relatavam uma diminuição nas enxaquecas.

Nem toda dor de cabeça pode ser classificada como enxaqueca. Ela é definida como uma dor que pode durar de quatro a 72 horas, com intensidade moderada a grave, e que dificulta a realização de atividades do cotidiano, como trabalhar, ler, comer. A sensação costuma ser do tipo pulsátil, ou seja, como se fosse uma artéria latejando. Normalmente, vem acompanhada de outros sintomas, como irritabilidade com a luz (fotofobia), com sons e cheiros.

Outros tratamentos

São variados os tipos de tratamento da enxaqueca: eles vão desde o uso de analgésicos até os anticorpos monoclonais e a aplicação de toxina botulínica. Eles vão depender se a enxaqueca é aguda – um episódio específico – ou crônica – recorrente.

“Nos casos de enxaqueca crônica, os tratamentos têm como objetivo diminuir a frequência e a intensidade das dores ao longo do mês. Não é uma cura, é colocar o paciente no grupo em que as dores são episódicas”, explica Gabriel Batistella, neurologista e assistente de Neuro-Oncologia Clínica na Escola Paulista de Medicina da Unifesp.

É nos casos da enxaqueca crônica que entram também os anticorpos monoclonais e a toxina botulínica. Em 2019, a Anvisa aprovou o uso do erenumabe, que pertence ao primeiro grupo. Ele bloqueia os receptores do peptídeo relacionado com os genes de calcitonina (CGRP), responsável por desencadear crises de enxaqueca.

Já a toxina botulínica promove o relaxamento muscular da região onde é aplicada, evitando contrações, e inibe sinais dolorosos, aliviando assim as crises. Essas duas técnicas são úteis em evitam episódios frequentes de dor.

Quando a enxaqueca é aguda, explica o médico, o tratamento visa suspender as dores daquele momento. Os medicamentos mais comuns são dipirona, paracetamol, antiinflamatório e os triptanos.

“Não costumo recomendar remédios que apresentam uma combinação de muitas substâncias, como dipirona, cafeína e relaxante muscular. Este tipo de medicamento pode induzir à resistência a ele mesmo ou então gerar um vício no paciente. O corpo gosta tanto do remédio que vai gerar uma dor de cabeça só para o paciente voltar a usá-lo”, afirma Batistella.

Fonte: Portal IG

SP admite que cenário ideal para 3ª dose envolve intercâmbio de vacinas

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O secretário de Saúde do Estado de São Paulo , Jean Gorinchteyn, admitiu que o cenário ideal para a aplicação da dose de reforço das vacinas contra covid-19 no Brasil envolveria um “intercâmbio” entre imunizantes de diferentes fabricantes.

“A terceira dose tem como fundamento reforçar a imunidade daqueles que respondem naturalmente a qualquer vacina. Os idosos naturalmente respondem de forma menos intensa do que um adulto ou jovem”, explicou, em entrevista à CNN Brasil.

“Qualquer um dos imunizantes disponíveis e liberados pela Anvisa são capazes de promover esse reforço que chamamos tecnicamente de ‘booster vacinal’, ou seja, temos que nos valer de todo e qualquer imunizante”, disse.

‘Se eu tomei vacina da Pfizer ou AstraZeneca, posso receber outras doses? Essa intercambialidade ocorrerá. O que precisamos é fazer imunização de forma ágil para proteger essas pessoas, principalmente porque já temos no nosso território a variante Delta”, completou.

“Se tivéssemos muito mais vacinas, e a segurança de ter mais vacinas, talvez a gente fizesse uma intercambialidade para todos os esquemas vacinais, não só de CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer. Mas nós temos hoje um repositório de vacinas ainda limitado”.

Com relação à decisão do Ministério da Saúde, que excluiu o imunizante da aplicação das terceiras doses no país em idosos e imunossuprimidos, Gorinchteyn disse se tratar de uma decisão ‘inadvertida’. Ele afirma que o estado vai utilizar o imunizante no estado.

‘Trabalhos feitos na China mostraram que a 3ª dose eleva em 77% a produção de anticorpos neutralizantes, portanto, é uma vacina boa e que deve estar inserida nessa vacinação. Por isso, o governo de São Paulo fará dessa maneira’.

A partir de segunda-feira, São Paulo passará a vacinar com a dose adicional os idosos com mais de 60 anos e imunossuprimidos com mais de 18 anos.

“Temos responsabilidade em prevenir formas graves e mortes. Por isso, São Paulo entende que idoso é todo aquele acima de 60 anos e, para que haja controle da pandemia, exatamente os vetores de transmissão, que são os jovens que saem, também têm que ser protegidos e imunizados’, afirmou Jean Gorinchteyn.

Fonte: Portal IG

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Reforma ‘populista’ do IR tem efeito oposto ao esperado para economia

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A Câmara dos Deputados conseguiu a façanha de aprovar um novo regime para cobrança do Imposto de Renda das pessoas e das empresas que promove alguns efeitos intrigantes: aumenta a carga tributária para grandes empresas e reduz a arrecadação da União, estados e municípios (e aqui tem uma enorme contradição).

Resumindo, o projeto piora a complexidade do sistema, que já ocupa o lugar de pior do mundo. E, talvez o mais surpreendente, a proposta amplia a distância entre os que ganham mais e pagam menos – característica histórica do Brasil.

No episódio de hoje passamos pelas principais repercussões com tributaristas, visão de economistas e os efeitos no mercado financeiro.

Do jeito que está, o projeto vai deixar sempre a pergunta: a empresa cresce porque é o seu caminho, ou ela fica pequena para pagar menos imposto?

Além disso, o economista Bernardo Appy aponta que a proposta aprovada vai piorar a composição da carga tributária brasileira, aumentando peso sobre o consumo e reduzindo sobre a renda.

Isso porque o governo vai isentar do imposto de renda profissionais liberais com renda altíssima, que pode chegar a R$ 100 mil por mês e cobrar mais tributo dos remédios.

Uma das maiores distorções do sistema brasileiro é exatamente esse desequilíbrio entre a tributação sobre o consumo – que é regressiva – e a sobre a renda – que é progressiva, ou seja, (deveria) cobrar mais de quem ganha mais.

Muitos empresários já começaram a acionar advogados e contadores para entender como podem ser afetados e se já está na hora de começar a fazer algo.

Além da reforma tributária, ou um reverso dela, a onda de revisões para o PIB e para a inflação que aconteceu nestes últimos dias também impactaram o mercado.

É coisa rara encontrar quem acredita que o IPCA vai ficar abaixo de 7% no final do ano, com exceção do ministério da Economia, que prevê 5,9%, segundo Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) que foi para o Congresso.

A bolsa na quinta-feira (2) caiu 2,23% e voltou para o patamar dos 116 mil pontos. Quem mais puxou o índice para baixo foram os bancos que perderam muito, porque terão uma boa fatura a ser paga com o projeto de reforma aprovado.

Já dólar ficou praticamente estável – e isso não é uma boa notícia, porque custa ao país juros maiores nos contratos futuros.

A agenda para esta sexta-feira (3) aguarda dados externos e, claro, a movimentação em Brasília.

Neste episódio do Abertura de Mercado, a comentarista de economia da CNN Thais Herédia ouve especialistas sobre esses receios e fala sobre os acontecimentos dentro e fora do país que impactam diretamente nossa economia.

Fonte:  

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Minas Gerais terá o primeiro Centro Nacional de Vacinas do Brasil

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Minas Gerais dará mais um importante passo para o fortalecimento da ciência e pesquisa no estado. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, assinou nesta quinta-feira (2/9), em Brasília, protocolo que oficializa a construção do primeiro Centro Nacional de Vacinas. A iniciativa é uma parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O projeto vai promover a independência de tecnologia na produção de lotes-pilotos de vacinas e testes de diagnóstico para doenças humanas e veterinárias.

‘Fico muito satisfeito que Minas Gerais, juntamente com o Ministério da Ciência e Tecnologia, com a UFMG, com a participação da Fapemig, da Funed, venha a fazer parte desta cadeia de pesquisa e também de produção. Queremos que a UFMG, que a Fapemig, que seus pesquisadores tenham condições de desenvolver as vacinas e nós, por meio da Funed, venhamos a ter condições de fabricarmos e distribuirmos tanto no Brasil quanto no exterior estas vacinas’, disse o governador, durante seu pronunciamento.

Zema lembrou que o centro desenvolverá vacinas humanas e para animais. ‘Isso é um marco muito importante. Assim como a pandemia aconteceu há dois anos, estaremos preparados no futuro para eventos desta natureza. Então, é algo estratégico, é algo que pode salvar milhões de vidas’, explicou.

A construção do Centro Nacional de Vacinas contribui não somente para acelerar o desenvolvimento tecnológico e científico de imunizantes no Brasil, como também tira o país da condição de refém da tecnologia internacional, agilizando a fabricação, por exemplo, de vacinas para infecções virais epidêmicas e pandêmicas, como malária, leishmaniose, doença de Chagas, zika, chikungunya, dengue e covid-19, contribuindo, assim, para o desenvolvimento socioeconômico do estado de Minas Gerais e do Brasil.

Já a reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart Almeida, enalteceu o pioneirismo da iniciativa.

‘Nossa intenção é formar pessoas, mas também fazer esta importante entrega para a sociedade. Fazemos a pesquisa e entregamos para a transferência de tecnologia a serviço da sociedade. Somos líderes em depósito de patente, que é o início de toda produção. O compromisso do Governo de Minasem apoiar este centro é justamente completar toda esta cadeia com o apoio da Funed, da Fapemig, e de todas as estruturas do nosso estado e do nosso governo’, afirmou.

Já o ministro da Tecnologia, Ciência e Inovação, Marcos Pontes, afirmou ter muito orgulho de trabalhar com a Universidade Federal de Minas Gerais e com o Governo de Minas Gerais para que o Brasil possa ser, com o Centro Nacional de Vacinas, um país produtor de imunizantes no âmbito mundial.

‘Passaremos a ser um país que pode ser parceiro da Organização Mundial da Saúde, por exemplo. O país vai estar preparado para as próximas pandemias, vai poder desenvolver vacinas para doenças negligenciadas, como dengue, zika, chikungunya e muitas outras. Isto nos dá muito orgulho’, disse.

Com orçamento na ordem de R$ 30 milhões do Governo de Minas Gerais para a construção e importação de equipamentos laboratoriais, sendo R$ 12 milhões disponibilizados pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e R$ 18 milhões pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), o centro é fruto da parceria com investimento de R$ 50 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). A união entre governos estadual e federal totaliza R$ 80 milhões para a consolidação do Centro Nacional de Vacinas.

Padrões internacionais

O Centro Nacional de Vacinas será uma associação sem fins lucrativos com ambiente multidisciplinar, diverso e de inovação, comparado ao Centro da Universidade de Oxford, que desenvolveu a vacina AstraZeneca. A construção tem início previsto para janeiro de 2022, no local onde hoje existe o Centro de Tecnologias de Vacinas (CTVacinas), da UFMG, ampliando o antigo espaço que dispõe de mão de obra altamente qualificada.

O projeto ampliará a área do CTVacinas por intermédio da construção de dois anexos e aquisição de equipamentos importados. Atualmente, o CTVacinas da UFMG já tem projeto da LeishTec, vacina para a leishmaniose visceral canina e da SpiNTec – vacina para Covid-19 com promessa de produção com 100% de insumos nacionais e que servirá de reforço para o combate à doença. A SpiNTec vai passar ainda pela fase de testagem do imunizante em humanos em parceria com a Fundação Ezequiel Dias (Funed).

O inédito Centro de Vacinas terá estrutura certificada dentro dos padrões internacionais para que pesquisas de manipulação e criação das vacinas sejam 100% seguras, sem risco algum de vazamento, tampouco de contaminação, respeitando protocolos internacionais e da Anvisa e com possibilidade de atender ao mercado privado que atualmente é carente de infraestrutura.

A intenção é que o projeto, iniciado com investimento público, adquira autonomia e independência ao longo de três anos, para que funcione como uma organização de direito civil se mantendo com aporte financeiro privado.

Fonte: Jornal de Uberaba

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Cármen Lúcia mantém obrigação de lobista de prestar depoimento à CPI da Covid

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A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de reconsideração feito pela defesa de Marconny Albernaz de Faria e manteve a obrigação do lobista de comparecer à CPI da Covid para prestar depoimento. Ainda segundo a ministra, cabe à comissão decidir sobre o que fazer em relação à sua ausência.

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“Convocado como foi o paciente naquela condição, tem o dever de comparecimento e de observância dos trâmites legais inerentes à convocação, sob pena de frustrar ou dificultar as atividades investigativas da Comissão Parlamentar de Inquérito, que, nos termos do inc. V do § 2o do art. 58 da Constituição Federal, pode ‘solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão'”, afirmou a ministra.

Segundo a ministra, a reiteração de questionamentos “não desobriga” o lobista de “cumprir suas obrigações nos termos da legislação vigente, constituindo mera recalcitrância do descumprimento da convocação feita pela Comissão Parlamentar de Inquérito, cabendo a ela – autora como é da determinação nos termos da legislação vigente – decidir sobre a ausência”.

Nesta quinta-feira, após o não comparecimento do lobista à CPI, o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM) pediu à ministra Cármen Lúcia sua condução coercitiva. O Supremo já decidiu não ser possível a condução coercitiva de investigados, mas não proibiu a medida no caso de testemunhas. Sobre o pedido de condução coercitiva feito pela CPI, a ministra ainda não se manifestou.

Marconny é apontado como suposto lobista da Precisa Medicamentos e não compareceu a sua oitiva à CPI. Ele havia enviado um atestado de que estaria internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

A comissão teve acesso a uma troca de mensagem entre Marconny e o ex-secretário da Anvisa José Ricardo Santana. Na conversa, Santana menciona que conheceu o suposto lobista da Precisa na casa da advogada do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), Karina Kufa. A advogada foi convocada para prestar depoimento à CPI, mas ainda não há uma data marcada para isso.

Fonte: Extra online

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Anvisa suspende a importação e uso da proxalutamida

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Por unanimidade, a diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a importação e uso da proxalutamida no Brasil. Bloqueador hormonal desenvolvido na China, a proxalutamida está em teste para o tratamento do câncer de próstata, mas também tem sido tratada pelo presidente Jair Bolsonaro como a nova promessa de cura da Covid-19.

Em julho, a agência autorizou um estudo sobre a droga sem eficácia comprovada. Na decisão desta quinta-feira, 2, o órgão também determinou uma investigação para apurar ‘possíveis infrações sanitárias’ cometidas pelos importadores da proxalutamida na apresentação de documentos com o intuito de ‘induzir a agência na anuência de importação irregular de medicamentos para uso em humanos’.

A Gerência Geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária (GGFIS) da Anvisa recolherá mais informações sobre os produtos à base de proxalutamida importados e utilizados no país. A Gerência de Fiscalização Sanitária, por sua vez, deverá notificar os serviços de saúde envolvidos em pesquisas científicas com a substância no Brasil.

Fonte: A Tarde Online

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BH repassa 3ª parcela de R$ 6 mi para estudos de vacina da UFMG

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A Prefeitura de Belo Horizonte realizou o repasse da terceira parcela de R$ 6 milhões para os estudos da vacina contra a covid-19 da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). A informação foi confirmada na noite desta quarta-feira (1º).

O acordo entre o Executivo e a instituição de ensino prevê o pagamento de R$ 30 milhões parcelado em seis vezes. O valor será usado para viabilizar as fases 1 e 2 dos estudos clínicos da Spintec, imunizante desenvolvido pela UFMG que é considerado o mais promissor dos projetos do tipo no Brasil.

Segundo a prefeitura, os recursos usados no patrocínio vêm do caixa da Secretaria Municipal de Saúde. O valor ajuda a custear os experimentos com animais, compra de substâncias e a produção de lotes da vacina para análise da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A previsão é que os repasses sejam finalizados em dezembro deste ano. O imunizante pode começar a ser administrado já no ano que vem.

Spintec

A vacina contra a covid-19 desenvolvida pela UFMG é uma das que está em estágio mais avançado no país. Segundo os pesquisadores que integram o projeto, a Spintec pode custar até 80% menos do que as vacinas compradas pelo Governo Federal atualmente. A expectativa é que o imunizante seja usado periodicamente para reforçar a proteção da população contra a doença.

A UFMG solicitou à Anvisa autorização para testar a Spintec em humanos. A previsão dos pesquisadores é que 300 pessoas participem desta fase. Caso os resultados sejam positivos, o imunizante pode ser testado na população em geral ainda no primeiro semestre de 2022. A solicitação ainda está sendo analisada pela Anvisa.

Fonte: R7 Notícias

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Bolsonaro vai editar MP para tratamento oncológico por via oral

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Tratamento oncológico – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vai editar uma medida provisória (MP) que trata da incorporação de tecnologia na Saúde Suplementar e abarca tratamento oncológico por via oral.

Houve uma reunião na tarde desta quinta-feira (2) no Palácio do Planalto, sede do poder Executivo, entre o presidente e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para tratar sobre o tema.

O R7 apurou que a edição dessa MP é uma forma de Bolsonaro justificar o veto a um projeto do senador Reguffe (Podemos-DF) que facilitava o acesso a medicamentos quimioterápicos orais. O projeto determinava a inclusão no rol de cobertura obrigatória dos planos de saúde os medicamentos quimioterápicos orais em até 48h após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O projeto foi aprovado na Câmara no dia 1º de julho e seguiu para sanção presidencial. No entanto, Queiroga pediu o veto por entender que a medida suprimia etapas importantes da avaliação sobre a efetividade, segurança e custo benefício da inclusão de medicamentos ao rol da Agência Nacional de Saúde (ANS).

Com a edição da MP, o governo pretende, entre outras coisas, criar uma câmara técnica no setor da saúde suplementar. Assim, a equipe ficaria responsável por avaliar a incorporação de diversos remédios, e não apenas aqueles de tratamento do câncer.

Fonte: R7 Notícias

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Batom foi o item de make mais impactado pela pandemia

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A pandemia de Covid-19 impactou o mercado de beleza. A modalidade de trabalho em home office associada às restrições de isolamento social e a obrigatoriedade do uso de máscara facial para sair de casa, alterou a rotina de cuidados pessoais e os hábitos de maquiagem da população feminina. Investir na aparência ficou em segundo plano, e com isso, as vendas de maquiagem despencaram.

Segundo a pesquisa do ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), em 2020, o setor de maquiagem registrou um decréscimo de 18% nas vendas, porém os batons tiveram uma queda de 29%. Este fato se deve ao uso das máscaras faciais, que acabaram diminuindo a importância e o brilho do batom, que passou a ser menos procurado no mercado.

Os especialistas da ABIHPEC não se surpreenderam com a queda dos números de vendas, e atribuíram o problema como um reflexo das mudanças de comportamento da população em um contexto pandêmico, ao qual estamos vivenciando desde março de 2020.

Mas em 2021, os batons e os outros itens estão virando o jogo e dando a volta por cima. Ainda segundo a ABIHPEC, a demanda por esse item aumentou a partir de abril, e foi se consolidando nos meses de maio e junho, sinalizando uma mudança positiva.

Os especialistas ressaltam que o uso do batom faz parte da nossa cultura e está relacionado ao estado de espírito e autoestima de quem o usa. Ou seja, apesar de continuar sendo obrigatório o uso de máscaras, porém com o avanço das vacinações, as pessoas estão mais esperançosas e animadas com o futuro, e assim, ficam mais propensas a investir na make.

A previsão é de que os batons de longa duração e que não borram, e os produtos que hidratam e amaciam os lábios, virem a próxima tendência. Com a expectativa do aumento das vendas na área de make, a Associação afirma que a maior beleza está no ato de se cuidar e se proteger.

Fonte: R7 Notícias

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Governo de SP critica exclusão da CoronaVac para 3ª dose: ‘Decisão inadvertida’

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O secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou nesta 5ª feira (2.set.2021) que a decisão do Ministério da Saúde de não incluir a CoronaVac no rol de vacinas para aplicação da 3ª dose foi ‘inadvertida’.

‘Quando nós falamos da CoronaVac, que também de uma forma inadvertida não foi associada pelo Ministério para a 3ª dose, nós temos que entender que a estrutura dessa vacina é bem interessante porque ela coloca vários fragmentos do coronavírus e isso estimula o sistema imunológico’, declarou, em entrevista à CNN Brasil.

Segundo o secretário, São Paulo manterá o imunizante produzido pelo Instituto Butantan para as doses de reforço. ‘Trabalhos feitos na China mostraram que a 3ª dose eleva em 77% a produção de anticorpos neutralizantes, portanto, é uma vacina boa e deve estar inserida nessa vacinação. Por isso, o governo de São Paulo fará dessa maneira’, disse.

Diferentemente da administração paulista, o governo federal recomenda, de preferência, a utilização da vacina da Pfizer para 3ª dose. Na falta do imunizante, também poderão ser utilizadas doses da AstraZeneca ou Janssen.

Depois do anúncio do Ministério da Saúde, o governo de São Paulo resolveu prorrogar o fim do prazo de entrega de 100 milhões de doses da vacina ao PNI (Programa Nacional de Imunizações).

De acordo com Gorinchteyn, qualquer um dos imunizantes disponíveis e liberados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pode oferecer o reforço da 3ª dose. ‘Ou seja, temos que nos valer de todo e qualquer imunizante’, afirmou.

‘Se eu tomei vacina da Pfizer ou AstraZeneca, posso receber outras doses? Essa intercambialidade ocorrerá’, acrescentou o secretário. ‘O que precisamos é fazer imunização de forma ágil para proteger essas pessoas, principalmente porque já temos no nosso território a variante delta.’

‘Se tivéssemos muito mais vacinas, e a segurança de ter mais vacinas, talvez a gente fizesse uma intercambialidade para todos os esquemas vacinais, não só de Coronavac, AstraZeneca, Pfizer. Mas nós temos hoje um repositório de vacinas ainda limitado’, disse ainda.

DIVERGÊNCIA EM RELAÇÃO À FAIXA ETÁRIA

A partir de 2ª feira (6.set), idosos com 60 anos ou mais que completaram o esquema vacinal há mais de 6 meses poderão receber a dose de reforço em São Paulo. Leia aqui o calendário para cada faixa etária.

A idade é outro ponto de divergência com o governo federal, já que o Ministério da Saúde estabeleceu a aplicação da dose adicional para pessoas com mais de 70 anos.

‘Temos responsabilidade em prevenir formas graves e mortes. Por isso, São Paulo entende que idoso é todo aquele acima de 60 anos e, para que haja controle da pandemia, exatamente os vetores de transmissão, que são os jovens que saem, também têm que ser protegidos e imunizados’, afirmou Gorinchteyn.

Fonte: Poder 360

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