Segundo o ministério, a criação é essencial para estabelecer uma resposta articulada e eficiente ao problema. O programa terá como objetivo prevenir, reprimir e combater a fabricação ilegal de remédios em todas as etapas da cadeia produtiva.
A iniciativa também atuará realizando ações de conscientização junto à população sobre o risco desses fármacos. Para prevenir a entrada e a circulação no mercado desses produtos falsificados, a pasta também destaca a necessidade de se estabelecerem mecanismos de rastreabilidade e autenticidade.
Medicamentos falsificados já chamaram atenção até da OMS
Até mesmo a Organização Mundial da Saúde (OMS) já alertou sobre o risco dos medicamentos falsificados. Em junho, o órgão apontou que havia a circulação de semaglutida falsa no Brasil, Estados Unidos e Reino Unido.
De acordo com a organização, três lotes de produtos falsificados foram identificados nos países em questão. Apesar de anunciar oficialmente pela primeira vez o risco, a instituição indicou que os casos já vinham se tornando mais comuns desde 2022.
O uso de uma ferramenta de compras B2B vem despontando como principal meio para agilizar a reposição de estoque na farmácia e o fluxo de transações com as distribuidoras. Denominada Força de Venda, a plataforma também contribui para dinamizar a operação das equipes comerciais do atacado farmacêutico.
“Trata-se de uma solução única, mas com muitas variantes. Isso porque ela pode ser empregada pelo setor de televendas de uma distribuidora ou por uma equipe de vendas que visita o PDV e digita os pedidos in loco, analisando as necessidades daquela loja e apresentando as promoções, descontos e condições de pagamentos personalizadas”, afirma Vlademir Vargette, gerente de projetos da Procfit.
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Segundo ele, a mesma ferramenta pode ser utilizada pela equipe comercial da indústria ou mesmo ser implantada na base do varejista. Este, por meio de um login e senha, acessa a base de dados com as ofertas diárias disponibilizadas na plataforma. “Nas regiões mais remotas, ter a plataforma tecnológica instalada na base da farmácia garante a emissão do pedido e o abastecimento da loja sem a necessidade de deslocamento do vendedor”, ressalta o executivo.
Uma empresa que faz uso do Força de Venda é a Nazária, distribuidora de medicamentos que conta com nove CDs e contabiliza mais de 70% dos clientes provenientes das regiões Norte e Nordeste.
“Somente no mês de março de 2024, no período de pré-alta dos preços dos medicamentos, a empresa trafegou mais de 265 mil pedidos por essa ferramenta, divididos entre televendas (88 mil), representantes comerciais autônomos – RCA (75 mil), equipe da indústria (17 mil) e sistema instalado no PDV (85 mil). Hoje, a plataforma já concentra 60% das vendas mensais da Nazária”, explica Vargette.
E a solução também pode ser aplicada em redes de farmácia que vendem produtos para as lojas licenciadas ou franqueadas, a exemplo do que acontece com a Farma Conde.
Funcionalidades da ferramenta de compras B2B
A ferramenta de compras B2B não requer conexão com internet para funcionar, o que permite seu uso em localidades mais remotas onde o sinal é instável. A única questão é que há uma parametrização que impõe a atualização das tabelas de produtos e preço no sistema a cada seis a 12 horas – tempo que varia conforme a configuração e o volume de dados. “Essa exigência, porém, acaba incentivando a concessão de descontos e promoções-relâmpago”, explica.
A indústria também aproveita os benefícios da ferramenta quando participa de feiras de negócios realizadas por distribuidoras, nas quais os pedidos são trafegados por ela. O sigilo das promoções específicas para cada farmácia é outro diferencial. “Com uma média de 25 mil promoções ativas mensalmente, a Nazária coordena essas informações de modo que as equipes de vendas não visualizem as condições comerciais que foram estabelecidas para outros clientes”, finaliza.
Evento apontou as principais tendências para o varejo / Foto: Divulgação – Jason Dixson
Entre 12 e 14 de janeiro, a cidade de Nova York (EUA) foi palco de discussão das principais tendências para o varejo em 2025, durante a feira NRF Retail’s Big Show. O evento, que chegou à sua 115ª edição, destacou os pontos de atenção mais importantes para os próximos anos. Dentre os principais destaques estão a tecnologia e a loja física como um espaço de experiência.
As principais tendências para o varejo segundo a NRF
Tecnologia em foco
A tecnologia continuará sendo protagonista no varejo do futuro. Um dos principais atores desse processo será a inteligência artificial. Segundo a organização do evento, a IA será cada vez mais utilizada para melhorar recomendações personalizadas, além de fornecer assistência contínua ao consumidor. Por outro lado, a NRF destaca que os cuidados com a privacidade de dados devem ser redobrados.
Outro ponto ressaltado foi o advento das live shoppings, transmissões ao vivo para a venda de produtos. Na visão dos especialistas, elas ganharão ainda mais relevância por criar conexão entre as marcas e o consumidor.
Por unir a conveniência das compras online com um custo mais baixo do que estabelecer um e-commerce próprio, os marketplaces continuarão atraindo varejistas de pequeno e médio porte.
Experiências na loja física
Outra tendência da NRF aponta que é necessário que o lojista invista na experiência de todos os envolvidos na jornada de compra, inclusive os colaboradores. Investir em cultura e capacitação garantirá um atendimento de qualidade elevada.
Na questão do atendimento, o evento aponta que é necessário se adequar à demanda do consumidor. Uma estratégia promissora, por exemplo é a de Just Walk Out, PDVs onde os clientes não precisem passar pelo caixa.
Os especialistas apontam que a loja física seguirá sendo uma protagonista, mas não sem passar por um “renascimento”, que contemple foco na promoção de experiências e em oportunidades como o retail media e o pagamento cashless por meio de dispositivos eletrônicos e aproximação.
“Com essas tendências que foram amplamente discutidas e destacadas durante a NRF, podemos seguir alinhados às mudanças que estão moldando o varejo”, comenta o CEO do Grupo IRRAH, César Baleco, que participou do congresso.
Marcia Arbache, especial para o Panorama Farmacêutico
Tecnologias emergentes, consumidores cada vez mais exigentes e busca incessante por eficiência são fatores que vão redefinir a gestão financeira da farmácia neste ano, com impacto direto sobre a operação e a gestão de recursos. Em meio à reforma tributária, esse conjunto de requisitos exigirá de empreendedores do canal farma estratégias mais eficazes de conexão entre clientes, empresas e parceiros.
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Confira o que está no radar para a gestão financeira da farmácia neste ano
Consolidação dos pagamentos digitais – carteiras digitais, pagamentos por aproximação (NFC) e criptomoedas serão mais intensamente usados na jornada do consumidor. A boa gestão financeira da farmácia dependerá da integração dessas ferramentas com super apps – plataformas que reúnem diversos serviços como compras, soluções financeiras e troca de mensagens – o que permitirá ao varejista oferecer uma experiência de compras mais fluida
Inteligência Artificial (IA) – essa tecnologia exercerá papel crucial na gestão financeira da farmácia, ajudando a prever demandas, otimizar estoques e ajustar preços de forma dinâmica. Segundo Zoltan Schwab, CMO da consultoria vhsys, a IA é capaz de analisar o comportamento do consumidor e identificar padrões de compra. Essas características permitem aumentar lucros, reduzir desperdícios e fornecer insights para decisões estratégicas
Varejo omnichannel – em franca expansão, o varejo omnichannel levará a uma revisão completa do fluxo de caixa e alocação de recursos do negócio. “A integração entre os canais online e offline exigirá que as empresas acompanhem de forma mais precisa a movimentação financeira”, ressalta o executivo. Segundo ele, será necessária rapidez no ajuste de estratégias ditadas pela demanda
Reforma Tributária – as novas regras, que entrarão em vigor em 2026, permitirão que as empresas se preparem este ano para os ajustes às normas. Ferramentas tecnológicas como sistemas de ERP e o uso da IA ajudarão a simplificar a complexidade das mudanças, facilitando as transições ao automatizar cálculos, integrar dados fiscais em tempo real e aprimorar processos operacionais
Educação financeira – com o aumento nas opções de crédito online e financiamentos, os varejistas poderão se posicionar como aliados na gestão financeira dos clientes. “Conteúdos educativos, dicas de planejamento e ferramentas que auxiliem no controle de gastos são formas de agregar valor à experiência de compra”, avalia Schwab
Marcia Arbache, especial para o Panorama Farmacêutico
As escalas de trabalho estão na ordem do dia do Congresso Nacional em torno das discussões sobre mudanças na legislação trabalhista. Uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da deputada Erika Hilton (PSOL) reanimou o debate sobre o tema e o impacto na qualidade de vida dos trabalhadores e nas operações do varejo.
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O assunto também representa um desafio de adaptação para empreendedores dos setores varejista, de saúde e segurança, o que afeta direta e indiretamente o mercado farmacêutico. No país, as escalas variam conforme a necessidade de cada setor.
O advogado João Valença explica que cada modelo deve seguir os limites estabelecidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e, quando necessário, por acordos coletivos, para garantir os direitos dos trabalhadores e a viabilidade operacional das empresas.
Confira a seguir os prós e os contras de cada regime de escala de trabalho
Escala 6 x 1 – é a mais usada em setores como comércio e alimentação. Nesse modelo, é obrigatório que o trabalhador tenha ao menos um domingo de descanso a cada sete semanas. Segundo Valença, essa escala facilita a operação e aumenta a produtividade da empresa. “Por outro lado, a limitação de folgas compromete o equilíbrio entre vida pessoal e profissional dos trabalhadores, o que pode levá-los a estresse e insatisfação”, acredita
Escala 5 x 2 – esse sistema prevê cinco dias de trabalho, seguidos de dois de descanso, geralmente no sábado e no domingo, em conformidade com a CLT. Entre as vantagens está a previsibilidade, com maior tempo de descanso no fim de semana, o que ajuda na redução do cansaço físico e mental. “Em contrapartida, para setores que precisam operar continuamente – saúde e segurança – a escala pode gerar aumento de custos”, pondera
Escala 4 x 3 – neste caso, o profissional terá que cumprir quatro dias de expediente seguidos por três dias consecutivos de descanso. Essa é a proposta sugerida pela parlamentar do PSOL. É um modelo menos comum, mas desperta interesse por proporcionar maior equilíbrio entre trabalho e lazer. Algumas empresas no Brasil já fazem testes nesse formato. “Da parte dos empreendedores, a depender da natureza do negócio, pode haver necessidade de contratação de mais colaboradores para cobrir todo o período de funcionamento da empresa”, adverte Valença
Escalas de trabalho baseadas em horas
12 x 36 – trata-se de uma das escalas de trabalho mais comuns em serviços essenciais que demandam cobertura ininterrupta, a exemplo do que acontece na área de saúde. A jornada é de 12 horas com 36 de descanso. Essa jornada passou a existir após a reforma trabalhista, em 2017, e pode ser implementada mediante acordo individual, sem a necessidade de se recorrer a convenções coletivas
18 x 36 e 24 x 48 – ambos os modelos impõem 18 ou 24 horas de trabalho, seguidas de, respectivamente, 36 e 48 horas de descanso. São comuns em setores que precisam de funcionamento contínuo (hospitais, indústrias, bombeiros, entre outros). Não são diretamente regulamentados pela CLT e requerem acordo sindical para serem implementadas
A Ipsos, empresa especializada em pesquisas de mercado e opinião pública, anunciou a contratação de Adriane Ghobril para o cargo de diretora de negócios healthcare.
Formada em química pela Faculdade Oswaldo Cruz, a executiva conta com 23 anos de experiência em departamentos de inteligência de mercado, insights e programa de paciente. Seu currículo conta com passagens por grandes empresas como Unilever, BRF e Sanofi.
Varejista trabalha em parceria com oito fabricantes diferentes / Foto: Canva
A venda de cannabis medicinal na Pague Menos viveu um viés de alta no último ano. O montante comercializado em 2024 foi 49,5% maior em comparação com 2023. Outro avanço registrado pela rede de farmácias foi em sua base de clientes. No ano, mais de 25 mil consumidores adquiriram produtos à base da planta nas lojas da varejista, o que representa uma expansão de 58,5%.
“O mercado de cannabis está em plena expansão no Brasil e estamos muito orgulhosos do nosso lugar de destaque na venda de produtos dessa categoria”, comemora a gerente executiva de medicamentos especiais, Flávia Gimenes.
Venda de cannabis medicinal impulsionada por portfólio
Atualmente, a Pague Menos é líder da categoria no Norte e Nordeste, além de ocupar a vice-liderança em nível nacional. Para a varejista, a diversidade é uma das razões para o resultado.
“Fiel à nossa missão de contribuir com a saúde e o bem-estar da população brasileira, a companhia atua em parceria com oito indústrias referências nesse tipo de produto”, explica Flávia.
Pague Menos aposta em visitação médica e capacitação
Para aumentar o acesso a medicamentos de alta complexidade, como os produtos à base de cannabis medicinal, a Pague Menos adota duas estratégias – a visitação médica e a capacitação de suas equipes.
A rede mantém um trabalho com profissionais dedicados à divulgação desses produtos junto à classe médica. Além disso, a varejista disponibiliza treinamentos com as equipes das lojas que dispensam esses itens.
Sucesso da iniciativa motivou extensão – Foto: Divulgação
A loja de verão da Pacheco, fruto de uma parceria com a marca de sais de fruta Eno, teve seu funcionamento estendido até o dia 9 de março, mês que marca o fim da estação mais quente do ano.
A unidade, localizada na Av. Embaixador Abelardo Bueno, 2840, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ), fica aberta 24 horas e busca atender diferentes necessidades da população relacionadas ao período.
“Estamos sempre em busca de parcerias que possam agregar valor ao nosso serviço e promover a saúde da população. A colaboração com a Eno é mais um exemplo do nosso compromisso em inovar e cuidar do bem-estar dos nossos clientes” afirma Bruna Budeu, gerente de marketing e experiência do cliente do Grupo DPSP, controlador da Drogarias Pacheco.
Loja de verão da Pacheco conta com ativações especiais
A iniciativa, que vem sendo um sucesso, inclui a veiculação de informações sobre cuidados específicos e dicas de prevenção de problemas digestivos, promovendo uma abordagem preventiva e de conscientização.
“A parceria com a Eno nos permite oferecer não apenas soluções eficazes para a estação mais quente do ano, mas também uma experiência educativa e acolhedora aos nossos clientes”, complementa a executiva.
A rede varejista brasileira Pague Menos recrutou Camilo Frigo para o cargo de diretor executivo de novos negócios. O profissional assume a função após uma passagem de dois anos pela Funcional Health Tech, onde atuava no setor de eficiência do cliente.
Bacharel em ciência da computação e ciências contábeis, cursou também um MBA em gestão de negócios na FGV e especializações em mercado internacional na Universidade de Irvine e economia em Harvard, ambas nos Estados Unidos.
Disponibilização do fármaco no SUS ainda depende de aprovação – Foto: Canva
O Sotyktu é o mais novo remédio contra a psoríase disponível no Brasil. Produzido pela farmacêutica americana Bristol Myers Squibb (BMS), o fármaco mira uma parcela de 1,31% da população brasileira, que sofre com a doença crônica. As informações são da Veja.
Durante seu período de testes clínicos o Sotyktu foi utilizado por mais de 1.600 pacientes com psoríases graves ou moderadas, com 58% dos voluntários apresentando uma redução de até 75% em suas lesões cutâneas após 16 semanas de uso. Outros 40% ainda atingiram uma melhora de 90%.
“O que observamos nos estudos é que os pacientes continuaram apresentando melhora significativa após um ano de uso, o que é importante para uma doença crônica como a psoríase, que exige controle contínuo“, destaca Gabriel Fernandes, dermatologista e gerente médico de Imunologia da BMS.
BMS aposta nos diferenciais do seu novo remédio contra psoríase
Um dos grandes pontos de destaque do Sotyktu é a sua formulação única, que o coloca como o primeiro inibidor seletivo da tirosina quinase 2 (TYK2) aprovado no Brasil. Ele age bloqueando vias inflamatórias que contribuem para o surgimento e manutenção das lesões de psoríase.
Além disso, o fármaco aposta na praticidade, sendo administrado por via oral e não exigindo nenhuma condição específica de armazenamento. O formato é vantajoso, pois segue uma tendência de mercado evidenciada pela Ipsos, que aponta que 69% dos entrevistados preferem tratamentos orais.
Acesso ao medicamento no Brasil
Embora o Sotyktu já esteja disponível no país, sua incorporação ao Sistema único de Saúde (SUS) ainda depende de avaliação pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). Esse processo envolve a análise da eficácia, segurança e custo-benefício do medicamento.