Assembleia aprova regras para aplicação da terceira dose contra Covid no Paraná

0

A Assembleia Legislativa aprovou hoje projeto que estabelece as regras, para aplicação no Estado, da terceira dose ou dose de reforço da vacina contra a Covid-19. A proposta, do deputado Delegado Francischini (PSL), estabelece que a aplicação das doses complementares no Paraná respeitarão as normas do Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, e pelo Plano Estadual de Vacinação da Secretaria de Estado da Saúde.

Ainda segundo a proposta, após concluídos os estudos conduzidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e comprovada sua necessidade, a Secretaria de Estado da Saúde poderá recomendar a aplicação de dose complementar de imunizantes contra a Covid-19.

Fonte: Bem Paraná Online

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/deputados-estaduais-do-parana-votam-regras-para-terceira-dose/

Pfizer vai pedir permissão para vacinar crianças contra Covid nos EUA

Em entrevista ao jornal alemão Der Spiegel, Ã-zlem Türeci, cientista-chefe da BioNTech, afirmou que a empresa, junto à Pfizer, pretende pedir autorização para aplicar o imunizante contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. O pedido será feito primeiramente ao FDA, órgão equivalente à Anvisa dos Estados Unidos.

Veja também: Sanofi e Medley lançam Bula Digital para facilitar a vida dos pacientes e profissionais de saúde

‘Nas próximas semanas, vamos apresentar os resultados do nosso estudo em crianças de 5 a 11 anos do mundo inteiro para as autoridades e pedir aprovação da vacina para esse grupo etário’, disse a cientista. A fórmula usada para crianças será a mesma aplicada nos adultos, mas em uma dose menor.

Siga nosso Instagram

O FDA diz que os dados do estudo clínico devem mostrar um período de monitoramento de pelo menos dois meses para garantir a segurança do imunizante. A pesquisa está acompanhando 4,5 mil crianças nos Estados Unidos, Finlândia, Polônia e Espanha.

Os testes para crianças ainda menores, de 6 meses a 4 anos de idade, ainda estão em estágios iniciais e serão expandidos apenas quando for possível determinar a segurança da fórmula para essas populações.

Fonte: Metrópoles

Uso de analgésicos sem prescrição médica traz danos à saúde

0

A automedicação é uma prática comum da população brasileira e que teve um aumento significativo durante o período pandêmico. Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), 77% dos brasileiros consomem fármacos sem nenhuma orientação médica, o que traz riscos e danos à saúde. Farmacêuticos também alertam para a utilização na dose e posologia correta dos medicamentos orientados, visto que a má administração também torna o paciente mais vulnerável às intoxicações e erros em geral.

Dentre os riscos da automedicação, o farmacêutico e coordenador do curso de Farmácia da Faculdade UNINASSAU, campus Redenção, Roberto Gomes, ressalta que a intoxicação é a mais perigosa. Segundo Gomes, os analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios são os mais citados em casos de internação por superdosagem ou automedicação. ‘Após recebida a receita com os fármacos, a dose e a posologia devem ser administradas de forma correta. Percebemos que, durante esse período de pandemia, as pessoas têm ingerido medicações desnecessariamente e, muitas vezes, em altas doses. Inclusive, o número de pacientes internados por intoxicação cresceu vertiginosamente, principalmente após superdosagem de analgésicos”, explica Roberto.

De acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), mais de 30 mil casos de internação são registrados por ano no Brasil em razão de intoxicação. A maioria das ocorrências está relacionada aos medicamentos de fácil acesso da população e, por isso, o farmacêutico alerta para a correta administração e o controle do acesso às crianças, visto que podem causar danos sérios. “Se a pessoa ingerir altas doses de medicamentos analgésicos sem recomendação médica, como a dipirona e o paracetamol, é possível que haja uma predisposição a lesões estomacais, sangramentos ou hepatite medicamentosa. Ou seja, ainda que de livre acesso, a ingestão em superdoses pode levar a internações e causar danos graves, incluindo risco de vida. Por isso, é essencial o acompanhamento por um profissional da saúde no diagnóstico, prescrição, orientação, dispensação e compra dos remédios”, finaliza o professor Roberto Gomes.

Um outro alerta está relacionado à ingestão de analgésicos por pessoas que queiram tirar a própria vida. Segundo o Sinitox, o último levantamento realizado no Nordeste, em 2017, revelou que mais de 200 casos de internação tiveram como causa a ingestão proposital com fins suicidas. Para reforçar as ações de promoção de bem-estar social, a Clínica Escola de Saúde da Faculdade UNINASSAU Redenção realiza atendimentos psicológicos para a população em geral. Os atendimentos acontecem de segunda a sexta-feira e os interessados devem agendar a consulta pelo número (86) 3194-1819.

Fonte: 180 graus

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/casos-de-automedicacao-tem-aumentado-durante-a-pandemia/

Post engana ao comparar ação da vacina contra febre amarela e da covid-19

0

Enganoso: Tuíte força uma relação do imunizante usado para prevenir a febre amarela com as vacinas contra a covid-19. A publicação ignora também que há diferenças nos modos de transmissão das duas doenças – a febre amarela é transmitida por mosquitos infectados, enquanto a covid passa de uma pessoa contaminada para outra, principalmente, por via oral ou nasal – e que nem mesmo a vacina contra a febre amarela tem 100% de eficácia.

Conteúdo verificado: Tuíte que questiona as vacinas contra a covid comparando seus efeitos aos da febre amarela.

Esta checagem foi originalmente publicada no site do Projeto Comprova, do qual O POVO faz parte

É enganoso um tuíte que faz referência à vacina da febre amarela para gerar desconfiança nos imunizantes contra a covid-19. Afirma o post: ‘Não conheço ninguém que tomou a vacina contra febre amarela e contraiu febre amarela’.

De acordo com a doutora em Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Jordana Graziella Alves Coelho dos Reis, a família dos coronavírus possui características que são mais contagiosas. ‘Essa diferença no contágio e reinfecção entre o Sars-Cov-2 e do vírus da febre amarela está associada com as diferenças intrínsecas de cada um dos vírus. A família coronavírus é conhecida por ter uma facilidade na transmissão e também na reinfecção’, salienta Jordana.

A comparação feita na publicação, mesmo que implícita, é incorreta. A pandemia foi decretada em março do ano passado e as vacinas começaram a ser aplicadas no mundo em 8 de dezembro de 2020 – o primeiro país foi o Reino Unido; no Brasil, a imunização foi iniciada em janeiro. Já a febre amarela existe há muito mais tempo: nos primeiros anos do século XX, o médico e cientista Oswaldo Cruz já tentava combater a doença. A vacina começou a ser produzida no Brasil em 1937.

Além disso, a febre amarela é transmitida por mosquitos infectados, enquanto a covid passa de uma pessoa contaminada para outra, principalmente, por via oral ou nasal – ou seja, a chance de transmissão é maior.

Procurado, o perfil autor do post não respondeu até a publicação deste texto. O conteúdo aqui verificado foi classificado como enganoso pelo Comprova por levar a uma interpretação equivocada sobre as vacinas.

Como verificamos?

Consultamos publicações nos sites de órgãos como Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) na América, e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Também entrevistamos Jordana Graziella Alves Coelho dos Reis, citada acima, e Julio Croda, infectologista, pesquisador da Fiocruz e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Como o perfil que publicou o tuíte verificado aqui não aceita o envio de mensagens privadas, publicamos um comentário no post, pedindo para que ele entrasse em contato, mas não obtivemos resposta.

O Comprova fez esta verificação baseado em informações científicas e dados oficiais sobre o novo coronavírus e a covid-19 disponíveis no dia 13 de setembro de 2021.

Verificação

Eficácia e transmissão

Como qualquer tratamento de saúde, a vacina da febre amarela também não tem 100% de eficácia. Segundo o Instituto Paulista de Vacinação, o imunizante tem de 98 a 99% de eficácia e, de acordo com a Fiocruz, sua proteção ‘é demonstrada por meio de observações de mais de 60 anos no Brasil e em outros países da América do Sul, sendo muito rara a ocorrência da doença em pessoas vacinadas’.

Ainda segundo a Fiocruz, ‘a imunização durante surtos resulta em rápido desaparecimento dos casos’ e, ‘no Brasil, a doença está sob controle por meio da vacinação sistemática da população sob risco, com poucos casos relatados’.

Além das vacinas contra a febre amarela serem aplicadas há mais tempo, a doença tem outra diferença importante em relação à covid: a forma de transmissão, que também torna a disseminação da primeira muito mais difícil do que a da segunda.

No caso da febre amarela, o vírus é passado para as pessoas via picada de mosquitos das espécies Haemagogus, Sabethes e Aedes (Haemagogus e Sabethes em áreas silvestres e do Aedes em áreas urbanas). Eles podem ser infectados ao picarem humanos ou macacos contaminados.

Como informa a OPAS, ‘a doença não pode ser transmitida de um macaco para um humano, tampouco de uma pessoa para outra nem entre macacos; só pelo mosquito’.

Já o Sars-CoV-2 é transmitido ‘principalmente por três modos: contato, gotículas ou por aerossol’, como informa o Ministério da Saúde. A contaminação também pode ser indireta, como quando tocamos em uma superfície infectada e, em seguida, levamos a mão aos olhos, à boca ou ao nariz. Ou seja, é mais facilmente transmissível do que a febre amarela.

De acordo com o infectologista Julio Croda, a vacinação contra febre amarela, covid-19 ou qualquer outra doença é um ato individual e coletivo. Conforme o especialista explica, a imunização previne casos graves e combate contaminações e até mesmo variantes no caso do coronavírus.

‘No sentido individual, ela previne hospitalizações e casos graves, e no coletivo, diminui a taxa de transmissão da doença. Quanto mais pessoas vacinarmos, mais diminuímos os casos de contaminação, reinfecções e variantes’, salienta Croda.

No entanto, ele ressalta que, mesmo com a vacinação, ainda é possível que algumas pessoas adoeçam. ‘A vacinação é uma garantia muito segura e nossa principal arma contra as doenças que enfrentamos todos os dias, mas isso não significa que não irão aparecer alguns casos.’

Febre amarela: é possível ser reinfectado?

O Comprova consultou a microbiologista Jordana Alves sobre a possibilidade de reinfecção da febre amarela. Atualmente, o esquema vacinal da febre amarela no Brasil pode ser refeito ao longo da vida da população: é feita uma dose inicial aos nove meses, com reforço aos quatro anos; caso existam pessoas de cinco a 59 anos que não tenham recebido a vacina, podem tomar uma dose única a qualquer momento da vida.

Por conta dos períodos entre uma dose e outra, o que pode acontecer, segundo a microbiologista, é uma baixa na imunidade desenvolvida pela vacina ou a não soroconversão – quando os anticorpos dos indivíduos não fazem o efeito desejado -, após a dose da vacina tomada antes dos cinco anos.

No entanto, é mais provável que pessoas vacinadas contra a doença sejam infectadas quando a vacinação aconteceu na infância ou quando a imunidade desenvolvida pelo imunizante foi baixa.

Quanto à possibilidade de reinfecção, a especialista afirma que os registros desses casos na literatura médica são raríssimos. O que costuma ser mais comum são casos de pessoas que começam a apresentar um quadro de hepatite anos após ter contraído a febre amarela, o que não é considerado uma reinfecção.

Eficácia das vacinas contra a covid-19

Tanto os imunizantes contra a covid-19 quanto os da febre amarela estão disponíveis para a vacinação da população brasileira. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a eficácia geral de uma vacina seja de, ao menos, 50%. A taxa de eficácia mostra a capacidade de uma vacina em diminuir os riscos de uma pessoa que foi imunizada contrair a doença.

Atualmente, no Brasil, quatro vacinas possuem autorização para aplicação no combate à covid-19: a Astrazeneca, com eficácia de 63,09%; Pfizer com 95% de eficácia; a Coronavac com 50,38%; e a Janssen com 66,9%. Já na imunização contra a febre amarela, existem dois principais produtores da vacina que é disponibilizada no Brasil: a Fiocruz, por meio do laboratório Bio-Manguinhos, que produz a vacina distribuída no Sistema Único de Saúde; e a Sanofi, indústria privada da França, que distribui o imunizante para clínicas particulares.

Questionado sobre a eficiência da vacina contra a covid-19, o pesquisador da Fiocruz, Julio Croda, esclarece que o imunizante age de forma parecida com a vacina da gripe.

‘A vacina contra a covid-19 é parecida com a da gripe: ela foi desenvolvida para prevenir hospitalizações e casos graves. Isso não significa que ela não funciona, significa que está cumprindo aquilo que foi proposto quando desenvolvida em laboratório e além, porque ela também é capaz de imunizar, as vacinas disponíveis variam de 50% a 95% de eficácia contra a doença’.

Croda ainda explica que a vacina contra o coronavírus é nova e os cientistas estão acompanhando dia após dia os resultados do imunizante.

‘Devemos nos lembrar de que a vacina é nova, ainda não sabemos ao certo quanto tempo ela mantém o indivíduo imunizado, estamos acompanhando com o passar do tempo, como ela está reagindo a cada organismo, o que sabemos é que a imunização é o caminho mais seguro para combatermos o vírus e as vacinas foram desenvolvidas para isso’, finalizou.

O Comprova recentemente verificou publicações que induzem ao entendimento que as vacinas disponíveis contra a covid-19 não são eficazes, pois não impedem o contágio da população (aqui e aqui). Conteúdo semelhante também foi publicado recentemente pelo Estadão Verifica.

O perfil

‘Brasil acima de tudo, Deus acima de todos’, slogan de Jair Bolsonaro (sem partido), sobre foto do presidente está na imagem de capa do perfil @TrumpMargareth, autor do post, no Twitter. Na descrição da bio, ‘sonhando em ucranizar o Brasil’.

O perfil publica, com tons de ironia e ataques, conteúdos de apoio ao chefe do Executivo federal. Em 6 de setembro, por exemplo, dia em que Bolsonaro assinou uma medida provisória para limitar a remoção de conteúdos falsos nas redes sociais, a página tuitou: ‘Como ditador, o presidente é muito fraco!!! Como pode assinar a MP da liberdade de expressão?’. Na mesma data, outro post, referindo-se a Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e alvo de ataques do presidente: ‘O cabeça de ovo vai mandar prender todos que falarem biscoito; segundo ele, o correto é bolacha’.

A reportagem tentou contatar o perfil, mas não recebeu resposta.

Por que investigamos?

Em sua quarta fase, o Comprova verifica conteúdos suspeitos sobre pandemia, políticas públicas do governo federal e eleições. O tuíte verificado aqui teve mais de 6,4 mil curtidas e 1,3 mil compartilhamentos até 13 de setembro.

Conteúdos que tentam desacreditar as vacinas ou minimizar os riscos da pandemia são perigosos porque podem levar a população a colocar a saúde em risco.

O Comprova já publicou diversos conteúdos sobre imunização, como o do médico que engana ao afirmar que as vacinas não funcionam contra a variante delta, o de post que desinforma afirmando que o CDC e Anthony Fauci não acreditam nos imunizantes e o de médica que engana ao afirmar que vacinas são experimentais.

Enganoso, para o Comprova, é o conteúdo retirado do contexto original e usado em outro de modo que seu significado sofra alterações ou que usa dados imprecisos ou que induz a uma interpretação diferente da intenção de seu autor.

Este conteúdo foi investigado por Correio do Estado, Gaúcha Zero Hora e Folha. A investigação foi checada por Correio, A Gazeta, revista piauí, UOL, correio de carajás, Correio Braziliense e Rádio Band News.

Fonte: O Povo Online

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/melhor-vacinar-a-todos-que-aplicar-dose-extra-dizem-cientistas/

Quem tomou AstraZeneca pode tomar Pfizer em SP?

1

Quem tomou primeira dose de AstraZeneca pode tomar Pfizer em SP, como segunda dose, conforme anunciado estado de São Paulo anunciou no dia 10 de setembro. Agora, a Prefeitura de São Paulo também passou a adotar o novo protocolo, então veja como vai funcionar a mudança na vacinação.

Veja também: Terceira dose não é necessária por enquanto, afirma estudo

A decisão foi tomada tendo em vista a falta dos antígenos fabricados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que tem atrasado o calendário vacinal de muita gente, além de ter crescido a quantidade de doses da Pfizer em solo brasileiro.

Siga nosso Instagram

Quem tomou Astrazeneca pode tomar Pfizer em SP?

Quem tomou AstraZeneca há 60 dias já está apto a receber o reforço, o equivalente a oito semanas. No entanto, o prazo máximo exigido é o de até 12 semanas. Logo, a prefeitura só vai aplicar as doses de Pfizer em quem estiver com a carteirinha vencendo entre os dias 1º e 15 de setembro.

O governo estadual anunciou que esses imunizantes estarão disponíveis para quem deveria receber a segunda dose em todos os municípios paulistas, já que, mais de 400 mil antígenos foram distribuídos.

Os pontos de imunização na cidade de São Paulo começarão a aplicar essa etapa a partir das 14h de segunda-feira.

Vale lembrar que quem ainda não tomou nenhuma dose, tem de procurar se informar no calendário de seu município. Além disso, idosos, de 85 a 89 anos, estão aptos para receber o reforço do imunizante, a terceira dose, até o próximo dia 19.

Em toda a campanha, os municípios são obrigados a usar as doses que estiverem em estoque em cada ponto de imunização. Todas as patentes utilizadas Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por cumprirem critérios obrigatórios de segurança.

Por enquanto, a Pfizer deverá ser o imunizante mais utilizado, já que vieram em larga escala. Além disso, é a única permitida para adolescentes, de 12 a 17 anos.

Por que SP vai fazer o intercâmbio de doses?

O governo de SP tomou essa medida pensando nas pessoas que estão com a segunda dose do imunizante atrasada. Atualmente, as a AstraZeneca está em falta em São Paulo e outros estados brasileiros.

Vale lembrar que o Brasil recebeu no último final de semana 5,1 milhões de vacinas. Esse foi o maior quantitativo vindo em um só dia, em todo o ano de 2021.

Logo, há muita oferta dessas vacinas, enquanto as da AstraZeneca estão em falta. A capital paulista não tem o imunizante desde a última quinta-feira, dia 9.

A Fiocruz, que fabrica essa vacina no Brasil, atrasou a entrega neste mês. No entanto, o envio deve ser normalizado a partir desta semana.

O governo paulista afirma que deixou de receber quase um milhão de doses do Ministério da Saúde. No entanto, a pasta federal diz que antecipou o envio de 315,5 mil fármacos para segunda dose.

Contudo, o ministério entende que o estado utilizou os carregamentos como primeira dose, enquanto deveriam ter sido reservados para o reforço.

Como comprovar que tomou a primeira dose?

A pessoa que tomou a primeira dose da AstraZeneca e vai receber a segunda, para aumentar sua imunização contra a covid, tem de estar com a documentação em dia na hora de ir até algum ponto de imunização.

Ou seja, é só apresentar os documentos de sempre, que seu nome já está cadastrado no sistema da prefeitura, e eles vão te identificar e aplicar a vacina.

Vale lembrar que é sempre bom carregar, na hora da imunização, comprovante de Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), carteira de vacinação, comprovante de residência e o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS), se tiver, para evitar atrasos e dificuldades.

No entanto, o cadastro pode ser agilizado no site da Secretaria Municipal de Saúde para antecipar o procedimento e certificar que a documentação está correta.

Por fim, moradores da capital têm de levar documento que comprove a residência. Pode ser físico, em papel, ou digital. São aceitos, por exemplo, uma conta recente de energia elétrica ou de água.

Onde se vacinar em SP?

Em dias de semana, estão disponíveis o mega drive-thrus e farmácias com as três etapas de vacinação, das 8h às 17h.

Além disso, no mesmo horário, funcionam os megapostos.

Já as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ficam abertas das 7h às 19h, o mesmo horário que as Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs) e UBSs Integradas.

Os lugares específicos dos dois dias estão disponíveis para consulta na página Vacina Sampa, elaborada pela Secretaria Municipal de Saúde de SP. Já o site De Olho Na Fila mostra quais vacinas estão disponíveis nas unidades de saúde da capital.

É seguro tomar uma segunda dose diferente?

É importante dizer que o último parecer oficial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), feito em maio deste ano, não recomendava essa troca. No entanto, várias pesquisas já contradizem essa resolução.

Assim, pesquisa feita na Dinamarca mostra que quem tomou AstraZeneca e depois Pfizer, reduziu em 88% as chances de ser infectado pelo coronavírus. O instituto Estadual de Soro (SSI) da Dinamarca chegou a publicar que a combinação fornece ‘boa proteção’.

Nesse país, mais de 144 mil pessoas, vários profissionais da saúde e pessoas idosas, receberam sua primeira injeção com a vacina da AstraZeneca, mas foram posteriormente vacinados com as vacinas da Pfizer ou Moderna – essa, que não é usada no Brasil.

Outro estudo, o ensaio clínico CombivacS foi conduzido pelo Instituto de Saúde Carlos III, da Espanha, e também avaliou se quem tomou AstraZeneca pode tomar Pfizer. Os pesquisadores concluíram, em artigo publicado na revista científica The Lancet, que o esquema pode gerar uma ‘resposta imune robusta com efeitos colaterais toleráveis’.

Ou seja, assim como outros imunizantes já utilizados, essa intercambialidade estaria dentro dos padrões. No Brasil, essa mistura de vacinas já tem sido feita em grávidas, que tomaram AstraZeneca antes da recomendação negativa para essas mulheres.

Também, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) entende que os benefícios superam os riscos no caso da vacina da AstraZeneca.

Há riscos em tomar Astrazeneca e Pfizer?

Os estudos ainda não concluíram se há a mesma proteção para a variante Delta, em circulação em praticamente todos os países do mundo. No Brasil, ela não é predominante, até agora, ainda que desperte preocupação de autoridades.

A imunologista e professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Inês Aparecida Tozetti, explica que por se tratar de uma doença com muitas variantes e mudanças frequentes, a recomendação é evitar ao máximo alterações que não sejam indicadas.

No entanto, com uma base científica já iniciada sobre o assunto, a tendência é que isso não deva apresentar problemas. ‘Mas quando ocorrer [mudanças], o aconselhado é um acompanhamento clínico e laboratorial dos pacientes pós-vacinação. Somente dessa forma poderemos saber as implicações do procedimento’.

‘Então, qualquer alteração no esquema de administração pode acarretar em alterações na eficácia da vacina. Mas para todas as vacinas, sempre se indica que é melhor tomar a segunda dose fora do tempo previsto, que não tomar. Mais uma vez quanto a essa doença, tudo é muito novo e somente acompanhando que se vacinou e que poderemos ter conclusões’, ressalta.

Em agosto, o Rio de Janeiro autorizou as cidades que não tinham tal vacina em estoque para a segunda dose, utilizar vacinas da Pfizer.

Em Mato Grosso do Sul, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, afirma que são doses com poder de eficácia bom, quando aplicadas em conjunto. ‘Poderemos adotar o critério de fazer a intercambialidade para completar. Todos os infectologistas adotam e indicam que isso seja correto’, destaca.

Fonte: DCI Online

STF forma maioria para obrigar União a garantir 2ª dose de vacina em SP

0

O STF (Supremo Tribunal Federal) confirmou a decisão do ministro Ricardo Lewandowski que obriga o Ministério da Saúde a assegurar o envio de vacinas contra covid-19 suficientes para retomar a aplicação da 2ª dose no Estado de São Paulo. A votação foi realizada na noite de 2ª feira (13.set.2021).

Por volta das 22h, 6 dos 11 ministros já tinham votado a favor e garantido maioria no plenário. São eles: Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Rosa Weber, Edson Fachin e o relator, Lewandowski.

‘Diante de todo o exposto, voto por referendar a medida cautelar pleiteada para determinar à União que assegure ao Estado de São Paulo a remessa das vacinas necessárias à imunização complementar das pessoas que já tomaram a primeira dose, dentro do prazo estipulado nas bulas dos fabricantes e na autorização da Anvisa‘, escreveu Lewandowski em voto divulgado no plenário virtual da Corte.

Os demais ministros só informaram concordar com o relator, mas não apresentaram voto por escrito.

DECISÃO ANTERIOR

Em decisão liminar (provisória) de 16 de agosto deste ano, o ministro Lewandowski ordenou que o governo federal enviasse ao Estado de São Paulo a quantidade de vacinas necessárias para completar a imunização de quem já tomou a 1ª dose.

A ação foi movida pelo governo paulista, que afirma ter sofrido com um corte de 228 mil doses da Pfizer, que seriam enviadas pelo Ministério da Saúde. O Estado alega que a mudança foi feita de forma ‘imediata e descabida’.

O Ministério da Saúde nega que a alteração do critério de distribuição das vacinas tenha representado prejuízo para o Estado.

VACINADOS

Segundo o Ministério da Saúde, até essa 2ª feira (13.set), já foram distribuídas mais de 250 milhões de doses de vacina conta a covid-19. Dessas, mais de 210 milhões já foram aplicadas, sendo que 86,1% da população adulta do país recebeu a 1ª dose e 45,5% tem a imunização completa.

São Paulo está bem acima da média nacional da quantidade de adultos vacinados. No Estado, 97,2% da população adulta recebeu pelo menos uma dose de imunizante anticovid e 59,9% tem o esquema vacinal completo. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Saúde de São Paulo nesta 3ª (14.set).

Fonte: Poder 360

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/vacinacao-e-imprescindivel-para-a-retomada-da-economia-diz-ministro/

Terceira dose não é necessária por enquanto, afirma estudo

0

Um estudo de revisão elaborado por uma equipe internacional de cientistas e publicado nesta segunda (13) no jornal científico The Lancet afirma que terceira dose de reforço da vacina covid-19 não são necessárias para o público em geral neste momento.

De acordo com a emissora americana CNBC, a pesquisa, que contou com a presença de funcionários da Food and Drug Administration dos EUA (espécie de Anvisa) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), corrobora com a informação de que a maioria das vacinas contra o novo coronavírus permanecem eficazes para evitar sintomas graves e hospitalização causadas inclusive pela temida variante Delta.

Embora a eficácia do imunizante para evitar a infecção leve possa diminuir com o tempo, a proteção contra casos graves pode persistir, afirmam os cientistas no novo estudo.

‘As evidências atuais não parecem mostrar uma necessidade de reforço na população em geral, já que a eficácia contra casos graves permanece alta. A ampla distribuição de reforços não é apropriada neste estágio da pandemia’, comentam os pesquisadores, citados pela CNBC.

Eles reconhecem que as vacinas de reforço podem eventualmente ser necessárias se a imunidade induzida pelos imunizantes diminuir ainda mais ou uma nova e potente variante surgir.

O estudo alerta que aplicar terceira dose antes do necessário pode ser perigoso porque, além dos efeitos colaterais já conhecidos, pode causar uma rara inflamação do coração conhecida como miocardite, especialmente nas vacinas de RNAm.

Segundo a emissora, a Food and Drug Administration citou em agosto três estudos que mostraram que a proteção gerada pelas vacinas contra covid-19 diminuiu após vários meses. O plano da entidade prevê uma terceira dose após oito meses da segunda aplicação dos imunizantes Pfizer e Moderna (os principais autorizados nos EUA).

Porém, essa decisão, conforme a CNBC, foi criticada por cientistas e especialistas em saúde, que disseram que os dados citados pela entidade americana não eram convincentes e o impulso do governo por doses de reforço seria prematuro.

No estudo recém-publicado no The Lancet, os pesquisadores reconhecem que a terceira dose da vacina pode ser apropriada para alguns indivíduos, como os que possuem sistema imunológico enfraquecido e que não produziram uma resposta adequada após receberem as duas doses. É o caso de pacientes com câncer, portadores do vírus HIV e pessoas que receberam transplantes de órgãos.

Fonte: Isto é Dinheiro Online

Após Anvisa recusar documento da China, Butantan diz que vai mostrar resultado de inspeção feita na fábrica na última semana

0

O Instituto Butantan informou nesta segunda-feira (13), em nota, que pediu uma reunião com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para apresentar resultados de uma inspeção remota feita na fábrica da empresa chinesa Sinovac na semana passada e, assim, tirar as dúvidas que a agência tem sobre os 25 lotes da vacina CoronaVac interditados provisoriamente.

O instituto também afirmou lamentar que os documentos enviados pelo órgão sanitário chinês sobre os lotes da vacina contra a Covid-19 retidos em 4 de setembro não tenham sido aceitos pela Anvisa em reunião no sábado (11).

Ao todo, foram interditadas 12,1 milhões de doses que foram produzidas pela Sinovac na China, em uma fábrica não inspecionada e aprovada pela Anvisa. Desse total, o estado de São Paulo já aplicou 4 milhões de doses.

Siga nosso Instagram: https://www.instagram.com/panoramafarmaceutico/

Leia a íntegra da nota:

“O Instituto Butantan lamenta que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não tenha aceitado os documentos disponibilizados pelo órgão sanitário chinês, em reunião realizada no último sábado (11) para, assim, liberar os lotes da vacina CoronaVac retidos desde o último dia 4 de setembro.

Voluntariamente, o instituto solicitou nova reunião com a Anvisa para apresentar o resultado da inspeção remota, realizada no sítio fabril da biofarmacêutica chinesa Sinovac durante a última semana.

O imunizante, que já foi aplicado 1,2 bilhão de vezes no mundo, foi produzido no mesmo parque fabril da Sinovac que, neste momento, atende a própria China e Indonésia.

Vale ressaltar que todos os lotes da vacina CoronaVac passaram por rigoroso controle de qualidade do Instituto Butantan e foram certificadas pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade (INCQS), órgão da Fiocruz do Governo Federal, responsável pela avaliação da qualidade de todos os imunizantes distribuídos no Brasil, e pelo próprio departamento de qualidade da biofarmacêutica chinesa Sinovac. As vacinas foram validadas e, portanto, tiveram a qualidade garantida e atestada para a utilização na população. Só no Estado de São Paulo, por exemplo, quatro milhões de doses foram aplicadas sem qualquer registro de intercorrência.

O Butantan é o maior produtor de vacinas do Brasil, com parcerias com multinacionais como GSk (Reino Unido), Sanofi e Valneva (França), LG (Coreia do Sul), Univercells (Bélgica), Bravovax e Sinovac (China) e MSD (Estados Unidos). Mantém, ainda, relacionamento e trocas constantes com organizações internacionais como OMS, DCVMN, Path, entre outras.

O corpo técnico do instituto, reconhecido internacionalmente por sua seriedade, não atuaria, em hipótese alguma, para burlar qualquer rito sanitário. Por tudo isso, o time de profissionais do Butantan tem convicção da qualidade e da eficácia do produto, interditado por medida cautelar da Anvisa.”

Histórico

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou na quarta-feira (8) que os documentos apresentados pelo Instituto Butantan até o momento são insuficientes para esclarecer as dúvidas sobre os 25 lotes da vacina CoronaVac interditados. A decisão da Anvisa ocorreu no sábado (4) após a agência dizer não conhecer ou ter inspecionado a planta onde houve o envase da vacina.

Segundo a Anvisa, os “documentos apresentados pelo Butantan não respondem às incertezas sobre o novo local de fabricação” da CoronaVac.

“O Instituto Butantan não apresentou o relatório de inspeção emitido pela autoridade sanitária, essencial para avaliação das condições de aprovação da planta, que podem incluir compromissos e condicionais para permitir a operação no local”, disse em nota a agência.

“O Instituto Butantan não apresentou o relatório de inspeção emitido pela autoridade sanitária, essencial para avaliação das condições de aprovação da planta, que podem incluir compromissos e condicionais para permitir a operação no local”, disse em nota a agência.

“A análise de risco apresentada pelo Instituto Butantan não foi considerada suficiente para garantir a segurança do processo fabril no novo local. Tal análise não substitui uma inspeção de autoridade sanitária ou o relatório de inspeção sanitária. Somente as autoridades sanitárias possuem competência para atestar as BPFs (Boas Práticas de Fabricação) de um local de fabricação”, informou a Anvisa.

“Cabe ao Butantan apresentar a documentação faltante, incluindo o relatório de inspeção emitido por autoridade sanitária para subsidiar a análise da Anvisa ou viabilizar a realização de inspeção presencial pela própria Anvisa“, informou a agência, que salientou já ter acionado o Ministério de Relações Exteriores para buscar contato com as autoridades chinesas sobre o caso.

Em nota, o Butantan reiterou que não possui os documentos solicitados pela Anvisa.

“O órgão sanitário chinês (NMPA) não concede o relatório de inspeção diretamente ao instituto por questões internas, motivo pelo qual o Butantan solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que peça o documento junto ao órgão. O relatório já possui aprovação da planta pela autoridade sanitária local que mostram que a linha de envase tem plenas condições de operação”, disse o Butantan.

“O órgão sanitário chinês (NMPA) não concede o relatório de inspeção diretamente ao instituto por questões internas, motivo pelo qual o Butantan solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que peça o documento junto ao órgão. O relatório já possui aprovação da planta pela autoridade sanitária local que mostram que a linha de envase tem plenas condições de operação”, disse o Butantan.

O instituto salientou que o lote de imunizantes que está sob embargo da Anvisa “é proveniente do sítio fabril da biofarmacêutica chinesa Sinovac, parceira do Butantan e que possui todas as credenciais sanitárias internacionais necessárias para a fabricação da CoronaVac”.

Força-tarefa para desbloquear as doses

O Butantan disse ter criado “uma força tarefa para atender todas as demandas e esclarecer dúvidas” da Anvisa.

“Todas as questões solicitadas pela Agência serão atendidas pelo Instituto, com a celeridade que a situação exige. Vale ressaltar que antes da distribuição para a população, as 4 milhões de doses disponibilizadas na rede de saúde estadual passaram por rigoroso controle de qualidade e foram certificadas pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade (INCQS), órgão da Fiocruz do Governo Federal, responsável pela avaliação da qualidade de todos os imunizantes distribuídos no Brasil. As vacinas foram validadas e, portanto, tiveram a qualidade garantida para a utilização na população”, defende o Butanta.

Na segunda-feira (6), o Ministério da Saúde anunciou o bloqueio no sistema das doses sob investigação e declarou ainda que as vacinas interditadas que já foram distribuídas ou aplicadas “estão sendo rastreadas pelas equipes técnicas responsáveis e serão monitoradas e controladas até a decisão final da Anvisa“.

Além disso, a pasta orientou que as autoridades de saúde registrem as doses administradas nos sistemas de informação do SUS.

As Secretarias de Saúde de pelo menos 13 estados e do Distrito Federal confirmaram que receberam vacinas desses lotes e que estão entrando em contato com os municípios para suspender a aplicação a partir da orientação.

Quatro desses estados (Rio Grande do Norte, Paraíba, Rio de Janeiro e São Paulo) confirmaram que já aplicaram na população parte das doses recebidas desses lotes.

Suspensão de lotes

De acordo com o diretor da Anvisa, Antônio Barra Torres, os estados e municípios não devem usar as vacinas desses lotes. Além disso, quem recebeu doses que foram alvo da suspensão deverá ser acompanhado pelas autoridades de saúde, disse o diretor da Anvisa no sábado.

“A primeira providência é não usar. Aquelas [doses] que eventualmente já tenham sido utilizadas, as pessoas que já tenham sido vacinadas, essas pessoas serão monitoradas”, disse Barra Torres em entrevista à GloboNews.

“A primeira providência é não usar. Aquelas [doses] que eventualmente já tenham sido utilizadas, as pessoas que já tenham sido vacinadas, essas pessoas serão monitoradas”, disse Barra Torres em entrevista à GloboNews.

O porta-voz da Anvisa disse ainda que, além do monitoramento feito pelo Ministério da Saúde, haverá um acompanhamento por parte da própria agência.

“Existe a monitorização feita pelo próprio Ministério da Saúde, existe a monitorização feita pela Anvisa, e pelas vigilâncias locais. Então são pessoas que serão observadas e, obviamente, qualquer necessidade de ajuste vacinal para o futuro, ele será feito”, disse Barra Torres.

Butantan atesta qualidade

Segundo a chefe de assuntos regulatórios e de qualidade do Instituto Butantan, as vacinas envasadas em fábrica não certificada não oferecem riscos à população. Ela ressaltou ainda que essas doses passaram pelo processo de controle de qualidade do Butantan.

“Todos esses lotes que vêm da China, que vêm da Sinovac pro Butantan, eles são analisados pelo nosso time de qualidade, não só documentalmente, mas, também, a gente analisa o produto, e a gente não teve nenhum indício de problema de qualidade”, explicou Patrícia Meneguello, do Butantan.

A suspensão das doses produzidas na fábrica não certificada tem o prazo de 90 dias. Durante esse período, a Anvisa vai trabalhar na avaliação das condições de boas práticas de fabricação da unidade não inspecionada para saber se a qualidade, a segurança e a eficácia da vacina estão comprometidas, e qual o impacto para a população vacinada com essas doses.

“Não cabia outra decisão a não ser promover a interdição cautelar. Interdição cautelar é preventiva de qualquer eventual problema. Nesse meio tempo, uma vez instalada a interdição, prosseguem as tratativas, os diálogos com o instituto para que os documentos necessários sejam apresentados”, disse Barra Torres.

Em nota, o Instituto Butantan disse que “a medida da Anvisa não deve causar alarmismo”, declarou que foi o próprio instituto que alertou a Anvisa por “extrema precaução” e que “convida a cúpula da Anvisa para voltar a conhecer as instalações das fábricas da Sinovac” na China.

“Todos os lotes liberados pelo instituto estão de posse do Ministério da Saúde, como firmado em contrato. Reafirmamos, no entanto, que todas as doses que saíram da unidade fabril estão atestadas pelo rigoroso controle de qualidade do Butantan”, disse o instituto em nota.

“Todos os lotes liberados pelo instituto estão de posse do Ministério da Saúde, como firmado em contrato. Reafirmamos, no entanto, que todas as doses que saíram da unidade fabril estão atestadas pelo rigoroso controle de qualidade do Butantan”, disse o instituto em nota.

O Instituto disse ainda que encaminhou à Anvisa, há 15 dias, a documentação necessária para a certificação do processo de produção em que foram feitas as doses agora banidas.

Reunião

Em reunião realizada nesta segunda-feira (6) com a Anvisa, o Instituto Butantan apresentou uma análise dos lotes bloqueados. “O objetivo era subsidiar a liberação dos lotes o mais rapidamente possível, considerando a urgência dentro do contexto pandêmico. Apesar do instituto ter concluído que não há indícios de desvios que possam oferecer riscos de qualidade e segurança, a documentação não foi aceita pelo órgão regulatório”, diz nota do Butantan.

“Um dos documentos solicitados pela Anvisa, para excepcionalidade de uso dos lotes da vacina, é o relatório de inspeção da autoridade sanitária chinesa (NMPA) que, por questões internas do órgão internacional, não podem ser disponibilizadas diretamente ao instituto. Por isso, o Butantan solicitou que a Anvisa requisite diretamente o documento ao NMPA.

O Butantan enviará, ainda hoje, os relatórios de não conformidade detectados durante a inspeção do órgão regulatório sanitário chinês na nova linha de envase. Além disso, o documento com o plano de ação para ajustar essas não conformidades está em tradução e será entregue até o final dessa semana à Anvisa. Vale reiterar que a fábrica chinesa tem certificação que segue boas práticas internacionais, a GMP.

Voluntariamente, o IB enviará uma análise de risco dos lotes já distribuídos ao PNI. Vale ressaltar que a CoronaVac é um imunizante seguro à disposição da população brasileira e todos os lotes do imunizante foram atestados pelo rigoroso controle de qualidade do instituto.

O Butantan reforça que, neste momento, é importante reunir esforços para que a avaliação de risco x benefício dos lotes bloqueados seja feita o mais breve possível, tendo sempre em vista o compromisso com a saúde pública”, diz nota.

Fonte: G1.Globo

Melhor vacinar a todos que aplicar dose extra, dizem cientistas

0

Uma revisão de dados publicados até o momento, feita por um grupo de cientistas internacionais e publicada na renomada revista científica de medicina The Lancet, afirma que doses de reforço das vacinas contra a covid-19 não são necessárias no momento.

Veja também: UFPR lança campanha de doações para desenvolver vacina contra a covid-19

Os cientistas incluem dois oficiais sênior da FDA (agência que equivale à Anvisa nos EUA), além de outros pesquisadores, e afirmam que os imunizantes atualmente aprovados, de acordo com os dados, permanecem altamente efetivos contra casos graves da doença e hospitalização, inclusive quando causadas pela variante Delta.

Siga nosso Instagram

De acordo com os cientistas, embora a efetividade das vacinas caia com o tempo, a proteção contra casos graves de covid-19 ainda persiste e é preciso considerar o suprimento de vacinas, garantindo imunidade para mais pessoas, antes de reforçar as que já têm o esquema vacinal completo.

“Escrutínio cuidadoso e público da evolução dos dados será necessário para garantir que decisões sobre novas doses sejam informadas por ciência confiável mais do que por política. Mesmo que o reforço venha, eventualmente, mostrar declínio no risco de contrair um caso grave da doença no longo prazo, os suprimentos de vacina atuais poderiam salvar mais vidas se usados em pessoas ainda não vacinadas”, disseram os autores.

Os autores do estudo, no entanto, afirmam que o reforço seria apropriado para casos específicos, como indivíduos cuja vacinação inicial não tenha induzido proteção adequada, como vacinas de eficácia menor ou mesmo pessoas com sistema imunológico comprometido.

Embora haja ampla oferta de doses das vacinas contra a covid-19, apenas 53,3% dos americanos estão imunizados com duas doses e o sentimento anti-vacina encontra eco na sociedade americana, com estados que chegam a menos de 40% da população imunizada.

“As vacinas atuais são seguras, efetivas e salvam vidas. O suprimento limitado dessas vacinas vai salvar mais vidas se estiver disponível para pessoas que estejam em risco de doença grave e ainda não receberam qualquer imunização”, afirmaram os autores.

O texto é publicado em meio a uma nova etapa do combate à pandemia nos EUA. Na semana passada, o presidente Joe Biden havia anunciado medidas de vacinação para empresas e funcionários públicos federais. O governo também esperava começar em uma semana a administrar um reforço para quem já se vacinou nos Estados Unidos.

Um grupo conselheiro da FDA deve se reunir na sexta-feira, 17, para discutir os dados disponíveis e definir se uma estratégia de reforço é adequada para o país.

Fonte: Exame

Canabidiol será testado para síndrome pós-covid

0

Depositphotos 310854732 s 2019

Cientistas brasileiros preparam o primeiro estudo de fase 3 (com testes em seres humanos) sobre os efeitos do canabidiol (CBD) medicinal no tratamento da síndrome pós-covid-19, que corre quando alguns sintomas persistem 60 dias ou mais após o início da doença. As informações são do Estadão.

Segundo a reportagem, especialistas acreditam que o CDB, um dos princípios ativos da Cannabis sativa (maconha), seja eficaz na redução de problemas relatados pelos pacientes. Eles incluem fadiga, fraqueza muscular, insônia, dores de cabeça e problemas psiquiátricos, como depressão e ansiedade.

Parte desses sintomas persistentes decorre de uma resposta imunológica exagerada do organismo ao vírus. Essa reação, por sua vez, leva ao desequilíbrio da produção de proteínas do sistema imunológico, as citoquinas. O CBD já tem eficácia comprovada contra quadros inflamatórios graves. A ideia é recrutar cerca de mil voluntários para o estudo, previsto para começar em outubro deste ano.

De acordo com Edimar Bocchi, cardiologista do Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da USP, que coordenará a nova pesquisa em parceria com a empresa canadense Verdemed, produtora do CBD medicinal, estudos internacionais já demonstraram o efeito anti-inflamatório do CBD, que pode ajudar a controlar essa ‘tempestade de citoquinas.

A Verdemed já protocolou na Anvisa pedido de registro do produto. Quer vendê-lo no Brasil. A empresa espera conseguir a liberação para o início de 2022. Depois de um longo período de pandemia, ainda bastante intensa em algumas partes do mundo, a pós-covid, atualmente, representa também um grande desafio para os médicos.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


Cadastre-se para receber os conteúdos também no WhatsApp  e no Telegram

Jornalismo de qualidade e independente
Panorama Farmacêutico tem o compromisso de disseminar notícias de relevância e credibilidade. Nossos conteúdos são abertos a todos mediante um cadastro gratuito, porque entendemos que a atualização de conhecimentos é uma necessidade de todos os profissionais ligados ao setor. Praticamos um jornalismo independente e nossas receitas são originárias, única e exclusivamente, do apoio dos anunciantes e parceiros. Obrigado por nos prestigiar!

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/hilab-fideliza-farmacia-com-tecnologia-e-laudos/