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Medicamentos de especialidades faturam R$ 69 bilhões no Brasil

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Medicamentos de especialidades

Os medicamentos de especialidades movimentaram mais de R$ 69 bilhões no mercado farmacêutico em todo o ano passado, o que equivale a um expressivo crescimento de 29%. É o que aponta um estudo da consultoria Close-Up International.

Apesar de ainda deter a maior concentração em compra de unidades, com 65% do volume, o poder público representa apenas 47% do faturamento total. A iniciativa privada, por meio de pagadores institucionais como planos de saúde, e o próprio paciente arcando com os custos respondem por 53%.

Os medicamentos antineoplásicos são a maior classe terapêutica, com 30% no público e 70% na esfera particular, um total de R$ 8,6 bilhões em vendas. Essa categoria também figura entre as três que mais avançaram no período. A evolução de 26,7% em valores só não foi superior à dos antivirais sistêmicos (51,3%) e dos imunossupressores (33,4%).

As principais classes terapêuticas dos medicamentos de especialidades

Ranking

Classes terapêuticas Público Privado R$ bi

1

Antineoplásicos 30% 70%

8,6

2

Imunossupressores 70% 30% 3,4

3

Vacinas 72% 28% 3,2

4

Bacterianos sistêmicos

26%

74%

2,9

5

Antivirais p/ uso sistêmico 98% 2% 1,9

6

Hormônio terap. citostáticas

20%

80%

1,5

7 Soluções intravenosas 29% 71%

1,2

8

Ag. sist. p/ infusões fúngicas 23% 77%

1

9

Trombolíticos 36% 64%

1

10

Anestésicos 23% 77%

0,8

11

Outros hormônios 98% 2%

0,7

12

A inflam/ reumat. 47% 53%

0,7

13

Antiácido 17% 83%

0,7

14 Fármacos para diabetes 92% 8%

0,7

15 Nutrientes em geral 38% 62%

0,6

Judicialização

As ações judiciais movidas por pacientes e associações vêm exercendo crescente relevância para a comercialização dos medicamentos de especialidades. Em 98% dos casos o parecer foi favorável. “A judicialização está associada ao fato de que existem muito fármacos indisponíveis em todas as esferas de atenção em saúde. É um gargalo de produção e também de acesso”, avalia Paulo Paiva, vice-presidente Latam da Close-Up International.

Em 63% dos casos, a liminar foi concedida em até cinco dias da entrada do processo. Em 52% das ações, o juiz fixou prazo de 72 horas. E 92% das decisões judiciais impuseram multas diárias que variam de R$ 500 a R$ 10 mil.

Oncologia como área terapêutica potencial

Os medicamentos de especialidades da área de oncologia despontam como os mais concorridos em relação ao número de pacientes, o que requer crescentes desafios para romper a barreira de acesso. Estima-se que 346 mil brasileiros estão em tratamento quimioterápico ou se submetendo a terapias-alvo. Os tumores de mama (177 mil pacientes), colorretal (77 mil) e próstata (40 mil) estão entre os mais comuns.

Medicamentos potenciais

Ainda segundo o estudo, um dos medicamentos com maior potencial de vendas é o Adalimumabe, que pode beneficiar 185 mil pacientes com artrite reumatoide, artrite psoriática, espondilite anquilosante, psoríase, artrite idiopática juvenil, doença de Crohn e retocolite ulcerativa. Já o Vedolizumabe pode atingir diretamente 26 mil pacientes, sendo indicado para doença de Crohn e retocolite ulcerativa.

“Para definir o canal de investimento e comunicação, a indústria tem que analisar o Vedolizumabe sob a ótica dos 26 mil pacientes e não dentro dos 185 mil que integram o mercado de imunologia. Isso porque o medicamento não apresenta indicação para todas as outras doenças que o Adalimumabe contempla. Essa é a dinâmica necessária para estudar o mercado de especialidades”, explica Paiva.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

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