O Instituto Butantan já está pronto para produzir vacinas contra a covid, adaptadas com as novas cepas do SarsCov-2. Os imunizantes foram desenvolvidos pela farmacêutica SinoVac, testados na China e estão em teste no Chile. Segundo reportagem do G1, vacinas bivalentes e trivalentes da CoronaVac já demonstraram resultados superiores aos da original, entretanto, não há sinalização de interesse por parte do atual governo.
Na entrevista, o presidente do Butantan, médico e professor na Universidade de São Paulo (USP), Dimas Covas, afirmou que só vai iniciar os estudos e entrar com o processo na Anvisa, pedindo autorização para uso emergencial do novo imunizante, se o Ministério da Saúde demonstrar interesse em comprar a CoronaVac.
Vacinas contra a covid: bivalente e trivalente
Uma atualização é bivalente, incluindo as cepas BA1 e BA5, e, existe também uma vacina trivalente, constituída pela variante original; a variante Delta, e a subvariante BA5, da Ômicron. Os estudos com as vacinas bivalentes e trivalentes, na China, começaram há cerca de seis meses. E, em breve, sairão os resultados da trivalente no Chile.
O Instituto Butantan afirma que os estudos no Brasil já estão sendo planejados e, ainda que sem sinalização do Ministério da Saúde, a expectativa é que as vacinas adaptadas da CoronaVac cheguem ao país no primeiro trimestre de 2023.
O planejamento do Butantan é iniciar os estudos, ainda sem prazo, no município de Serrana, no interior paulista, onde já foi realizado o Projeto S, que demonstrou 80,5% de eficácia contra casos de Covid-19 e de 94,9% contra mortes. A cidade tem cerca de 40 mil habitantes e todos os moradores foram vacinados com o esquema primário.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico