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Transplantados têm dificuldade para conseguir medicamentos

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Pacientes que realizaram transplante de fígado em Alagoas dizem estar enfrentando dificuldades para receber medicamentos imunossupressores da farmácia do governo do Estado.

Alguns deles relatam que chegam a ficar até quatro meses sem acesso aos remédios, importantes para evitar que o corpo rejeite o órgão recebido.

Em nota, a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) disse que os imunossupressores Ciclosporina, Tracolimos e Micofenolato de Sódio são comprados pelo Ministério da Saúde e distribuídos às Farmácias de Medicamentos Excepcionais dos estados, e que apenas o Micofenolato está em falta no estoque do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, mas que o processo de compra está em fase de conclusão.

A aposentada Ruteneide Andrade, 57, passou por transplante há 5 meses e já está sem os medicamentos, principalmente o Tracolimos. Cada caixa dele, com 100 comprimidos, custa R$ 1.052, e os pacientes tomam, em média, 8 comprimidos por dia.

“Me deram a vida e agora passo por essa situação. Eu estou muito triste, vendo minha vida ser interrompida. Não tenho condições de comprar os remédios”, relata Ruteneide.

A situação é semelhante à enfrentada por Jorge Porto. O funcionário público é transplantado há 22 anos, e conta que desde o ano passado vem encontrando problemas para receber os imunossupressores.
“É uma luta tremenda pra você chegar no transplante e ter essa sobrevida há 22 anos. De repente, por irresponsabilidade ou falta de planejamento, posso perder minha vida. Ela está nas mãos das pessoas que estão à frente desse programa. Esse comprimido é a nossa vida”, conta Porto.

Para tentar reverter a situação e facilitar a vida dessas pessoas, uma comissão de transplantados vai se reunir com representantes da Sesau na terça (21).

Temos que tomar esses medicamentos, senão é a morte. Há uma preocupação grande com isso. A gente sofreu muito”, afirma José Milson, presidente da Associação de Apoio aos Transplantados do Fígado de Alagoas.

Pacientes deveriam conseguir medicamentos no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), antiga Farmex (Foto: Derek Gustavo/G1)

Fonte: G1

 

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