São Paulo anuncia rede com 93 hospitais para combate à varíola dos macacos

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varíola dos macacosO governo do estado de São Paulo anunciou nesta quinta-feira, 4, a criação da Rede Emílio Ribas de Combate à Monkeypox, doença mais conhecida como varíola dos macacos, para execução de um plano de enfrentamento à zoonose viral com a participação de 93 hospitais estaduais e maternidades que serão referência e retaguarda para episódios mais graves. A rede também terá ações para ampliar o diagnóstico e a vigilância genômica.

‘O objetivo central é somar esforços e integrar as instituições e centros de excelência para promover ações estratégicas de prevenção e cuidado, levando em consideração o aprendizado diante dos últimos enfrentamentos de endemias e pandemias’, afirmou David Uip, secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde de São Paulo.

Para o acompanhamento da circulação da doença no estado, o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) e do Instituto Adolfo Lutz vão encabeçar o trabalho de vigilância laboratorial e genômica do vírus. Laboratórios do estado serão credenciados para a realizar os exames de PCR em Tempo Real e RT-PCR e farão parte de um grupo composto pelo Instituto Butantan e laboratórios universitários e privados.

O CVE implementou um serviço 0800 com médicos disponíveis por 24 horas para orientar e tirar dúvidas de profissionais de saúde das redes pública e particular sobre diagnóstico e manejo dos pacientes infectados.

Uma sala de situação denominada Centro de Controle e Integração (CCI) também foi ativada. ‘O grupo terá a missão de assessorar as ações do governo de São Paulo no enfrentamento do surto de monkeypox, estudar e projetar os cenários epidemiológicos, propor medidas e identificar oportunidades para o desenvolvimento de vacinas e prospecção de tratamentos eficazes para combater a doença’, informou, em nota, a Secretaria de Estado da Saúde.

Monkeypox

Em 29 de julho, o Ministério da Saúde confirmou a primeira morte pela doença no Brasil. O paciente, de 41 anos, era do sexo masculino e imunossuprimido. Ele era diagnosticado com linfoma e morreu em Belo Horizonte (BH).

No mesmo dia, a pasta ativou o Centro de Operação de Emergências (COE) para elaborar o Plano de Contingência do surto. Com a ativação do COE, o ministério vai elaborar estratégias para combater a doença com representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS), Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) e do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fiocruz. A pasta anunciou que as primeiras doses da vacina contra a doença podem chegar ao país em setembro.

A varíola dos macacos foi considerada uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (PHEIC, na sigla em inglês) pela OMS e contabiliza mais de 26 mil casos no mundo, de acordo com a plataforma Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford.

Descoberta em 1958, a monkeypox (varíola dos macacos) recebeu esse nome por ter sido observada pela primeira vez em primatas utilizados em pesquisa. Ela circula principalmente entre roedores, e humanos podem se infectar com o consumo da carne, contato com animais mortos ou ferimentos causados por eles.

Entre os sintomas, estão: febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. A erupção cutânea começa geralmente no rosto e, depois, se espalha para outras partes do corpo, principalmente as mãos e os pés. Antes do surto, a doença era considerada endêmica em países da África central e ocidental, como República Democrática do Congo e Nigéria.

Análises preliminares sobre os primeiros casos do surto na Europa e na América do Norte demonstraram que o vírus foi detectado por serviços de cuidados primários ou de saúde sexual e os principais pacientes eram homens que fazem sexo com homens. No entanto, a OMS já alertou que esta não é uma doença que afeta grupos específicos e que qualquer pessoa pode contraí-la se tiver contato próximo com alguém infectado.

Fonte: Veja Online

Nos 150 anos do nascimento de Oswaldo Cruz, Brasil enfrenta desafios em saúde pública

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No dia 5 de agosto de 1872, nascia na cidade de São Luís do Paraitinga, na região do Vale do Paraíba, no estado de São Paulo, Oswaldo Gonçalves Cruz. Filho do médico Bento Gonçalves Cruz e de Amália Taborda de Bulhões, primos e nascidos no Rio de Janeiro.

Peste bubônica, varíola e febre amarela. Estes foram apenas alguns dos diversos desafios em saúde pública enfrentados no início do século 20 no país, que marcaram a trajetória de um dos mais conhecidos cientistas brasileiros.

Em 1903, foi nomeado diretor-geral de Saúde Pública, cargo semelhante ao de atual ministro da Saúde. No governo do presidente Rodrigues Alves (1902 a 1906), Oswaldo Cruz se comprometeu a erradicar a febre amarela do Rio de Janeiro, então capital do país, num prazo de três anos. Para isso, ele acreditava que o controle do mosquito transmissor era fundamental.

A peste bubônica era um problema sanitário especialmente preocupante em navios e portos. Para combater a doença, soro e vacina estavam disponíveis, além da profilaxia baseada no controle de roedores.

O combate à varíola, doença que teve importante crescimento em 1904, também era pautado na imunização. No mesmo ano, a instituição da vacinação obrigatória – depois revogada – motivou a chamada Revolta da Vacina.

Oswaldo Cruz dividiu a cidade do Rio de Janeiro em distritos sanitários, que seriam acompanhados por profissionais da Diretoria de Saúde. Foi criado o Serviço de Profilaxia Específica da Febre Amarela e teve início a produção de folhetos educativos e a publicação dos ‘Conselhos ao Povo’ nos jornais.

O prefeito Pereira Passos, que projetava a remodelação urbana da então capital federal, baixou leis que previam a remoção de famílias pobres, política que ficou popularmente conhecida como ‘bota abaixo’. A lei de saneamento era conhecida como ‘Código das Torturas’.

Algumas medidas autorizavam, por exemplo, a entrada forçada de agentes conhecidos como mata-mosquitos em casas para esvaziar depósitos de água que serviam de criadouro para mosquitos transmissores da febre amarela.

Outras ações incluíam a intimação para impermeabilização de solos de residências para evitar a propagação de ratos e pulgas, como parte das ações contra a peste bubônica. Alimentos eram fiscalizados e foi instituída a notificação compulsória de casos das doenças.

‘Ele foi uma pessoa que teve muita influência política, que usou em prol da saúde pública, mas desprezando questões relativas à desigualdade social’, avalia o sanitarista Gonzalo Vecina, professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) e ex-diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A figura de Oswaldo Cruz sintetizava um acúmulo de insatisfações sobre o conjunto de mudanças que aconteciam na época, sendo alvo de reações populares, na imprensa e no Congresso. No entanto, o resultado das medidas foi o controle da peste bubônica, varíola e febre amarela no Rio de Janeiro.

Os êxitos foram apresentados em um importante congresso em Berlim, na Alemanha, em 1907, um ponto de virada que mudou a percepção pública do cientista.

Desafios do Brasil atual

Se no início do século 20 o país enfrentava três doenças de grande impacto em saúde pública, o Brasil de 2022 não parece ser tão diferente. Covid-19, varíola dos macacos (Monkeypox) e a dengue são apenas algumas das doenças que afetam os brasileiros e aumentam a pressão sobre os sistemas de saúde.

‘Os problemas de saúde pública vão acompanhar as características da sociedade de cada momento, como modo com o qual lidamos com o meio ambiente, com as questões do clima, com o aquecimento global, por exemplo. Eles acontecem em função do que o ser humano está fazendo com o planeta’, afirma Tania Araújo-Jorge, diretora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

O sanitarista Gonzalo Vecina avalia que o negacionismo e falhas na comunicação por gestores e autoridades em saúde têm impactado negativamente no combate às doenças.

‘Por um lado, temos desenvolvido armas muito importantes, como as vacinas, mas há um movimento negacionista e antivacina que deixaria Oswaldo Cruz bastante preocupado’, diz Vecina.

Para o sanitarista, o ponto-chave para que as fake news ganhem tamanho espaço nas redes sociais está na construção bem elaborada das notícias falsas, utilizando elementos que mesclam informações verdadeiras e mentirosas.

‘Em relação à vacinação, o que eu acho que nós temos hoje é falta de capacidade de convocação. A cobertura vacinal caiu, mas não pelo negacionismo e sim pela falta de capacidade de chamar as pessoas para a vacinação’, afirma Vecina.

Agravos como dengue, leishmanioses, hanseníase, raiva, parasitoses e doença de Chagas são consideradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como doenças negligenciadas.

Segundo a definição da OMS, doenças desse tipo são consideradas endêmicas em populações de baixa renda e contribuem para a manutenção de situações de desigualdade no mundo. Além disso, o baixo investimento em pesquisas científicas por grandes empresas e farmacêuticas amplia as lacunas no diagnóstico e no tratamento.

‘A desigualdade social é o caminho que faz com que essas doenças todas tenham muito sucesso. Como se combate a malária, por exemplo? Com casas boas. Só vamos conseguir enfrentar as doenças negligenciadas de maneira adequada, em primeiro lugar com civilização, em segundo, com remédios melhores’, diz Vecina.

Desde a década de 1980, a dengue, causada pelo mosquito Aedes aegypti, provoca surtos e mortes no país. No primeiro semestre de 2022, o Brasil registrou mais que o dobro de mortes pela doença do que em todo o ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde.

Pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) afirmam que o combate ao vetor e a prevenção da dengue devem ser voltados para as determinações sociais, englobando características particulares do ambiente e comunidade onde estão inseridos os indivíduos.

O combate à doença ‘depende fundamentalmente de parcerias entre a população, as ações governamentais e a sociedade em geral, estabelecendo redes de mobilização social capazes de promover ações permanentes, intersetoriais, superando as dificuldades e limitações do modelo educativo pontual, verticalizado, com ações isoladas e episódicas, centradas em períodos de surtos e epidemias’, dizem os especialistas João Carlos de Oliveira e Gizele Martins Rodovalho, em comunicado.

Combate à dengue / Breno Esaki/Agência Saúde DF Gargalos na formação científica

O instituto que deu origem à Fundação Oswaldo Cruz teve como premissa a produção de soros e vacinas. No entanto, desde o início das atividades, a vocação da instituição foi marcada também pela pesquisa e pelo ensino.

‘O modelo institucional que o Oswaldo Cruz tinha em mente era o do Instituto Pasteur, que era uma instituição que, ao mesmo tempo em que tinha essa produção de soros e de vacinas, fazia pesquisas. Essa produção deles era fruto das pesquisas que faziam também’, conta a historiadora Ana Luce Girão, pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz).

Hoje, todas as unidades da Fiocruz desenvolvem programas de pós-graduação stricto sensu com cursos de doutorado, mestrado acadêmico ou profissional. Ao todo, são 32 programas inseridos em dez áreas de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

‘Oswaldo Cruz foi a semente do pensamento de que você precisa de ciência e de pesquisa para enfrentar os problemas de saúde pública, para poder olhar a essas questões e construir soluções e políticas públicas. Ele inspira e vai inspirar todas as gerações seguintes’, diz Tânia.

Em julho, institutos federais de ensino buscaram apoio de parlamentares para evitar um corte de R$ 200 milhões no próximo ano. O Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) estimou um corte de 12% no orçamento de 2023 pelo Ministério da Educação.

Já as universidades federais foram notificadas sobre um corte de 12% no orçamento. Segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), a expectativa é que as verbas destinadas para o custeio caiam para R$ 4,7 bilhões no próximo ano.

A dificuldade para ingressar e permanecer em cursos de pós-graduação no país leva a um fenômeno conhecido entre a comunidade acadêmica de ‘fuga de cérebros’, que é a busca por oportunidades de trabalho e pesquisa fora do Brasil.

‘Se essa geração que tem hoje entre 20 e 40 anos não é acolhida dentro do próprio país, que dirá a geração dos 6 aos 10 anos. Temos problemas que vão da formação dos professores de ciências até o estímulo à permanência no país. Mas como estimular se faltam concursos, se as bolsas de pós-graduação são totalmente defasadas? É um problema estrutural muito grande’, diz Tania, que também é pesquisadora do Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos do IOC.

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Oswaldo Cruz em Manguinhos, entre 1908 e 1909

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Imagens mostram Oswaldo Cruz com 1 e 12 anos de idade

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Lista de estudantes matriculados na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, constando o nome de Oswaldo Cruz

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Cadernos com relatos de orçamento e gastos da família, mantidos por Oswaldo Cruz

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Retratados pelo cientista, Bento e Elisa Oswaldo Cruz, seus filhos, junto à esposa Emília – a Miloca – durante a estadia em Paris

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Sede do Instituto Pasteur retratada por Oswaldo Cruz durante sua estadia em Paris

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Livreto datado de 1900 listando os serviços e exames oferecidos pelo Gabinete de Microscopia e Microbiologia Clínica

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Caderno de anotações sobre as atividades de combate à peste bubônica em Santos. A lista de pacientes tratados inclui o nome do ‘Dr. Vital Brazil’

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Oswaldo Cruz em 1901, aos 29 anos

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Documento de nomeação de Oswaldo Cruz para o cargo de diretor geral de Saúde Pública, assinado por J. J. Seabra

Início da Fiocruz

Durante a juventude, Oswaldo Cruz foi ajudante no laboratório de Benjamin Antônio da Rocha Faria. Quando o laboratório foi convertido em Instituto Nacional de Higiene, atuou como auxiliar do professor Rocha Faria, entre 1890 e 1893.

Formou-se em medicina em 1982 e começou um pequeno laboratório de análises clínicas no pavimento térreo de sua residência, como presente de casamento do sogro.

No final de 1899, a peste bubônica era uma doença emergente no país. Assim como os pesquisadores Adolpho Lutz e Vital Brazil, Oswaldo Cruz foi chamado a estudar a situação no porto de Santos, litoral de São Paulo, onde os casos despertavam atenção.

Os caminhos de Oswaldo Cruz e de Manguinhos, que abriga hoje a sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, se cruzaram em 1899.

A peste bubônica, que afetou inicialmente o porto de Santos, havia chegado também ao Rio de Janeiro. Por ordem do prefeito Cesario Alvim, o Instituto Vacínico Municipal passou a produzir o soro e a vacina para a doença.

As atividades estavam sob liderança do barão de Pedro Affonso, um cirurgião reconhecido na cidade que havia sido diretor do Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro.

Pouco depois, a prefeitura, alegando não poder arcar com os custos, transferiu a tarefa da produção para a esfera federal. A atividade seria realizada no novo Instituto Soroterápico Federal, oficialmente criado em maio de 1900 de forma subordinada à Diretoria-Geral de Saúde Pública, no âmbito do Ministério da Justiça e Negócios Interiores.

Em 1900, Oswaldo Cruz assumiu a direção técnica do instituto recém-criado e passa a chefiar o serviço do laboratório de anatomia, patologia, química, biologia e bacteriologia da Policlínica Geral do Rio de Janeiro.

Em 1902, o barão de Pedro Affonso solicitou exoneração e Oswaldo Cruz assumiu a direção geral do Instituto Soroterápico Federal. No ano seguinte, foi nomeado diretor-geral de Saúde Pública. As ações de combate à peste bubônica, varíola e febre amarela renderam a Oswaldo Cruz o reconhecimento internacional.

O Instituto Soroterápico Federal, que teve o nome modificado em 1907 para Instituto de Patologia Experimental, passa a se chamar Instituto Oswaldo Cruz.

Fonte: CNN

Marmita é companheira de 65% dos trabalhadores brasileiros; desde 2020, vale-refeição dura apenas 13 dias

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Com refeição custando em média R$ 40,64, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), a marmita se consolida como companheira de mais da metade dos trabalhadores brasileiros.

Segundo pesquisa da Sodexo Benefícios e Incentivos, realizada com 3.931 pessoas em todo país entre os dias entre os dias 13 e 15 de julho, 65% delas costumam levar a quentinha para o trabalho.

Além da companhia, o marmitex passa a ser também o principal aliado daqueles que precisam economizar para manter o orçamento em dia.

“Vivemos em um cenário inflacionário muito desafiador que atinge diretamente o setor de alimentos e, consequentemente, o bolso do trabalhador brasileiro que precisa separar nove dias do orçamento para as refeições. Isso porque o crédito do benefício do vale-refeição passou de uma durabilidade de 18 dias em 2019 para o de apenas 13 dias desde 2020 – efeito justamente dessa alta dos preços”, pontuou o Diretor de Relações Institucionais e de Responsabilidade Corporativa da Sodexo Benefícios e Incentivos, Willian Tadeu Gil.

Inflação é um prato cheio para a marmita?

Quase como um bicho-papão do orçamento dos brasileiros, a inflação não é a maior incentivadora para os marmiteiros.

A pesquisa revela que ela já era adota pelo trabalhador antes do avanço inflacionário, com 33,15% afirmando terem o hábito de levar a comida pronta de casa por considerar ser essa uma refeição mais barata.

Mas não é somente uma questão de bolso, 25,36% entrevistados afirmaram terem o hábito de levar marmita por preferirem a comida caseira, ultrapassando os que passaram a levar marmita após a alta dos preços (22,82%).

Apenas 18,67% declararam que mesmo com o aumento dos valores preferem comer em restaurante.

Desse que os costumam almoçar em restaurantes, 17,22% optam pelos que oferecem o prato feito, seguido pela pessoas que optam por comer em restaurante por quilo (14,68%) e em restaurantes à la carte (3%).

A frequência da quentinha

A pesquisa também analisou com que frequência a opção da marmita é utilizada na semana. Para 51,72%, sempre; 20,63%, de duas a três vezes por semana; 20,27%, nunca e apenas 7,38%, uma vez por semana.

Entre os dias da semana, o sábado (55,23%), a sexta-feira (43,27%) e a segunda-feira (27,04%) são quando não preferem levar marmita; na sequência aparece a quarta-feira (15,85%); quinta-feira (14,83%) e terça-feira (13,43%).

Mas, comer fora não é totalmente descartado. Quando se trata do lazer do final de semana, 43,28% afirmam que ainda continuam frequentando restaurantes, mas não como antes.

Em um cenário ainda mais restrito, 40,52% declaram que não frequentam mais restaurantes por não terem mais condições financeiras para isso e, de maneira menos expressiva, 16,21% continuam frequentando restaurantes normalmente.

Revendo os benefícios

Para o Gil, é importante que as empresas se mantenham atentas ao cenário atual para ajustar sempre que necessário o valor do benefício aos seus colaboradores a fim de cobrir os dias úteis.

O executivo lembra que a oferta de benefícios ao trabalhador é questão de estratégia de negócio na atração e retenção dos melhores talentos, tanto que no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior, companhias de todos os portes aumentaram, em média, 4,20% o valor do crédito do vale-refeição e 8,82% do vale-alimentação.

“É por meio dele que as pessoas encontram a oportunidade de manterem uma alimentação balanceada e de qualidade, condição para a manutenção da saúde e de sua boa produtividade”, ressalta.

Fonte: Money Times

Diesel vendido pela Petrobras para distribuidoras fica R$ 0,20 mais barato nesta sexta

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Começa a valer a partir desta sexta-feira a redução anunciada pela Petrobras no preço do diesel vendido às distribuidoras. O valor médio do litro passa de R$ 5,61 para R$ 5,41 por litro, uma redução de R$ 0,20 por litro, ou 3,57%.

Conforme a estatal, “essa redução acompanha a evolução dos preços de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para o diesel, e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.

Desde a metade do ano passado os preços do diesel vinham em trajetória de alta. Segundo a estatal, considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 5,05, em média, para R$ 4,87 a cada litro vendido na bomba.

Fonte: Guaiba

Copom fala em redução no ritmo das altas dos juros

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa Selic, juros básicos da economia, de 13,25% para 13,75% ao ano. A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando bateu neste mesmo patamar.

Em comunicado, o Copom informou que os riscos de que a inflação fique acima das expectativas em prazos mais longos fez com que o BC optasse por não encerrar o ciclo de alta da Selic. Mas o texto informa que o ritmo das elevações deve diminuir, com o próximo aumento em 0,25 ponto.

Para Nicola Tingas, economista-chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito (Acrefi), o BC passa a impressão de que “não quer estar desalinhado de um contexto global de ataque às pressões resilientes da inflação, mesmo que esteja próximo do pico de alta de juros para conjuntura brasileira”.

Ainda segundo ele, o movimento do BC, além de buscar ancorar as expectativas de longo prazo, também procura “ganhar tempo para observar o movimento da atividade global, em especial o discurso do FED [Banco Central dos Estados Unidos] no seu próximo comunicado”.

A reação do FED também é apontada por Fernanda Consorte, economista-chefe do Banco Ourinvest, como um fator que tem influenciados as decisões do Copom. “Há dois fatores importantes atualmente influenciando o comportamento da Selic, o aperto da política monetária nos Estado Unidos e as eleições por aqui, que gera volatilidade no mercado em geral”, diz Fernanda.

Ainda segundo a economista, também é importante acompanhar as tensões entre China e Estados Unidos, que se intensificaram após a visita de Nancy Pelosi, presidente da Câmara americana, a Taiwan no início da semana.

SETOR PRODUTIVO

Para o economista do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP), Marcel Solimeo, a elevação era esperada pela maior parte do mercado, com exceção do setor produtivo, que esperava a estabilidade da taxa, por entender que a retração da economia e a sinalização de desaceleração dos aumentos dos preços justificaria a não elevação dos juros.

“Esperamos que após esse novo aumento, o Banco Central interrompa o ciclo de elevação da Selic para evitar o aprofundamento da retração da economia”, analisa Solimeo.

De março a junho do ano passado, o Copom tinha elevado a taxa em 0,75 ponto percentual em cada encontro. No início de agosto, o BC passou a aumentar a Selic em 1 ponto a cada reunião. Com a alta da inflação e o agravamento das tensões no mercado financeiro, a Selic foi elevada em 1,5 ponto de dezembro do ano passado até maio deste ano.

Com a decisão desta quarta-feira (3), a Selic continua num ciclo de alta, depois de passar seis anos sem ser elevada. De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano, em março de 2018.

A Selic voltou a ser reduzida em agosto de 2019 até alcançar 2% ao ano em agosto de 2020, influenciada pela contração econômica gerada pela pandemia de covid-19. Esse era o menor nível da série histórica iniciada em 1986. Hoje a taxa está em 13,75% ao ano.

Fonte: Diário do Comércio

Vendas do varejo paulistano crescem 9% em julho

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As vendas do varejo paulistano registraram alta de 9% em julho, na comparação com o mês anterior, de acordo com o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo.

Na comparação interanual, o aumento foi bem expressivo, de 45,8%, mas puxado pela base fraca de comparação. Em julho de 2021, o comércio ainda passava por restrições de funcionamento e de público.

Considerando o mesmo mês de 2019, anterior ao período pandêmico, o balanço apontou retração de 4%.

Marcel Solimeo, economista da ACSP, lembra que o aumento de julho sobre junho decorre do maior número de dias úteis, da melhora da mobilidade, do Dia do Comerciante, da injeção de recursos via FGTS e Auxílio Brasil, apesar da inflação e da taxa de juros elevadas.

“A expectativa é que com o aumento do valor do benefício concedido pelo governo federal haja uma melhora no movimento do varejo e os próximos meses sejam melhores”, prevê Solimeo.

Para o economista, apesar de o varejo não ter voltado ao patamar anterior à pandemia, até o final do ano provavelmente o comércio atinja esse patamar e até o supere ligeiramente.

Fonte: Diário do Comércio

PIS/Cofins são tributos gêmeos que incidem sobre a receita das empresas

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A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e o Programa de Integração do Social (Pis) são tributos antigos e, diferentemente dos impostos como ICMS e IPI, têm uma destinação específica.

De competência exclusiva da União, ou seja, não são compartilhadas com o Distrito Federal, Estados e municípios, são chamadas de contribuições sociais “gêmeas” por incidirem mensalmente sobre a receita das empresas de todos os segmentos econômicos.

O resultado da arrecadação da Cofins é direcionado para a manutenção dos gastos relacionados à Previdência Social. Já os recursos obtidos por meio do Pis são usados para o custeio do seguro-desemprego e abono salarial. De janeiro a junho deste ano, as duas contribuições geraram cerca de R$ 205 bilhões para os cofres da União.

Conforme estabelecem as Leis 10.637/02 e 10.833/03, respectivamente, Pis e Cofins passaram a ser tributos não cumulativos, com alíquotas de 1,65% e 7,6%. Até então, incidiam em cascata – regime cumulativo – sobre o faturamento das empresas, com alíquotas de 0,65% e 3%, respectivamente.

“Quando a empresa opta pelo regime de lucro real, as contribuições são “não cumulativas”, ou seja, o contribuinte tem o crédito dos insumos que são necessários para o desenvolvimento de suas atividades, sendo que a contribuição incidirá entre a diferença da receita bruta e os créditos tomados na cadeia da atividade”, explica Marco Antonio Vasquez Rodriguez, advogado tributarista e sócio da VRL Advogados.

Já as empresas que estão no regime de lucro presumido ficam no regime “cumulativo” e pagam as contribuições sobre a receita bruta, enquanto as empresas do Simples Nacional têm uma parcela das contribuições embutida no pagamento único do imposto.

VÁRIOS REGIMES

As duas contribuições sociais contemplam diversos regimes específicos de apuração, podendo ter alíquotas com percentuais diferentes, incidência cumulativa ou monofásica. Instituições financeiras e empresas equiparadas, por exemplo, possuem um regime próprio, de acordo com a Lei 9.718/98.

Os tributos também podem ter incidência monofásica para determinados setores da economia, como o de higiene pessoal, medicamentos, cosméticos e veículos. Por meio dessa sistemática – semelhante à substituição tributária aplicada ao ICMS – a incidência se concentra em um só elo da cadeia produtiva. A tributação pelo Pis/Cofins também atinge, desde 2004, as importações de bens e serviços, conforme a Lei 10.865/04.

De acordo com Elvira de Carvalho, consultora tributária da King Contabilidade, com o intuito de estimular e incentivar setores e atividades, já foram criados cerca de 16 regimes especiais envolvendo as duas contribuições.

O QUE É INSUMO?

Assim como ocorre com outros tributos sujeitos ao sistema não cumulativo, as contribuições ao Pis/Cofins também são alvos de conflitos entre o fisco e os contribuintes e o motivo é sempre o mesmo: as divergências sobre o que pode ou não gerar créditos.

Sobre esse tema, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) definiu em 2018 que o crédito do Pis/Cofins está atrelado à essencialidade e relevância do insumo nas atividades de uma indústria, empresa de serviço ou comércio.

Atualmente, por exemplo, há empresas do varejo que recorreram ao Judiciário sob a alegação de que o cartão de crédito é essencial para as suas atividades e, portanto, as taxas cobradas pelas operadoras são despesas que devem gerar créditos.

TESE DO SÉCULO

Em termos de valores envolvidos, sem dúvida, o desfecho da discussão que envolveu a exclusão do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) da base de cálculo das duas contribuições, conhecida como a “tese do século”, é a mais importante.

Em março de 2017, finalmente, o STF decidiu favoravelmente aos contribuintes, gerando um impacto importante aos cofres públicos e precedentes para outras discussões, envolvendo, por exemplo, a inclusão do ISS (Imposto sobre Serviços) na base de cálculo do PIS/Cofins.

De acordo com estimativas do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), essa derrota do fisco gerou cerca de R$ 360 bilhões em créditos fiscais para as empresas.

Fonte: Diário do Comércio

Machine learning concentra contratações da indústria farmacêutica

Machine Learning

 

Os cargos relacionados ao machine learning representaram 63,9% do total de empregos na indústria farmacêutica na América do Norte nos três meses encerrados em maio. A mesma tendência foi seguida pela Europa, que viu uma mudança de 0,6 ponto percentual ano a ano nas funções de machine learning, segundo reportagem do Pharmaceutical Technology.

Os números são compilados pela GlobalData, que rastreia o número de novas vagas de emprego de empresas-chave em vários setores. Com isso, é possível ver quais empresas estão liderando em questões específicas e quais estão se arrastando – e, principalmente, onde o mercado está se expandindo e contraindo.

Ofertas de emprego de machine learning por país

O país que mais cresceu foi a França, que concentrou 2,2% de todos os anúncios de emprego de machine learning nos três meses encerrados em maio de 2021, aumentando para 4,2% nos três meses encerrados em maio deste ano. Na sequência vem o Canadá, com aumento de 1,8 pontos percentuais; a Índia (1) e a Bélgica (0,8). Já o país com maior número de funções relacionadas ao tema são os Estados Unidos, com 61% de todas as vagas anunciadas nos três meses encerrados em maio.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Blanver quer acelerar nacionalização de IFAs

Nacionalização de IFAs

 

 A farmacêutica Blanver quer aproveitar o forte ritmo de crescimento da companhia nos últimos meses para acelerar os planos de nacionalização de IFAs, os chamados insumos farmacêuticos ativos.

Segundo reportagem da IstoÉ Dinheiro, a empresa, que vai fechar o ano com receita de R$ 600 milhões, o dobro do resultado de 2021, vai investir R$ 300 milhões até 2027 para ampliar de 5% para 50% o índice de nacionalização desses insumos.

Nacionalização de IFAs é fundamental

É uma questão fundamental para a segurança e crescimento dos negócios. Temos enfrentado muita dificuldade na importação de insumos da China, da Índia e dos Estados Unidos. Temos que nacionalizar e fazer do Brasil um protagonista da produção de IFA”, afirma o CEO Sérgio Frangioni.

Para justificar o investimento e sustentar a expansão nas fábricas paulistas de Indaiatuba e Taboão da Serra, a Blanver vai lançar 36 medicamentos até 2024, principalmente voltados ao tratamento de hepatites, HIV e câncer. “Junto do crescimento dos negócios no Brasil, vamos nos internacionalizar, entrando em mercados da América Latina e África, acrescenta o executivo.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Reforma tributária é o grande desafio da indústria farmacêutica

Reforma  tributária

 

Para o Sindusfarma, entre os principais desafios da indústria farmacêutica, está a necessidade urgente de uma reforma tributária. A entidade alertou para a questão que impacta o setor durante o Fórum da Indústria do Grande ABC, realizado nesta quinta-feira, dia 4.

“Hoje a indústria farmacêutica é muito dependente de insumos internacionais e temos que mudar isso. O grande vilão de toda indústria acaba sendo a carga tributária, que é muito elevada também no nosso setor. Esses altos tributos são somados à questão da burocracia, onde o ramo farmacêutico gasta 1.500 horas de trabalho por ano só para pagar impostos, enquanto nos outros países o número é bem menor”, afirma Renato Rezende, advogado do Sindusfarma. As informações são do Diário do Grande ABC.

Setor de HPPC também é a favor da reforma tributária

Karla Brandão Karla Brandão, diretora de Gestão, Comunicação e Marketing da ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), também citou a tributação como a grande dificuldade do setor, além da sustentabilidade. “A reforma tributária é prioridade, nós somos o terceiro setor mais tributado do País, bem como a questão da necessidade de investimentos em sustentabilidade e descarbonização da economia”, comentou.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico