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PBH repassará R$ 30 milhões para a UFMG produzir vacina

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Até o final deste mês, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) receberá a primeira parcela no valor de R$ 6 milhões para a continuidade das etapas de desenvolvimento da vacina contra a Covid-19. A parcela faz parte do Termo de Patrocínio assinado, ontem, entre a entidade e a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e prevê o repasse total de R$ 30 milhões.

Com o recurso, a instituição vai avançar da fase pré-clínica para as etapas 1 e 2 dos testes clínicos da vacina Spintec. A expectativa é que a vacina esteja disponível no final de 2022, mas, para que isso aconteça, a universidade ainda precisa de cerca de R$ 300 milhões para concluir os estudos.

O imunizante é considerado essencial e além de ser mais uma ferramenta no combate à pandemia, também tem o custo estimado em cerca de um quinto quando comparado com as vacinas atuais disponíveis no mercado. A estimativa é que a vacina seja mais acessível, abranja maior parte da população e seja usada como reforço anual para a já vacinada.

Durante o evento de assinatura do termo de financiamento, a reitora da UFMG, Sandra Goulart, agradeceu a parceria com a PBH e ressaltou a importância dos recursos para o desenvolvimento da vacina contra a Covid-19.

‘Para mim é uma grande satisfação. Agradeço à PBH não somente nesta parceria, mas por todas as iniciativas em relação à UFMG. Ser parceiro da UFMG é ser parceiro da ciência e do conhecimento no enfrentamento à pandemia e no desenvolvimento do nosso País’.

Ainda segundo Sandra, o apoio da PBH veio em um momento imprescindível, que é a produção da vacina, uma das três que estão mais avançadas do Brasil. ‘Estamos chegando a uma fase muito importante que são os testes clínicos e não tínhamos recursos. O prefeito Kalil nos atendeu em momento de muita agonia. Diante do cenário preocupante e desafiador, onde também tivemos cortes nos recursos federais voltados para a UFMG, a parceria tem um significado muito especial e trará alento para toda a população’.

A vacina desenvolvida pela UFMG tem expectativas promissoras. De acordo com o professor da UFMG e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Vacinas (INCT-V), Ricardo Gazzinelli, o custo do imunizante será cerca de um quinto do valor pago pelas vacinas hoje disponíveis no mercado e que chegam ao Brasil por cerca de US$ 10 por dose. Além disso, o imunizante irá contribuir para o avanço da vacinação dos brasileiros e para o reforço anual.

‘É uma vacina de baixo custo e poderá ser produzida e distribuída a baixo custo para a população. Hoje, o Brasil gasta um volume enorme de recursos para importar tecnologia e as vacinas. A vacina da UFMG representa uma grande economia para o Estado e para o País’.

Diante da importância das pesquisas e da representatividade da UFMG, durante a cerimônia, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, criticou duramente a falta de apoio financeiro do governo federal para as universidades, principalmente no que se refere à UFMG. Em 2021, o corte anunciado para a UFMG é de 26,7%.

‘A UFMG foi escolhida como a melhor federal do Brasil, a mais bem gerida e, como prêmio, recebeu essa semana a notícia de um corte de 26,7% do orçamento. O que estão fazendo com os estudos federais no Brasil é um crime que no futuro vai custar muito caro. Deixo meu apelo e tenho certeza que o presidente do Congresso, os deputados e senadores vão se empenhar e, nesse momento, toda bancada mineira deve se unir com o prefeito, o governador para a busca de uma solução. Já pisaram muito nesse Estado, não podemos deixar que esse crime seja cometido contra a UFMG’, disse .

UFMG ainda necessita de R$ 300 mi para desenvolver a vacina | Crédito: CT Vacinas – UFMG

Recursos serão destinados para estudos das fases 1 e 2

De acordo com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o aporte financeiro de R$ 30 milhões disponibilizado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) vai assegurar a continuidade das pesquisas da vacina Spintec.

O objetivo central do projeto, que será financiado com recursos próprios da PBH, é viabilizar os estudos de fase clínica 1 e 2 em adultos saudáveis, sem exposição prévia à Covid-19. Essas etapas são requisitos necessários para os ensaios de fase 3 e aprovação pela Anvisa.

Os recursos da PBH serão usados no pagamento de despesas de custeio relacionadas à manutenção e experimentos com os animais, na compra de reagentes (para avaliação da resposta imune, produção e formulação das vacinas), na produção de lotes de teste para análise da Anvisa, na supervisão dos ensaios, no preparo da documentação de pedido de registro, na execução dos testes pré-clínicos e nas duas etapas dos ensaios clínicos.

Apesar dos estudos serem desenvolvidos em uma instituição federal, a União ainda não liberou os recursos necessários ao imunizante da UFMG.

Fonte: Diário do Comércio MG

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/05/28/saude-anuncia-chegada-de-mais-23-mi-de-doses-da-vacina-da-pfizer/

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