Fique por dentro dos principais FATOS e TENDÊNCIAS que movimentam o setor

Perdas em farmácias afetam só 1,13% do faturamento

Acompanhe as principais notícias do dia no nosso canal do Whatsapp

perdas em farmácias

As perdas em farmácias estão entre as menores do varejo brasileiro. É o que indicou a sexta edição da pesquisa da Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe), com apoio da consultoria KPMG.

O estudo envolveu 201 executivos de empresas do setor, que administram em torno de 100 mil PDVs. E o mercado farmacêutico se destacou mesmo diante dos crescentes desafios pautados pela falta de medicamentos e pela dependência de insumos do Exterior.

Considerando todo o ano passado, as perdas em farmácias representaram 1,13% sobre o faturamento total, o que envolve furtos, roubos, desvios, avarias e má administração do estoque. O índice está abaixo da média geral de 1,48% – equivalente a R$ 31,7 bilhões. O desempenho do varejo farmacêutico também é melhor que o de segmentos como o supermercadista e de perfumarias, respectivamente com índices de 2,37% e 2,33%.

A ruptura no setor também é considerada baixa. Enquanto a ruptura comercial (ausência do produto na loja) nas perfumarias chega a 11,5%, o percentual em farmácias cai para 5,69%. A quebra operacional, quando o item está em estoque mas não nas prateleiras, é ainda menor e corresponde a 2,37%.

Na análise qualitativa dos indicadores, o varejo farmacêutico é o segundo setor com maior acurácia e um dos três segmentos acima do patamar de 90%. Com 92,07%, a atividade só perde para o mercado de eletromóveis está em empate técnico com os artigos esportivos.

Perdas em farmácias caíram com pandemia como gatilho

As perdas em farmácias caíram justamente com o gatilho da pandemia. Para os especialistas responsáveis pelo estudo, esse período serviu como um gatilho para o varejo farmacêutico acelerar a modernização dos processos e atender à mudança no perfil de consumo da população brasileira.

“A demanda por produtos relacionados à Covid-19, o advento de categorias como as de suplementos vitamínicos e a digitalização das vendas exigiram mais dinamismo das farmácias e um maior apuro no controle do mix”, avalia Carlos Eduardo Santos, presidente da Abrappe.

Ao mesmo tempo, a necessidade de investir em ferramentas de comércio eletrônico estimulou o varejo farmacêutico a apostar em novas tecnologias como o RFID, para controle de vencimento dos produtos. Outras inovações que se tornaram realidade são as ferramentas de data analytics e o uso de câmeras com inteligência artificial para capturar inconsistências nos layouts dos PDVs.

“Mesmo em um panorama com tantos desafios operacionais, o varejo cresceu em faturamento. Entretanto, sem um trabalho com análise dos resultados e agilidade nas ações de prevenção não teríamos conseguido resultados positivos”, acredita Santos.

Perdas em farmácias: como estão distribuídas?

As quebras operacionais representaram 68% das perdas no varejo farmacêutico, contra 77% da média geral. “É um indicador muito positivo se levarmos em conta a maior diversidade de serviços no canal farma, movimento que ganhou ainda mais intensidade com o advento dos testes rápidos e de programas de assistência farmacêutica”, analisa.

Notícias mais lidas

Notícias Relacionadas

plugins premium WordPress