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Poupafarma cogita pedir recuperação judicial

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Poupafarma
Divulgação: Poupafarma

A crise na Poupafarma segue sem freios. Depois de iniciar os preparativos para demitir 1.200 funcionários e colaboradores, a rede já cogita entrar com um pedido de recuperação judicial.

A informação foi divulgada também pelo Valor Econômico. E a redação do Panorama Farmacêutico, assim como os jornais Diário do Litoral e BoqNews, vem acompanhando o caso desde que as portas das lojas da rede amanheceram fechadas, no início de fevereiro.

Na semana passada, a assessoria de imprensa da Poupafarma negou qualquer hipótese de recuperação judicial. Mas os últimos passos indicam que esse será o caminho natural da empresa.

No último dia 3 de março, o InvestFarma, holding que controla a rede, obteve na Justiça a tutela antecipada do processo que pede a falência da empresa, movido por uma distribuidora. O objetivo é ganhar tempo e impedir danos decorrentes de ações judiciais, como despejo e esvaziamento patrimonial. A ação está em curso na 1ª Vara Regional de Competência Empresarial e de Conflitos de Arbitragem de São Paulo.

Poupafarma: do possível IPO ao plano de recuperação judicial

O cenário de crise da Poupafarma estende-se também à farmácia online Farmadelivery e à distribuidora do grupo, a Dissim. Situação bem diferente da projetada em 2019. À época, o fundo Stratus, responsável pela criação da InvestFarma, informava sobre um possível plano para abrir o capital da rede em 2020.

Mas vieram a pandemia e dois anos de prejuízo acumulado de R$ 87,4 milhões. Com a pandemia em menor nível, em 2022, a expectativa era de uma reação. Mas o que se viu foi um déficit de R$ 117 milhões, segundo o documento pelos advogados da Poupafarma à Justiça.

A empresa argumenta que enfrenta barreiras para obter linhas de crédito e se vê impactada também pela alavancagem da alta na taxa de juros. A crise atual do varejo deflagrada pelo caso Americanas também teria elevado a percepção de risco do setor no mercado financeiro.

Enquanto isso, a Poupafarma não apresentou, até o momento, nenhuma previsão de pagamento das verbas rescisórias, do salário de janeiro e dos demais direitos em atraso, entre os quais o abono previsto na Convenção Coletiva e o vale-refeição desde dezembro.

“A empresa alega que ainda está gerando os Termos de Rescisão e calculando as verbas devidas aos trabalhadores e, após isso, será estudada uma forma de pagamento”, afirmou o advogado Leandro Murat, representante do Sindicato de Práticos de Farmácias de Santos (Sinprafarmas), em entrevista ao Diário do Litoral.

A entidade reuniu-se com os representantes jurídicos da InvestFarma e do Ministério Público do Trabalho no último dia 2, mas saíram do encontro com apenas uma promessa – a partir do dia 7 de março (terça-feira), a Poupafarma iniciará o envio das guias para levantamento do FGTS e acesso ao seguro-desemprego.

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