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Remédio da revolução e a gravidez na pandemia

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O mundo comemora os 60 anos da invenção de um dos remédios mais revolucionários de todos os tempos: a pílula anticoncepcional, que surgiu nos Estados Unidos, em 18 de agosto de 1960. O pequeno comprimido, responsável em grande medida pela revolução sexual, permitiu a muitas famílias e mulheres se planejarem para ter filhos. No Brasil, a pílula chegou apenas dois anos depois de seu surgimento nos EUA e antes de vários países europeus como a França, por exemplo. O país vivia um período de efervescência política e social e uma verdadeira revolução nos comportamentos, na moda, na música, na literatura, nas artes plásticas e, no cinema nacional, estava para acontecer.

A origem da pílula teve início 10 anos antes do seu lançamento, com os trabalhos do cientista norte-americano Gregory Pincus, apoiado pela feminista Margaret Sanger e pela milionária Katherine McCormick. Pode-se dizer que aquela década de 1960 iria revolucionar todo o mundo. O sexo, por exemplo, era um tema com muitos tabus e segredos. Em alguns países, ele era visto, unicamente, como forma de reprodução e o pra- zer era um assunto rodeado de muito preconceito. As igrejas ainda tinham muita influência e ditavam o comportamento de jovens e adultos, mas, com o surgimento da pílula anticoncepcional, a revolução sexual teria terreno fértil e seguro para mudar completamente o comportamento da humanidade.

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O planejamento familiar ganhou novos contornos e engravidar não era mais uma consequência inevitável dos relacionamentos. A pílula anticoncepcional é o método contraceptivo mais utilizado. Acredita-se, de acordo com a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (Figo), que cerca de 100 milhões de mulheres fazem uso em todo o mundo. Outro aspecto que teve mudança profunda com o aparecimento da pílula anticoncepcional foi como a gravidez passou a ser encarada. Ter filhos, a partir de então, era uma opção com programação e orientação adequadas.

Desde o surgimento nas farmácias norte-americanas do Enovid-10, nome da primeira pílula lançada, até a criação da mini e da micropílula com dosagens hormonais bem menores, muitas foram as suas evoluções. Hoje, por exemplo, riscos como AVC, infarto e a trombose são quase inexistentes para as usuárias. Ainda é possível o uso de dispositivos intrauterinos de hormônio ou o uso de adesivos que tornam a contracepção mais eficiente, evitando os riscos da ingestão diária. Existe, também, a pílula do dia seguinte, para uso esporádico, que é uma segurança maior para as mulheres que porventura não fazem uso regular de contraceptivos. Mas todas essas opções devem ser orientadas por ginecologistas e precisam ser seguidas com atenção pelas usuárias. De modo geral, os hormônios presentes no contraceptivo oral agem de forma benéfica no organismo feminino. No entanto, é essencial que seja observado o perfil de cada paciente.

Hoje, em plena pandemia da COVID-19, as comunidades médica e científica discutem não só a contracepção, mas também a concepção no meio da crise. Grávidas fazem parte do grupo de risco? O bebê pode contrair a COVID-19 da mãe? Os planos para engravidar devem ser adiados? As dúvidas ainda são muitas, mas somente com o avançar das pesquisas e informação de qualidade será possível responder a todas as perguntas.

A gestante pode ser considerada grupo de risco, mas, até o momento, não há orientação para que as mulheres não engravidem, como houve na epidemia de zika. O pré-natal continua a ser a me- lhor maneira de cuidar da gestante e de seu bebê, mesmo em tempo de isolamento social. Em hipótese alguma ele pode ser descontinuado e a gestante deve realizar as suas consultas de rotina e todos os exames de pré-natal. A assistência ao parto deve ser cercada de todos os cuidados higiênicos recomendados e toda a equipe tem que estar utilizando os equipamentos de proteção individual. Após o nascimento do bebê, existem recomendações específicas para que não ocorra contaminação.

Fonte: Estado de Minas

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