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Saída da Sandoz da Argentina põe Brasil em risco?

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Saída da Sandoz

O laboratório Biosidus irá ampliar seu portfólio com a saída da Sandoz da Argentina. A empresa incorporará ao seu mix os produtos fabricados pela farmacêutica suíça, que atua como braço de genéricos da Novartis. As informações são do Pharmabiz.

A saída é parte de uma reformulação do posicionamento da Novartis no mercado argentino, seguindo o exemplo de outra multinacional. A Eli Lilly também deixou a Argentina nos últimos anos, mas manteve seus produtos na região com o auxílio da Raffo.

Entre os motivos para a saída da Sandoz da Argentina estão a complexidade do mercado na nação, sua escala limitada e uma rentabilidade abaixo do desejado. A corporação, focada na fabricação de biossimilares, também passa por um spin off da Novartis.

Saída da Sandoz era rumor antigo

O mercado já repercutia que a Sandoz procurava um parceiro no mercado argentino para se desfazer do portfólio. Segundo o Pharmabiz, o processo de transferência começará em junho, com a previsão de que, já no dia 1º de julho, tudo esteja sob a responsabilidade da Biosidus.

O laboratório escolhido tem um velho conhecido da Sandoz em seu quadro. O executivo Mariano de Elizalde atuou por 16 anos na farmacêutica e pode ter sido um dos pilares para a formação da parceria.

Além disso, a Biosidus já atua na área de biossimilares, o que facilitará a incorporação do portfólio da Sandoz.

Soma de portfólio dobrará tamanho da Biosidus

De acordo com fontes consultadas pelo veículo, o portfólio da Sandoz trará um faturamento de US$ 32 milhões para os cofres da Biosidus, o que fará com que o laboratório dobre de tamanho na Argentina. Ao todo 17 marcas serão transferidas.

Alguns produtos, que vivem momento de baixa escala, seguirão com a Novartis até que o processo de separação seja finalizado.

Antes da saída da Sandoz do país, 45 colaboradores fazem parte de sua equipe. Desses, a expectativa é que a Biosidus incorpore entre 25 e 30 ao seu time.

Novartis deseja vender a Sandoz

A farmacêutica suíça tinha como objetivo inicial vender a Sandoz e estipulou até um valor ideal – US$ 25 bilhões. No entanto, a negociação tornou-se mais improvável por conta da alta da inflação e da guerra na Ucrânia.

Com esse panorama, os bancos estariam menos dispostos a liberar recursos para grandes aquisições, é o que afirmou a Bloomberg no começo do mês de maio.

Sem nenhuma oferta formal, a cisão transformou-se em um caminho natural, mas com o sucesso crescente da operação de genéricos (o que pode servir de contraponto para a saída da Sandoz da Argentina), a opção de permanecerem juntas não seria tão descartável.

Mesmo com liderança argentina, Brasil não está sob ameaça

Apesar de deixar o país vizinho, a Sandoz não tem planos de sair do mercado brasileiro. Uma coincidência interessante é que a liderança por aqui veio exatamente da Argentina, o executivo Marcelo Belapolsky.

Em outros países da América do Sul, a atuação da multinacional seguirá nos mesmos moldes atuais. No Chile, assim como por aqui, há uma liderança local, enquanto no Paraguai e Uruguai a empresa conta com o modelo representativo.

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