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Genéricos da Sandoz reconquistam Novartis?

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genéricos da Sandoz
Divulgação: Novartis

Os genéricos da Sandoz reconquistaram a Novartis? Depois de cogitar o desmembramento da unidade de negócios, a farmacêutica suíça vem reforçando investimentos para transformá-la na maior fabricante mundial dessa classe de medicamentos.

Porém, analistas do mercado acreditam que a Novartis mantém a ideia de se desfazer da divisão de genéricos  e transformar a Sandoz em uma empresa autônoma, com prazo até o segundo semestre deste ano. E a ampliação dos aportes daria sustentação para essa estratégia.

Segundo informações do portal Fierce Pharma, a Sandoz obteve o registro exclusivo de seis genéricos da farmacêutica Adalvo, com sede em Malta. Os medicamentos pertencem às áreas de oncologia, antifúngicos/antibióticos e doenças pulmonares, com potencial de mercado total estimado em US$ 3 bilhões.

Em janeiro, a fabricante já havia adquiriu os direitos mundiais do agente antifúngico Mycamine, da Astellas, para o tratamento de candidíase invasiva e candidíase esofágica. A mudança ocorreu semanas antes de o Centro de Controle e Prevenção de Doenças alertar sobre um aumento preocupante de casos dessa infecção.

Genéricos da Sandoz seguem em ascensão

Os genéricos da Sandoz seguem em viés de alta enquanto o desmembramento não vem. Dados do primeiro trimestre deste ano apontam uma receita de US$ 2,4 bilhões no período. O crescimento em relação ao mesmo período de 2022 foi de 8%.

Genéricos da Sandoz convivem com pressão sobre preço

No terceiro trimestre de 2021, a Novartis deu início a uma revisão estratégica da operação de genéricos da Sandoz. Esse processo daria continuidade a um corte de custos que começou em 2019, quando a companhia suíça vendeu a maioria das operações de sua subsidiária nos Estados Unidos. Motivo: as crescentes pressões sobre os preços no mercado de genéricos.

Além disso, se desfazer da Sandoz contribuiria para acelerar a reorganização global da Novartis, que planeja ter uma estrutura mais enxuta com a demissão em massa de 8 mil funcionários. Essa decisão está relacionada à fusão de seus departamentos comerciais de oncologia e farmacêutico em uma unidade de medicamentos inovadores.

Intenção inicial era a venda

A farmacêutica suíça tinha como objetivo inicial vender a Sandoz e estipulou até um valor ideal – US$ 25 bilhões. No entanto, a negociação tornou-se mais improvável por conta da alta da inflação e da guerra na Ucrânia. Com esse panorama, segundo a Bloomberg, os bancos estariam menos dispostos a liberar recursos para grandes aquisições.

Sem nenhuma oferta formal, a cisão transformou-se em um caminho natural, embora o CEO da Novartis, Vas Narasimhan, mantenha uma certa esperança ao dizer que considerará uma eventual oferta “altamente atraente”. Mas com o sucesso crescente da operação de genéricos, a opção de permanecer lado a lado da Sandoz não seria tão descartável.

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