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Tratamento contra o câncer une 2 farmacêuticas

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tratamento contra o câncer
Divulgação: Canva

O tratamento contra o câncer ganha mais uma esperança. A Pfizer assinou acordo de colaboração com a Thermo Fisher Scientific, beneficiando mais de 30 países na América Latina, África, Ásia e Oriente Médio. O Brasil está contemplado.

A meta é ajudar a aumentar o acesso local a exames de sequenciamento de nova geração (NGS) para pacientes com tumores de pulmão e mama nesses países, onde testes genômicos avançados eram anteriormente limitados ou indisponíveis.

O acesso a exames locais de NGS pode ajudar a fornecer uma análise mais rápida dos genes associados, capacitando os profissionais de saúde a selecionar a terapia certa para cada paciente, individualmente.

O câncer é uma das principais causas de morte em todo o mundo, tendo sido responsável por quase 10 milhões de óbitos em 2020, ou cerca de uma em cada seis mortes. Os tumores de mama e pulmão são os principais tipos de tumores diagnosticados e respondem por quase 4,5 milhões de mortes em todo o mundo. Até 2040, a expectativa é de que o ônus global do câncer chegue a 27,5 milhões de novos casos e a 16,3 milhões de mortes decorrentes da doença.

Tratamento contra o câncer: como se dará a parceria?

O tratamento contra o câncer por meio da parceria se dará da seguinte maneira. A Thermo Fisher identificará os laboratórios locais que usarão a tecnologia NGS da empresa e garantirá que eles tenham a infraestrutura necessária, equipes treinadas e medidas de controle de qualidade para atender aos padrões da indústria em serviços de testes de NGS para câncer de mama e pulmão.

Já a Pfizer atuará de forma a permitir o acesso viável dos pacientes aos testes de NGS para esses tipos de câncer, além de trabalhar para elevar a conscientização dos profissionais de saúde sobre os benefícios dos exames avançados. As duas empresas continuarão avaliando oportunidades de expansão geográfica da iniciativa e de testes para outros tipos de câncer.

“Qualquer pessoa que enfrenta um diagnóstico de câncer deveria ter acesso a testes de ponta que possam ser usados para elaborar um plano de tratamento adequado e otimizado, além de se informar melhor sobre seus cuidados. Atualmente, pretendemos levar o teste rápido de NGS para mais laboratórios descentralizados, que estejam mais perto de onde os pacientes realmente são tratados”, comenta Gianluca Pettiti, vice-presidente executivo da Thermo Fisher Scientific.

“Estamos dando um passo à frente para fornecer informações precisas para pacientes carentes, a fim de que possam ter um caminho mais personalizado em cuidados, independentemente de onde estejam no mundo”, acrescenta.

“Quanto mais entendermos a complexa ciência por trás do câncer, melhor poderemos tratá-lo. Nossa experiência nos ensinou que o câncer nem sempre pode ser tratado de forma ampla e, muitas vezes, requer uma abordagem individualizada com base nas características precisas da doença”, analisa Nick Lagunowich, presidente global de mercados emergentes da Pfizer.

“Em várias partes do mundo, o acesso ao sequenciamento de nova geração pode ser limitado ou inacessível para pacientes com câncer. Esse programa visa aprimorar essa jornada de tratamento desses pacientes e colaborar para aumentar suas chances de melhores resultados”.

Análise de gene único: a nova era no tratamento contra o câncer

Análises de gene único têm sido historicamente usadas para combinar os pacientes com terapias-alvo apropriadas. No entanto, este pode ser um processo demorado se forem necessários testes sequenciais e pode não haver tecido suficiente para executar todos os exames – o que pode exigir de procedimentos adicionais de biópsia.

À medida que terapias-alvo mais direcionadas vão sendo disponibilizadas e que podem ser combinadas por meio de um conjunto mais amplo de marcadores genômicos, o sequenciamento de nova geração está substituindo rapidamente os testes sequenciais de biomarcadores únicos.

Ao rastrear um único tecido tumoral ou amostra de sangue para múltiplos biomarcadores simultaneamente, o NGS pode fornecer às equipes clínicas insights genômicos rápidos e úteis para ajudar a justificar decisões de tratamento oncológico de precisão para pacientes elegíveis.

Um estudo observacional retrospectivo de dados de mundo real analisou pacientes recém-diagnosticados com câncer de pulmão de células não pequenas em estágio IV e revelou que desfechos como sobrevida aparente e tempo até o próximo tratamento eram significativamente comprometidos quando mutações acionáveis eram identificadas depois do início do tratamento sistêmico (exemplo: quimioterapia e imunoterapia).

No entanto, quando o tratamento era iniciado com base em resultados moleculares, os pacientes apresentavam melhores resultados em comparação aos pacientes tratados antes de serem obtidos resultados moleculares, corroborando a necessidade de testes moleculares rápidos para decisões de tratamento mais bem informadas.

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