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Vacina contra HIV estimula anticorpos em 97% das pessoas

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Vacina contra HIV

 

Uma vacina experimental contra o HIV gerou resposta imunológica em 97% dos voluntários que receberam duas doses, em um intervalo de oito semanas. Os resultados foram divulgados na revista Science, que revelou que o imunizante, conhecido como eOD-GT8 60mer, não provocou efeitos adversos graves.

Um grande dilema para produzir uma vacina eficaz contra o HIV é que o vírus está em constante mutação. Uma forma de contornar o dilema é induzir uma resposta imune baseada em anticorpos altamente neutralizantes (bnAbs). Estudos já demonstraram que eles são capazes de proteger contra uma infecção pelo patógeno que causa a Aids.

De acordo com os autores do estudo, liderado por David J. Leggat , dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, a potencial vacina é segura e viável. Nos testes, a fórmula “induziu respostas direcionadas ao precursor de bnAb em 97% dos receptores de vacinas em níveis substanciais para cada indivíduo”.

Embora os resultados sejam positivos, é preciso observar que esta é apenas a primeira fase de estudos clínicos do imunizante. Antes de chegar ao mercado e ser aprovado pelas agências reguladoras, a vacina deve demonstrar ser segura e eficaz em mais duas outras fases, onde um número maior de voluntários devem participar dos testes. O processo pode levar anos até ser concluído.

Como funciona a vacina contra HIV?

Para obter a proteção contra o vírus da Aids, o foco do potencial imunizante é aumentar os níveis de anticorpos amplamente neutralizantes no organismo. Quando estão em níveis altos, podem reconhecer diferentes cepas do HIV e evitar a proliferação viral. No entanto, é difícil gerar este tipo de proteína.

Buscando contornar o desafio, a equipe estimula a produção das células B do sistema imune. Elas são conhecidas por serem a fábrica de anticorpos do corpo e que, potencialmente, podem gerar células da linhagem germinativa (eOD-GT8). Por sua vez, estas poderão ativar os mecanismos de defesa desejados para a produção dos bnAb.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

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