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Varejo da China receberá missão brasileira

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varejo da China

O varejo da China será palco de uma missão brasileira no segundo semestre. Entre os dias 2 e 9 de setembro, a BTR-Varese reunirá uma delegação formada por presidentes e diretores atuantes no setor, para visitas técnicas a redes e e-commerces baseados nas cidades de Beijing, Hangzhou e Shanghai.

A programação terá o acompanhamento de consultores locais, além de um intérprete e guia brasileiro para assistência em todas as etapas da viagem. A agenda prevê ainda workshops e reuniões de aterrissagem sob a organização dos curadores do grupo – os consultores Alberto Serrentino e Eduardo Terra.

“Muito além de se firmar como o mercado mais crescente do mundo, o varejo da China aponta claramente para novos modelos de negócio, com desintermediação financeira e a formação de ecossistemas como aceleradores de inovação”, destaca Serrentino.

Desde 2017 a BTR-Varese organiza delegações para imersão no mercado chinês e vem testemunhando rápidas transformações que ditam o futuro do varejo global. Os interessados em participar da missão devem enviar e-mail para relacionamento@btrvarese.com.br.

Varejo da China dá exemplo com farmácias digitais

O varejo da China vem mudando radicalmente o perfil das farmácias locais, que encontraram seus diferenciais competitivos na oferta de serviços aliados ao uso de tecnologia.

A 111 construiu a maior plataforma digital de saúde da China, integrando todas as pontas da cadeia, começando pela cobertura de 280 mil farmácias em todo o país por meio da 1 Drugstore. Em algumas cidades, a 111 cobre mais de 63% das farmácias de varejo.

A empresa também conta com o 1 Clinic, um centro médico virtual que oferece consultas online, serviço de prescrição eletrônica e de gerenciamento de pacientes crônicos. Além disso, o grupo possui uma atacadista 1 Drug Mall, que atua como um balcão virtual que permite a aquisição de uma vasta seleção de medicamentos. Com a maior rede de farmácias online da China, a 111 permite que lojas físicas atendam melhor seus clientes com serviços baseados em nuvem.

A 111 fornece ainda uma plataforma de comercialização de medicamentos omnichannel para seus parceiros estratégicos, que inclui serviços como marketing digital, educação do paciente, análise de dados e monitoramento de preços. Em setembro, a empresa fechou uma parceria com a Xiangxue Pharmaceutical para comercialização do amplo portfólio de produtos da farmacêutica a fim de impulsionar o crescimento da medicina tradicional chinesa.

Maior canal de varejo farmacêutico chinês

Aproveitando a força da cadeia de suprimentos da JD.com, a JD Health concentra hoje mais de 15% do varejo farmacêutico online do país. Há quatro anos, a empresa lançou a JD Pharmacy. Ao longo desse período, a taxa de crescimento tem sido quatro vezes superior à média do setor.

O surto de Covid-19 serviu de teste para o comércio eletrônico de produtos farmacêuticos e serviços médicos pela internet. Como parte importante da JD Health, a JD Pharmacy não só garantiu a circulação e o fornecimento de medicamentos na China durante a epidemia, como também resolveu os desafios para pacientes com doenças crônicas que precisavam revisitar e renovar as prescrições em todo o país.

Indústria farmacêutica local também na vanguarda

A modernização do varejo da China acompanha um movimento de toda cadeia, a exemplo da indústria farmacêutica, que caminha rumo à liderança global. Quatro laboratórios do país ocupam a seleta lista das 500 maiores empresas listadas na bolsa de valores norte-americana.

Números da Organização Mundial da Propriedade Intelectual atestam que os chineses já detêm o maior número de patentes de medicamentos inovadores registradas nos últimos três anos – 1,5 milhão contra 597 mil dos norte-americanos.

Maior farmacêutica do gigante asiático, a China Resources Pharmaceutical alcançou US$ 119,6 bilhões de receita e se firmou como a 70ª maior companhia na Nasdak. Sua performance supera a de tradicionais players como Amgen e Boehringer Ingelheim.

Além de manter quatro laboratórios especializados em remédios de prescrição, suplementos e produtos naturais, o grupo controla a terceira maior distribuidora de medicamentos local. O atacado farmacêutico, inclusive, responde por 56% do volume de negócios.

Outra frente de atuação é o varejo farmacêutico, com mais de 700 lojas na China e em Hong Kong. Por meio de 12 áreas terapêuticas, a empresa tem cerca de 30% do volume destinado ao mercado externo, com foco em produtos naturais e segmentos como oncologia, dermatologia e saúde da mulher.

Sinopharm foi a indústria farmacêutica da China com maior salto no ranking – 29 posições. O laboratório ocupa o 80º lugar com o impulso de sua vacina contra a Covid-19. O lucro disparou 866% no período entre outubro de 2021 e setembro de 2022. Desde seu lançamento, o imunizante já obteve registro para comercialização em dez países e recebeu autorização de uso emergencial em outros 110. Shangai Pharmaceuticals e Guangzhou Pharmaceutical completam a lista, ao ocuparem a 430ª e 467ª colocações, respectivamente.

Nesta semana, inclusive, os governos brasileiro e chinês assinaram compromissos de cooperação industrial que prevê intercâmbio tecnológico em setores como a produção de medicamentos. Os acordos foram firmados durante a visita do presidente Lula ao gigante asiático.

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