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A relação entre a saúde das gengivas e demência

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A boca é habitada por cerca de 700 tipos diferentes de bactérias, nem todas benéficas. Entre elas está a que causa periodontite, uma inflamação severa da gengiva. Especialmente quando se encontra num estágio que causa a perda do dente, pode estar associada à manifestação de declínio cognitivo e demência. Esse é o resultado de uma pesquisa publicada no fim de julho na revista científica da Academia Americana de Neurologia. O que trabalhos anteriores detectaram é que uma boca doente é uma espécie de “berçário” de agentes inflamatórios que podem se espalhar pela corrente sanguínea e chegar ao cérebro, contribuindo para a sucessão de eventos que levam à demência. Por isso é tão importante prestar atenção se as gengivas sangram e os dentes ficam moles, ameaçando cair.

“Monitoramos a saúde oral dos pacientes por um período de 20 anos. As pessoas com doença na gengiva mais grave no início do estudo tiveram o dobro do risco de desenvolver demência no fim da pesquisa”, afirmou Ryan Demmer, PhD em epidemiologia e professor da Universidade de Minnesota, nos EUA. “No entanto, os pacientes com perda moderada de dentes e periodontite leve apresentaram a mesma chance de desenvolver a doença dos indivíduos sem problemas bucais”, ressalvou.

O levantamento envolveu mais de 8 mil pessoas, com idade média de 63 anos, sem qualquer sintoma de demência. Todas se submeteram a um exame dentário completo e, em seguida, foram divididas de acordo com a severidade dos problemas encontrados. No começo do trabalho, 22% não tinham periodontite; 12% manifestavam casos leves de inflamação, 12%, forte inflamação, e 6%, periodontite grave; 8% haviam perdido poucos dentes e 11%, muitos; 20% não possuíam dentes. Dezoito anos depois, restavam mais de 4.500 participantes e 1.569 exibiam algum tipo de comprometimento cognitivo.

No grupo sem doenças bucais, 14% desenvolveram demência. Já naquele com periodontite, o percentual subiu para 22%, enquanto 23% dos sem dentes apresentaram os sintomas. Os pesquisadores chegaram a esses índices após computar outros fatores de risco, como diabetes, colesterol alto e tabagismo. O professor Demmer acrescentou que o estudo não prova que uma boca pouco saudável forçosamente causa demência, e sim que existe uma associação quando tais atributos estão presentes.

Fonte: G1

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