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ACSP e Univinco se unem para auxiliar lojistas afetados pelo incêndio na 25 de Março

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Representantes da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da União dos Lojistas da Rua 25 de Março e adjacências (Univinco) trabalham juntos para traçar um plano de atuação para auxiliar os lojistas que foram atingidos pelo incêndio que afetou imóveis comerciais na região central da capital paulista.

O incêndio aconteceu no último dia 11 em um prédio de dez andares, no número 95 da Barão de Duprat, região da 25 de Março, onde funcionavam depósitos para abastecer lojas da região e uma galeria comercial de artigos populares e para festa. Rapidamente o fogo atingiu outros imóveis – duas lojas e uma igreja histórica.

Os bombeiros levaram quase quatro dias para apagar completamente as chamas. Mesmo com a situação sob controle, segundo a Univinco, ao menos 150 lojas ainda permanecem fechadas por estarem próximas aos imóveis que pegaram fogo.

A prefeitura iniciou o trabalho de limpeza do local e realiza vistorias no prédio onde o fogo começou. O Imóvel deve ser parcialmente demolido, um trabalho que pode demorar meses.

Nesse tempo, os lojistas da região terão de conviver com ruas interditadas e, inevitavelmente, queda no fluxo de consumidores.

Para buscar amenizar essa situação, a ACSP auxiliará os comerciantes da região da 25 de Março com serviços voltados para a orientação e suporte. O atendimento será feito no Balcão do Empreendedor, localizado na Rua Boa Vista, 51, Centro Histórico. A emissão de segunda via de documentos, formalização, regularização e abertura de empresas também poderá ser feita na unidade.

Vale destacar que o incidente na rua comercial mais tradicional de São Paulo evidenciou um problema comum no país: a falta de regularização dos imóveis comerciais.

Segundo a Univinco, apenas 640 imóveis comerciais da região da 25 de Março, ou 20% do total, estão em dia com as licenças e documentações necessárias para o funcionamento. Desse total, 40% não possuem licença de funcionamento.

A burocracia é um dos problemas. O prédio que pegou fogo funcionava sem o auto de vistoria dos bombeiros, o AVCB, um documento obrigatório. Segundo a Univinco, os donos do imóvel deram entrada na documentação em 2016, mas não conseguiram avançar nas aprovações.

Para o presidente em exercício da ACSP, Roberto Mateus Ordine, o momento é de união. “A Associação Comercial está à disposição para ajudar todos os comerciantes atingidos. Somos solidários nesse momento de recuperação”, diz o dirigente.

Durante o incêndio, a ACSP fez a interlocução com a Prefeitura, sugerindo medidas e ações para diminuir o impacto das restrições, intercedendo pela aceleração da retomada e funcionamento das lojas com segurança. A entidade também solicita apoio das fazendas (estadual e municipal) para o parcelamento e até renegociação de tributos para os comerciantes atingidos, sem juros, multas e demais encargos.

Outra importante ação da entidade é a criação de uma linha de crédito para apoio aos comerciantes da região. Os comerciantes impedidos de abrir suas lojas também podem contar com serviços de vendas on-line, o Vitrine Sampa, para dar apoio as suas vendas.

A diretora-executiva da Univinco, Cláudia Urias, reconheceu a importância de a 25 de Março e região ser revitalizada. “Após o incidente com o incêndio ocorrido na região, tornou-se extremamente importante e necessário que o polo comercial passe por uma reparação”, disse.

Ela ressaltou que o espaço para dialogar e firmar parcerias com órgãos da sociedade civil organizada e poder público está aberto. “A parceria com a Associação Comercial de São Paulo é muito bem-vinda e ajudará fortemente com esse processo de recuperação desse importante centro comercial”, diz Cláudia.

Fonte: Diário do Comércio

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