Em 2022, as vendas de medicamentos biossimilares no mercado privado totalizaram R$ 702 milhões no país, alta de 9,24% em relação a 2021. Segundo as estimativas da PróGenéricos, para este ano, o avanço será superior a 10% no faturamento, em relação ao mesmo período do ano passado. As informações são do Valor Econômico.
Por apresentarem custos mais baixos em relação aos biológicos de referência – até 40% mais baratos –, os biossimilares têm conquistado um grande espaço e são apontados como uma das soluções para a economia e sustentabilidade dos sistemas de saúde, em especial os públicos, que são grandes consumidores dos segmentos biológicos.
Segundo a reportagem, Sandoz, Libbs e Biomm são farmacêuticas que estão investindo no portfólio de medicamentos biológicos.
No Brasil, a Sandoz possui cinco moléculas disponíveis no mercado nacional, utilizadas para o tratamento de distúrbios do crescimento (somatropina), doenças hematológicas e reumatológicas (rituximabe), neutropenia (filgrastim) e dermatológicas (etanercepte), entre outras.
A Libbs também aposta no crescimento dos biológicos e biossimilares para os próximos anos, com três moléculas registradas na Anvisa para o tratamento de diversos tipos de câncer (rituximabe, trastuzumabe e bevacizumabe).
A Biomm, que atualmente apenas importa biofármacos de outros países para venda no mercado nacional, investiu US$ 90 milhões para a construção de uma fábrica em Nova Lima (MG).
Mercado de medicamentos biossimilares
De acordo com o relatório “The Global Use of Medicines 2023” (estudo sobre uso global de medicamentos), publicado pela IQVIA, a biotecnologia representará 35% dos gastos globais em 2027 e incluirá terapias celulares e genéticas inovadoras, bem como um segmento de biossimilares. Dos dez remédios mais vendidos no mundo, sete são biológicos e esses produtos já representam 30% de toda a venda de medicamentos.