A Blanver vai investir R$ 231,6 milhões na nacionalização de medicamentos até 2025. Segundo reportagem do Estadão, por serem em sua grande maioria importados, a produção de insumos e matérias-primas de remédios contra HIV, hepatite e outras infecções sexualmente transmissíveis tem como destino a rede pública de saúde.
Com a produção nacional, a redução da importação deve gerar um corte de R$ 8,8 bilhões no custo das compras do Ministério da Saúde em cinco anos. De acordo com o CEO Sérgio Frangioni, a estratégia de produção nacional e verticalizada contribui para reduzir a vulnerabilidade da rede pública.
Nacionalização de medicamentos oncológicos
Mais de 40% dos recursos – o equivalente a R$ 100 milhões – vão ser destinados e à infraestrutura e ao desenvolvimento dos insumos farmacêuticos. Outros R$ 93 milhões serão voltados exclusivamente à distribuição no SUS, por meio do modelo de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). Os R$ 38,6 milhões restantes devem ser investidos em medicamentos oncológicos.
Para a produção dos insumos, a Blanver firmou parcerias com o Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (Lafepe), vinculado ao governo estadual e que mantém convênio com o Ministério da Saúde.
A farmacêutica também mantém uma PDP com a Fiocruz/Farmanguinhos, que garante o abastecimento da combinação dos medicamentos Tenofovir + Entricitabina, utilizados na Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP), método implementado pelo SUS. A previsão é de fornecer, por meio da parceria, 16,2 milhões de comprimidos neste ano.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico