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Cellera Farma deve produzir controverso opioide no Brasil

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opioide no Brasil

A Cellera Farma está perto de adquirir ativos e direitos para produzir e comercializar um controverso opioide no Brasil. Trata-se do Tylex, da Janssen, divisão de medicamentos da J&J. As informações são do grupo de investimentos Moover, de acordo com documentos enviados por fontes ao seu serviço de notícias.

Em nota enviada ao Panorama Farmacêutico, a Janssen informou que a transação entre as duas companhias prevê o licenciamento local da marca Tylex (paracetamol e fosfato de codeína) e a transferência do registro sanitário do medicamento no país. Essa é uma operação exclusiva entre as companhias no Brasil.

Desde 2019, a Janssen Brasil e a Cellera Farma possuem uma parceira para promoção médica, comercialização e distribuição de 12 medicamentos de cuidados primários da Janssen.

“Em 2012, a Janssen redefiniu globalmente seu foco estratégico em um portfólio de inovação voltado para necessidades médicas não atendidas e lançou mais de 20 medicamentos inovadores no país para o tratamento de doenças complexas, como a doença de Crohn, artrite reumatoide, linfomas, leucemia, mieloma, hipertensão pulmonar, depressão, psoríase e câncer de próstata, entre outras”, afirma a farmacêutica no comunicado.

Novo opioide no Brasil virou novela judicial nos EUA

A negociação entre as duas farmacêuticas vem acompanhada de controvérsias, uma vez que o Tylex é um opioide que pode causar dependência física e psicológica. Em 2020, o grupo J&J anunciou que pararia de produzir e vender esse tipo de substância nos Estados Unidos, onde são consumidos 80% da produção mundial de opioides.

Algumas farmacêuticas norte-americanas foram alvo de ações judiciais relacionadas a alegações de que suas práticas comerciais ajudaram a alimentar uma crise relacionada ao uso descontrolado desta classe de medicamentos. No ano passado, a J&J chegou a um acordo com sete estados americanos para pagar US$ 5 bilhões em nove anos para resolver ações judiciais e reivindicações futuras envolvendo o vício em opioides no país.

Segundo a Anvisa, o Brasil consumiu mais de 21 milhões de embalagens de analgésicos narcóticos em todo o ano de 2020 e, somente nos primeiros seis meses de 2021, o número saltou para mais de 14 milhões.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

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