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Como o coronavírus vai mudar o setor de logística

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Com o isolamento social, as pessoas começaram a recorrer ao delivery e aos e-commerces para, assim, continuarem a consumir. Enquanto isso, uma onda de empresas, principalmente varejistas, viu no sistema de entregas e na digitalização uma maneira de continuar faturando na quarentena. Há uma explosão nas operações de logística leves.

Enquanto isso, porém, empresas de transportes de carga pesada viram a demanda cair drasticamente. Afinal, parceiros econômicos do Brasil, como China e Estados Unidos, tiveram que interromper a importação e exportação de insumos. Veículos, produtos de tecnologia e até a compra de alimentos sofreram impactos severos nas últimas semanas.

Leia também “O sistema de logística no Brasil está numa situação curiosa. As empresas de transporte individual, que pode ser feito com bicicleta ou moto, explodiram em demandas”, afirma o professor e pesquisador Álvaro Aguiar, especialista em organização logística. “Mas o transporte de caminhões sofreu um baque. Em ambos casos, a ajuda está no digital”.

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Cara a cara

O unicórnio chinês Lalamove, por exemplo, faz transporte last mile com entregas que variam de motos à carretas. Dá para enviar, pelo sistema da empresa, desde documentos até grandes cargas. E nas últimas semanas, com a intensificação das medidas de isolamento social, a startup está observando crescimento de 30% semanal nas demandas.

Foto: Divulgação

“A busca de empresas por soluções em logística aumentou. Percebemos que negócios que já usavam as nossas soluções aumentaram sua demanda por entregas”, afirma Philippe Rambaud, gerente de expansão da startup. ‘Nós também fomos procurados por empresas que ainda não usavam a Lalamove e agora estavam em busca de serviços de entregas”.

A empresa, porém, afirma que o crescimento está sendo suportado. Afinal, mais do que oferecer um serviço de entregas, a Lalamove conta com um sistema fino de tecnologia. Há uso, por exemplo, de ferramentas de inteligência artificial e machine learning para otimizar de rotas, rastreamento de entregas em tempo real e emissão de protocolos eletrônicos.

Além disso, a startup suspendeu as sessões informativas presenciais para novos motoristas parceiros. Agora, interessados no serviço fazem um treinamento completamente virtual.

Outra empresa do setor que está usando a inovação para evitar o contato físico é a Diálogo Logística. No caso deles, foi desenvolvida uma tecnologia que captura a assinatura do recebimento de produtos por comando de voz. A ideia, assim, é que as pessoas não toquem no celular do entregador pra assinatura digital. Apenas a voz, à distância, resolve.

Isso, além de causar conforto ao entregar e ao cliente, também cria uma cadeia virtuosa. Afinal, protege a saúde dos envolvidos e diminui o número de baixas de entregadores.

“Essas ações de melhoria visam trazer mais segurança tanto para os entregadores quanto para os nossos clientes”, afirma Ricardo Hoerde, CEO da Diálogo Logística. “Garantimos a manutenção, com responsabilidade, de um serviço essencial à população que, neste momento, é orientada pelas autoridades a ficar em casa para conter o avanço do vírus”.

Na estrada” data-reactid=”71″>Na estrada Enquanto nas cidades as motos e bicicletas circulam mais ativamente, nas estradas o trânsito de caminhões está observando queda drástica. A TruckPad, que conecta clientes com caminhoneiros autônomos, fez uma pesquisa com quase 10 mil contratantes de fretes e apurou uma queda de 35% no volume de cargas em relação à movimentação normal.

Nas entregas realizadas em estabelecimentos comerciais como lojas de ruas e de shopping centers, a queda foi de 40%. Já para as entregas ‘Full Truck Load’, que ocupam toda a capacidade de um veículo, a pesquisa aponta queda de 20%, indicando desaceleração no agronegócio, no comércio atacadista e em uma boa parte da indústria existente no País.

No entanto, apesar da queda, a TruckPad conta com um grande contingente de profissionais ativos. “Os caminhoneiros com os quais temos contato têm se mostrado dispostos a seguir trabalhando”, disse Carlos Mira, CEO da startup. Por isso, a grande preocupação agora é com soluções que abasteçam e suportem esses profissionais.

“Para apoiar o setor, lançamos a iniciativa Transporte Voluntário. Nos oferecemos para localizar e contratar gratuitamente caminhoneiros para entregar doações de produtos de saúde. Oo frete para o motorista é custeado pelo TruckPad”, conta Mira. “Já fizemos mais de 20 entregas pelo país. Qualquer instituição pode solicitar o transporte através do site”.

Além disso, Mira destaca a importância da TruckPad Pay, a carteira digital da startup. A ideia é que o caminhoneiro poderá obter refeições, distribuídas pela empresa e pela Anfir (Associação Nacional Fabricantes de Implementos Rodoviários). “Basta escolher a refeição, pagar com QR Code e usar o app TruckPad Pay”, explica o empreendedor da startup.

A Intelipost, empresa de tecnologia e soluções em logística, ressalta a mudança de comportamento no cenário de logística. “[Há] adoção de tecnologias inteligentes para logística para trazer visibilidade total das operações para as empresas, permitindo que elas tomem decisões mais assertivas e possam reagir rapidamente a outras crises no futuro”, diz Stefan Rehm, CEO da Intelipost. “A tecnologia pode ser uma grande aliada”.

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Fonte: Yahoo Finanças

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