Cortisona – Hoje vamos abordar uma das questões mais melindrosas do receituário na reumatologia: o uso do corticoide nas doenças reumáticas. Será ele benéfico ou maléfico?
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Imagine que você está dirigindo em uma avenida movimentada. De repente o carro a sua frente pára subitamente e você dá uma freiada. Seu coração parece que vai sair pela boca. Sua pressão arterial sobe e a frequência cardíaca também. Um dos hormônios que é responsável por estes sintomas é o cortisol, que é produzido por um par de glândulas chamada suprarrenal. Foi no ano de 1950 que a cortisona foi sintetizada pela primeira vez e utilizada como medicamento e seu benefício como potente anti-inflamatório e imunossupressor foi descoberto.
Considerado um medicamento milagroso, logo se viu que também tem vários efeitos adversos, hoje bem conhecidos, a saber,(no uso crônico): atrofia da pele, acne, diabete, osteoporose/fratura, glaucoma, hipertensão, ganho de peso, entre vários outros. Mas então, se tem efeitos colaterais, a resposta para a pergunta inicial seria: o corticoide é vilão! A resposta é DEPENDE da indicação clinica, pois a CORTISONA SALVA VIDAS! Todo medicamento usado com cautela, indicação MÉDICA CORRETA, os benefícios SÃO MAIORES QUE OS RISCOS! Exemplo: tratamento de artrite reumatóide refratária, polimialgia reumática, vasculites, lúpus eritematoso sistêmico, entre várias outras doenças reumáticas.
No entanto, o nosso ALERTA é EVITE AUTO MEDICAÇÃO! Não há indicação de corticoide na síndrome fibromiálgica e na doenças degenerativas articulares sem processo inflamatório associado. Importante é TER DIAGNÓSTICO CORRETO para o tratamento das doenças reumáticas e não precisar lançar mão dos corticosteroides. Procure um reumatologista.
Fonte: SCR
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