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Dólar fecha estável, após atingir maior patamar em quase 5 meses na véspera

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O dólar fechou estável (+0,08%), cotado a R$ 5,4298, nesta quarta-feira (29), após atingir na véspera o maior patamar em quase cinco meses. Veja mais cotações.

Numericamente, o dólar emendou a sexta alta consecutiva — série mais longa desde os oito pregões de ganhos entre o fim de junho e início de julho — e renovou máxima desde 4 de maio (R$ 5,4322).

Nesta sessão, a cotação variou de R$ 5,4471 (+0,37%) a R$ 5,3919 (-0,65%). Com o resultado, a moeda norte-americana acumula alta de 5,03% no mês e 4,68% no ano.

A movimentação tímida do dólar ante o real vem depois de uma sessão difícil para os ativos arriscados globais na véspera, já que expectativas de redução do estímulo do Federal Reserve, temores sobre o crescimento global e a crise energética da China elevaram a busca por segurança.

“Vem se formando essa tempestade perfeita” que explica os atuais patamares elevados do dólar, disse Helder Wakabayashi, especialista de finanças da Toro Investimentos.

 

Entre os fatores externos que mais colaboraram para esse movimento recente de apreciação, Wakabayashi chamou a atenção para a sinalização do banco central dos EUA de que pode dar início aos cortes em suas compras de títulos já em novembro, o que tem impulsionado os rendimentos norte-americanos nos últimos dias. Isso, por sua vez, dava suporte ao dólar internacionalmente.

Apesar da pausa no rali da divisa nesta quarta-feira — que pode refletir a realização de leilão de swap cambial tradicional de até 14 mil contratos pelo Banco Central — Wakabayashi acredita que o dólar deve seguir em patamares elevados no curto prazo e encerrar o ano próximo dos 5,20-5,30 reais, uma vez que o ambiente doméstico também é fator de preocupação.

Em meio a persistentes incertezas fiscais, lideranças da Câmara dos Deputados e governo já discutem a eventual prorrogação do auxílio emergencial, conforme o Executivo Federal busca uma solução orçamentária para criar o programa social substituto do Bolsa Família, o Auxílio Brasil.

“Como não existe espaço no teto do gasto, a menos de reduções substanciais em outras despesas, (…) os investidores começam a se preocupar com a possibilidade de que o auxílio emergencial acabe sendo retirado do teto, tornando-o praticamente inefetivo”, escreveram analistas da Genial Investimentos em nota.

 

Somando-se aos ruídos fiscais, a expectativa dos investidores é de que a incerteza política ganhe cada vez mais força à medida que o ano eleitoral de 2022 — que deve contar com uma disputa polarizada pela Presidência — se aproxima, enquanto as pressões inflacionárias crescentes também ficam no radar.

Fonte: G1

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