Fique por dentro dos principais FATOS e TENDÊNCIAS que movimentam o setor

Eliminação de resíduos sólidos une farmacêuticas

Acompanhe as principais notícias do dia no nosso canal do Whatsapp

resíduos sólidos

A eliminação de resíduos sólidos une a concorrência na indústria farmacêutica. A Merck e a Sanofi anunciam resultados de uma parceria com foco nessa atitude sustentável.

Ao longo da última década, a Merck forneceu à Sanofi barris retornáveis para substituir os frascos de vidro dos solventes já utilizados pela farmacêutica francesa. Com isso, impediu a incineração de 60 toneladas de resíduos sólidos, equivalente a aproximadamente 300 caixas d’água cheias de frascos de vidro.

Os frascos, que antes armazenavam quatro litros de solventes e tinham de ser posteriormente incinerados, deram lugar a barris retornáveis que otimizam o envasamento do produto, comportando 30 litros cada. Além do positivo impacto financeiro e no meio ambiente, os barris retornáveis garantem mais segurança na manipulação dos solventes.

“Na Sanofi, sempre temos em vista a minimização do impacto ambiental das nossas atividades e buscamos levar as iniciativas mais sustentáveis também para a nossa cadeia de fornecedores. A parceria com a divisão de Life Science da Merck está totalmente em linha com os objetivos de desenvolvimento sustentável e os resultados alcançados nesses 10 anos comprovam a assertividade do projeto”, comenta Rachel Brito, da diretoria de compras na Sanofi.

O projeto na Merck é encabeçado pela divisão de Life Science. “Nossa atuação é baseada em uma estratégia de sustentabilidade que contempla dedicação ao progresso humano, criação de cadeias de valor sustentáveis e redução da nossa pegada ecológica. Tivemos excelentes resultados ao longo dessa década de parceria com a Sanofi e estamos comprometidos para que os resultados dos próximos dez anos sejam ainda mais significativos”, observa Fabio Demetrio, head de Science & Lab Solutions da divisão de Life Science da Merck.

Resíduos sólidos das farmacêuticas dão vida a novas árvores

Os resíduos sólidos gerados da indústria farmacêutica agora podem ajudar a reflorestar áreas devastadas. O engenheiro ambiental Gabriel Estevam Domingos usou cápsulas de colágeno descartadas para acomodar sementes, que podem ser distribuídas em larga escala.

Segundo informações do G1, além de dar um destino correto para as cápsulas, o projeto também facilita o reflorestamento de áreas devastadas por queimadas ou erosão, ou então que ficam em regiões de difícil acesso.

“Nós trazemos essas cápsulas para o laboratório, colocamos sementes. Essas sementes que estão aqui, elas vieram do Pará, do bioma Amazônico. Todas são árvores nativas”, comenta o engenheiro, que atua como diretor de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Ambipar.

“Em contato com a água, (a cápsula) fica basicamente como nosso organismo. Ela rapidamente acaba sendo derretida, dissolvida, fazendo com o que está aqui dentro seja disperso”, completa.

Resíduos sólidos são espalhados por drones

Com o auxílio de drones semeadores, as biocápsulas, que uma vez foram resíduos da indústria farmacêutica, são plantadas de forma remota. Segundo o pesquisador, cada drone consegue transportar quase 3 mil cápsulas em um único voo.

A própria aeronave registra imagens e coordenadas para observar o avanço da iniciativa. Mais de 500 mil unidades foram plantadas em áreas da Amazônia e da Mata Atlântica.

“São resíduos que antes eram inutilizados. Eles voltam para a cadeia produtiva, transformando resíduo em árvore”, destaca Domingos.

Notícias mais lidas

Notícias Relacionadas

plugins premium WordPress