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Faturamento das farmácias aproxima-se de R$ 190 bi

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Faturamento das farmácias aproxima-se de R$ 190 bilhões

O faturamento das farmácias brasileiras segue sua curva consistente de evolução e aproxima-se da casa dos R$ 190 bilhões. Ao mesmo tempo, amplia ainda mais o fosso entre as redes e os PDVs independentes, que perderam o posto de segundo nicho mais representativo do setor.

Dados da IQVIA indicam que o varejo farmacêutico movimentou R$ 189,9 bilhões nos últimos 12 meses até abril deste ano, o que equivaleu a um avanço de 15,5%.

Pouco mais de 44% da receita teve como origem o grande varejo farmacêutico, que reúne as 30 bandeiras associadas à Abrafarma. A receita foi de R$ 84,3 bilhões, valor 17,6% acima do mesmo período anterior, resultante de mais de 1 bilhão de atendimentos.

“Isso equivale a dizer que cada brasileiro visitou pelo menos cinco vezes a farmácia ao longo do ano. A frequência média histórica era de quatro”, ressalta Sergio Mena Barreto, CEO da entidade.

As redes de pequeno e médio porte, por sua vez, movimentaram R$ 22,7 bilhões e respondem por 12% do faturamento. O avanço foi de 9,1%, mas as expectativas são promissoras. As 16 empresas que integram a Unifabra crescem acima de dois dígitos e projetam totalizar R$ 4 bilhões de receita até 2025.

Para isso, a associação criou uma estrutura de gestão profissionalizada e planeja dobrar de tamanho, ter representatividade em todas as unidades da Federação. “Podemos ir muito além do papel institucional, ao prover para o pequeno e médio varejo ferramentas e inteligência de mercado que permitam o real desenvolvimento dessas empresas”, comenta o CEO Edu Rocha.

Faturamento das farmácias sob impulso do associativismo

O faturamento das farmácias vem evoluindo especialmente com o impulso do associativismo. O segmento teve a maior alta nos últimos 12 meses – 18,1%. Além disso, pela primeira vez ultrapassou o varejo independente em receita, com R$ 41,9 bilhões.

As farmácias independentes respondem por 22% do montante, mas gradualmente vêm perdendo participação, que era de 24% em 2020. O associativismo e as franquias seguiram ocupando essa lacuna e ampliaram seu share de 20,4% para 22% em três anos.

“A pandemia acelerou a transformação digital e as redes souberam responder melhor a essa nova demanda. Já os PDVs independentes mantiveram sua carência digital”, avalia Rodnei Domingues, presidente do Instituto Axxus, startup do Parque Científico da Unicamp.

O fluxo de encerramento de lojas também reflete o cenário preocupante para os pequenos PDVs. Embora ainda representem 59,4% das 90.907 unidades em funcionamento no país, as independentes somaram mais de 4 mil fechamentos no período – 81% do total de PDVs desativados.

“Como 80% do consumo nacional se concentra em 200 municípios, a tendência é que as maiores redes foquem esforços nessas cidades. Em função desse cenário, o associativismo ganha espaço como alternativa ao grande varejo e com mais poder de fogo para competir no mercado em relação às farmácias independentes”, acredita Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail.

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