A venda da Walgreens, a maior rede de farmácias dos EUA, foi oficializada na última quinta-feira, dia 6, por meio de um comunicado emitido pela varejista. A companhia foi adquirida pela empresa de private equity Sycamore Partners, que pagou inicialmente US$ 11,45 (R$ 66,86) por ação, podendo subir o valor para US$ 14,45 (R$ 84,38) após o atingimento de metas. O montante atual representa um prêmio de 8% sobre preço de fechamento do papel no dia. As informações são do portal Brazil Journal.
O valor total da aquisição se aproxima dos US$ 10 bilhões (R$ 58,39 bilhões), montante que representa apenas 10% do ápice histórico da companhia na bolsa de valores americana, registrado há menos de 10 anos.
O acordo, que gerou desconfiança ao mercado pela existência de dívidas e obrigações de arrendamento que somam US$ 30 bilhões (R$ 175,18 bilhões), será finalizado ainda no terceiro trimestre deste ano e marcará a retirada da companhia da bolsa de valores. Durante os próximos 35 dias a companhia iniciará um período de go-shop, procurando uma oferta melhor para seus acionistas.
Declínio marca venda da segunda maior rede de farmácias dos EUA
Fora dos holofotes da bolsa e sem se preocupar com variações em suas ações e resultados trimestrais a companhia poderá focar em sua reestruturação, combatendo um mau momento que se arrasta por quase uma década.
A aquisição da rede britânica Boots em 2014 marcou o que pode ser considerado o ápice da Walgreens, quando buscava se tornar um conglomerado de assistência médica e contava com 12 mil lojas nos EUA, além de um valor de mercado de US$ 100 bilhões (R$ 583,95 bilhões).
O movimento foi na contramão dos concorrentes, que optaram por apostar no mercado de seguros e garantir margens melhores na comercialização de medicamentos controlados. O crescente movimento de compras online, principalmente nos segmentos de cosméticos e itens para casa também não auxiliou a empresa, que vinha fechando lojas e vendendo suas participações em negócios nos últimos anos.