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Hypera avança mesmo com greve e investigação

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A fabricante de remédios Hypera Pharma, ex-Hypermarcas, deve divulgar um balanço do segundo trimestre do ano com alta nos lucros por conta do aumento das vendas de medicamentos com prescrição, os seus produtos mais caros. Os resultados, informados após o fechamento do mercado hoje, devem consolidar a bem sucedida transição de uma empresa de bens de consumo para uma fabricante de medicamentos.

Veja também: Uma lava-jato no caminho da Hypera Pharma, ex-Hypermarcas

Entre os analistas de mercado, as projeções de elevação anual dos ganhos da Hypera vão de 18,9%, no caso do banco de investimentos Brasil Plural, a 29,5%, de acordo com os cálculos do BB Investimentos. O Bradesco estima um avanço de 18%. No segundo trimestre de 2017, a farmacêutica registrou lucro líquido de 195 milhões de reais. “Estimamos que as margens brutas da companhia cresceram 1,1 ponto percentual no período, para 74,3%, devido a uma maior participação de remédios de prescrição nas vendas”, os analistas do BB escreveram em relatório a clientes nesta semana. A tendência de crescimento das vendas dos remédios mais caros também é observada pelo Bradesco, que vê as margens aumentando 1,3 ponto percentual.

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A projeção do BB para as receitas é de uma alta de 8,8% entre abril e junho de 2018, enquanto o Brasil Plural estima um avanço de 12,2% e o Bradesco, de 14,2%, considerando que no mesmo período do ano passado a empresa registrou vendas de 852 milhões de reais. “As receitas da Hypera devem continuar crescendo acima da média do mercado”, Luciano Campos, analista do Bradesco, escreveu em relatório a clientes nesta semana.

Os carros-chefes da Hypera são os remédios genéricos – que custam, em média, 60% menos do que os de marca – e os sem prescrição, mas a farmacêutica tem aumentado os investimentos em pesquisa e desenvolvimento para turbinar os lançamentos de medicamentos de maior valor agregado.

Os números do segundo trimestre da Hypera devem sair bons, mas poderiam ser ainda melhores não fosse a greve dos caminhoneiros, no final de maio, na avaliação do BB. A citação de executivos da companhia na Operação Tira-Teima, que investiga pagamentos de propina a políticos do MDB e do PSDB, levou a mudanças na gestão, mas até agora tem ficado longe dos balanços da empresa. A julgar pelas previsões, deve continuar assim após esta sexta-feira.

Fonte: Exame

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