Fundador da Nissei lidera expansão de drugstore e mira lojas da Santa Marta

FUNDADOR DA NISSEI,Nissei, drugstore no Brasil, drugstore, farmácias, Farmácias Nissei, varejo farmacêutico
Com perseverança e senso empreendedor, Sérgio Maeoka consolidou Nissei no top 7 do varejo farmacêutico
Fotos: Leandro Luize

A expansão do modelo de drugstore no Brasil é a mais nova motivação que distancia o fundador da Nissei da aposentadoria. Aos 64 anos e hoje presidente do conselho da rede de farmácias paranaense, Sérgio Maeoka vem encampando esse desafio com a mesma perseverança que mostrou na roça ao lado dos pais, como office-boy e até como dono de pastelaria.

A expansão para o Centro-Oeste, por exemplo, é um dos desafios assumidos pelo empresário. Segundo informações do Pipeline, a Nissei fez uma proposta de R$ 30,1 milhões para adquirir 32 lojas da Drogaria Santa Marta, que está em recuperação judicial. Nesse leilão, a rede tem a prerrogativa de cobrir outra eventual oferta.

Ao receber com exclusividade a redação do Panorama Farmacêutico na sede administrativa da rede em Curitiba (PR), Maeoka logo revelou o apreço pela prática da pesca no seu tempo livre, em localidades como a Amazônia e o Panamá. Mas o que se ouviu a partir daí não foram histórias de pescador, e sim o exemplo de alguém incapaz de desistir e pronto para enxergar oportunidades tanto em águas calmas como turbulentas. Resgatar essa trajetória é fundamental para entender os caminhos que o moveram até hoje.

Após uma manhã inteira de entrevista, é impossível se surpreender com a evolução da sétima maior rede do varejo farmacêutico nacional, segundo a Abrafarma. A farmácia independente aberta em 1986 no bairro das Mercês, na capital paranaense, tornou-se um grupo com 421 lojas em três estados. Bem posicionada no Paraná e em Santa Catarina, a empresa acelera o ritmo de crescimento no maior mercado do país. São Paulo é a bola da vez, onde hoje estão 95 PDVs. Detalhe: eram apenas 22 em 2019.

Esse rápido avanço teve como um dos motores a aquisição de 39 lojas da Poupafarma, rede oriunda da Baixada Santista e com unidades também na capital paulista e no Vale do Paraíba. Muito além de negócios, a operação carrega um simbolismo familiar. Foi no Porto de Santos que desembarcou um navio de imigrantes japoneses, no início dos anos 30, marcando a chegada dos avós e pais de Sérgio ao Brasil.

Na dura jornada para encontrar uma terra disponível, os Maeoka fixaram-se em Santa Isabel do Ivaí, distrito na cidade de Paranavaí, no extremo oeste do Paraná. O primeiro terreno sequer tinha adubação, mas a família batalhou para se sustentar na região por meio da agricultura cafeeira. Foi lá que nasceu o fundador da Nissei, o terceiro de quatro filhos, em 1960.

Fundador da Nissei trabalhou na roça a partir dos cinco anos

Três anos depois, a família do fundador da Nissei viabilizou a compra de uma chácara em Jardim Alegre. “Era um terreno mais fértil, onde se podia plantar café, hortaliças, criar vacas leiteiras e até porcos. Com cinco anos de idade, lá estava eu ajudando meus pais e irmãos na lida”, relembra. Com o advento da mecanização agrícola e a urbanização acelerada, trabalhar desde cedo não era uma escolha para o filho de pequenos agricultores.

Aos seis anos começou a estudar, mas conciliando o cotidiano escolar com a capinação e a entrega de galões de leite de 12 litros. Essa era a primeira tarefa do dia e ele não hesitou em cobrar comissão pelas vendas. O espírito vendedor começava a despontar. Até que, em 1971, aconteceu a esperada mudança para a cidade grande e a família mudou-se para Apucarana.

Tudo caminhava bem até o fenômeno da geada negra, que queimou milhões de cafeeiros. O pai teve de vender a chácara e procurou empreender como dono de bar. Não deu certo e gradativamente a família perdeu patrimônio. O adolescente Sérgio Maeoka precisou olhar para outras frentes e conseguiu emprego em uma fábrica de móveis. Desistiu após 30 dias por entender que a carreira não iria prosperar e começou a atuar como entregador na Farmácia Coração de Jesus, hoje Morifarma.

“Fazia delivery, limpeza da farmácia e de frascos de penicilina e ajudava no caixa. Mas meu projeto era ser atendente. Passei a ler uma bula atrás de outra em busca de conhecimento e a promoção veio”, destaca. Aos 16 anos, obteve a independência financeira enquanto o pai se firmava em uma transportadora e a mãe como costureira. Em busca também de novos horizontes pessoais, Maeoka passou a residir em uma república com outros cinco estudantes.

Ao completar 18 anos, foi transferido para Curitiba e ganhou como bônus a participação nos lucros da rede de farmácias. “A loja da Praça Tiradentes representou outra grande escola, onde comecei a ter contato com controle de estoque, inventário e laboratório de manipulação”, conta.

Na vida pessoal, o início dos anos 80 marcou o casamento e o nascimento dos filhos Alexandre, atual CEO da Nissei, e Patrícia – que comanda a rede de pet shops Hiperzoo, controlada pelo grupo. Até que veio o fatídico ano de 1986. Maeoka já havia saído da Farmácia Coração de Jesus e foi convidado por um médico para abrir outra pequena rede de farmácias. Mas a empresa faliu após abrir quatro lojas, sem resistir à hiperinflação e ao fracasso do Plano Cruzado.

Na partilha do patrimônio dessa rede, sobraram os quatro pontos comerciais em regiões populares e de fluxo intenso. Mas como não havia capital para montar um novo negócio no mesmo local, vendeu o ponto morto, juntou economias e comprou sua primeira drogaria de 40 m² pela bagatela de US$ 10 mil.

expansão da Nissei
Uma das primeiras lojas da Nissei, no fim dos anos 1980                                                                                          Acervo Farmácias Nissei

Entre os pastéis e os medicamentos

Em meio a um difícil cenário econômico e tabelamento de preços, os primeiros anos foram desafiadores e fizeram o novo empreendedor ter uma ideia inusitada – abrir a pastelaria Oishi para ser tocada pelos familiares. A localização no bairro Parolin, caracterizada pela intensa movimentação de pessoas, colaborou para o sucesso do estabelecimento e para a sustentação financeira da farmácia. A dupla rotina de empreendedor durou cinco anos.

Plano Real e o primeiro grande impulso da Nissei

Sérgio Maeoka chegava a 1994 com três lojas e já mirava a quarta unidade em um dos melhores pontos de Curitiba. O proprietário do imóvel cotou a locação em dólar e o aluguel saiu por US$ 100 mil, parcelado em dez vezes. Três meses depois, o Plano Real entrava em vigor e promovia a paridade de R$ 1 para US$ 1, para sorte do empresário. “Investi em uma farmácia promissora e de quebra teria uma sobra adicional de recursos em Reais”, explica.

Nesse mesmo ano, a convite de um distribuidor, viajou para os Estados Unidos e fez uma imersão no mercado farmacêutico local. Após ter contato com a operação das drugstores, voltou ao Brasil convicto de que deveria replicar essa estratégia, mas antes seria necessário acelerar a expansão orgânica.

A rede totalizava 30 PDVs em 2000, quando uma concorrência estrangeira surgia com força. A rede chilena Farmacias Ahumada estreava no Brasil ao adquirir o controle da Drogamed. Para completar, uma lei estadual abria aos supermercados a possibilidade de ter uma farmácia, bastando que a implementasse em um ambiente segregado e com a presença de um farmacêutico.

Lojas caracterizam se por metragem elevada e amplos corredores
Lojas caracterizam-se por metragem elevada e amplos corredores

Quem disse que isso fez Sérgio Maeoka esmorecer? Enquanto a Drogamed decidiu ir à Justiça para derrubar a legislação em vigor, o fundador da Nissei evitou o confronto com o influente setor supermercadista. “Se eles poderiam vender medicamentos, eu poderia comercializar outros produtos. As vigilâncias sanitárias poderiam ser um entrave, mas nenhuma lei proibia isso de fato”, observa.

A drugstore no Brasil começa a ganhar corpo

A partir de 2002, a Nissei passou a inaugurar lojas de 250 m² a 300 m², com fachada similar à de templos japoneses. Hoje, o maior PDV exibe 900 m². Dois anos depois, a rede começou a levar esse modelo para o interior do Paraná, em municípios como Londrina, Maringá e Ponta Grossa.

A diversidade de 18 mil SKUs era outro diferencial. Muito além de artigos de beleza e cuidados pessoais, os PDVs da rede paranaense dispõem de pães, iogurte, palmito e até ventilador. Outra característica é a ilha de chocolates, inspirada em estabelecimentos da Argentina.

Ilha de chocolates surgiu apos visita a farmacias argentinas
Ilha de chocolates surgiu após visita a estabelecimentos da Argentina

Participante ativo de missões técnicas como as da Abrafarma e da Unilever, Maeoka sempre cultivou as tendências do varejo internacional. E a drugstore, em particular, era a saída para as farmácias reduzirem a dependência da categoria de medicamentos.

“Não há como agregar margem na venda de remédios. Por isso acreditamos que esse conceito é decisivo para gerar mais recorrência e receita. Conseguimos ampliar a frequência de visitas e alcançar um público mais abrangente em comparação às farmácias tradicionais”, contextualiza. O argumento faz muito sentido para alguém que assistiu à perda de toda a plantação por conta de uma única geada e à falência da farmácia causada por um plano econômico.

A diversidade deveria dar o tom às suas lojas. “Somos uma one stop shop, que permite ao consumidor resolver praticamente todas as suas necessidades em um só lugar e no momento mais conveniente”, reforça. Os números provam o sucesso. A participação dos não medicamentos no faturamento da Nissei gira em torno de 42%, contra 32% da média geral das grandes redes. As transações via e-commerce aumentaram 94% em 2023.

Cafe e palmito a venda revelam drugstore em estado puro
Café e palmito à venda revelam drugstore em estado puro

As seis marcas próprias da rede são resultados dessa estratégia. O crescimento nessa área foi de 46% no ano passado, graças a um portfólio variado que abrange higiene e beleza, suplementos, produtos nutricionais, primeiros-socorros, sabonetes, escovas de cabelo, salgadinhos, snacks e biscoitos de polvilho.

Vendas da Nissei por categoria (2023)

graficos panorama farmaceutico 2
Fonte: Farmácias Nissei

Vendas das redes associadas à Abrafarma por categoria (2023)

graficos panorama farmaceutico 1 1
Fonte: Abrafarma

Saída da concorrente e migração para outros estados

No ano passado, a rede promoveu 42 inaugurações. Só neste primeiro semestre foram abertas outras 42, incluindo mais de dez no estado de São Paulo. Na capital paulista já comanda 12 lojas em endereços bem movimentados, entre os quais as avenidas Domingos de Morais, a poucos metros da estação Ana Rosa do Metrô; e dos Jequitibás, ao lado do Terminal Rodoviário do Jabaquara.

Enquanto seguia em frente, Maeoka vislumbra o futuro. Os planos de IPO estão em suspenso por ora, mas a Nissei é registrada na CVM como classe A e vem recorrendo a expedientes do mercado financeiro e a aportes. As mais recentes movimentações foram uma captação de R$ 250 milhões, por meio de uma operação de CRI; e R$ 360 milhões que foram aportados na companhia. Um centro de distribuição na Região Metropolitana de Campinas (SP) deve ser erguido até o fim do ano.

Em função de normas legais, os planos de crescimento da companhia não podem ser divulgados. Mas o histórico indica que não devem ser modestos. Lembrando dos ensinamentos da família, ele não se cansa de prospectar terra boa e plantar para garantir a melhor colheita.

FARMÁCIAS NISSEI

Fundação: 1986
Faturamento: R$ 2,71 bilhões (balanço de 2023)
Número de lojas: 421, sendo 307 no Paraná, 96 em São Paulo e 19 em Santa Catarina
Market share: 17,51% no Paraná, 5,54%* em São Paulo e 4,24%* em Santa Catarina
(* participação considerando as cidades onde atua)
Estrutura: um CD de 17 mil m² em Colombo, com capacidade para armazenar 18 mil SKUs; e um laboratório de manipulação em Curitiba.

Expansão da FarMelhor visa novas franquias

expansão da FarMelhor
Foto: Divulgação

O projeto de expansão da FarMelhor, rede de farmácias mineira, aposta no sistema de franquias para aumentar seu número de lojas. Natural de Piumhi, a companhia já conta com mais de 460 unidades em funcionamento ou em construção. As informações são do portal O Tempo.

 Representando seu Estado na 31° edição da ABF Franchising Expo, feira realizada entre os dias 26 e 29 de junho, a FarMelhor aproveitou a ocasião para divulgar seus planos e previsões.

“Na feira realizamos a captação de novos negócios e investimentos. Ali, apresentamos, de forma rápida, um pouco da marca, payback, faturamentos e detalhes básicos para o candidato. Depois da apresentação rápida, no pós-evento, fazemos um novo contato com o interessado para agendar a reunião e, ali, entender a sua expectativa, aproximar mais e escutar sobre o projeto”, explica Renan Reis, CEO da rede.

Expansão da FarMelhor deve acelerar crescimento

Com um faturamento de quase R$ 600 milhões no ano passado, as expectativas estão altas para 2024. Projeções da empresa estimam um faturamento recorde de R$ 720 milhões.

“Estamos crescendo mais que o dobro do mercado em faturamento. O setor é uma força vital para a geração de emprego, renda e riquezas para o Brasil, sempre com muita criatividade e inovação. Para os próximos anos, acredito que o segmento de franquias terá relevância igual ou maior, pois a ABF dissemina e apoia a cultura do franchising íntegro, levando ética, gestão, ordem, profissionalismo e responsabilidade. Isso gera muita força, união e parceria”, completa o executivo.

Novo CD do Grupo Boticário tem investimento de R$ 150 milhões

Novo CD do Grupo Boticário
Foto: Divulgação

O novo CD do Grupo Boticário, inaugurado em Cajamar (SP), promete reduzir o prazo de entrega da companhia em até três dias. O centro de distribuição custou aproximadamente R$ 150 milhões e tem como foco o atendimento do marketplace e de seus parceiros B2B, como supermercados e farmácias.

 A planta inaugurada conta com uma área de 30 mil m² e se une aos CDs da empresa em Registro e São José do Rio Preto,  no interior de São Paulo. Essa concentração de CDs faz parte do projeto de criação de um novo “Polo da Beleza”, similar aos existentes nas cidades de São José dos Pinhais (PR) e Camaçari (BA).

“Em Registro, que fica em uma das regiões menos desenvolvidas economicamente do Estado, o Grupo Boticário funciona como um centro gravitacional para essas indústrias e colaboradores”, explica Sérgio Sampaio, vice-presidente de operações. Um estudo da companhia estima que o polo conta com mais de cinco mil funcionários e 2,4 mil fornecedores.

Novo CD do Grupo Boticário confirma investimento no estado

A escolha da localização para a nova planta reforça as intenções do Grupo Boticário de investimento no estado de São Paulo. Ao explicar a decisão, Sampaio destacou a importância da região para o mercado. Segundo ele, São Paulo concentra entre 30% e 35% do consumo nacional de produtos de beleza.

O executivo ainda reforçou que embora a atenção primária do centro seja a região Sudeste, a instalação deve acomodar pedidos de todo o país.

Cannabis nas farmácias tem movimentação recorde em 2024

0
CANNABIS NAS FARMÁCIASMercado de cannabis, farmácias, cannabis, varejo farmacêutico
Foto: Canva

Presente em 26 mil pontos de venda, o mercado de cannabis nas farmácias registrou movimentação recorde de 494 mil unidades nos últimos 12 meses até abril de 2024, segundo dados da IQVIA. Trata-se de um universo que envolve 12 empresas, responsáveis por comercializar 21 apresentações de produtos por meio da RDC 327/2019. No período foram emitidas 248 mil prescrições, provenientes de 45 mil médicos.

Entre as especialidades com o maior número de receitas médicas, a neurologia é a campeã, concentrando 27% das prescrições, o que corresponde a um volume de 66 mil emissões efetuadas por 4 mil profissionais. Na segunda colocação vem a psiquiatria (23%), com 57 mil receitas dispensadas.

Ocupando o terceiro lugar, a clínica médica (13%) concentra o maior número de profissionais (12,1 mil), grande parte deles atuando como médico de família. “Já a geriatria, embora esteja na quarta posição no número de prescrições (6%), apresenta uma alta produtividade, uma vez que apenas 1,3 mil profissionais de saúde assinam o receituário de 16 mil produtos vendidos no varejo farmacêutico, o que mostra a importância desse mercado”, afirma Daniela Queiroz, diretora da IQVIA, em apresentação durante o evento We Need to Talk About Cannabis, realizado no último dia 25 de junho na capital paulista.

Volume de itens prescritos e dispensados nas farmácias por categoria
(em mil prescrições e representatividade percentual)

 

graficos panorama farmaceutico 7
Fonte: IQVIA

Cannabis nas farmácias teve pico em março

O mês de março de 2024 foi o de maior pico para a cannabis nas farmácias, com 25.653 receitas emitidas por 11.033 médicos e comercializadas em 6.721 estabelecimentos. “O mercado ganhou tração no período pós-pandemia, especialmente após a entrada das grandes farmacêuticas como Biolab, Mantecorp e Prati-Donaduzzi. “É um mercado emergente, ainda não consolidado, que apresenta um crescimento expressivo”, acrescenta.

Farmácia x mercado institucional

No mercado farmacêutico em geral, o volume de produtos e medicamentos à base de canabidiol cresceu de forma consistente. Para analisar esse cenário, a IQVIA apresentou dados dos últimos 12 meses até maio deste ano. Somando a venda em farmácias com o canal hospitalar, o avanço sobre o período anterior chegou a 124,5%. Dos R$ 196,5 milhões em valor total, R$ 176,8 mi foram provenientes das drogarias.

graficos panorama farmaceutico 1 4
Fonte: IQVIA

Sul e Sudeste dominam o mercado

Mês após mês, o canabidiol aumenta sua presença nos PDVs farmacêuticos pelo Brasil, com as regiões Sul e Sudeste representando 71% da demanda. Com 6.931 drogarias, o estado de São Paulo contabilizou 150,3 mil unidades comercializadas nos últimos 12 meses até maio de 2024. Completam o pódio o Rio de Janeiro (58,3 mil unidades em 2.508 PDVs) e Minas Gerais (43,6 mil unidades em 2.876 lojas)

234983475987 cannabis
Fonte: IQVIA

 

Farmácias São João apostam em negócios digitais

0
Negócios digitais,
Foto: Divulgação

Os negócios digitais estão no centro da estratégia da Farmácias São João. A rede anunciou que passará a utilizar vídeos em suas redes sociais e live commerce, transmissões ao vivo para a demonstração e comercialização de produtos, a fim de interagir com os consumidores e realizar vendas na internet.

Os conteúdos produzidos pela varejista abordarão produtos de marca própria e, também, de parceiros da indústria farmacêutica. Para o diretor executivo de digital, Daniel Ribeiro, a prática é uma forma de se destacar no mercado.

“É uma aposta ousada para se diferenciar da concorrência e abrir um novo mundo de possibilidades aos nossos clientes”, comenta. Segundo ele, os conteúdos também servirão como uma ponte para a interação entre a empresa e os consumidores.

Negócios digitais fomentarão conhecimento e vendas 

Ribeiro também destaca que esses conteúdos visam educar o consumidor sobre os produtos. “Estamos comprometidos em oferecer conteúdo relevante e envolvente, utilizando os vídeos como ferramenta chave para alcançar esse objetivo”, afirma.

Segundo o executivo, as interações e compras durante as transmissões ao vivo reforçam o relacionamento com o público. “Essa interatividade proporciona uma experiência de compra mais dinâmica e personalizada, aumentando o engajamento e a fidelidade dos clientes”, finaliza.

Coenzima Q–10 em potência máxima

0

Coenzima

A Maxinutri reforçou seu suplemento alimentar de Coenzima Q–10. Agora o produto conta com uma concentração de 200 mg, a maior permitida pela Anvisa. O lançamento chega ao varejo farmacêutico em apresentação com 30 cápsulas.

A Coenzima Q–10 é uma molécula naturalmente encontrada em nosso organismo e crucial para o bem-estar, sendo responsável pela recuperação celular e produção de energia. Rico em antioxidantes, o nutriente figura com frequência nos alimentos que contêm ômega 3.

Seu uso traz benefícios para a saúde cardíaca, fortalece o sistema imunológico e revitaliza a pele. Além disso, é um ergogênico nutricional que ajuda na recuperação de lesões.

A sugestão de uso é de uma cápsula ao dia, de preferência juntamente com o café da manhã. Crianças, gestantes, lactantes e idosos só devem fazer uso do suplemento com acompanhamento médico.

MS: Isento
Distribuição: parceria com distribuidores
Gerente de marketing: Farly Machadomarketing@maxinutri.com.br

Coenzima Q–10 em potencia maxima

 

Farmácias terão que aceitar prescrições de enfermeiros

0
prescrições de enfermeiros
Foto: Freepik

Um projeto de lei aprovado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) obriga que farmácias particulares aceitem prescrições de enfermeiros. Os estabelecimentos que descumprirem a nova norma podem ser suspensos e multados em até R$ 1.000.

 A proposta, do deputado Jorge Vianna (PSD-DF), apresentada pela primeira vez em 28 de agosto de 2023, foi nomeada como Projeto de Lei 574. A recomendação, no entanto, não é a única a tratar do assunto. Em trâmite na Câmara dos Deputados a PL 3.949/23, da enfermeira Ana Paula (PSB-CE), torna obrigatória a consideração desse tipo de prescrição em todas as farmácias do país.

 Prescrições de enfermeiros são permitidas por lei

Embora muitas unidades privadas ainda não pratiquem a venda de medicamentos com receitas prescritas por enfermeiros, a ação é assegurada desde 1986, pela Lei do Exercício Profissional.

Órgãos como a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde também endossam a atividade.

Durante o processo em Brasília o projeto de lei contou com o apoio do Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF). “As prescrições devem seguir as Diretrizes para Elaboração de Protocolos de Enfermagem na Atenção Primária à Saúde, expedidas pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen)”, afirma Elissandro Noronha, presidente da entidade local.

Farmácias independentes já são 61% dos clientes da Integração Farma

farmácias independentes
Foto: Divulgação

O atendimento às farmácias independentes vem se consolidando como principal eixo de atuação da Rede Integração Farma. O grupo, que congrega 19 distribuidoras de medicamentos, já está presente em 76% dos municípios brasileiros.

Do total de varejistas atendidos pela rede, 61,3% são farmácias independentes. Outras 28,5% são representantes do associativismo, enquanto as redes compõem os demais 10,2%.

“As farmácias de menor porte precisam do apoio mais efetivo da distribuidora em áreas como acesso a crédito e gestão. Somos fundamentais para fomentar esse nicho e dar sobrevida a essas empresas, por meio de orientações sobre mix de produtos, apoio a treinamentos para os gestores e equipes das farmácias, entre outras atribuições”, afirma Geraldo Monteiro, diretor executivo da entidade.

Atendimento às farmácias independentes é mercado promissor

 Uma pesquisa do Instituto Axxus, repercutida pelo Panorama Farmacêutico em abril de 2023, revelou que 86% das farmácias independentes ainda registravam seus estoques manualmente, enquanto 95% não haviam nenhum tipo de sistema conectado a uma distribuidora. O levantamento ainda apontou que 99% das lojas independentes não contava com um sistema de cotação para avaliar as melhores opções de compra.

“Esses gargalos tornam ainda mais preponderante nosso papel. Não queremos limitar a atuação à de uma central de negócios. Nosso propósito é estimular um ambiente de negócios colaborativo e que beneficie a cadeia produtiva que envolve o pequeno e médio varejo”, avalia.

A meta da Integração Farma, até o próximo ano, é estender esse modelo para 100% das unidades da Federação. O grupo já está prospectando novos integrantes, mas aposta na exclusividade regional.

“Nossa prioridade é preencher espaço nos estados onde ainda não operamos. Ter uma única distribuidora em cada localidade vai ao encontro do nosso objetivo de dar mais fôlego e representatividade para o atacado farmacêutico em seu território”, acredita Monteiro.

Perdas no varejo caem mais de 20% em farmácias

PERDAS NO VAREJOPrevenção de perdas, Abrappe, farmácias, furtos em farmácias
Foto: Canva

O constante trabalho com foco na prevenção de perdas no varejo, realizado pelas farmácias brasileiras, vem rendendo frutos. O segmento foi um dos poucos que apresentaram queda no índice, com processos mais afinados na gestão do estoque.

Os dados fazem parte da 7ª Pesquisa Abrappe de Prevenção de Perdas no Varejo Brasileiro, conduzida em parceria com a KPMG. De 2022 para 2023, segundo a pesquisa, as farmácias apresentaram uma queda de 20,62% nas perdas.

“Talvez os números mudem este ano em função da onda de furtos do Ozempic. Mas o levantamento confirma a maturidade do canal farma, favorecida por fatores como a baixa rotatividade dos profissionais dedicados ao controle do estoque”, detalha Carlos Eduardo Santos, presidente da Abrappe.

Entre os quatro segmentos que tiveram recuo na comparação com 2023, o varejo farmacêutico só ficou abaixo das lojas de artigos esportivos (-41,89%), de calçados (-17,25%) e perfumarias (-0,43%). Considerando o percentual de perdas sobre o total de produtos, as farmácias apenas têm índices inferiores aos das lojas de eletromóveis e dos atacarejos.

Perdas no varejo por segmento (% do mix de produtos)

graficos panorama farmaceutico 1
Fonte: Abrappe

“O varejo farmacêutico, ao reforçar seu posicionamento como hub de saúde em razão da Covid-19, promoveu uma rápida e consistente transformação digital. Com mais clientes e maior frequência de compra em múltiplos canais, esse caminho foi necessário para o setor”, ressalta Santos.

Perdas no varejo aumentaram 6,08% e ligam sinal de alerta

O índice geral de perdas no varejo passou de 1,48% para 1,57% em um ano. Esse incremento resultou em um prejuízo de R$ 34,9 bilhões, sob o impacto de tendências como a solidificação do e-commerce, a redução no quadro funcional e o maior nível de exigência do consumidor.

Foi o maior avanço em sete anos, o que exige atenção redobrada mesmo para as empresas bem ranqueadas, como é o caso das farmácias. “É preciso entender a importância de investir em mais mão de obra especializada. Perdas são sinônimos de queda na competitividade e nos lucros, levando também a aumentos desnecessários de preços para suprir essas dificuldades”, salienta Santos.

Faturamento do Grupo Total com suplementos cresce 44%

Faturamento do Grupo Total
Foto: Freepik

Com uma completa reformulação de suas estratégias, o faturamento do Grupo Total com a venda de suplementos cresce, em média, 44% ao ano. O setor iniciou sua reviravolta durante a pandemia, mas precisou se adaptar.

 Os primeiros passos para a retomada dos lucros incluíram a criação de um novo planograma para as lojas, uma alteração em seus layouts e alguns ajustes técnicos:

“Estudamos as unidades que detinham maior faturamento e tíquete médio para iniciar nelas a transformação. Implementamos um Espaço Saúde em regiões centrais nas lojas, segmentadas por nichos como +60, nutrição e suplementação esportiva para facilitar o entendimento do consumidor. Adaptamos até a iluminação com uso de lâmpadas led, melhorando a visualização”, explica Paulo Zapata, presidente da Coopertotal, cooperativa de compras do grupo.

“A pandemia lançou nossos olhares para esse mercado, no qual crescemos 24% em 2020 e 34% em 2021. Mas sabíamos que esse incremento poderia se tornar uma estagnação se não adequássemos a operação a um consumidor cada vez mais atento à imunidade e ao bem-estar”, complementa o executivo.

O redirecionamento da estratégia surtiu efeito, evidente nos números do grupo nos anos seguintes. O tíquete médio, indicativo utilizado no varejo para determinação do valor gasto pelos consumidores em uma única compra, subiu de R$ 38,71 para R$ 55,57.

Faturamento do Grupo Total com suplementos chegou a ser negativo

Ainda em 2019, no início do processo de investimento da rede nesse mercado, o setor de suplementos da Grupo Total chegou a trazer prejuízos. O mau desempenho da rede na época ainda provocou uma redução de 8% no estoque de produtos.

Atualmente a Total administra 643 lojas, distribuídas em 323 municípios nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. 200 desses PDVs já contam com espaços exclusivos para a comercialização de suplementos e nutracêuticos.