Poupafarma anuncia retomada das operações

Poupafarma

Atualmente em processo de recuperação judicial, a Poupafarma retomou as operações no último dia 23 de junho. As farmácias da rede permaneciam fechadas desde o início de fevereiro.

A reativação estende-se à Farmadelivery, que deverá ampliar operações a partir de julho. Segundo a InvestFarma, holding que controla as duas empresas, essas decisões devem estabilizar os fluxos financeiros em três a quatro meses.

A Poupafarma Estação Saúde, loja-âncora da bandeira em São Bernardo do Campo (SP), foi até o momento o único PDV a retomar operações. Uma unidade em Santos deve voltar a funcionar em julho. Já as lojas na capital paulista tendem a restabelecer atuação no fim do ano, e em novos pontos, com apoio da plataforma de e-commerce.

Em paralelo, o marketplace independente da Farmadelivery já opera pulverizado com produtos de mais de dez sellers diferentes – entre redes de drogarias de várias localidades,  laboratórios e empresas de nutrição, além de acessórios médicos e itens cosméticos e de cuidados pessoais. O plano da Farmadelivery é se consolidar como shopping online de saúde e cuidados pessoais, em todas as suas extensões.

A meta da Farmadelivery é adicionar dois novos sellers por semana até o fim de julho, além de implementar uma plataforma de serviços para parceiros e fornecedores, com uma rede de influenciadores capitaneados pela dupla Fabi e Fidelis, personas digitais da plataforma.

Poupafarma cita reestruturação abrangente

Em comunicado ao mercado, a Poupafarma reafirmou que “a interrupção temporária dessas operações permitiu realizar uma reestruturação abrangente, que envolveu a reorganização de processos, aprimoramento de sistemas e elaboração de uma nova matriz de distribuição. E redesenhar completamente o processo logístico e atualizar os parâmetros de viabilidade”.

Segundo essa nova avaliação da empresa, as taxas de juros e a inflação elevaram o peso relativo dos aluguéis entre os anos de 2021 e 2023. O cenário teria forçado a rede a reposicionar padrões de despesas e estoques.

PDVs da Poupafarma estão disponíveis para compra

Enquanto isso, o pedido de recuperação judicial foi homologado e os procedimentos de preparação e discussão do plano de recuperação ainda estão em fase inicial.

A Poupafarma reiterou que a recuperação judicial prevê a venda de pontos que a empresa não deve mais atualizar. A Nissei, por exemplo, já demonstrou interesse formal pela compra de lojas em São Paulo e formalizou proposta no valor de R$ 18,9 milhões.

Piso salarial do farmacêutico deve cair com posição do STF

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piso salarial do farmacêutico

A adoção do piso salarial do farmacêutico, com valor único de R$ 6,5 mil em todas as unidades da Federação, tende a ser rejeitada no Congresso Nacional após uma posição do STF.

Uma entrevista em vídeo do ministro Luís Roberto Barroso, concedida ao portal Migalhas no fim de junho, se disseminou pelas redes sociais e reforçou o entendimento contrário do Supremo ao Projeto de Lei 1559/21, atualmente na Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados.

No vídeo, Barroso cita que o ministro Gilmar Mendes também partilha desse entendimento. Segundo ele, o STF deve declarar inconstitucionais propostas que estabeleçam um piso nacional para qualquer carreira profissional. O entendimento dos ministros da Corte é de que as convenções coletivas de trabalho devem deliberar sobre o tema, respeitando os perfis e realidades de cada região do país.

Piso salarial do farmacêutico pode inviabilizar pequenos negócios

O piso salarial do farmacêutico com abrangência nacional vem dividindo opiniões no setor. O assunto, inclusive, figura na lista de pautas da agenda legislativa, lançada pela Abrafarma e entregue a parlamentares em evento em Brasília no fim de maio.

“Atualmente existem em torno de 90 mil farmácias em todo o país. Destas, cerca de 52 mil (64%) são independentes e registram faturamento mensal médio de R$ 50 mil a R$ 60 mil.

A fixação de um piso nacional de R$ 6.500, sem levar em conta as variações de cada região, pode ser crucial para esses estabelecimentos, que certamente não terão condições de manter suas atividades”, argumenta Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.

Outro ponto ressaltado pela Abrafarma é que o lucro líquido médio das farmácias, segundo estudos da FIA-USP e FGV-RJ, é pouco superior a R$ 2 para cada R$ 100 de faturamento. “Ou seja, a margem de lucro líquida de uma farmácia não é alta, ficando em torno de 2%”, acrescenta.

“A proposta sugerida, apesar de meritória, pode tornar inviável a atividade comercial, prejudicando o desenvolvimento econômico e a prestação de serviços oferecidos pelas farmácias brasileiras. Por outro lado, aqueles que conseguirem sobreviver com este piso necessariamente terão que repassar os custos dessa mão de obra aos consumidores finais”, adverte.

A visão da Abrafarma é corroborada por outras associações. Fábio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio (CNC), destacou que, em 2021, existiam 146.197 registros ativos de farmacêuticos no País, 60% deles atuando em farmácias e drogarias. “Assim, qualquer proposta de alteração na remuneração média ou nos encargos desses profissionais tem no comércio varejista o setor mais atingido”, avalia.

Bentes pontuou ainda que, nos últimos dez anos, o volume de contratações e as remunerações de farmacêuticos aumentaram, respectivamente, 72% e 84%. “A adoção imediata do novo piso iria inviabilizar operacionalmente pequenos estabelecimentos em regiões menos desenvolvidas do País”, afirmou.

Por outro lado, profissionais farmacêuticos alegaram que vêm acumulando mais tarefas e responsabilidades ao longo dos anos e argumentaram que os lucros do setor comportam o pagamento da nova base salarial.

Presidente do Conselho Federal de Farmácia, Walter da Silva Jorge João citou números de faturamento do setor e afirmou que as despesas com o novo piso representariam apenas 2,14% desses valores. “O faturamento estimado do setor para 2022 é de R$ 170 bilhões. O impacto do piso seria algo em torno de R$ 3,63 bilhões anuais, ou seja, 2,14% do faturamento das empresas”, defendeu.

Serviços farmacêuticos atraem 680 líderes em workshop

serviços farmacêuticos
Evento trouxe exemplos práticos de adoção dos serviços nas grandes redes. Da esq. para dir. Rogério Lima (Retail Farma Brasil), Albery Dias (Pague Menos), Roberto Canquerini (São João), Renane Bernardes (Venancio) e Carlos Gouvêa (CBDL). Foto: Vitor Miranda

A nova era dos serviços farmacêuticos atraiu uma audiência qualificada para o workshop da Retail Farma Brasil, na última semana. O evento mobilizou cerca de 680 líderes e dirigentes setoriais, dos quais 298 atuam como gestores do varejo. Também estiveram presentes principais empresas que comercializam testes rápidos e vacinas nas farmácias, além de entidades, parceiros e prestadores de serviços.

O workshop ocorreu em formato híbrido, com um grupo reunido na sede da GS1 em São Paulo (SP) e o restante acompanhando de forma virtual – Interplayers, ClinicaRx, CBDL atuaram como parceiros. Mídia oficial do encontro, o Panorama Farmacêutico presenciou uma plateia ávida por somar conhecimentos para pegar carona nesse ciclo das farmácias como epicentro da jornada do paciente.

Cassyano Correr, diretor executivo da ClinicaRx, que integra o grupo Interplayers, trouxe dados emblemáticos que demonstram como as farmácias podem reverter dramas crônicos da saúde global. Hoje, a taxa de não adesão a medicamentos chega a 50% e o subdiagnóstico das 15 doenças crônicas mais prevalentes pode atingir índices de até 90%.

“No Brasil, uma a cada cinco pessoas convive com glicose elevada e sem diagnóstico, enquanto 46% têm pressão alta e não sabem. Para completar, temos 76 milhões com sobrepeso”, afirmou.

Para o especialista, a entrada em vigor da RDC 786/23 abre um campo promissor para as farmácias, ao estabelecer requisitos claros para a realização de mais de 50 exames laboratoriais no PDV, além de uma gama de procedimentos clínicos.

Serviços farmacêuticos têm Exterior como modelo

Os serviços farmacêuticos encontram no Exterior modelos de sucesso facilmente replicáveis à realidade brasileira. Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma e um dos palestrantes, trouxe à tona modelos consagrados em países como China, Estados Unidos, Israel e Itália, que já foram palcos de missões técnicas internacionais promovidas pela entidade.

“Realidades como a da Itália, onde as farmácias realizam até exames de holter, deveriam servir de parâmetro em um país onde 70% das pessoas não se submete a testagens para avaliar sua condição clínica”, acredita.

Barreto ainda utiliza o exemplo da pandemia para provar a força das farmácias como hubs de resolutividade em saúde. As 30 maiores redes de farmácias do país aplicaram mais de 20 milhões de testes rápidos da Covid. “Nas anamneses que os profissionais das redes realizaram com os pacientes, detectamos que pelo menos 10% dos casos eram graves o suficiente para encaminhamento ao hospital.”, acrescenta.

Três grandes redes, inclusive, participaram do workshop para destacar o advento dos serviços farmacêuticos nas suas lojas. Foram elas as Farmácias São João, Farmácias Pague Menos e Drogaria Venancio.

“O evento ressaltou o potencial dos serviços farmacêuticos como uma nova e robusta categoria dentro do PDV, inserida de maneira prioritária na cesta de compras do paciente”, repercute Paulo Gomes, vice-presidente de Relacionamento com o Mercado da Retail Farma Brasil.

Lei de Licitações abre campo para farmácias em 2023

Lei de Licitações abre campo para farmácias em 2023

A Lei de Licitações atualizada entra em vigor no próximo ano, mas tanto o governo federal como estados e municípios já adequaram suas concorrências públicas à nova norma. Com isso, farmácias e distribuidoras de medicamentos ganham um horizonte promissor para diversificar suas fontes de receita.

Mas o que muda, de fato, com a nova Lei nº 14.133/21? O esclarecimento é de Ariosto Mila Peixoto, professor e advogado especialista em contratos administrativos. Ele também atua como consultor da RHS Licitações, parceira do Panorama Farmacêutico em uma seção dedicada a oportunidades de compras públicas para o setor.

“Até então, apenas concorrências até R$ 17,6 mil estavam livres de burocracias como a participação presencial e a apresentação de uma série de documentações físicas. Eram contratos de pequeno valor e pouco compensadores. Mas agora, o teto saltou para R$ 57 mil”, revela.

Outro canal oportuno para as empresas do setor são os pregões eletrônicos, que já correspondem a 95% dos editais. “Essa alternativa tornou-se conveniente principalmente para farmácias independentes, cujos proprietários têm menos facilidade para deslocamentos por limitações de recursos ou mesmo de tempo”, acredita.

Essas modalidades têm data e horário predefinidos e, assim que iniciadas, as empresas interessadas dão o lance. A concorrência acontece de maneira randômica e a proposta de menor valor é a vencedora.

“Nesse caso, distribuidoras regionais e farmácias associativistas ainda têm mais competitividade para disputar esses pregões, pois contam com acesso facilitado a ferramentas que mapeiam o valor das concorrentes”, avalia.

Para aproveitar essa oportunidade, é preciso apenas preencher o Sistema de Cadastro Unificado de Fornecedores (SICAF) ou a Bolsa Eletrônica de Compras/SP (BECSP).

Lei de Licitações amplia também pregões municipais

A Lei de Licitações vem acompanhada de uma tendência favorável para as farmácias e distribuidoras. Se há dois anos os estados e prefeituras promoviam 66% das licitações, hoje respondem por 78% dos pregões.

“As compras pelos entes estaduais e, em especial os municipais, geralmente são de menor escala na comparação com os editais de órgãos vinculados à União. Como as grandes farmacêuticas miram atenção nos pregões federais, abre-se uma lacuna para o pequeno e médio varejo”, acrescenta Peixoto.

A administração pública abriu, em todo o ano passado, mais de 65,6 mil editais com foco na aquisição de medicamentos e insumos farmacêuticos. O valor é 12% superior ao de 2021.

Mercado de cardiologia tem reestreia de laboratório

mercado de cardiologia

O mercado de cardiologia ganha um novo player, mas não tão novo assim. Fora do segmento desde 2015, a Bristol Myers Squibb (BMS) reestreia a operação nessa área terapêutica.

Segundo informações do Valor Econômico, a multinacional entra em um campo movimentado. Os medicamentos para cardiologia resultaram em um faturamento de cerca de R$ 11,6 bilhões para a indústria farmacêutica nos últimos 12 meses até maio, de acordo com a IQVIA.

O laboratório lançou um medicamento para tratar adultos com cardiomiopatia hipertrófica (CMH) obstrutiva. O Camzyos é o único remédio disponível para tratar a patologia ao atuar como inibidor da miosina cardíaca.

Com isso, melhora a capacidade funcional do coração e ameniza sintomas como dor no peito, falta de ar e desmaio. A CMH é a doença cardíaca hereditária mais comum, mas até 94% das pessoas provavelmente não recebe o diagnóstico, conforme cálculos da própria farmacêutica.

Mercado de cardiologia já é campo fértil para a BMS

O mercado de cardiologia já é um campo fértil para a BMS, graças a medicamentos como Capoten, Plavix e Eliquis – este último é comercializado pela Pfizer no Brasil. O Camzyos, que chega agora ao mercado brasileiro, registrou US$ 29 milhões em nível global no primeiro trimestre deste ano.

Doenças do coração vêm aumentando no Brasil

A reestreia da farmacêutica no mercado de cardiologia vai ao encontro de um problema cada vez mais crônico na saúde brasileira. Um recente indicador da Sociedade Brasileira de Cardiologia revelou que o Brasil teve aumento de cerca de 62% na morte de mulheres de 15 a 49 anos por infarto, no período de 1990 a 2019. Na faixa etária de 50 a 60 anos, o número quase triplicou – 176%.

Para que serve a terramicina?

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Para que serve a terramicina

Muitos pacientes que sofrem com infecções bacterianas se perguntam: para que serve a terramicina? O medicamento, cujo princípio ativo é o cloridrato de oxitetraciclina, é utilizado para combater bactérias sensíveis a oxitetraciclina.

Neste texto iremos responder perguntas sobre sua ação no organismo, suas contraindicações e efeitos colaterais, sua posologia e cuidados necessários durante o tratamento, entre outras.

Para que serve a terramicina? Ela impede a multiplicação de bactérias

A ação do medicamento se dá por meio do impedimento do crescimento e da multiplicação das bactérias. Isso porque a oxitetraciclina, um antibiótico, atua impedindo a produção de proteínas, que são a base da reprodução das bactérias.

Qual a posologia? 

Para a melhor absorção do remédio, ele não deve ser tomado com o estomago cheio ou acompanhado por leite. O melhor momento para sua ingestão é uma hora antes ou duas horas depois de uma refeição.

De acordo com o tipo de infecção, o profissional da saúde irá determinar a duração do tratamento. Mesmo que os sintomas já tenham apresentado uma melhora inicial, você não deve suspende-lo.

A dose diária deve ser dividida em quantidades iguais, tomadas a cada seis horas. Uma vez que os sintomas e a febre sumirem, você deve continuar tomando o remédio por, pelo menos mais 24 ou 48 horas.

Tratamento para adultos

A depender da gravidade da infecção, a dose diária de terramicina costuma ficar em torno de 1 a 2 gramas, divididas em quatro doses. Em infecções de gravidade moderada, o profissional da saúde pode manter a dose diária padrão (1 grama), mas em apenas duas doses diárias de 500 mg.

Para pacientes com insuficiência renal, o profissional da saúde pode optar por reduzir a dose individual recomendada ou aumentar o intervalo entre cada uma.

Para tratar a brucelose, o cloridrato de oxitetraciclina precisa ser acompanhado pela estreptomicina. O tratamento conjunto pressupõe quatro doses diárias de Terramicina durante três semanas. Em paralelo, o paciente fará um tratamento de duas semanas com estreptomicina por via muscular. A dose será de 1 g, duas vezes ao dia na primeira semana e uma vez ao dia na segunda.

Pacientes não grávidas e alérgicas a penicilina podem usar o cloridrato de oxitetraciclina como opção para o tratamento da sífilis primária ou secundária. O tratamento será de duas semanas, com 500 mg por via oral, quatro vezes ao dia.

Esses mesmos pacientes também podem fazer uso do medicamento em casos de sífilis latente ou terciária. A diferença reside no tratamento. Nesses casos é necessário ter noção de a quanto tempo o paciente está infectado. Infeções com menos de um ano demandarão um tratamento de duas semanas com Terramicina, já as mais longas precisarão de um tratamento de quatro semanas.

Sempre realize os tratamentos com acompanhamento médico e siga as orientações sobre duração, doses e horários. Caso precise interrompe-lo, avise o profissional de saúde.

O medicamento não pode ser aberto, partido ou mastigado, sendo necessário engoli-lo por inteiro.

Evite lesões pelo uso de terramicina

Para evitar lesões na mucosa do esôfago, o indicado é utilizar uma quantidade adequada de líquido para engolir os comprimidos. Além disso, depois de se medicar, o ideal é não se deitar por, pelo menos 30 minutos após a ingestão.

E se eu esquecer de tomar?

A eficácia do tratamento será afetada por eventuais esquecimentos. Assim que se der conta de que esqueceu de tomar a Terramicina, tome-a. Caso já esteja próximo da dose seguinte, ignore a esquecida.

Não compense eventuais doses não tomadas, nunca duplique as doses. Quaisquer eventuais dúvidas, procure o aconselhamento de um farmacêutico ou de outro profissional da saúde.

Cuidados antes e durante o tratamento

O uso do fármaco em pacientes grávidas não foi estudado. Por isso, gestantes não devem usá-lo sem indicação médica. Caso engravide durante ou logo após o tratamento ou já esteja grávida quando o ele for receitado, avise o profissional da saúde.

Crianças em fase de formação de sua arcada dentária (do nascimento até os oito anos) devem evitar o uso de Terramicina ou outros antibióticos da classe das tetraciclinas.

Isso porque esses químicos podem alterar a coloração dos dentes, deixando-os mais escuros, com tonalidades que vão do amarelo ao cinza.

Por esse mesmo motivo, lactantes também devem evitar seu uso, uma vez que o cloridrato de oxitetraciclina é excretado no leite materno. O profissional da saúde será o responsável por mensurar se os benefícios são maiores que os riscos.

A pele pode ficar mais sensível a exposição solar durante o tratamento com terramicina. No primeiro indício de vermelhidão na pele, a medicação deve ser suspensa.

O uso de antibióticos e antibacterianos pode levar a um descontrole da flora intestinal, resultando em uma possível diarreia.

O medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente, resguardado da luz e da umidade.  Não o utilize caso note qualquer mudança em seu aspecto tradicional (cápsulas de gelatina laranja com pó amarelo).

Quais as apresentações?

O medicamento pode ser encontrado em versão de cápsulas com oito unidades por embalagem. Cada cápsula de Terramicina possui a concentração de 500 mg.

Seu uso é por via oral e destinado para adultos.

Quem não pode tomar?

O fármaco não pode ser consumido por pacientes que já apresentaram qualquer tipo de sensibilidade a antibióticos da classe das tetraciclinas, ou para algum componente da formulação em específico.

Quais as reações adversas e efeitos colaterais?

Abaixo, listamos os possíveis efeitos colaterais e reações adversas que podem ser registrados durante o tratamento

Cardíaco:

  • Pericardite

Congênito, familiar ou genético:

  • Hipoplasia dentária

Gastrintestinal

  • Descoloração dos dentes
  • Diarreia
  • Disfalgia
  • Enterocolite
  • Esofagite
  • Glossite
  • Inflamação anal
  • Náusea
  • Vômito
  • Úlcera esofágica

Laboratorial:

  • Aumento da uréia sanguínea

Metabolismo e nutrição:

  • Redução do apetite

Musculoesquelético e tecido conjuntivo:

  • Lúpus eritomatoso sistêmico

Pele e tecido subcutâneo:

  • Angiodema
  • Dermatite esfoliativa
  • Fotossensibilidade
  • Púrpura de Henoch-Schonlein
  • Rash eritematoso
  • Rash maculopapular
  • Urticária

Sistema imune:

  • Hipersensibilidade
  • Reação anafilática

Sistema linfático e sanguíneo:

  • Anemia hemolítica
  • Eosinofilia
  • Neutropenia
  • Trombocitopenia

Sistema nervoso

  • Fontanelas abauladas
  • Hipertensão intracraniana benigna

Como já adiantado anteriormente, durante o tratamento com Terramicina ou qualquer outro antibiótico, há um descontrole da flora intestinal. Por isso, em casos de diarreia, é necessário estudar a possibilidade de a causadora ser a C. difficile (CDAD).

Qualquer efeito colateral ou reação adversa que for notada deve ser relatada ao profissional da saúde.

Superdose 

Caso tome uma dose muito maior do que o indicado, procure auxílio médico imediatamente e leve consigo a bula do medicamento.

Interação medicamentosa 

Caso você faça uso de alguma medicação como as descritas abaixo, avise o profissional da saúde antes de iniciar o tratamento com a Terramicina:

O cloridrato de oxitetraciclina interfere no processo de coagulação e a dose de anticoagulantes pode precisar ser ajustada.

O uso concomitante com penicilinas altera a função antibacteriana.

O uso combinado com metoxiflurano pode causar toxicidade renal.

A eficácia contraceptiva de anticoncepcionais é afetada pelo uso da Terramicina.

A absorção do cloridrato de oxitetraciclina pode ser prejudicada pelo uso de medicamentos com bismuto ou antiácidos com alumínio, cálcio ou magnésio.

Ao colher qualquer tipo de exame laboratorial, avise que está em tratamento com o medicamento, pois níveis podem ser modificados.

Artrose da coluna pode restringir os movimentos das pernas

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Artrose da coluna

A artrose da coluna lombar é uma doença degenerativa, que afeta as articulações da coluna e, com o passar do tempo, pode impossibilitar até os movimentos das pernas. Geralmente, acomete pessoas acima dos 60 anos que, normalmente, se queixam de dormência, sensação de peso nas pernas, fraqueza e até a perda do equilíbrio, mas os sintomas podem variar conforme cada caso.

“Esse incômodo força o paciente a parar, descansar e, muitas vezes, assumir uma posição com a coluna curvada para ter o alívio dos sintomas, explica Marcelo Amato, médico neurocirurgião, especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva da coluna.

Causas da artrose da coluna

Doenças como hérnia de disco, bico de papagaio, entre outras patologias – que ocorrem com o tempo – quando associadas a um fator genético do indivíduo, podem levar a uma condição chamada canal do estreito lombar.

Segundo Amato, nesses casos, o que ocorre na coluna é que o processo de artrose leva ao estreitamento do canal por onde passam os nervos e esses nervos levam à inflamação do cérebro até as pernas e vice e versa. Com a compressão, o sinal da coluna é interrompido. Dependendo do grau de compressão e dos sintomas, o tratamento pode se clínico, com medicamentos ou fisioterapia. Já nos casos mais graves o tratamento cirúrgico pode ser necessário.

Tratamento cirúrgico

A técnica de descompressão por vídeo é uma alternativa minimamente invasiva, que permite que o procedimento seja ambulatorial, ou seja, sem a necessidade de internação hospitalar. O paciente é submetido ao procedimento e, duas a três horas depois, ele pode ir para casa. Geralmente, já com melhora dos sintomas.

Abradilan oficializa mudanças na diretoria

Abradilan
Vinícius Dall’Ovo e Ivan Coimbra: dupla unida em favor do desenvolvimento do atacado farmacêutico

A Abradilan, com 25 anos recém-completados e R$ 22 bilhões em vendas, oficializou mudanças na diretoria executiva. Vinícius Dall’Ovo assume como diretor executivo, enquanto Ivan Coimbra passa a ser diretor executivo de relações institucionais.

Coimbra ocupará uma posição fundamental para o futuro das discussões institucionais da Abradilan, com mais de 36 anos de mercado e um ótimo trânsito com os stakeholders do mercado. Já Dall’Ovo enfocará nas ações operacionais da associação com os diversos eventos, a Universidade Corporativa e a comunicação com o mercado e com os associados.

“Nesta nova posição os desafios continuam grandes, mas o principal deles é continuar apoiando o desenvolvimento dos nossos associados, envolvendo também a indústria e varejo. Queremos reforçar o papel do distribuidor regional”, destaca Dall’Ovo.

Coimbra lembra que sua nova posição potencializa a experiência e os relacionamentos acumulados em sua trajetória profissional e os coloca em linha com os propósitos da Abradilan. “Eu e o Vinícius temos uma excelente sintonia e reconhecemos as competências um do outro e isto cria condições muito complementares para que possamos fazer uma boa transição e entregas para a entidade”, acrescenta.

“Na diretoria de relações institucionais continuaremos nossas conversas com a indústria para reforçar a importância da distribuição regional e seu papel que vai muito além de um escopo atacadista na relação com o varejo independente e associativista. Temos ainda, junto com outras associações, de estar atentos e participativos em temas como a RDC 430, Logística Reversa de Medicamentos, Reforma Tributária, entre outras questões regulatórias que impactam o setor”, finaliza Coimbra.

Abradilan ganha protagonismo na cadeia farmacêutica

Essa mudança da Abradilan faz parte de um movimento natural de evolução da entidade. “Atendemos 91% das farmácias brasileiras em 95% dos municípios, sustentados por 480 mil metros quadrados de centros de distribuição. O faturamento de R$ 22,2 bilhões nos 12 meses até abril representa um market share de 30% do mercado de distribuição em unidades. Temos ainda mais ascendência no segmento de genéricos e similares, com 44,8% de participação em CPP”, ressalta Juliano Cunha Vinhal, eleito novo presidente do conselho diretivo da entidade para o biênio 2023-2025.

Xaropes para tosse: saiba qual o melhor para o seu caso

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Xaropes para tosse

Xaropes para tosse precisam ser assertivos, para evitar um agravamento desnecessário do quadro. Para cada caso, há uma ação específica.

Para a tosse com catarro, o medicamento deve atuar na fluidificação da secreção, facilitando assim sua eliminação. Já o dedicado a tosse seca age acalmando a garganta e impedindo o reflexo da tosse.

A tosse é apenas um sintoma e nunca uma causa. Então, evite a automedicação e sempre consulte um médico para definir a causa do incomodo e descobrir os melhores xaropes para tosse.

Xaropes para tosse alérgica ou seca 

A tosse alérgica ou seca pode ser tratada com xaropes como:

  • Cloridrato de clobutinol e succinado de doxilamina (Hytos Plus)
  • Dropropizina (Atossion, Notuss e Vibral)
  • Levodropropizina (Antux)

A partir dos dois anos de idade, as crianças podem utilizar os seguintes xaropes:

  • Antux
  • Atossion pediátrico
  • Hytos Plus
  • Notuss pediátrico
  • Vibral pediátrico

Quadros de tosse seca que durem mais de duas semanas ou que venham acompanhados de outros sintomas, como dor de cabeça ou febre, devem ser acompanhados de perto por um profissional da saúde.

Bom pra tosse com catarro 

Será mais fácil expectorar, ou seja, expelir o catarro, caso o medicamento utilizado atue na fluidificação dele. Os mais utilizados são:

  • Acetilcisteína (Fluimucil)
  • Ambroxil (Mucosolvan)
  • Bromexina (Bisolvon e Pulmed)
  • Carbocisteína (Mucofan)
  • Guaifenesina (Transpulmin)
  • Guaifenesina e bromidrato de dextrometorfano monoidratado (Xarope E44)

A partir dos dois anos de idade, as crianças podem fazer uso dos seguintes medicamentos:

  • Bisolvon
  • Mucosolvan pediátrico
  • Vick

O Xarope E44 só pode ser usado por crianças a partir dos seis anos.

Mas, no fim das contas, o que é a tosse? 

A tosse nada mais é do que uma defesa do nosso organismo. Isso mesmo, os xaropes para a tosse nos protegem de algo, teoricamente, positivo de nosso corpo, mas vamos explicar melhor.

É como se nosso pulmão entendesse que há algo de errado em nosso sistema respiratório e decidisse fazer uma limpa geral. Por isso, repentinamente, ele se comprime e expele todo o ar retido de uma única vez, com o objetivo de expulsar qualquer visita indesejável.

Por exemplo, quando nos engasgamos, tossimos para retirar aquele corpo estranho de nossas vias aéreas. Quando estamos gripados, tossimos para expulsar, pouco a pouco, o vírus causador da doença.

Por isso os xaropes para tosse são tão comuns porque, apesar de útil, essa compressão involuntária do pulmão pode ser um tanto quanto incomoda.

Principais causas

De infecções respiratórias, passando por fatores ambientais e chegando até mesmo em problemas gástricos, vários são os possíveis motivos para a sua tosse.

Uma das causas mais comuns de tosse é a presença de componentes alérgicos, como:

  • Ácaros
  • Cheiros muito fortes
  • Fumaça
  • Mofo
  • Pelos de animas
  • Poeira
  • Pólen
  • Poluição

As infecções respiratórias mais comumente responsáveis pela tosse são:

  • Asma
  • Bronquite
  • Bronquiolite
  • Câncer de pulmão
  • Covid-19
  • Faringite
  • Gripe
  • Laringite
  • Pneumonia
  • Resfriado
  • Sinusite
  • Tuberculose

Agora, um dos poucos casos em que o uso de xaropes para tosse não é o tratamento mais indicado é quando o sintoma é causado pelo refluxo gástrico. Isso porque ele se gera, nesses casos, devido a acidez do estomago sensibilizando a garganta. Por isso, os tratamentos mais indicados serão apontados por um médico gastroenterologista.

Tome cuidado com isso

As crises de tosse podem apresentar algum tipo de agravamento caso você não tome os cuidados necessários nessas situações:

  • Quando o clima fica mais frio e seco
  • Quando se está em ambientes sem ventilação ou muito sujos
  • Quando o aparelho de ar condicionado não está devidamente higienizado
  • Quando o ambiente está muito poluído
  • Quando se fuma
  • Quando se consome alimentos (muito apimentados ou temperados) ou bebidas (como alcoólicas ou com cafeína) que podem irritar o estômago

Caso conviva com essas condições, os xaropes para tosse não serão suficientes para melhorar o incomodo, sendo necessário também resolver, na medida do possível, os problemas anteriormente citados.

Anvisa aprova nova vacina contra a Covid

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vacina contra a Covid
Alexandre Seraphim, CEO da Adium: fornecedora exclusiva da Moderna no Brasil. Divulgação: Adium

Uma nova vacina contra a Covid chega ao Brasil. A Adium, representando a Moderna, obteve nesta segunda-feira (dia 26) a aprovação do registro definitivo do imunizante bivalente direcionado à subvariante ômicron (mRNA-1273.222). O tratamento destina-se a pacientes a partir de seis anos de idade.

“Estamos muito satisfeitos em cumprir esta última etapa, após submeter todos os documentos e informações necessárias para a avaliação e validação desta vacina bivalente pela Anvisa, e poder em breve proporcionar à população brasileira o acesso a uma imunização eficaz com tecnologia de mRNA em sua concepção”, destaca Alexandre Seraphim, CEO da Adium no Brasil.

Nos ensaios clínicos da Moderna, as vacinas atualizadas fornecem maior neutralização cruzada contra múltiplas variantes de preocupação, incluindo as subvariantes ômicron BA.1, BA.4/5, BA.2.75, BQ.1.1 e XBB.1. Os estudos de provas do mundo real também confirmaram o desempenho das vacinas bivalentes contra as variantes emergentes.

Nova vacina contra a Covid teve rápida aprovação

A nova vacina contra a Covid teve rápida aprovação. O pedido de registro da vacina bivalente da Moderna foi encaminhado pela Adium à Anvisa em janeiro de 2023 e imediatamente a equipe técnica da agência reguladora iniciou a análise.

O próximo passo é a definição do preço pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e a posterior análise pela Comissão Nacional de Incorporação de Novas Tecnologias no SUS (CONITEC), que determina se recomenda a incorporação da vacina ao sistema público de saúde.

A Adium firmou um acordo para ser a fornecedora exclusiva de serviços de distribuição de vacinas contra a Covid-19 da Moderna na América Latina no início de 2022. O grupo farmacêutico procura expandir o acesso à população do Brasil por meio de parcerias estratégicas, como a da Moderna.

Outra vacina contra a Covid enfrenta impasse

Já a farmacêutica brasileira Biomm decidiu recorrer da decisão da Anvisa, que negou o pedido de registro definitivo de uma vacina contra a Covid-19.

A Convidecia Air, desenvolvida pela fabricante chinesa CanSino Biologics, é inalável, tem aplicação em dose única e já está sendo aplicada em países como Argentina, Chile, China, México e Rússia. O imunizante é recomendável para pessoas a partir de 18 anos.

Em comunicado ao mercado, a farmacêutica afirmou que entrará com um recurso administrativo e fundamenta sua posição em estudo da revista científica The Lancet. Segundo o documento, uma única dose da Convidecia registrou eficácia de 96% na prevenção de casos graves da Covid 14 dias após a imunização, com eventos adversos apenas leves.

A Biomm solicitou em dezembro último a aprovação da vacina contra a Covid, defendendo o imunizante como opção não invasiva que usa um nebulizador para transformar o líquido em aerossol para inalação pela boca. Mas o processo para pleitear a aprovação teve início ainda em maio. Isso porque a submissão da Convidecia Air integrava tanto a vacina na sua aplicação injetável como a versão inalável.