Uma inovação que pode ser replicada e merece reflexão no mercado de farmácias, a loja-contâiner vem sendo uma aposta do varejo para reduzir custos durante a pandemia. O mais recente investimento nesse formato de loja física partiu da Chili Beans.
“Acho que não teria uma Eco Chilli se não houvesse pandemia”, afirmou o CEO e fundador da rede, Caito Maia, em entrevista ao Estadão. A Chili Beans já tem cinco PDVs constituídos como loja-contâiner, com área de 15 metros quadrados e com emprego de energia solar. As unidades estão situadas em um posto de gasolina na zona oeste da capital paulista, em Porto Alegre, em duas cidades do interior de Minas Gerais – Itajubá e Piumhi – e em Boituva (interior de São Paulo).
Loja-contâiner em cidades sem shoppings e com PDV físico caro
Depois desse piloto, a meta é abrir 70 lojas nesse formato até o fim do ano, tendo como alvo municípios de 40 mil a 50 mil habitantes, preferencialmente onde não há shoppings e o volume de vendas previsto não justifica o investimento em uma loja de rua tradicional. Em três anos, o plano é ter 400 PDVs como loja-contâiner, por meio de um investimento de R$ 52 milhões oriundos de franqueados. Em quatro anos, quando estiverem em pleno funcionamento, essas unidades devem responder por 20% das vendas.
A varejista do segmento de ótica segue os passos de grupos como o Hirota, que em julho de 2020 abriu as duas primeiras lojas-contâineres em condomínios residenciais na Grande São Paulo. Hoje soma 83 unidades, com a projeção de alcançar 100 até o fim deste ano. “É o modelo de loja que mais cresce e no qual a empresa mais aposta”, destacou o diretor Hélio Freddi.
Segundo Daniel Roque, diretor de Canais e Expansão da Cacau Show, metade das 220 lojas abertas este ano e um terço das 280 em fase de implantação estão em contêineres. A chocolateria adotou esse formato em janeiro.
Muito além de custos, olho na agilidade
“O varejo ficou mais ágil, e a loja dentro do contêiner é um modelo que tem a ver com essa agilidade”, diz Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). Para o especialista, as lojas modulares acompanham os movimentos do novo consumidor brasileiro, em que modelos de venda como o clique e retire tornaram-se mais comuns e reforçam o conceito de praticidade estimulado pela pandemia.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico